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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Poupança volta a valer a pena; saiba quando migrar
São Paulo – O Banco Central anunciou nesta quarta-feira o terceiro corte seguido na taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que agora caiu para 11% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado, que, como de praxe, antecipou seu impacto sobre os preços dos ativos. Quem só investe nas horas vagas, entretanto, pode ainda não ter percebido que, com a queda dos juros, manter o dinheiro aplicado em um fundo DI tem grandes chances de ser sinônimo de prejuízo. Num cenário como o atual, é bem provável que os pequenos poupadores tenham um ganho inferior ao da poupança com esse tipo de aplicação.
A Selic de 11% em si ainda é bem superior ao rendimento da poupança (6,17% ao ano mais TR). O que tira a atratividade dos fundos DI é a incidência de Imposto de Renda e a taxa de administração cobrada pelo gestor do fundo.
Segundo um estudo do professor Rafael Paschoarelli, da FEA-USP, metade das mais de 1,8 milhão de pessoas que investem em fundos DI escolheram produtos com taxas de administração de 2% ou mais. Nesses casos, a aplicação já é menos vantajosa que a caderneta de poupança considerando períodos de aplicação curtos – em que a alíquota do Imposto de Renda é maior. Vale a pena lembrar que fundos DI e caderneta de poupança são indicados justamente para investimentos de curto prazo, uma vez que, em horizontes mais longos, outras opções costumam ser melhores para o poupador.
A análise do melhor investimento deve ser feita caso a caso. Mas para você saber se é hora de tirar o dinheiro aplicado em um fundo DI e colocá-lo na poupança, não é preciso fazer os cálculos. Basta realizar uma consulta à tabela abaixo, que foi montada pelo professor da FIA e especialistas em fundos Bolívar Godinho e mostra a taxa de administração máxima que um fundo DI pode cobrar para ser vantajoso – considerando o retorno atual da caderneta de poupança (de 0,57% ao mês) e o prazo em que você deseja manter o dinheiro aplicado.
PrazosSelic de 11%Selic de 10,5%Selic de 10%Selic de 9,5%
3 meses1,65%1,20%0,75%0,29%
6 meses1,93%1,49%1,04%0,58%
12 meses2,20%1,76%1,31%0,86%
18 meses2,22%1,78%1,34%0,89%
24 meses2,44%2,01%1,57%1,13%
A tabela deixa claro que será cada vez mais difícil para quem investe em um fundo DI bater a caderneta de poupança se o mercado estiver certo e a Selic cair para 9,5% ao ano nos próximos meses. Mesmo bons fundos, que cobram 0,5% de taxa de administração ou menos, poderão ser batidos pela poupança nesse cenário – a não ser que o governo faça alguma alteração nas regras da caderneta (clique aqui e veja o que pode acontecer). Vale lembrar que quem possui pouco dinheiro na conta dificilmente vai ter um produto à disposição com taxa de administração inferior a 1% ao ano.
Tirar dinheiro dos fundos DI e colocar na poupança não é a única ação indicada ao investidores se os juros continuarem a cair como esperado. Os poupadores deverão, na verdade, rever todo o portfólio e buscar aplicações um pouco mais rentáveis e arriscadas se quiserem preservar a rentabilidade. “Em tese, a queda dos juros vai levar mais pessoas para a bolsa. Isso só não está acontecendo agora porque o investimento em ações parece muito arriscado neste momento para a maioria dos clientes”, diz Christiano Ehlers, superintendente do private banking do Santander.
Mesmo apenas entre aplicações de renda fixa pouco arriscadas, entretanto, é possível encontrar alternativas de retorno mais elevado que os fundos DI ou a poupança. A mais conhecida delas é o Tesouro Direto. O site do governo federal permite o investimento em títulos públicos sem taxa de administração em corretoras como Spinelli, Título, Banif e Socopa. O investidor terá de desembolsar apenas uma taxa de custódia equivalente a 0,3% do dinheiro aplicado ao ano.
Com rentabilidade interessante e custos baixos, o Tesouro Direto só não deslancha no Brasil porque a plataforma ainda é pouco amigável. Em primeiro lugar, o investidor precisa entender a dinâmica do mercado de renda fixa, que não é tão simples quanto parece. Os nomes pouco explicativos dos títulos públicos – como NTN-B Principal, LFT ou LTN – também pouco ajudam. Ter tempo para o aprendizado e disposição para abrir uma conta em um corretora, no entanto, pode valer a pena (veja aqui como investir no Tesouro Direto).
Outra opção que surgiu neste ano foi o Sofisa Direto. Pelo site, o banco Sofisa negocia CDB com um retorno mínimo de 100% do CDI para qualquer valor investido. Para que o investimento seja considerado de baixíssimo risco, no entanto, é necessário aplicar no máximo 70.000 reais nesse produto. Até esse valor, a aplicação é garantida pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Mesmo que o pior aconteça e o banco quebre, o investidor será integralmente ressarcido pelo prejuízo.
