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sábado, 30 de junho de 2012


Diretor presidente de OGX renuncia ao cargo


Os papéis da petroleira sofreram fortes perdas nos dois últimos pregões; Mendonça será substituído por Luiz Carneiro, atual diretor presidente da OSX

29/5/2012 às 7:50hs

SÃO PAULO - A OGX Petróleo e Gás Participações informou na noite desta quinta-feira que Paulo Mendonça renunciou ao cargo de diretor presidente da companhia, conforme fontes haviam adiantado mais cedo à Agência Estado.
Mendonça será substituído por Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual diretor presidente da OSX. Carneiro, por sua vez, será sucedido por Carlos Eduardo Sardenberg Bellot, atual diretor de Operações, Engenharia, Afretamento e Desenvolvimento da OSX. 
"Consolidando a natural evolução da OGX para uma nova fase em que a produção adquire especial importância, sem qualquer prejuízo da continuidade da campanha exploratória, o conselho de administração da companhia, presidido pelo Sr.Eike Batista, deliberou pela nomeação do Sr. Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual diretor presidente (CEO) da OSX, para o cargo de diretor presidente da OGX", diz o comunicado da OGX. "Após um bem sucedido ciclo exploratório, iniciado em 2008, o atual diretor presidente da companhia, Sr. Paulo Mendonça, deixará o posto para ocupar a posição de conselheiro da Presidência do Grupo EBX." 
Os papéis da OGX petrolífera sofreram fortes perdas nos dois últimos pregões, após a divulgação, na terça-feira, de novos dados sobre o nível de produção da empresa no campo de Tubarão Azul.

