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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que é o Clube de Investimentos?


Trata-se de uma aplicação financeira criada por um grupo de pessoas que desejam investir seu dinheiro em ações das empresas, ou seja, tornar-se sócio delas. E, ao se tornar sócio de uma empresa, comprando suas ações, você terá direito a uma parcela dos lucros dela. Sabe por quê? Porque cada uma das ações representa um pedacinho do valor dessa empresa.

Como investir em Clubes?

Quais são as vantagens?
Acessibilidade Os participantes dos clubes de investimento terão as mesmas condições de comprar ou vender ações. O número mínimo de participantes é 3 e o máximo é 150.
Participação direta Os clubes de investimento permitem que os envolvidos participem diretamente de sua gestão, o que embora demande tempo e exija uma certa disciplina, constitui excelente forma de aprender como funciona o mercado.
Tranquilidade Aplicando-se em clubes, pode se criar o habito de aplicar mensalmente. Os investidores conseguem fazer com que suas aplicações mantenham-se na média.
Diversificação Outra vantagem é que com um volume maior, originado pela soma dos recursos de cada integrante do clube, é possível diversificar a aplicação. Investindo em ações de diferentes empresas e setores da economia, com custos de transação proporcionalmente menores.
Vantagem Tributária O clube é isento do Imposto de Renda. O cotista sö paga o IR na fonte no momento do resgate de suas cotas, e somente sobre o valor de resgate quando houver ganhos, de 15% sobre a rentabilidade, diferente do investimento direto em bolsa, onde o investidor deve pagar imposto na fonte sobre day trade e sobre vendas e pagar a FARF mensalmente sobre os ganhos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Day Trade – Estratégias e Técnicas



Definição de Day trade:

Day trade é  uma operação iniciada e encerrada no mesmo dia para um mesmo ativo, não importando a ordem com que as operações acontecem (compra e venda ou venda e compra). O objetivo desta estratégia é aproveitar a grande volatilidade diária no mercado de ações, opções ou índices. Apesar dos riscos neste tipo de operação serem menores, é preciso ser bastante experiente com investimentos, ter um bom método de negociação e segui-lo sempre com muita diciplina .

Técnicas de Day Trade:

As formas de se interpretar um gráfico do mercado funcionam igualmente para qualquer período, seja ele mensal, diário ou mesmo daytrade. Nesta modalidade, o que muda é a janela de tempo que estamos analisando, e portanto o tempo que temos para tomar determinadas decisões.  Fica claro que para quem tem pouca experiência, é muito mais difícil analisar rapidamente o que pode acontecer nos próximos 15 minutos, do que nos próximos 5 meses.

Estratégias Day Trade:

Antes de tentar se aventurar neste mundo dos investimentos relâmpago, é preciso estabelecer um prazo para os seus investimentos (curto ou longo prazo) e, apenas depois disso, escolher uma estratégia.  De nada adianta querer investir em ações no longo prazo e praticar o day trade, já que para isso haveriam outras opções interessantes como  fundos de investimento,  clubes de investimento ou mesmo comprar diretamente ações para deixar em carteira por um período maior.

Algumas dicas para Day Trade:

  • Teste mais de uma estratégia e escolha a que mais se encaixa no seu perfíl;
  • Tenha muita disciplina e paciência em sua execução;
  • Utilize sempre o artifício do “stop”;
  • Deixe sua intuição de lado e tenha motivos técnicos e justificativas racionais para comprar algum papel;
  • Não comprometa mais do que 2% do seu capital em uma única operação;
  • Não acredite que você vai ficar rico do dia para a noite.  Conseguir média de 5% ou mais por mês é luxo para poucos!



terça-feira, 27 de setembro de 2011

Teoria de Dow – Gráficos Análise Técnica

O que é a Teoria de Dow?

A Teoria de Dow é um estudo criado por Charles Dow que aborda a movimentação dos preços de ações, se tornando a base dos estudos de análise técnica no mercado financeiro.  Charles Dow viveu no começo do século XX e foi o primeiro a criar índices para acompanhar o mercado e o índice Dow-Jones.
Apesar de nunca ter escrito livro algum, suas observações serviram para muitos outros  estudiosos criarem teorias e mais teorias sobre o mercado.  A teoria de Dow unida a suportes e resistências, bandas de bollinger, macd, ifr, médias móveis, entre outros,  são o cerne da análise técnica que é uma das formas de se fazer dinheiro com o mercado de ações.

