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quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Bovespa cai, mas deve ter 2º melhor mês no ano

Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 0,39%, aos 60.239,79 pontos

Alessandra Taraborelli - AGÊNCIA ESTADO
 
São Paulo - No penúltimo dia útil do mês a Bovespa voltou a se descolar de Nova York e encerrou em queda pelo terceiro dia seguido. Nem mesmo o orçamento espanhol anunciado no início da tarde, os dados mistos nos EUA e a injeção de recursos no mercado monetário chinês, feita nesta quinta-feira pelo Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país), o que foi considerado positivo, foram suficientes para fazer a Bolsa seguir o exterior. As principais blue chips - Vale e Petrobras - oscilaram entre pequenas altas e quedas, praticamente durante toda a tarde, e também ajudaram o índice paulista a permanecer em campo negativo.
Com isso, o Ibovespa encerrou com declínio de 0,39%, aos 60.239,79 pontos. No mês, o ganho acumulado é de 5,57% - se este nível se confirmar na sexta-feira, será a maior alta mensal deste janeiro, quando a Bolsa atingiu o auge de 11,13%. No ano, o ganho é de 6,14%. Na mínima, o índice atingiu 59.876 pontos (-0,99%) e, na máxima, 60.889 pontos ( 0,68%). O giro financeiro ficou em R$ 6,558 bilhões.
Para o gerente de mesa de renda variável da corretora Hcommcor, Ariovaldo Santos, este descolamento da Bolsa do mercado acionário internacional mostra que os investidores estão operando muito mais o índice. "Isso é briga de índice. O investidor está operando muito mais o Ibovespa do que as ações", disse, ressaltando ainda que as idas e vindas das ações da Petrobras e Vale hoje confirmam esta percepção. "Para mexer com o índice, é só comprar ou vender Vale e Petro. O cara vende Vale e passa um tempo e volta para o mercado para comprar novamente", explicou.
Na contramão de seus pares no exterior, Petrobras e Vale terminaram o dia em queda. O papel ON da petroleira caiu 0,08% e o PN, -0,26%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em novembro encerrou com ganho de 2,08%, a US$ 91,85 o barril.
A ação da mineradora perdeu 0,19% a ON e -0,25% a PNA. Os contratos futuros dos metais básicos fecharam em alta na London Metal Exchange (LME), embora sinais macroeconômicos contraditórios tenham impedido que os metais ampliassem os ganhos.
Entre os destaques de queda do Ibovespa figuraram Rosi Residencial ON (-3,70%), Gafisa ON (-3,40%) e Dasa ON (-3,20%). Já o lado positivo foi liderado por B2W ON ( 4,91%), seguida de Fibra ON ( 2,74%) e Sabesp ON ( 2,55%).
Os bancos, ainda sob influência da questão dos juros, fecharam em direções distintas. Bradesco PN e Banco do Brasil ON subiram 1,28% e 0,16% respectivamente, enquanto Itaú Unibanco PN e Santander units caíram 1,25% e 0,59%, respectivamente.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,54%, o S&P 500 ganhou 0,96% e o Nasdaq, 1,39%.

Bolsas da América Latina fecham em alta

Na Argentina, o volume financeiro foi de 28,5 milhões de pesos (US$ 6,07 milhões), com 32 ações fechando em alta, 18 em queda e 10 estáveis