Dividendos e renda fixa prefixada são as melhores aplicações de junho

Ibovespa e demais fundos de ações apresentaram desempenho próximo de zero

Julia Wiltgen - EXAME.com
  
São Paulo - A Bolsa terminou junho novamente com maus resultados, com o Ibovespa fechando o mês com queda de 0,25%. O tombo teria sido maior se, nesta-sexta feira, o índice não tivesse recuperado fôlego e subido 3,23%. A melhor aplicação para o investidor pessoa física, no entanto, foram os fundos de dividendos (ao menos até o dia 26) e os títulos públicos prefixados - LTNs e NTN-Fs - negociados via Tesouro Direto.
Veja na tabela abaixo o desempenho das aplicações no mês de junho:
AplicaçãoNo mês (%)No ano (%)Fechamento em
Fundos de Ações - Dividendos1,148,8726/06/2012
LTN (vencimento em 01/01/2013)0,91*6,0829/06/2012
NTN-F (vencimento em 01/01/2013)0,90*6,0129/06/2012
Fundos Multimercado Multiestratégia0,697,2326/06/2012
LFT (vencimento em 07/03/2013)0,69*4,6929/06/2012
Selic0,584,5828/06/2012
CDI0,574,5228/06/2012
Fundos Multimercados Juros e Moedas0,565,6626/06/2012
Fundos Multimercado Macro0,559,0726/06/2012
Fundos referenciados DI0,554,6726/06/2012
NTN-B (vencimento em 15/08/2012)0,55*4,4529/06/2012
Fundos de renda fixa0,545,4526/06/2012
Poupança0,503,2728/06/2012
Fundos de ações Ibovepa Ativo0,320,2626/06/2012
Ibovespa-0,25-4,2329/06/2012
Dólar comercial-0,357,5429/06/2012
Fundos de Ações Livres-0,532,7026/06/2012
Fundos de Ações - Small Caps-1,482,9826/06/2012
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento.
Fontes: Anbima, Banco Central e BM&FBovespa.
A crise externa combinou-se com o baque nas ações da Petrobras e principalmente da OGX,ambas de grande peso no Ibovespa, para puxar o índice para baixo. As quedas foram minimizadas nesta sexta mesmo, em função de boas notícias vindas da Europa. A União Europeia anunciou a criação de um órgão supervisor comum para os bancos, que permitirá a recapitalização direta das instituições financeiras por meio do fundo de resgate permanente europeu. "O desempenho da Bolsa daqui para frente vai depender de como o mercado vai digerir essas medidas, se serão suficientes ou não, e de sua implementação. Mas julho pode ser um mês bom", diz o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Apesar do bom dia de pregão, junho foi marcado pela vitória do partido Nova Democracia na Grécia de um lado - o que trouxe alívio ao mercado sobre uma possível saída da Grécia da Zona do Euro - e do outro pela crise bancária na Espanha, onde as instituições financeiras sofrem com a inadimplência e precisaram de resgate.
Na Bolsa brasileira, houve impacto negativo nas ações da Petrobras, devido ao reajuste nos preços dos combustíveis abaixo do esperado. Mas o destaque mais negativo do mês foi a OGX, que descobriu que sua capacidade de produção no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos (RJ), era inferior ao inicialmente esperado, de acordo com relatório do Bank of America Merrill Lynch. No mês, os papéis da Petrobras recuaram cerca de 3% e os da OGX despencaram mais de 50%.
Com exceção dos fundos de dividendos, os demais fundos de ações tiveram desempenho ruim, em média. Vale lembrar, porém, que o fechamento da indústria de fundos é do dia 26 de junho, não incorporando ainda a alta desta sexta-feira. Mesmo assim, o desempenho de fundos de ações livres, Ibovespa ativo e de small caps foi próximo de zero, ainda que no acumulado do ano eles ainda estejam em alta.
Onde a pessoa física ganhou
As melhores aplicações do mês para o investidor pessoa física foram os fundos de dividendos, que ganharam, em média, 1,14% no mês. Os fundos de dividendos foram os únicos fundos de ações que conseguiram, na média, apresentar bom desempenho no mês. As ações defensivas oscilam menos em tempos de crise, e o pagamento de dividendos ajuda a amenizar as eventuais quedas.
As outras aplicações de sucesso para a pessoa física foram os títulos públicos prefixados - LTNs e NTN-Fs, que ganharam cerca de 0,9% em junho e cerca de 6% no ano. Após o corte de 0,5 ponto percentual na Selic no fim de maio, o mercado foi revendo para baixo sua expectativa de juros para o fim do ano, e os papéis prefixados mais curtos tiveram ganhos.
Por outro lado, as NTN-Bs mais curtas, atreladas à inflação, não vêm performando tão bem. A que vence em agosto deste ano teve ganho de apenas 0,55% no mês e 4,45% no ano. É menos do que a LFT mais curta (vencimento em março de 2013), indexada à Selic, que ganhou 0,69% no mês e 4,69% no ano. Mesmo a NTN-B que vence em maio de 2013 ganhou apenas 0,47% no mês e 5,96% no ano. A perspectiva de redução do juro real no Brasil (a NTN-B remunera um juro prefixado mais inflação) e uma perspectiva de inflação menor para junho fizeram o papel render menos.
Junho foi o primeiro mês da nova poupança, remunerada em 70% da Selic mais TR, em vez de 0,5% ao mês mais TR, como ocorria antes. Com isso, o rendimento foi de apenas 0,5%, vencido pelos títulos públicos e pela média de vários tipos de fundos multimercados. Os fundos DI e de renda fixa venceram a poupança por pouco. A saída para o investidor, diz Fabio Colombo, é buscar fundos de renda fixa de taxa de administração baixa. Se o fundo investir em ativos de crédito privado - e a maioria deles o faz - a taxa deve ser inferior a 1,5% ao ano.
Ainda segundo ele, os fundos multimercados que conseguiram ter boa performance foram aqueles que ganharam com a queda da Bolsa, a valorização do dólar e o fechamento dos cupons de juros.
No ano, os fundos multimercados macro são a melhor aplicação, com alta de 9,07%, seguidos dos fundos de dividendos, com alta de 8,87%, e dos fundos multimercados multiestratégia, que valorizaram 7,23%. Vale lembrar, porém, que as médias dos multimercados são menos fiéis à realidade do que a dos fundos de dividendos. Enquanto estes têm estratégias e desempenhos mais homogêneos, os multimercados de uma mesma categoria podem ser bastante diferentes entre si.