Os princípios da teoria:

  • Os índices dos preços descontam tudo, menos os atos de deus. Todos os fatores possíveis que afetam a cotação dos preços dos ativos (ações) são descontados por esses índices.  O valor dos preços consideram todas as notícias, resultados contábeis e financeiros, riscos de acidentes e etc.  De uma forma básica podemos dizer que não são as notícias que movimentam o mercado, é ele que move as notícias.

  • Os mercados se movimentam em tendências, que podem ser de alta ou de baixa. Por sua vez, as tendências podem ser primárias, secundárias e terciárias, segundo sua duração.  Há registros de que Dow gostava de comparar estas três tendências com o movimento das marés: A maré está alta ou baixa sendo um movimento primário,  as ondas que os surfistas pegam são o secundário, e o tercerário eram as marolas da orla.

  • Princípio de confirmação. Para confirmar uma tendência é necessário que os índices gráficos coincidam com a tendência, e portanto deve-se analisar dois ou mais índices financeiros.

  • Volume convergente. Dow dava a este aspecto uma importância secundária, mas ela diz que de o mercado está em uma tendência de alta o volume tende a aumentar, se em tendência de baixa o volume diminuirá.

  • Utiliza as cotações de fechamento para o calcular as médias. Não se leva em conta os máximos e mínimos para o cálculo de seus índice.  Este estudo é abordado de uma outra forma pela observação dos candlles.

  • A tendência é válida até que seja substituída por uma outra oposta. Até que os índices se confirmem, considera-se que a tendência atual siga em vigor, apesar de possíveis sinais aparentes de reversão. É um princípio que evita a troca de posição prematura (comprada ou vendida).


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vale deve distribuir US$ 9 bi a acionistas em 2011

A Vale está no meio de um programa de recompra de ações de até US$ 3 bilhões que vai até 25 de novembro


Mina da Vale
A remuneração ao acionista agora de US$ 3 bilhões é equivalente a US$ 0,579472982 por ação ordinária
São Paulo - A Vale deve distribuir US$ 9 bilhões aos acionistas em 2011, maior valor da história da mineradora e três vezes a cifra do ano passado. Nesta segunda-feira, a companhia anunciou, em comunicado, a proposta da diretoria de pagamento adicional de US$ 1 bilhão em remuneração aos acionistas.
A proposta será encaminhada ao Conselho de Administração da mineradora e compreende o pagamento da segunda parcela de remuneração mínima aos acionistas em 2011, no valor de US$ 2 bilhões, e a remuneração adicional de US$ 1 bilhão.
A Vale já pagou remuneração extraordinária aos acionistas no início do ano e a primeira parcela de dividendos mínimos a partir do fim de abril, além de remuneração adicional no fim de agosto. Somando os valores pagos anteriormente aos US$ 3 bilhões agora - US$ 2 bilhões de remuneração mínima e US$ 1 bilhão adicionais -, chega-se ao total de US$ 9 bilhões.
Além disso, a Vale está no meio de um programa de recompra de ações de até US$ 3 bilhões que vai até 25 de novembro. "O retorno de caixa aos acionistas de até US$ 12 bilhões evidencia nosso compromisso em otimizar a alocação de capital e a maximização do retorno para o acionista", destacou a mineradora.
A remuneração ao acionista agora de US$ 3 bilhões é equivalente a US$ 0,579472982 por ação ordinária ou preferencial em circulação. O Conselho da Vale apreciará a proposta da diretoria na reunião agendada para 14 de outubro. Todos os investidores com ações da Vale na Bovespa em 14 de outubro terão direito à remuneração. Para os donos de ADRs em Nova York e na Euronext Paris, a data será 19 de outubro. Para os detentores de HDRs em Hong Kong, a data de corte também será 19 de outubro.