EFE
 
O índice Merval da Bolsa de Comércio de Buenos Aires fechou nesta quinta-feira em alta de 1,34%, para 2.494,18 pontos. Já o Índice Geral da Bolsa subiu 1,20%, para 147.810,25 pontos, e o Merval 25 avançou 1,34%, fechando aos 2.518,05.
O volume financeiro foi de 28,5 milhões de pesos (US$ 6,07 milhões), com 32 ações fechando em alta, 18 em queda e 10 estáveis. No mercado de câmbio, o dólar fechou estável, cotado a 4,65 pesos para compra e a 4,70 pesos para venda.
O principal indicador da Bolsa de Valores de Santiago do Chile, o IPSA, fechou nesta quinta-feira em alta de 0,27%, para 4.211,61 pontos. Já o índice geral da bolsa chilena (IGPA) subiu 0,21%, para 20.473,93 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 75,9 bilhões de pesos (US$ 161,33 milhões) em 8.900 operações.
O índice geral da Bolsa de Valores da Colômbia (IGBC) fechou nesta quinta-feira em alta de 1,71%, para 14.106,43 pontos. O giro financeiro do dia foi de 153,2 bilhões de pesos (US$ 85,17 milhões) em 2.655 operações.
O Índice de Preços e Cotações (IPC) da Bolsa Mexicana de Valores (BMV) fechou nesta quinta-feira em alta de 0,98%, para 40.729,70 pontos. O giro financeiro do dia foi de 22,306 bilhões de pesos (US$ 1,742 bilhão). 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Itaú BBA lista 10 ações para os "órfãos do setor elétrico"

Banco sugere papéis para quem busca opções após a derrocada do setor

Gustavo Kahil - EXAME.com
  
São Paulo - O mercado sempre viu o investidor que aplica no setor elétrico como alguém de perfil defensivo e que busca. Esse perfil, contudo, agora parece coisa do passado com a maior das empresas listadas passando por um momento ruim na bolsa após o governo anunciar medidas para reduzir as tarifas ao consumidor. 
Os papéis estão voláteis e a garantia de dividendos foi para o espaço com as incertezas sobre as novas renovações das concessões. O Índice de Energia Elétrica (IEE) tem baixa de 7,3% apenas em setembro, enquanto o Ibovespa tem alta de 6% no período.
De olho nesse tipo de investidor, o Itaú BBA preparou uma lista com 10 ações para os "órfãos do setor elétrico".
"Após as mudanças, os investidores têm procurado por outros nomes capazes de distribuir bons dividendos e por companhias que sejam boas geradoras de fluxo de caixa livre", explicam Carlos Constantini, Susana Salaru e Pedro Luz Maia, que assinam o relatório.
Juros
Além dos investidores decepcionados com o setor elétrico, o Itaú BBA explica que os papéis também servem àqueles que buscam opções para o cenário de um juro básico da economia (Selic) menor, atualmente em 7,5% ao ano. Desde o início do mais recente ciclo de corte nas taxas, o Banco Central já reduziu a Selic em 500 pontos-base.
"Toda vez que os juros convergem, esperamos que investidores de renda fixa busquem maior duração e rendimento para manter os retornos no mesmo nível. Isso geralmente é obtido ampliando prazos ou partindo para ativos de maior volatilidade. Para a renda variável, isso se traduz em uma busca por pagadoras de dividendos ou geradoras de fluxo de caixa livre", ressaltam os analistas.
Preferidas
Segundo o Itaú BBA, as 10 ações listas não só são ótimas pagadoras de dividendos, "mas também têm a provável capacidade de distribuir no futuro, devido à forte geração de fluxo de caixa livre". Confira abaixo a lista com as ações escolhidas pelo Itaú BBA e o pagamento em dividendos  em relação ao preço da ação (dividend yield) esperado:
EmpresaCódigoDividend Yield
HeringerFHER35%
Banco do BrasilBBAS35,80%
DaycovalDAYC46,90%
ValidVLID36,40%
AmBevAMBV44,70%
ComgasCGAS59,20%
Telefônica BrasilVIVT49,80%
DirecionalDIRR34,50%
Metal LeveLEVE36,80%
Santos BrasilSTBP116,90%

Na crise econômica, "a única boa notícia vem do turismo"

Enquanto a crise parece não chegar ao fim, o turismo cresceu 6,6% em 2010 e 5% em 2011

