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sábado, 12 de maio de 2012



Ibovespa pode ter semana de recuperação, podendo buscar 62.900 pontos

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SÃO PAULO - A semana entre os dias 7 e 11 de maio foi mais uma vez marcada pela turbulência no cenário externo, o que levou o Ibovespa a encerrar o período com forte queda de 2,26%, aos 59.445 pontos, registrando quatro semanas de quedas consecutivas.
As incertezas em relação à Zona do Euro prevaleceram na semana, com os bancos espanhóis sinalizando fraqueza, enquanto a vitória do socialista François Hollande nas eleições francesas sinaliza que em vez de redução, os gastos possam ser elevados no país. Além disso, a provável saída da Grécia da União Europeia mostra que a região não é tão sólida como se imagina.
Contudo, apesar do cenário europeu preocupar, o que pesou para a semana negativa do mercado foram os fracos dados sobre a economia chinesa. "A China é a indústria do mundo. Ela que vai gerar o consumo e a demanda para a matéria-prima. Se o mercado parar por lá, o resto do mundo para ver o que está acontecendo. Desde 2009 a China não sofre uma desaceleração econômica tão grande como o que aconteceu agora", destaca Leonardo Hermoso, diretor da Tradeal Investimento.
Após realização, semana pode ser de repique
Apesar de o cenário externo pesar, Hermoso afirma que o que foi visto no mercado foi mais um movimento de realização de lucro e não um "desespero de venda" por parte do investidor. "Foi muito mais realização, pois o Ibovespa parou exatamente na média móvel de 200 períodos, que é onde o estrangeiro costuma olhar como um bom ponto de compra", afirma.
Na sequência da realização, o diretor da Tradeal acredita em um período de repique para a semana entre os dias 14 e 18 de maio, com o principal benchmark brasileiro buscando atingir os 62.900 pontos, após chegar próximo da importante barreira dos 59.300 pontos nesta semana. "Essa alta vai ser muito mais baseada em análise técnica do que em fundamentos", estima.
Ata do Fomc e Initial Claims nos EUA
Segundo Hermoso, a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), referente à reunião do dia 25 de abril, e o Initial Claims são os fatores que podem mudar o cenário do mercado. "Tenho receio da ata do Fomc. Nunca se sabe o que vem dela e as últimas vem demonstrando uma lenta recuperação da economia e é isso que pode mudar o humor do mercado na semana", pondera.
Os analistas José Francisco de Lima Gonçalves, Luiz Fernando Azevedo e Armênio Westin, da Fator Corretora, destacam ainda dois indicadores de atividade que devem chamar a atenção na agenda norte-americana: vendas no varejo e produção industrial.
Os analistas afirmam, baseados em pesquisa realizada pela Bloomberg, que o primeiro deve apontar uma desaceleração no crescimento das vendas em abril, após alta de 0,8% em março. Já a pesquisa para a produção industrial deve mostrar recuperação em abril, após a estabilidade apresentada no mês anterior.
Europa, Ásia e Brasil
Em continuidade aos indicadores divulgados na semana, o destaque na Europa será a divulgação das primeiras estimativas de PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2012 para a Zona do Euro, Alemanha e França.
Segundo os analistas da Fator Corretora, as expectativas coletadas pela Bloomberg apontam melhora na Alemanha na Zona do Euro. "Já o PIB francês pode desacelerar", relatam os analistas.
O bloco econômico também terá outros importantes indicadores, como a produção industrial e a balança comercial de março e o CPI (Consumer Price Index) de abril, além da pesquisa de sentimento econômico, também realizada para a Alemanha. Já na Ásia, o único indicador relevante na semana é a produção industrial no Japão.
No Brasil, os investidores chamam a atenção para os dados de vendas no varejo e para o IGP-10 (Índice Geral de Preço) de maio, para o qual a expectativa do Banco Fator é de 1%. "Os preços industriais no atacado estarão pressionados", sinalizam os analistas da Fator.

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