Grécia

Chance de calote 'parcial' ganha força na Grécia

Governos europeus, nos bastidores, já admitem a inevitabilidade da quebra do país e passaram o fim de semana desenhando um escudo de proteção para o euro


Default temporário da Grécia
Default grego terá que ser amortecido com 2 trilhões para evitar uma contaminação generalizada e a ruína do euro
Atenas - Sem reconquistar a confiança dos mercados e diante de protestos cada vez mais violentos da população grega, ganha força a ideia de um calote "parcial e ordenado" na Grécia. Governos europeus, nos bastidores, já admitem a inevitabilidade da quebra do país e passaram o fim de semana desenhando um escudo de proteção que poderia chegar a 2 trilhões para evitar uma contaminação generalizada e a ruína do euro.

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) desembarcará nos próximos dias em Atenas para avaliar se a Grécia tem mesmo condições de atingir suas metas de redução de déficit, depois que o governo anunciou mais uma rodada de cortes. Caso a avaliação seja negativa, não será liberada a sexta parcela do empréstimo e o governo já admite que ficará sem dinheiro até o final de outubro.
Informações sobre a possibilidade de um calote parcial circularam já no final da sexta-feira. A notícia incendiou o meio político grego e deve dominar as avaliações no mercado financeiro nos próximos dias.
Funcionários do governo socialista de Atenas, entre eles o ministro de Finanças, teriam admitido a parlamentares que poderiam fechar um entendimento sobre um calote de metade de sua dívida de 350 bilhões, diante de uma série de medidas para evitar um contágio na Espanha e Itália.
A informação foi desmentida pelo governo. Ontem, em Washington, o chefe da pasta de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, insistiu que o país tem a confiança dos parceiros internacionais e faria de tudo para atingir as metas de redução de déficit. Enquanto ele falava, 2 mil manifestantes se enfrentavam com a polícia no centro da capital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Entenda a crise mundial

Entenda a crise mundial de 2011
Será mesmo que vivemos uma nova crise? Ou é apenas uma crise continuada de 2008? A verdade é que não importa se é ou não a mesma, mas sim qual a magnitude que os atuais problemas irão trazer.
Grécia é a bola da vez não apenas pela magnitude de seu problema, mas porque está na iminência de dizer: “devo, não nego e não pago nem quando puder”. Em resumo, um calote. Resta saber o tamanho dele. Fala-se em metade da dívida. Algo como 175 bilhões de EUROS. Nos próximos dias saberemos na verdade como será feito.
Para entendermos melhor, voltemos no tempo. A crise financeira de 2008 foi gerada por uma bolha imobiliária americana. Ok, mas como funcionou exatamente?

Crise de 2008

Os bancos emprestaram dinheiro para pessoas que não tinham condições de pagar o financiamento. O famoso subprime. A quantidade de dinheiro emprestado pelos bancos era tão grande que quando as pessoas se viram sem condições de pagar os empréstimos, vários bancos foram quebrando. E como o mercado financeiro é globalizado, vários bancos sentiram. E os governos socorreram.
Ações coordenadas pelos bancos centrais do mundo inteiro evitaram o colapso do sistema financeiro mundial. Várias instituições foram resgatadas. As maiores do mundo, como o CITIGROUP.

Crise mundial de 2011

Mas agora o problema é outro! Os próprios países estão extremamente endividados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha têm dívidas colossais. Itália deve 120% de seu PIB.
Há ainda um agravante. A Europa está estagnada. É um continente de idade avançada da população. Desemprego está alto o que dificulta o crescimento econômico. Quem resgata hoje os estados? Quem sofrerá com um calote da dívida grega? Bancos franceses e alemães têm boa parte da dívida. Eles sofreriam prejuízos enormes em seus balanços. Poderíamos então ter um efeito dominó. Bancos novamente quebrando e estados sem recursos para resgatá-los. O pior dos mundos.
Para agravar mais a situação, a maior economia mundial, os Estados Unidos, não conseguem engrenar. Os estímulos não estão funcionando e o desemprego não é reduzido. Novos estímulos estão sendo anunciados, mas o ceticismo é grande diante do que realmente vai acontecer com os novos pacotes americanos.

E o Brasil?