Modelo de negócio para nova bolsa no Brasil é incógnita

Dois grupos estrangeiros almejam lançar suas plataformas de negociação de ações no país, mas modelo de negócio ainda é um mistério

REUTERS
  
Rio de Janeiro - O modelo de negócio adequado para a chegada ao Brasil de rivais à BM&FBovespa permanece uma incógnita, num momento em que dois grupos estrangeiros almejam lançar suas plataformas de negociação de ações no país.
A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, deixou claro sua visão de que a concorrência nesse mercado não é urgente e que a introdução de uma nova câmara de compensação e liquidação de ativos (clearing) seria o melhor caminho.
"O maior benefício líquido se dá no cenário de que outra clearing venha trabalhar para o mercado brasileiro. Já temos o arcabouço regulatório preparado para duas estruturas verticais", disse Maria Helena.
A CVM organizou nesta sexta-feira reunião sobre a eficiência do mercado acionário brasileiro, convocando BM&FBovespa, aspirantes a abertura de novas bolsas, corretoras e investidores institucionais.
O objetivo foi debater um estudo recente indicando que há espaço para mais plataformas de negociação de ações no país, embora não exista clareza sobre os benefícios que isso traria. A BM&FBovespa tem atualmente, na prática, monopólio desse negócio.
 A operadora norte-americana de bolsa Direct Edge quer utilizar a plataforma de clearing da BM&FBovespa e exige um aceno positivo no curto prazo da CVM nesse sentido, enquanto a Bats Global Markets defendeu o uso de uma plataforma verticalizada e busca parceiros para os serviços de clearing e depositária no Brasil.
O presidente da Direct Edge, William O'Brien, cobrou pressa da CVM na definição de regras sobre competição no setor de bolsas no país. "Esperamos um sinal o mais rápido possível, em julho de 2012", disse O'Brien.
Segundo ele, esse acesso aberto pela CVM facilitaria as decisões da empresa e as negociações com a bolsa paulista para trabalhar de forma cooperativa. "Há a possibilidade de trabalhar com multiplataformas, mas essa não é nossa ideia inicial", afirmou, reforçando que sua primeira opção é ter acesso ao serviço da BM&Fbovespa.
A bolsa paulista tem manifestado desinteresse em vender agora serviços a terceiros, porque está investindo na integração de suas quatro clearings, o que deve ficar pronto só em 2014. Dependendo do que decidir a CVM, a BM&FBovespa seria obrigada a vender serviços de clearing para concorrentes.
Já a Bats Global Markets, que fez parceria com o escritório de advocacia Freitas & Leite e com a empresa de investimentos Claritas para ingressar no Brasil, defendeu uma estrutura verticalizada como a da BM&FBovespa para operar no país.
O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Bats, Ken Conklin, não quis revelar o nome de outros parceiros para o fornecimento de clearing, nem deu um horizonte para a abertura da nova plataforma de negociação de ações no Brasil.
 "Estamos num estágio de investigação, leva tempo para chegar ao modelo e encontrar os parceiros corretos."
Corretoras
Representantes de corretoras presentes na reunião mostraram preocupação com o aumento de custos que seriam incorridos em um cenário de concorrência entre bolsas de valores.
"O aumento dos custos é claro, mas não é claro o aumento das receitas nesse segmento", afirmou o sócio-fundador da XP Investimentos Marcelo Maisonnave.
Para o sócio da Link Corretora, Daniel Mendonça de Barros, o novo cenário vai trazer um aumento de volume e uma redução dos gastos para o investidor final. "Eu não sei até que ponto isso vai ser revertido para as corretoras", alertou.
O diretor-executivo de operações, clearing e depositária da BM&FBovespa, Cícero Augusto Vieira Neto, afirmou que as corretoras de valores poderiam ter em conjunto um custo adicional de 72 milhões de reais por ano no caso de uma fragmentação no mercado de bolsas no Brasil, sobretudo por custos com tecnologia.
O analista do Credit Suisse, Emerson Leite, porém, afirmou que os custos de corretoras poderiam ser menores em um ambiente de maior competição.
"Num primeiro momento deverão ser feitos mais investimentos. Somos amplamente favoráveis à introdução de concorrência", defendeu. Para ele, com mais instituições o mercado terá uma melhor arbitragem, redução dos spreads e especialização da negociação.