Katell Abiven - AFP
 
Madri - Contra todas as expectativas, o setor de turismo conseguiu se adaptar à crise econômica, explica, em uma entrevista, Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), que prevê um crescimento mundial do setor de cerca de 4% em 2012.
O turismo foi duramente atingido pela crise em 2008 - com uma desaceleração de 2,1% - antes de viver em 2009 seu pior ano em 60 anos, segundo à OMT, com uma queda de 3,8% na chegada de turistas.
Contudo, enquanto a crise parece não chegar ao fim, o turismo cresceu 6,6% em 2010 e 5% em 2011.
"A única boa notícia procedente da economia vem do turismo", um setor "muito flexível, que se adapta bem" às circunstâncias, comemora Rifai, dirigente do organismo ligado à ONU com sede em Madri.
Apesar da crise, "o turismo faz parte do estilo de vida, não podemos renunciar a ele", afirma. As dificuldades econômicas "mudarão as formas de viajar, as pessoas procurarão as ofertas, mas continuarão viajando", acrescenta.
Na véspera do Dia Mundial de Turismo, nesta quinta-feira, a OMT demonstra otimismo em relação a 2012. No primeiro semestre o setor registrou um crescimento de 5%. No conjunto do ano "esperamos um crescimento de entre 3% e 4%, eu diria mais próximo a 4%", projeta Rifai.
"Isso quer dizer que alcançaremos em novembro ou dezembro a cifra histórica de bilhões de turistas internacionais", diz.
Entre janeiro e junho, o crescimento foi mais forte na região Ásia-Pacífico, com um aumento de 8% da chegada de turistas. O Japão se recuperou depois de sofrer uma forte queda em 2011 como consequência do terremoto, tsunami e do acidente nuclear de Fukushima.
A Europa, a região mais visitada do mundo, registrou um aumento de 4% no número de turistas, uma cifra similar a das Américas, com 5%.
A África ( 7%) também viveu um bom primeiro semestre, especialmente no norte do continente ( 11%), depois de ter sofrido as consequências das revoltas populares da chamada Primavera Árabe. "Há uma verdadeira reativação no Egito e na Tunísia", destaca a OMT.
"O turismo é provavelmente um dos únicos setores que podem estimular a economia mundial, em particular no que se refere a empregos: dadas as elevadas porcentagens de desemprego que registramos atualmente, não podemos subestimar os que são gerados pelo turismo", defende Rifai.
Com 235 milhões de postos de trabalho, o setor é responsável por 5% do PIB mundial.
Isso leva à OMT a se preocupar com os obstáculos que podem ameaçar o crescimento desta indústria. "Nosso pedido, nossa mensagem, é que os dirigentes de todo o mundo utilizem todo o potencial do turismo, porque, no momento, não é o caso", disse Rifai.
"As taxas sobre as viagens se transformaram em um verdadeiro problema para nós", explica. "Estamos preocupados com a indústria aérea, porque a maior parte de taxas, no turismo, está relacionada ao transporte, principalmente ao avião", meio escolhido para mais de 50% dos trajetos.
"Isso é realmente alarmante", insiste. "Estamos preocupados com a capacidade de as pessoas viajarem de avião e pela competitividade do setor, que ficará severamente afetada por estas taxas, além da possibilidade de uma forte alta do preço do petróleo".
"É um problema que afeta principalmente o tráfego que sai da Europa", onde as taxas aéreas são mais elevadas, "mas, no fim, como entre 52% e 55% das viagens do mundo vêm da Europa, este é um problema global", considera Rifai.

Bovespa fecha estável; Espanha e Grécia preocupam

O Ibovespa teve variação negativa de 0,04 por cento, a 60.478 pontos, após ter chegado a cair 1,28 por cento na mínima intradiária