Private
Para clientes com muito dinheiro, as opções com retorno interessante são um pouco diferentes. Segundo Christiano Ehlers, do private banking do Santander, para quem só tolera um risco baixíssimo, as opções que mais vêm crescendo neste ano são a LCI e a LCA. Os dois papéis são emitidos e garantidos por bancos. A diferença é que um tem como lastro créditos imobiliários (LCI) e o outro é gerado a partir de empréstimos agrícolas (LCA).
Quando emitidos por bancos de primeira linha, os dois papéis costumam pagar cerca de 90% do CDI aos investidores – mas esse percentual varia de acordo com a instituição, o momento e o prazo do investimento. O risco de crédito é baixo porque é o próprio banco quem deve remunerar o poupador. A grande vantagem desses papéis, entretanto, é tributária. Não há cobrança de Imposto de Renda sobre o ganho nas aplicações. “Grosso modo, ganhar 90% do CDI com uma LCI ou LCA corresponde a encontrar uma taxa de 105% a 112% do CDI para um CDB”, diz o executivo do Santander.
A LCA também pode ser excelente opção para um investimento de curtíssimo prazo, uma vez que não há cobrança de IOF. Sobre o CDB e os fundos DI, por exemplo, há a incidência desse tributo para aplicações de até 30 dias. Já a poupança não paga nada ao cliente se o período de aplicação não chegar a um mês.
O único problema das LCI e LCA são a dificuldade em encontrá-las. A maioria dos grandes bancos só oferece o produto a clientes do private banking – ou que tem no mínimo 1 milhão de reais em aplicações financeiras. O tíquete mínimo para o investimento é outra barreira. O Santander, por exemplo, só vai vender LCI ou LCA a quem estiver disposto a investir ao menos 250.000 reais no produto.

Conheça a inovação do ano em renda fixa

São Paulo – Renda fixa é um assunto modorrento para a maioria dos investidores. As principais opções de aplicação ao alcance das pessoas físicas oferecem retornos baixos e regras rígidas. A rentabilidade líquida da caderneta de poupança não muda há décadas - é 6,17% ao ano mais TR. Com a provável queda da taxa Selic nos próximos meses, os fundos DI com altas taxas de administração já estão se tornado menos atrativos que a poupança. O Tesouro Direto poderia ser uma saída interessante se não fosse tão complexo para a maioria dos brasileiros. Já os CDB de grandes bancos costumam ser uma escolha prática, mas pagam juros pouco interessantes para os aplicadores no momento (veja as taxas oferecidas pelas maiores instituições).
Em um ambiente tão desfavorável ao aplicador, não fica difícil distinguir um produto realmente inovador quando ele aparece. Do ponto de vista de quem investe em renda fixa, a principal novidade deste ano foi, sem nenhuma dúvida, o Sofisa Direto. Essa plataforma on-line permite que pequenos aplicadores obtenham uma rentabilidade superior à de todos os investimentos listados acima com um diferencial interessante: a simplicidade.
Enquanto os grandes bancos costumam oferecer entre 80% e 90% do CDI para pequenas aplicações em CDB, no Sofisa Direto o cliente sempre consegue ao menos 100% do CDI. Outra diferença é que as taxas pagas aos clientes não mudam. Seja para aplicações de 1 real a 1 milhão de reais, os retornos são os mesmos. Quem conhece bem o setor financeiro sabe que isso não é nada trivial. “Achamos que há uma grande massa de clientes que é muito mal atendida pelos grandes bancos, principalmente naquela faixa de pessoas com um patrimônio de até 200.000 reais em aplicações financeiras”, afirma Bazili Swioklo, diretor do banco Sofisa Direto.
Bater a poupança e os fundos DI hoje em dia não significa muita coisa, mas é importante notar que o CDB do Sofisa rende mais até mesmo que o Tesouro Direto. Os juros pagos pelos papéis são muito parecidos quando o investidor compara aplicações que possuem liquidez diária – ou seja, que podem ser resgatadas a qualquer momento. A vantagem do Sofisa sobre o Tesouro, nesses casos, é que o aplicador estará isento de desembolsar taxas anuais de custódia, administração ou corretagem – que costumam representar de 0,3% a 1% do dinheiro investido.