Mantega prevê crescimento da economia entre 3% e 4% no segundo semestre

Mantega admitiu, no entanto, que será necessário um esforço para atingir esses resultados

AGÊNCIA BRASIL
  
São Paulo - O ministro da Fazenda Guido Mantega disse hoje (29) que a economia brasileira deverá crescer entre 3% e 4% no segundo semestre do ano. Ele acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá superar este ano a expansão de 2,7% do ano passado. Ontem o Banco Central reduziu a projeção do PIB do ano de 3,5% para 2,5%.
Mantega admitiu, no entanto, que será necessário um esforço para atingir esses resultados. "Na verdade nós temos que trabalhar para conseguir atingir essas metas", disse durante o anúncio da prorrogação das desonerações para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. Como parte das ações para manter o crescimento do país, o ministro destacou as reduções das taxas de juros, do spread bancário e o aumento do crédito.
Segundo Mantega, as desonerações incentivam setores que geram empregos. "Os setores aumentaram as vendas, mantiveram o nível de emprego, estão expandindo as lojas, os pontos de venda".

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Mercado revisa para baixo ação da OGX, mas ainda vê alta de 100%

Preço-alvo de cinco analistas varia entre R$ 16 e R$ 7,30, mostrando alta em qualquer hipótese

São Paulo - A queda recente nos papéis da OGX (OGXP3) foi exagerada e o papel deve ter alguma recuperação até o final do ano, de acordo com projeções dos analistas mais otimistas aos mais pessimistas.
Um levantamento com cinco instituições mostra que, mesmo após alguns rebaixamentos, os preços-alvos projetados para os papéis vão de 16 reais até 7,30 reais (confira na tabela abaixo).
Ou seja: na melhor das hipóteses, a ação pode subir mais 190% sobre o fechamento de hoje e, na pior, terá alta de 32,72%. A média dos preços indica 11,62 reais, um potencial de valorização de 111%.
"Achamos que a queda foi demasiada porque a empresa tem portfólio, reserva e exploração de sucesso alto. Os fundamentos não se modificaram", afirma Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos.
O analista, que tinha um preço-alvo de 21 reais e agora o mantém em revisão, aguarda a divulgação de resultados do segundo trimestre, prevista para o dia 14 de agosto.
O mercado derrubou as ações reagindo à divulgação dos testes de vazão no Campo de Tubarão Azul, que indicaram 5 mil barris de óleo por dia, quando os investidores precificavam algo entre 15 mil e 20 mil barris.
Em relatório, o analista Roberto Altenhofen, da casa de análises Empiricus, também apontou que a reação do mercado, apesar de esperada, foi exagerada.
"Acreditamos que o grande cetismo em torno das ações e da companhias deve perdurar no curtíssimo prazo, exigindo alguma notícia material para inversão do pessimismo", afirmou ele, que diz também achar o valor atual atrativo.
Em setembro de 2011, as ações da OGX estavam tão na moda que chegaram a figurar entre as 10 mais caras entre os mercados emergentes, segundo o Credit Suisse. Os papéis deixaram de aparecer no portfólio das mais sobrevalorizadas nesta semana, mas antes da derrocada dos papéis.
Banco/CorretoraPreço-alvo
Bank of America Merril LynchR$ 7,30
JP MorganR$ 7,50
SantanderR$ 12,50
Itaú BBAR$ 14,80
HSBCR$ 16
Média$ 11,62

BC revisa para baixo projeção de crescimento do PIB, agora em 2,5%



Dado anterior era de 3,5%; ainda segundo relatório, expansão do setor industrial para 2012 caiu passando para 1,9%. O Banco Central revisou para baixo sua projeção de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto), passando de 3,5% para 2,5%, segundo dados do Relatório Trimestral de Inflação divulgado na manhã desta quinta-feira (28).

"A nova estimativa incorpora os resultados do primeiro trimestre 2012; dados preliminares referentes ao segundo trimestre, período em que a retomada da atividade vem ocorrendo de forma bastante gradual; e a atualização do cenário macroeconômico para a segunda metade do ano”, revelou a autoridade monetária.

