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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Declarações de Bernanke param rali de 2 dias nas bolsas


Ações terminaram o dia estáveis após presidente do Federal Reserve demonstrar ceticismo quanto à capacidade da economia americana se recuperar rapidamente

REUTERS Business
  
Nova York - As ações norte-americanas fecharam praticamente estáveis nesta terça-feira, interrompendo um rali de dois pregões após o chairman do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke, dizer que a instituição não tem as ferramentas para proteger a economia dos EUA do impacto do "abismo fiscal".
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,06 por cento, para 12.788 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,07 por cento, para 1.387 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,02 por cento, para 2.916 pontos.
A ação que mais desapontou investidores no pregão foi a da HP, que despencou para sua mínima em 10 dias após a fabricante de computadores e impressoras registrar prejuízo no quarto trimestre e anunciar um encargo de 8,8 bilhões de dólares, sendo 5 bilhões de dólares relacionados a "impropriedades contábeis" referentes à aquisição da empresa de software Autonomy. A ação fechou com baixa de 12 por cento a 11,71 dólares.
Bernanke, em declarações ao Clube Econômico de Nova York, disse que o Fed não tem as ferramentas para compensar os danos que seriam causados caso políticos se mostrem incapazes de chegar a um acordo para impedir uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos obrigatórios que serão ativados automaticamente no início do ano que vem. As declarações causaram uma queda generalizada no mercado, embora as bolsas de valores tenham reduzido boa parte de suas perdas antes do fim do pregão.
"É um quadro mais realista e pragmático de onde estamos, frente ao que temos ouvido nos últimos dias de políticos, declarações que são, em sua maioria, exemplos de relações públicas", disse o gestor de portfólios James Dailey, do TAM Asset Strategy Fund em Harrisburg, Pennslyvania.
As ações tiveram um rali nos últimos dois pregões após políticos de Washington ditarem um tom encorajador sobre a possibilidade de que se chegue a um acordo para evitar o "abismo fiscal". Os ganhos se seguiram a duas semanas de perdas acentuadas que derrubaram o S&P 500 para abaixo de sua média móvel de 200 dias, uma importante referência da tendência do mercado no longo prazo.

Zona do euro quer dívida grega a 120% do PIB em 2020


No ano que vem a dívida do país deve ser de 190% do seu PIB; ministros das Finanças abandonaram a ideia de prorrogar o prazo da adequação para 2022

REUTERS Business
  
Bruxelas - Ministros das Finanças da zona do euro pretendem reduzir a dívida grega a 120 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, abandonando a ideia proposta na semana passada de transferir o prazo para 2022, e estão discutindo detalhes de medidas que poderiam ajudar o país a atingir essa meta, disse uma autoridade da União Europeia.
Estima-se que a dívida grega alcance quase 190 por cento do PIB no ano que vem, com a economia registrando contração pelo sexto ano consecutivo, o que representa um desafio formidável para autoridades que querem reduzir o fardo de dívida a um nível sustentável.
Uma das medidas sob discussão entre os ministros reunidos em Bruxelas é suspender por 10 anos o pagamento de juros sobre empréstimos concedidos à Grécia pelo fundo de resgate temporário da zona do euro, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês).
A medida geraria economia de 44 bilhões de euros (56 bilhões de dólares) para Atenas, disse a autoridade da UE.