No âmbito nacional, vivemos um momento diferente. Brasil é a bola da vez. Copa do Mundo, Olimpíadas, etc. O que gosto de frisar é que podemos ter uma relação dívida/PIB igual a Européia se não focarmos no hoje. O nome disso?
Superávit primário. Essa é a maquiagem. O Brasil fala hoje que gasta menos do que arrecada. Uma verdade. Porém, quando nesta conta entra os juros, o Brasil precisa injetar mais dinheiro. Ou seja, emitir mais dívida. Isso é uma bola de neve que precisa ser estancada no começo do problema para não termos o mesmo fim Europeu.

sábado, 24 de setembro de 2011

CURSOS A DISTANCIA DO SITE 24 HORAS

Educação a Distância - 10 Motivos para Estudar



Motivo 1 Rápido e Prático motivo 1
Fazer Cursos Online é uma forma rápida e prática de aprender. É possível iniciar um curso em qualquer dia, não é necessário apresentar documentos ou participar de processos burocráticos para iniciar as aulas.
Motivo 1 Valores Acessíveis motivo 2
Nossos cursos variam entre R$ 20,00 e R$ 60,00. Um treinamento parecido em outras instituições pode custar mais de R$ 500,00. Nossa eficiência e alto volume de alunos possibilitam oferecer cursos de alta qualidade por valores reduzidos. Além disso, não há nenhuma cobrança de mensalidade em nossos cursos, eles são pagos uma única vez.
Motivo 1 Flexibilidade motivo 3
O processo é totalmente flexível: Flexibilidade de Local, Flexibilidade de Horário, Flexibilidade de Duração do Curso. Estude de onde preferir, da sua casa, trabalho, faculdade, lan-house ou de qualquer computador, faça nos seus horários disponíveis e conclua os cursos em quanto tempo desejar. Tudo é feito de acordo com seu ritmo, sem compromisso com prazos e horários fixos.
Motivo 1 Não necessita se locomover motivo 4
Fazendo nossos Cursos Online você não gasta com locomoção até uma escola presencial, não perde tempo no trânsito. Isso significa mais tempo livre para estudar, resultando em um melhor aproveitamento.
Motivo 1 Banco de Currículos motivo 5
Diversas empresas contatam-nos e solicitam indicações de alunos para vagas de emprego. Ao estudar conosco, você pode incluir seu currículo no Banco de Currículos e ser indicado para vagas relacionadas aos cursos feitos.
Motivo 1 Certificado Válido em Todo o Brasil motivo 6
O Certificado é válido em todo o Brasil e em vários outros países, ele pode ser utilizado em faculdades, empresas públicas e privadas, concursos e provas de título, entre outros.
Motivo 1 Empresa Mantenedora da ABED motivo 7
O Cursos 24 Horas é uma empresa mantenedora da ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância. Nosso nome e logo é exibido na página de Mantenedores da ABED.
Motivo 1 Funcionários treinados conosco motivo 8
Outra prova de qualidade do sistema de ensino é o número de empresas que já tiveram funcionários treinados conosco. Veja na imagem ao lado algumas dessas empresas.
Motivo 1 Seu Currículo fica Atualizado motivo 9
Todos os cursos podem ser incluídos em seu currículo. As pesquisas comprovam que manter o currículo atualizado é uma das formas mais eficientes para ser promovido, conseguir um novo emprego, ou até mesmo evitar uma demissão do emprego atual.
Motivo 1 Professores Altamente Qualificados motivo 10
Uma equipe de professores altamente qualificados fica à disposição para atender aos alunos, corrigindo exercícios, enviando material adicional e tirando todas as dúvidas que possam surgir durante o curso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Perguntas e respostas: a crise financeira na Europa

Crise do euro

 A Europa, sempre lembrada como uma região de altíssimo desenvolvimento econômico e bem-estar social, agora tem sua imagem associada a turbulências de mercado. Entenda como o descontrole das contas públicas e as particularidades políticas do continente conduziram a zona do euro a uma crise financeira que levará anos para ser totalmente superada.
 
1. Por que a Europa passa por uma crise?
A formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do euro. No caso da economia grega, exemplo mais grave de descontrole das contas públicas, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados europeus.
 