Segundo o mesmo documento, a expansão do setor industrial para 2012 também caiu, agora 1,8 ponto percentual, passando para 1,9%, e a produção agropecuária deverá recuar 1,5% no ano. Por fim, o crescimento projetado para o setor de serviços foi revisto de 3,3% para 2,8%.

quinta-feira, 28 de junho de 2012


Ação da OGX, de Eike Batista, tomba pelo segundo dia e recua 19,2%

Tendência é que papel continue pressionado, dizem analistas

REUTERS
São Paulo - A ação da OGX teve mais um dia de forte queda nesta quinta-feira, chegando a cair mais de 23 por cento na mínima intradiária, com o mercado penalizando a empresa de petróleo de Eike Batista após a divulgação de dados de produção considerados decepcionantes.
"O mau humor do mercado com as ações do grupo continua forte", disse o analista Erick Scott, da SLW Corretora. "A tendência é que o papel continue pressionado até que a empresa mostre resultados condizentes ou acima da expectativa." A ação despencou 19,2 por cento, a 5,05 reais, após ter derretido 25 por cento na véspera. No pior momento do dia, o papel chegou a cair 23,5 por cento, a 4,78 reais. O tombo da ação pesou no Ibovespa, que fechou em queda de 0,86 por cento, a 52.652 pontos.
Investidores também continuaram a se desfazer de outros papéis do grupo de Eike Batista. LLX caiu 8,07 por cento, MMX recuou 17,08 por cento, OSX teve queda de 11,05 por cento, CCX perdeu 8,8 por cento e PortX teve recuo de 10,56 por cento. Corretoras cortaram suas recomendações para OGX depois que a empresa informou na noite de terça-feira que a vazão ideal de óleo nos primeiros poços perfurados em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava.
Os esforços do bilionário Eike Batista para acalmar investidores na noite da quarta-feira, por meio de uma teleconferência para explicar as estimativas de produção da OGX, surtiu pouco efeito e o mercado continua questionando as bases do programa de crescimento das empresas 'X'. "Isso (a teleconferência) não adiantou, porque esse novo dado colocou em xeque a credibilidade do grupo", afirmou Scott.

quarta-feira, 27 de junho de 2012


CVM transmitirá ao vivo reunião sobre concorrência entre bolsas

Evento vai durar toda a sexta-feira e terá participação da BM&FBovespa, Cetip, bolsas interessadas no Brasil, corretoras e bancos

São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai promover na próxima sexta-feira, dia 29 de junho, uma reunião do colegiado para discutir as implicações do aumento da concorrência entre bolsas de valores no Brasil.
O evento começa às 9h da manhã, com uma apresentação da consultoria Oxera sobre o estudo que realizou por encomenda da comissão. Em seguida, a BM&FBovespa (BVMF3), aCetip (CTIP3), e as bolsas interessadas em operar no Brasil Direct Edge e BATS terão 30 minutos cada uma para apresentarem suas conclusões.
O evento contará também com a apresentação de pontos de vista de intermediários (representados pelas corretoras Credit Suisse, Ágora e Bradesco, Link, Capital Markets e XP Investimentos), gestores e administradores de recursos (BlackRock, Dynamo e Mellon), investidores estrangeiros (Morgan Stanley e Citibank) e operadores de alta frequência.
O evento será transmitido ao vivo pelo link http://www.nucleomedia.com.br/get_webcast.asp?id=12534 (disponível apenas no dia do evento), que pode ser acessado com o login cvm2012 e com a senha brasil (todo em letras minúsculas).
Confira a programação completa:

