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sábado, 26 de novembro de 2011

Ações descontadas e reunião do Copom podem melhorar cenário na semana

 
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SÃO PAULO - Os investidores acompanharam uma semana turbulenta no mercado de ações entre os dias 21 e 25 de novembro, quando as preocupações com a deterioração da economia global pressionaram o desempenho das bolsas mundiais. O Ibovespaacompanhou esse movimento e terminou o período com queda de 3,24%, a 54.894 pontos - registrando sua quarta semana consecutiva de recuo. 
O clima não ajudou nos Estados Unidos, uma vez que o “supercomitê” do Congresso dos Estados Unidos não chegou a um acordo quanto ao corte adicional de US$ 1,2 trilhão nos gastos públicos. Por sua vez, a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) decepcionou ao apontar um avanço de 2,0% no terceiro trimestre, abaixo das expectativas de crescimento de 2,5%. Ademais, a atividade industrial da Zona do Euro e da China deram sinais de contração, trazendo mais insegurança ao mercado.
Cenário europeu segue indefinidoO economista da Uniletra Corretora de Valores, Rodrigo Morosky, reforça que as controvérsias sobre a criação do eurobonus continuam a pressionar o desempenho das bolsas mundiais, já que a chanceler alemã, Angela Merkel, mostra-se reticente em apoiar a medida. O economista não acredita que surja uma solução já na próxima reunião entre os ministros de finanças da Zona do Euro, prevista para acontecer entre os dias 28 e 29 de novembro.
A postura rígida de Merkel deverá ser mantida, na opinião do sócio da Tradeal Corretora, Leonardo Hermoso, devido à posição de liderança mantida pela Alemanha no bloco. "Hoje a Alemanha tem a melhor condição dentro da Zona do Euro e é o país que está dominando a região. Se eles emitirem esses títulos em nome de todos, vão perder o poder econômico e de barganha. Então, acredito ser muito difícil a Alemanha aprovar o eurobônus”, explica. 
Preços atrativos na bolsa brasileiraHermoso afirma que os papéis descontados na bolsa brasileira também devem contribuir para um cenário menos nebuloso do mercado na semana. "A ação está barata e o Brasil está em uma situação bem interessante em relação ao restante do mundo, o que favorece a bolsa brasileira", afirma.
Em complemento, a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncie na quarta-feira (30) uma nova redução da taxa Selic, em mais de 0,5%, pode trazer uma reação positiva para a benchmark brasileiro. "Em um cenário como esse, a inflação começou a arrefecer um pouquinho mais rápido que o esperado. Alexandre Tombini [presidente do Banco Central] deixou claro que o cenário europeu contribuiu para uma política monetária mais tranquila por aqui", explica, fazendo alusão à estratégia do BC de reduzir a taxa de juros para estimular a economia local, que desacelera com o cenário de crise e contração econômica nos países desenvolvidos.
Agenda para a semana
O principal destaque nos Estados Unidos fica por conta do Relatório de Emprego, a ser divulgado na sexta-feira (2), que revela o panorama atual para a principal economia do mundo. "O foco do Federal Reserve não tem sido o crescimento, mas sim gerar emprego para fazer a economia crescer. Por isso, a grande importância do dado", explica Morosky.
Por aqui, atenção aos dados de inflação, com o IGP-M (Índice Geral de Preço) e IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor - semanal), ambos divulgados pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas).
Além disso, a Sondagem Industrial na China deve mexer com o desempenho do mercado no decorrer da semana

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