2. Quando os investidores passaram a desconfiar da Europa?
Os primeiros temores remontam 2007 quando existiam suspeitas de que o mercado imobiliário dos Estados Unidos vivia uma bolha. Temia-se que bancos americanos e também europeus possuíam ativos altamente arriscados, lastreados em hipotecas de baixa qualidade. A crise de 2008 confirmou as suspeitas e levou os governos a injetarem trilhões de dólares nas economias dos países mais afetados. No caso da Europa, a iniciativa agravou os déficits nacionais, já muito elevados. Em fevereiro de 2010, uma reportagem do The New York Times revelou que a Grécia teria fechado acordos com o banco Goldman Sachs com o objetivo de esconder parte de sua dívida pública. A notícia levou a Comissão Européia a investigar o assunto e desencadeou uma onda de desconfiança nos mercados. O clima de pessimismo foi agravado em abril pelo rebaixamento, por parte das agências de classificação de risco, das notas dos títulos soberanos de Grécia, Espanha e Portugal.
 
3. Quais países se encontram em situação de risco na Europa e por quê?
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - que formam o chamado grupo dos PIIGS - são os que se encontram em posição mais delicada dentro da zona do euro, pois foram os que atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente. Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas economias. Como não possuem sobras de recursos (superávit), entraram no radar da desconfiança dos investidores. Para este ano, as projeções da Economist Intelligence Unit apontam déficits/PIB de 8,5% para Portugal, 19,4% para Irlanda, 5,3% para Itália, 9,4% para Grécia e 11,5% para Espanha.
 
4.Por que o bloco europeu não consegue regular sua política fiscal como os Estados Unidos, por exemplo?
Apesar de ter um órgão responsável pela política monetária, o Banco Central Europeu (BCE), que estabelece metas de inflação e controla a emissão de euros, a União Européia não dispõe de uma instituição única que monitora e regula os gastos públicos dos 16 países-membro. Dessa maneira, demora a descobrir os desleixos governamentais e, quando isso acontece, inexistem mecanismos austeros de punição. Em 1999, os países da região encerraram um ciclo de discussões chamado Pacto de Estabilidade e Crescimento. Em resumo, as nações comprometeram-se com a questão do equilíbrio fiscal. Àquelas altamente endividadas ficou a imposição de apresentar ‘planos de convergência’ para patamares de dívida mais aceitáveis. As sanções seriam recolhimentos compulsórios e multas. Contudo, sua aplicação não seria automática, ficando na dependência de uma avaliação pelo Conselho Europeu. A política mostrou-se insuficiente para controlar os gastos públicos dos PIIGS.
 
5.A crise financeira pode afetar a economia real da Europa?
A desconfiança em relação à Europa pode disseminar pânico no mercado e fazer com que bancos fiquem excessivamente cautelosos ou até parem de liberar crédito para empresas e clientes. Os investidores, ao venderem ações e títulos europeus, provocam fuga de capitais da região. Sem poder provocar uma maxidesvalorização do euro, haja vista que isso prejudicaria aqueles países que têm as contas controladas, a opção é impor sacrifícios à população, como corte de salários e congelamento de benefícios sociais. Tudo isso implica menos dinheiro para fazer a economia girar - justo num momento em que a zona do euro precisa crescer e aumentar sua arrecadação para diminuir o endividamento. O risco é a criação de um círculo vicioso, em que uma estagnação ou, até mesmo, uma recessão, prejudique os esforços de ajuste fiscal - o que levaria a medidas de austeridade ainda mais severas, mais recessão, e assim por diante. Num segundo momento, a Europa, como um dos maiores mercados consumidores do mundo, diminuiria o ritmo de importação de bens e serviços e prejudicaria a dinâmica econômica global.
 
6. Por que o euro se desvaloriza?
A possibilidade de que governos e empresas da região tornem-se insolventes faz com boa parte dos investidores simplesmente não queira ficar exposta ao risco de ações e títulos europeus. Na primeira metade do ano, o que se viu foi um movimento de venda destes papéis e fuga para ativos considerados seguros, como os títulos do Tesouro norte-americano. Tal movimento, de procura por dólares e abandono do euro, fez com que a cotação da moeda européia atingisse valores historicamente baixos. As moedas também refletem o vigor das economias. Assim, argumentam os analistas, a tendência de longo prazo é de fortalecimento do dólar e das moedas dos países emergentes (real inclusive), enquanto a Europa não conseguir resolver seus problemas fiscais e criar condições para um crescimento econômico mais acentuado.
 