OGXP3 derrete e vira assunto no Twitter

Os principais tuítes sobre mercado financeiro nesta quarta-feira

São Paulo - A queda da OGX (OGXP3), que chegou perto dos 30% na mínima do dia, foi o principal assunto entre os perfis que comentam o mercado financeiro na BM&FBovespa. Confira os principais tuítes sobre mercado financeiro nesta quarta-feira.
Fernando Góes - analista e trader - ?@FernandoGoes1 #OGXP3 ?#OGXPS9 !!! Nada melhor que ganhar muito$$ com pouco$$ no risco... Avisei aqui desde anteontem... Virou ouro. - link Picapau Trader - ?@picapautrader #OGXP3 acho quem estava comprado nesta ação ñ tem motivo de reclamar de nada, o papel sempre foi especulativo, a empresa é só promessa - link
Christian Cayre ?- investidor - @chrinvestor Se você possuía um quadro acompanhando as opções mais próximas do dinheiro na #OGXP3 é melhor refazê-lo. Provavelmente todas viraram pó! - link Ricardo Amorim - economista - ?@Ricamconsult Um grego, um irlandês, um português, um espanhol e um cipriota estão no bar do alemão. Quem eles estão esperando? O italiano. - link

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Como surfar na possível recuperação da bolsa?

Citi aposta que cenário pode melhorar no segundo semestre a aponta quais são os melhores papéis para aproveitar esse cenário

