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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


As 10 ações que mais subiram e caíram em agosto

Mês foi de alta para a bolsa, mas matador para as empresas elétricas; Gafisa vive redenção

 
São Paulo - O mês de agosto foi de alta uma leve alta de 1,72% para a Bovespa. O tímido desempenho, contudo, esconde a alta volatilidade de alguns papéis e setores, principalmente o imobiliário (IMOB) e o de energia elétrica (IEE). O primeiro viu uma disparada de 9,95% e, o segundo, uma baixa de 5,57%. Foi um verdadeiro mês do cachorro louco para algumas tradicionais queridinhas dos dividendos do setor elétrico.
"Neste mês de agosto, as especulações de ações dos Bancos Centrais ficaram em voga. A cada dado econômico divulgado em algum dos principais mercados internacionais, as especulações aumentavam ou diminuíam, gerando diversas repercussões", resume a equipe de análise da UM Investimentos em um relatório assinado por Ignacio Fravega e outros analistas.
A sexta-feira terminou sem o tão esperado anúncio de um novo estímulo econômico pelo presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke. As apostas agora se concentram para as próximas reuniões oficiais de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) - 6 de setembro - e do BC americano (Federal Reserve) - em 12 de setembro.
10 do mês
As ações da Gafisa (GFSA3dispararam 61,35% neste mês após a apresentação dos resultados do segundo trimestre e a diminuição do impacto da Tenda sobre o balanço da companhia. Para a surpresa dos analistas, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 149 milhões de reais, bem a frente da expectativa consensual de 97 milhões de reais. Os números incentivaram uma forte disparada das ações na bolsa.
CódigoEmpresa/TipoPreço (R$)Variação (%)
GFSA3Gafisa ON4,0561,35
BISA3Brookfield ON4,0732,57
RSID3Rossi ON6,0830,75
MRFG3Marfrig ON11,521,69
BTOW3B2W ON7,9719,31
PDGR3PDG Realty ON3,9515,84
USIM3Usiminas ON9,4814,91
CYRE3Cyrela Realty ON16,5111,55
OGXP3OGX ON6,311,5
DASA3Dasa ON12,8111,39
O bom resultado é consequência da contribuição positiva da Tenda, que vinha dando prejuízos. A margem bruta teve um bom incremento também, de 27%, dado ao aumento na participação da Gafisa e de Alphaville na receita. Além disso, a empresa obteve uma geração de caixa operacional positiva de 231 milhões de reais no trimestre. Rumores também consideraram a possibilidade da venda da Tenda para o governo federal.
10 - do mês
O governo brasileiro está disposto a baixar as tarifas do setor elétrico, o que pode afetar a geração de caixa de parte das companhias. Além disso, uma Medida Provisória editada ontem deu calafrios às empresas que têm concessões para vencer em breve, como são os casos da Cesp, Cemig, Eletrobras e Transmissão Paulista (TRPL4). E foi justamente essa última companhia que mais agonizou na bolsa em agosto, com uma forte desvalorização de 21,6%.
CódigoEmpresa/TipoPreço (R$)Variação (%)
TRPL4CTEEP PN45,1-21,63
OIBR4OI PN7,71-18,48
OIBR3Oi ON9,15-17,34
CESP6CESP PNB31,45-15,34
BRAP4Bradespar PN26,5-13,77
CPLE6Copel PNB36,39-13,52
CMIG4Cemig PN34,65-11,56
UGPA3Ultrapar ON43,4-9,14
VALE3Vale ON33,78-9,07
VALE5Vale PNA33,18-8,85
O banco Santander estima uma redução média das tarifas em 13%. "Além disso, acreditamos numa redução de 35% nas tarifas de geração e distribuição cujas concessões estejam vencendo. Atualmente, as empresas que mais seriam afetadas negativamente por essa nova política de concessão do governo são Cesp, Eletrobras e Transmissão Paulista", mostra a análise assinada por Leonardo Milane, estrategista de pessoa física.
"O fato é que o momento serviu como gatilho para a realização de lucros em todas as empresas do setor, pois a atual incerteza e a forte performance verificada nos últimos anos na comparação com o Ibovespa corroboraram essa decisão", ressalta o analista da Ágora Corretora, Filipe Acioli.

Novo Ibovespa vai a 69 ações com Cetip e Suzano

Prévia tem um total de 69 papéis de 64 empresas, segundo informações da BM&FBovespa

 
São Paulo - A terceira prévia da carteira teórica do índice Ibovespa para o período de setembro a dezembro incluiu as ações da câmara de compensação Cetip e da Suzano Papel e Celulose, num total de 69 papéis de 64 empresas, segundo informações da BM&FBovespa.
Até a segunda prévia, divulgada em 16 de agosto, a composição da carteira se mantinha inalterada, com 67 ativos de 62 empresas.
A ação da Cetip entrou na carteira com peso de 0,665 por cento, enquanto o papel preferencial da Suzano retornou ao índice com peso de 0,671 por cento.
O papel preferencial da Vale seguiu com a maior participação, 9,128 por cento ante peso de 9,226 por cento na carteira que vigora até esta sexta-feira.
Em seguida aparecem as preferenciais da Petrobras , com 8,226 por cento ante 8,068 atuais. Os papéis da petrolífera OGX aparecem com peso de 5,157 por cento ante participação de 5,069 por cento até esta sexta-feira.
A lista das principais ações do índice é completada com Itaú Unibanco, com peso de 4,478 por cento, seguida por PDG Realty, com 3,648 por cento.


Bradesco lidera apostas dos analistas de ações no Brasil

BlackRock e Citigroup também acreditam que as ações de bancos vão disparar no 2º semestre

 
Se existe uma ação que os analistas dizem que os investidores devem comprar no segundo semestre, é a do Banco Bradesco SA. Dos 24 analistas que cobrem o segundo maior banco da América Latina em valor de mercado, 18 recomendam a compra, o maior percentual entre as empresas do Ibovespa, segundo dados compilados pela Bloomberg. Banco do Brasil SA e Itaú Unibanco Holding SA ficam em quarto e sexto, respectivamente, entre os 67 membros do índice.
BlackRock Inc. e Citigroup Inc. apostam que as ações de bancos vão disparar no segundo semestre do ano, depois que o Banco Central cortou a taxa básica de juros para sua mínima histórica, o que deve ajudar a reduzir a inadimplência, atualmente no nível mais alto em 30 meses.
O Comitê de Política Monetária, liderado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, cortou a Selic em 5 pontos percentuais, para 7,5 por cento, nos últimos 12 meses, mais do que qualquer outro país do Grupo dos 20.
"Minhas principais recomendações de compra são bancos e ações de consumo discricionário, pois os múltiplos ainda são atraentes para esses setores", disse Jason Press, estrategista do Citigroup para a América Latina em Nova York, em entrevista por telefone.
"Esperamos uma reaceleração liderada pelo consumo na economia brasileira no segundo semestre deste ano."
O Bradesco é negociado a 12 vezes seu lucro, comparado a 11 vezes do Itaú e 5,9 vezes do Banco do Brasil, segundo dados da Bloomberg. No índice MSCI World/Banks, a razão média é de 15 vezes.