7. O que foi feito para evitar a derrocada do euro?
Dois pacotes de socorro foram aprovados com o intuito de ganhar tempo para a tarefa de reorganizar as contas dos países mais endividados e restabelecer a confiança dos investidores na região. O primeiro voltava-se exclusivamente à Grécia e somou cerca de 110 bilhões de euros. O montante, levantado pelo Fundo Monetário Internacional (€ 30 bilhões) e pelos governos dos países da zona do euro (€ 80 bilhões), deve ser liberado de forma progressiva num prazo de três anos. O segundo foi a constituição de um fundo emergencial de 750 bilhões de euros para situações de crise na União Européia. Qualquer país da região estaria apto a recorrer a ele. A maior parte, € 500 bilhões, virá de países europeus e o restante, € 250 bilhões, do FMI.

Mercados mandam um sinal de alerta para a economia real

Economia global já dá sinais de enfraquecimento e mostra que foi atingida pela volatilidade


Bolsa de Nova York (Wall Street)
São Paulo – A volatilidade do mercado financeiro já bate na porta da economia real. Ao redor do mundo os empresários e consumidores estão maios receosos e ressabiados sobre as perspectivas para os próximos anos. “Quedas dramáticas nos preços das ações nem sempre são um prognóstico de uma recessão, mas, na maioria das vezes, elas são”, alerta Steven Barrow, analista do Standard Bank.

Nesta quinta-feira, os investidores deram outra demonstração do quão estão pessimistas com as recentes evoluções sobre uma solução para evitar um calote da Grécia, o que poderia espraiar a crise para os bancos da região, e para tirar os Estados Unidos do marasmo e reativar a criação de empregos. Hoje a taxa de desemprego do país está em 9,1%. No Brasil, por exemplo, o nível de desocupação está em 6%.
A bolsa brasileira despencou 4,83% nesta quinta-feira, aos 53.280 pontos. Em Wall Street também houve pânico. O índice Dow Jones recuou 3,51%, o S&P 500 3,19% e o Nasdaq 100 mais 3,25%. O FTSEurfirst 300, principal índice das ações europeias, recuou 4,6% e atingiu o menor nível em 26 meses. O dólar comercial, após disparar para R$ 1,95 ao longo do dia, terminou cotado a R$ 1,90. E isso tudo aconteceu após o Banco Central americano (Federal Reserve) ter anunciado ontem mais uma medida para reativar a economia.

O problema é que o mercado esperava uma terceira rodada de ajuda ao estilo de um Afrouxamento Quantitativo 3 (QE3), ou seja, a impressão de mais dinheiro. Mas o que a equipe de Ben Bernanke revelou foi a chamada “operação twist”. O mecanismo visa a venda de 400 bilhões de dólares de títulos do governo de até 3 anos e a compra do mesmo montante em notas entre 6 a 30 anos. Apesar de não significar mais dinheiro na economia, a manobra foi desenhada para baixar os juros de longo prazo, o que ajudaria a reduzir também os cobrados em toda a economia, o que poderia dar um estímulo adicional para os consumidores e empresas. Mas a resposta não foi tão boa.

Mohamed El-Erian, presidente da Pacific Investment Management Co., dona do maior fundo de renda fixa do mundo, disse hoje que o mundo está à beira de uma nova crise financeira, com epicentro em dívidas soberanas. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que a economia global está numa “zona perigosa”, e a presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, disse que são grandes os “riscos de contração”.