São Paulo - O cenário macroeconômico e as preocupações com a crise na zona do euro já causaram uma queda de mais de 2% para o Ibovespa neste ano. Por outro lado, abriram também uma boa oportunidade de compra de ativos para quando chegar o momento da recuperação. Em relatório enviado para clientes, o Citi aposta que esse momento está próximo de acontecer.
Para se preparar para ele, os analistas fizeram uma seleção das melhores ações na América Latina para quando a recuperação dos mercados chegar. Eles escolheram nove empresas na região, sendo apenas duas mexicanas (a indústria química Mexichem e a construtora Corporacíon Geo) e as outras sete brasileiras.
No documento, eles apontam que os fundamentos negativos já estão bem refletidos nos preços e que no Brasil os valores estão no pior período desde a crise de 2008. "A não ser que aconteça uma catástrofe, o que segundo nossos economistas é pouco provável, esse pode ser um bom momento para montar uma exposição em ações", afirmam os analistas.
Motivos para acreditar 
Os analistas apostam que uma melhora nos mercados da América Latina deve vir no segundo semestre deste ano. Segundo eles, isso deve acontecer com um cenário mais claro da situação na Grécia, injeções de liquidez na Europa, um esforço de ações do Federal Reserve (FED, banco central dos Estados Unidos) no terceiro trimestre, uma situação política mais clara no Brasil e revisões positivas nas expectativas de lucros.
Com esse cenário, os analistas mantêm a preferência por papéis no setor financeiro, por conta dos bons preços especialmente no Brasil, onde as ações do governo levaram desvalorização para os papéis.
Os esforços nas buscas por juros menores nos bancos estatais, que forçou a mesma situação nos bancos privados, derrubou os papéis no início deste ano. Recentemente, um levantamento da consultoria Economatica apontou que as ações do Banco do Brasil(BBAS3), por exemplo, tiveram a maior queda entre grandes bancos da América Latina e Estados Unidos.
Além disso, os analistas do Citi também enxergam boas oportunidades no setor de telecomunicações, indústria e serviços para o consumo, inclusive construtoras.
As escolhidas
Confira as melhores ações brasileiras em cada setor para aproveitar a recuperação que está por vir (por ordem de valor de mercado):
Vale (VALE3VALE5)
O Citi analisa os ADRs (American Depositary Shares, ou recibo de ações de empresas estrangeiras nos Estados Unidos) da Vale e, para eles, estima um preço-alvo de 26 dólares, potencial de alta de 30% sobre o preço atual.
Na visão dos analistas, as ações podem refletir um preço para minério de ferro maior do que esperado no longo prazo, um aumento de produção e a segurança financeira da companhia, que vem de baixos custos de mineração e um forte balanço financeiro.
Como fatores que podem afetar para cima ou para baixo o preço da ação, eles destacam uma mudança no cenário regulatório ou de impostos, volatilidade no preço dos metais e volatilidade no câmbio.
Itaú Unibanco (ITUB3ITUB4)
Para as ações preferenciais do banco, o Citi estima um preço-alvo de 39 reais, um potencial de valorização de 38% sobre o preço atual. Na visão dos analistas, o Itaú Unibanco está bem posicionado para se beneficiar de todos os fatores positivos que devem dirigir o crescimento do setor no longo prazo e para manter a combinação entre grandes volumes e margens atrativas.
Além disso, os analistas esperam que, apesar das projeções de menor crescimento do crédito no curto prazo, esse crescimento ainda deve se mostrar sustentável (no país todo e, especialmente, para o Itaú Unibanco).
Como riscos, afirmam que um crescimento do crédito muito abaixo do esperado no Brasil pode mostrar que as projeções para inadimplência que os analistas consideram atualmente são muito otimistas. Além disso, o aumento da competição também pode afetar o banco.
BR Properties (BRPR3)
Para as ações da BR Properties, o Citi estima um preço-alvo de 27,90 reais, um potencial de valorização de 21,88%.
Na visão dos analistas, a BR Properties se beneficia de melhorias e expansões nos empreendimentos administrados e de alugueis elevados.
Além disso, a empresa comprou recentemente a One Properties, antiga WTorre Properties, que logo deve contribuir para o aumento da rentabilidade. Como riscos, os analistas destacam que os números da empresa são sensíveis a atividade comercial e crescimento da economia, além do balanço entre oferta e demanda por espaço comerciais, especialmente em São Paulo.
Além disso, a companhia é muito dependente das taxas reais de juros e os contratos são ajustados por inflação e mercado a cada três anos, o que implica em riscos cíclicos.
MPX (MPXE3)
O preço-alvo para as ações da MPX é estimado em 41 reais pelos analistas do Citi, potencial de valorização de 24%.
Para os analistas, a empresa apresenta vantagem competitiva por ter integração vertical dos segmentos de exploração e gás e geração de energia elétrica. A MPX tem também, na visão do Citi, qualidade de ativos e grandes recursos potenciais em gás no Brasil, além de uma sólida e previsível geração de caixa com as termelétricas, que vendem com contratos de longo prazo. O time de gestores experientes também é destacado pelos analistas.
Como riscos, eles destacam a possibilidade de a OGX Maranhão ter reservas menores que o esperado, os investimentos serem mais altos que o projetado e a possibilidade de que as licenças ambientais de projetos no Chile e Brasil demorem para sair.
América Latina Logística (ALLL3)
O preço-alvo para os papéis da ALL é de 19 reais, um potencial de valorização superior a 110%. O que sustenta isso, na visão do Citi, é o fato de que a companhia tem um forte potencial operacional de longo prazo, apoiado pela exportação de commodities no Brasil. Além disso, também deve lançar novos projetos e passou recentemente por uma queda dos papéis considera excessiva.
Como riscos, os analistas destacam que a empresa está sujeita a mudanças nas politicas de exportação, além de fatores climáticos e regulamentação do setor de transportes.
TOTVS (TOTS3)
O preço-alvo para os papéis da Totvs é de 42 reais, potencial de valorização de 11,19%. Na opinião dos analistas, o preço dos papéis não reflete bem o fluxo de caixa futuro com os clientes que já tem. Além disso, o crescimento do setor de tecnologia da informação no Brasil pode superar expectativas no longo prazo e a Totvs, no médio a longo prazo, pode ainda se tornar alvo de uma aquisição.
Como riscos, os analistas destacam que a Totvs tem hoje uma fatia de 65% do mercado em que atua, algo fácil de um concorrente internacional superar ao entrar no Brasil. Além disso, a empresa tem um crescimento das receitas muito ligado ao crescimento da economia brasileira.
Eles também destacam que a Totvs está em meio a um processo de expansão internacional e que os novos países de atuação podem não crescer tão bem quanto o esperado, fazendo a empresa precisar investir mais capital.
Duratex (DTEX3)
Os analistas do Citi estimam que a ação da Duratex suba cerca de 46,3%, atingindo um preço-alvo de 15 reais.
Para eles, a empresa deve ter forte crescimento nos próximos anos, acompanhando a expansão do setor no Brasil.
Como fatores de risco, os analistas destacam fatores macroeconômicos mundiais que tenham impacto nos ativos de mercados emergentes (com a retirada de recursos desses papéis), uma desaceleração no setor imobiliário ou no crédito do país, alta no preço dos materiais de construção ou mais pressões por investimento.