Já para aplicações de dois a três anos, o Sofisa procura pagar 1 ponto percentual a mais que o Tesouro Direto ao ano. Enquanto uma LFT (título do governo federal) remunera o poupador com algo equivalente à taxa Selic, o cliente do Sofisa conseguirá 110% do CDI para uma aplicação de três anos. Um CDB prefixado que seja carregado até 2014 garante um retorno de 11,40% ao ano – contra 10,08% de uma LTN (título público prefixado) semelhante. Por último, o CDB atrelado à inflação com vencimento em 2015 paga IPCA mais 5,97% ao ano – contra IPCA mais 4,93% de uma NTN-B Principal.
Em todos os três casos do parágrafo anterior, entretanto, o investidor deve estar ciente de que não poderá sacar os recursos até a data do vencimento. Já no Tesouro Direto, os investidores possuem a garantia de revender os títulos públicos ao próprio governo em leilões realizados todas as quartas-feiras. O retorno superior do CDB, portanto, é o que mercado chama de prêmio de liquidez – e não um ganho de rentabilidade puro e simples.
Ciente disso, é importante que o investidor não aplique o dinheiro que funciona como uma espécie de reserva de emergência em produtos sem liquidez. Os recursos que seriam utilizados em caso de desemprego ou doença, por exemplo, devem ir preferencialmente para produtos como a caderneta de poupança, os fundos DI e os CDB sem carência para resgate.
Bazili Swioklo, do Sofisa Direto, afirma que existem clientes que não planejavam consumir nada nos meses seguintes quando fizeram a aplicação no banco, mas são pegos de surpresa por alguma emergência. Para não deixar essas pessoas na mão, o Sofisa promete lançar em breve uma linha de crédito para que os investidores possam tomar um empréstimo para cobrir outras obrigações imprevistas. O percentual de juros dessa linha ainda não foi definido, mas Bazili descarta que seja algo superior a 2,99% ao mês. “Vai ser mais barato que o crédito pessoal dos grandes bancos”, afirma.
Riscos
Antes de tomar uma decisão de investimento, quem se interessou pelo Sofisa Direto deve estar ciente de que o risco de um CDB de qualquer banco médio não é um investimento de baixíssimo risco como um título público. Em momentos de crise financeira, as instituições de menor porte sempre apresentam mais dificuldades para levantar recursos no mercado. Em um caso extremo, o investidor pode perder muito dinheiro se a instituição quebrar.
A última vez que isso aconteceu foi há sete anos, com a liquidação do Banco Santos, mas se engana quem acha que trata-se apenas de uma ave rara. Neste ano, o BC decidiu intervir no banco Morada, uma instituição bem pequena que só tinha uma agência. Outros bancos que passaram por dificuldades recentemente foram o PanAmericano, o Matone e o Schain, mas, nesses casos, a entrada de novos sócios evitou o pior para os clientes.
Quando um banco quebra, um investidor só tem a garantia de que vai receber depósitos até o valor de 70.000 reais. Mesmo que o banco não tenha ativos para honrar a obrigação, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) será responsável por ressarcir o poupador. Essa garantia vale tanto para o dinheiro investido em CDB quanto para os recursos depositados em caderneta de poupança ou conta corrente. É por isso que muitos brasileiros preferem manter a maior parte do dinheiro em bancos grandes demais para quebrar e investem em CDB de bancos médios apenas até o limite da cobertura de até 70.000 reais garantida pelo FGC.
No caso do Sofisa Direto, Bazili afirma que 25% dos clientes cadastrados trouxeram mais de 70.000 reais para o banco, o que ele considera um sinal de confiança. “Mas também há os clientes mais desconfiados que chegam a pedir para conhecer nossa sede na região da avenida Paulista antes de abrir uma conta”, se diverte. Na campanha de marketing para divulgar o produto, o Sofisa ressalta os 50 anos de atuação no mercado financeiro, a larga experiência com crédito a pequenas e médias empresas e o fato de o banco ter ações negociadas na BM&FBovespa. “É uma campanha institucional, para construir a imagem do banco junto ao grande público, e não apenas para vender CDB.”
Concorrência
Como captar dinheiro com uma plataforma como o Sofisa Direto costuma ser mais barato para o banco do que ir a mercado atrás do dinheiro de grandes investidores, outras instituições planejam em breve oferecer ferramentas semelhantes. O banco Ficsa é o único que já possui um canal de captação pela internet, chamado CDB Direto. O produto, entretanto, é bem mais simples. Não são aceitas aplicações acima do limite de até 70.000 reais do FGC. Não há uma oferta tão variada de tipos de CDB. E não foi feita uma grande campanha de marketing para tornar o produtos mais conhecido pelos investidores.