Atividade enfraquece
Os efeitos da crise sobre a confiança do empresariado já podem ser sentidos em todo o mundo. A atividade manufatureira e do setor de serviços na Europa, que mostravam um leve crescimento, passaram a cair em setembro. Os resultados foram os piores desde julho de 2009. No Reino Unido, o indicador CBI mostrou um crescimento de 9% nos fabricantes que informaram pedidos mais fracos que o normal.
Eles citaram “a volatilidade nos mercados financeiros e a desaceleração do crescimento em seus maiores parceiros de negócios”. Nem a China escapou da desaceleração. O indicador de atividade manufatureira do HSBC para agosto, também divulgado nesta quinta-feira, mostrou uma puxada na produção e também nas novas ordens.
O Brasil e a inflação
Por aqui, os economistas dizem que o governo brasileiro tem afugentado os investidores ao reduzir a visibilidade sobre a economia do país, tanto por medidas inesperadas como o corte da Selic, quanto por meio de impostos. O Banco Central, liderado por Alexandre Tombini, pegou todo mundo de surpresa ao tesourar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, que agora está em 12% ao ano.
A estratégia é dar um fôlego adicional para a economia em meio à crise financeira, conforme disse em sua nota publicada ao mercado. O Copom disse que o ambiente internacional irá contribuir para acelerar a moderação da atividade. “Dessa forma, no horizonte relevante, o balanço de riscos para a inflação se torna mais favorável. A propósito, também aponta nessa direção a revisão do cenário para a política fiscal”, diz um trecho do comunicado.
Mas o tiro pode sair pela culatra, principalmente com o efeito da dispara do dólar, que subiu 11% apenas nos últimos cinco dias. “As moedas emergentes tendem a sofrer no curtíssimo prazo, movimento similar ao ocorrido na eclosão financeira de 2008”, afirma Eduardo Velho, economista da Prosper, que não descarta um dólar R$ 2. A pedido de EXAME.com, o analista da Tendências Thiago Curado fez algumas simulações. Se o dólar médio no quarto trimestre for de R$ 2, a inflação oficial pularia para 7,21%.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bovespa abre em queda afetada pelo mercado exterior


Sala de operações da Bovespa.
Ibovespa abriu caindo 2,42% e pode perder o suporte em torno dos 56 mil pontos do pregão de ontem Bolsa está nos 54.625,65 pontos

São Paulo - O derretimento dos mercados financeiros globais em reação às declarações sombrias do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) ontem provoca efeitos catastróficos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, com a redução da exposição ao risco testando importantes níveis de suporte. A onda de reprecificação atinge, principalmente, as ações ligadas às matérias-primas, já que as commodities passam por uma intensa onda vendedora no exterior em meio ao dado fraco sobre a atividade na China. Às 10h09, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 2,42%, aos 54.625,65 pontos.

Segundo análise gráfica do analista da XP Investimentos Gilberto Coelho, depois de o Ibovespa perder o suporte em torno dos 56 mil pontos no pregão de ontem, o índice à vista passou a formar uma "estrela cadente", na qual há maior probabilidade de baixa, levando a uma realização de lucros em direção aos suportes em 54,1 mil pontos ou até mesmo ao 51,8 mil pontos.
E essa pressão negativa vem totalmente do exterior, onde os índices acionários norte-americanos e europeus imprimem fortes perdas. O motivo para tamanha retração passa pela frustração dos investidores com a decisão de política monetária do Fed, na tarde desta quarta-feira.
Apesar de o banco central norte-americano ter confirmado as expectativas e lançado a Operação Twist - que alcançará um total de US$ 400 bilhões até junho de 2012 -, a visão sombria sobre os riscos e as perspectivas para a economia dos EUA que acompanhou a decisão fere o sentimento entre os investidores e promove uma corrida por segurança. Mas, há dúvidas sobre a eficácia da troca de títulos de curto prazo pelos de longo prazo na carteira do Fed sobre a atividade real.
Somado à isso, as commodities desabam por causa da piora na leitura preliminar do índice PMI de atividade industrial na China em setembro, que acentuou a desaceleração para aquém da linha divisória de 50. O dado cedeu à mínima em dois meses, a 49,4 neste início de mês, de 49,9 no dado final de agosto.

Produção de baixo custo apenas na China é coisa do passado

São Paulo – Estudo produzido pela consultoria KPMG afirma que pensar na China como o lugar ideal para se terceirizar a produção é coisa do passado. O país já começa a abandonar sua posição de fabricante de itens de baixo custo.
Nick Debnam, responsável pela divisão de Mercado Consumidor para Ásia e Pacífico da KPMG, afirma que é possível observar dispersão da produção de alguns itens, antes concentrada na China. “Um dos exemplos é a confecção de calçados, deslocada para o Vietnã e a Indonésia”, diz.
Por enquanto, a China continua líder na manufatura de bens de menor valor. Nenhum país da região consegue igualar sua escala de produção e raros são os que apresentam uma infraestrutura com chances de competir. Entretanto, além dos salários no país terem aumentado, e os custos de produção, crescido, há também o fato de que a média de idade da população economicamente ativa da China vem aumentando.
O estudo aponta 10 países do sul e do sudeste asiático que, por terem média salarial mais baixa, incentivos para atrair fábricas estrangeiras e uma força de trabalho mais jovem, são promissores candidatos a se tornarem a próxima China dentro de poucas décadas. Veja nas fotos ao lado quais são estes países

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Queda da bolsa – O que fazer?



O mercado está a todo vapor, as ações  em uma trajetória de alta, o cenário interno e externo apontam para um período de estabilidade, e você está com parte do seu dinheiro aplicado em ações. Porém, certo dia você percebe que o mercado começa a se comportar de maneira diferente, e as ações que você está comprado param de subir.
Você sabe o que fazer com uma possível queda da bolsa?
Saber aproveitar situações em que o mercado financeiro passa de otimista para pessimista é um diferencial para o investidor.  Conheça algumas dicas para agir nesta situação,  e veja como é possível ganhar com isso.

  • Não fique imóvel – Um grande erro de muitos investidores iniciantes é ficar parado olhando o mercado desabar.  Para vencer na bolsa é preciso agir com a bolsa em alta ou em baixa, seja adquirindo novas posições ou se desfazendo de outras que você já possui.
  • Mude a composição de sua carteira de aplicações - Realize as vendas de empresas que tiveram baixas com a queda da bolsa e compre outras mais promissoras;
  • Compre papéis de empresas que fazem parte do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial - Faça uma análise para saber se empresas que estão dentro desse grupo não foram afetadas pela instabilidade, caso contrário dê prioridade para empresas que fazem parte desse grupo.
  • Compre ações de empresas sólidas - Aproveite a baixa nos preços das ações e adquira aos poucos e enquanto durar o período da crise financeira.
  • Venda opções – Faça venda coberta de opções para as ações que você tiver em carteira ou opere travas de baixa, caso você seja um investidor mais experiente;
  • Alugue suas ações para especuladores - Alugar ações é sempre uma opção para remunerar carteiras de longo prazo, mesmo com o mercado em alta.  É possível obter um rendimento extra de aproximadamente 3% ao ano com isso.
  • Alugue ações de investidores - Você pode alugar ações que estão em queda e vender no mercado, para posteriormente compra-las mais barato e lucrar com isso.

Para investidores mais agressivos e que tenham capacidade de arriscar parte do capital, realizar operações elaboradas de curto prazo podem aumentar a lucratividade.  Tenha sempre cautela e  estude o mercado financeiro, pois desta forma seus resultados serão melhores no longo prazo.

Orçamento Pessoal


Talvez este seja o início de tudo.  A base para ser um bom investidor é ter o capital disponíveis para investir certo?  De fato parece uma afirmação muito óbvia mas a grande maioria das pessoas que pensam em começar a investir não sabem fazer um orçamento pessoal adequado,  gastando mais do que poderiam e não acumulando reserva no final do mês.
Temos que primeiro parar para pensar que é esta reserva que vai possibilitar aplicar em algum investimento e obter com isso lucro no longo prazo.  Portanto antes de se perguntar aonde investir, qual ação comprar, ou qual fundo de investimento eu devo aplicar, é necessário saber como fazer um orçamento pessoal eficaz e segui-lo com disciplina.
Aliás, disciplina é uma grande qualidade de um investidor de sucesso, pois de nada adianta um método de investimento bom com uma má execução.  Deixando este assunto da disciplina do investidor para outro artigo, finalizo com o vídeo educativo abaixo sobre como fazer um orçamento pessoal.  A abordagem é de forma bem didática, numa linguagem fácil para todos os iniciantes