A própria ABBC e a Acrefi (associações que reúnem bancos de médio e pequeno porte e financeiras), no entanto, já estudam criar um site em que cerca de 50 instituições financeiras poderiam oferecer CDB aos investidores. As duas associação não dão detalhes sobre o projeto. Mas a proposta inicial foi considerada um pouco esquisita no mercado. O investidor não teria o direito de saber de qual instituição seria o CDB antes de realizar a aplicação. Como em um ponto de táxi, haveria uma fila de bancos, que pagariam a mesma taxa aos clientes. O primeiro da fila captaria o dinheiro do primeiro investidor, e assim por diante. Para que esse esquema de rodízio faça sentido, o investidor só poderá aplicar até 70.000 reais. Assim, o risco do poupador não seria o da instituição financeira, mas do próprio FGC.
Bazili afirma que o Sofisa também participa das discussões dentro da ABBC e que estará presente no site se o projeto for levado adiante. Mas ele revela dúvidas sobre a viabilidade. “A principal questão é que não sei se o cliente bancário concordaria em transferir o dinheiro para uma instituição que ele não sabe nem o nome. Investimento é algo que exige confiança.”
“Do ponto de vista do investidor, seria melhor que todas as taxas pagas pelos CDB pudessem ser consultadas”, diz Francisco da Costa Carvalho, vice-presidente da financeira Lecca, outra instituição que foi convidada pela Acrefi a participar das discussões. Dessa forma, a pessoa poderia escolher, dentre aquelas instituições em que confia, uma que oferecesse a taxa mais atraente. “Esse formato, entretanto, estimularia a concorrência entre bancos e financeiras e não necessariamente seria o mais interessante para quem vai pagar o desenvolvimento do site”, diz Carvalho.
Independente do sucesso da iniciativa da ABBC, o Sofisa Direto acredita que a concorrência vai aumentar e já começa a se mexer. Bazili diz que o banco planeja aproveitar a grande base de clientes cadastrados para vender diversos produtos financeiros pela internet. “São bastante comuns as queixas contra os juros altos dos empréstimos, mas pouca gente fala algo quando um banco oferece ao cliente só 80% do CDI em um CDB. Há muito espaço no Brasil para vender produtos financeiros melhores usando a internet como plataforma”, afirma.

América Latina está preparada, mas não é imune à crise

São Paulo – Enquanto União Europeia vê a situação ficar cada vez mais complicada, países emergentes da América Latina ainda conseguem momentos de relativa tranquilidade. Mas um relatório do banco PNB Paribas afirma que, embora resistente, a região não é imune e, cedo ou tarde, vai sofrer as consequências da crise global.
“A Europa está caminhando para uma recessão e as economias avançadas têm uma perspectiva sombria de crescimento para 2012. Estes efeitos vão se alastrar até a América Latina”, diz o banco.
Este contágio deve acontecer por vias bem conhecidas dos especialistas, como choques de oferta ou demanda no comércio internacional, fluxo de capitais, condições de crédito e também pelos impactos de alterações na confiança de consumidores e empresas.
Segundo o BNP, os dois extremos na discussão sobre a chegada da crise na América Latina estão errados.
“A verdade reside entre a ideia de imunidade absoluta e a de imunidade zero. Por um lado, nenhuma economia (ou região) está imune à crise. Por outro, mercados emergentes como os da América Latina devem ter um desempenho melhor do que o de muitas economias avançadas”.
Na visão dos economistas do banco, a região está em “melhor forma” hoje do que no passado para suportar a tempestade da crise. A previsão do banco é que o crescimento real do PIB da América Latina seja de 4% em 2011, 3% no ano seguinte e novamente 4% em 2013.

Governo reduz imposto da linha branca para estimular o consumo

São Paulo – Depois de cortar a taxa Selic em meio ponto percentual na noite de ontem, hoje o governo anunciou um pacote de medidas para estimular a economia brasileira. Uma das ações é a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os produtos da linha branca.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em entrevista coletiva alguns números da desoneração. No caso dos fogões, a alíquota de 4% foi zerada e para as geladeiras, o imposto passou de 15% para 5%. Máquinas de lavar roupa também tiveram 10% de isenção.
“Temos uma forte produção da linha branca. Eu falei com produtores e constatei isso. Por isso estamos estimulando o consumo”, disse o ministro.
Ele acrescentou que pode haver novas medidas no futuro, “à medida que forem necessárias. Queremos garantir um mercado forte, uma geração de empregos forte, e manter investimentos ocorrendo no país”.
Mantega afirmou ainda que vai desonerar a produção de massas. O governo zerou a alíquota de PIS/Cofins sobre massas, que era de 9,25%. A isenção de imposto sobre a farinha de trigo e pão, que vencia no dia 31 de dezembro, foi prorrogada por mais um ano.
Outra medida anunciada foi a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A alíquota caiu de 2% para zero sobre os investimentos externos em ações, capital de risco (venture capital). O governo também reduziu de 6% para zero o imposto cobrado sobre aplicações de não-residentes em títulos privados de longo prazo com duração acima de quatro anos.