REUTERS Business
São Paulo - A Bovespa reduziu as perdas e encerrou o pregão desta quarta-feira praticamente estável, com a crescente preocupação com a situação fiscal da Espanha e Grécia pesando nos mercados externos e motivando investidores a fugir de ativos de risco.
O Ibovespa teve variação negativa de 0,04 por cento, a 60.478 pontos, após ter chegado a cair 1,28 por cento na mínima intradiária. Segundo operadores, a melhora do mercado foi um ajuste após o forte recuo da véspera, de 2,3 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,26 bilhões de reais.
"A bolsa está dependente das notícias vindas da Europa, onde as coisas pioraram nos últimos dias, especialmente na Espanha", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital, no Rio de Janeiro. "O índice deve continuar um pouco refém do cenário externo." Violentos protestos em Madri e conversas de separatismo na Catalunha reforçaram temores entre investidores com relação à capacidade da Espanha de implementar medidas de austeridade, tendo em vista um resgate soberano.
Além disso, uma greve geral na Grécia e sinais de discórdia entre as principais autoridades da zona do euro sobre como resolver a crise do país trouxeram preocupação adicional aos mercados.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,33 por cento, enquanto o S&P 500 caiu 0,57 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações registrou baixa de 1,86 por cento.
Por aqui, as ações da OGX pesaram no Ibovespa, com queda de 1,4 por cento, a 6,35 reais, seguidas por Fibria, que perdeu 6,34 por cento, a 17,87 reais --foi a maior queda diária do papel em um ano.
Em relatório, o JP Morgan recomendou a seus clientes nesta quarta-feira uma operação de venda das ações de Fibria e compra de Domtar, que atua no segmento de papel e celulose nos Estados Unidos e Canadá.
Dentre as blue chips nacionais, a preferencial da Vale subiu 0,31 por cento, a 35,94 reais, e a da Petrobras teve leve alta de 0,13 por cento, a 22,77 reais.
As ações ordinárias da Usiminas lideraram os ganhos do Ibovespa, com alta de 4,44 por cento, a 12,22 reais, movimento definido por operadores como uma correção após o forte tombo da véspera.
Apesar dos movimentos de realização de lucros observados na bolsa brasileira nas últimas sessões, analistas avaliam que a tendência para o índice ainda é de alta.
"Agora é esperar um fato positivo que possa desencadear um novo avanço do índice, especialmente notícias melhores da Europa", afirmou o analista Ivo Moreira, da Banrisul Corretora, em Porto Alegre.
Segundo pesquisa da Reuters publicada nesta quarta-feira, o Ibovespa deve chegar a 65 mil pontos no fim de 2012, considerando a mediana das estimativas de 30 profissionais de mercado.

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Nasdaq recua 1%, sob peso da Apple

Às 16h18 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuava 0,57 por cento, para 13.481 pontos

REUTERS Brazil
 
Nova York - O índice norte-americano Nasdaq recuava mais de 1 por cento nesta terça-feira, enquanto o Dow Jones e S&P 500 ampliavam suas perdas, sob peso da queda na ação daApple.
Às 16h18 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuava 0,57 por cento, para 13.481 pontos. O índice Standard & Poor's 500 tinha desvalorização de 0,79 por cento, para 1.445 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caía 1,06 por cento, para 3.127 pontos.

Petróleo fecha em queda após comentários de Plosser

O contrato de petróleo para novembro caiu US$ 0,56 e fechou a US$ 91,37 o barril, o menor nível desde 2 de agosto

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta terça-feira, com os investidores preocupados com a fraca demanda e a alta nos estoques. Além disso, comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, contra o novo programa de compras de ativos do banco central dos EUA, pesaram sobre o humor dos investidores.
O contrato de petróleo para novembro caiu US$ 0,56 (0,61%) e fechou a US$ 91,37 o barril, o menor nível desde 2 de agosto. Na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para novembro subiu US$ 0,64 (0,58%), fechando a US$ 110,45.
No início da sessão em Nova York, o petróleo chegou a superar US$ 93,00 o barril, após o Conference Board divulgar que a confiança do consumidor nos EUA subiu a 70,3 em setembro, bem acima das previsões dos analistas, de 65,0. Já o Federal Reserve de Richmond informou que seu índice de atividade no setor industrial na região subiu em setembro para 4, de -9 em agosto. E a Agência Federal de Financiamento Imobiliário (FHFA, na sigla em inglês) revelou que seu índice de preços das moradias avançou 0,2% em julho ante junho, quando a estimativa dos analistas era de um avanço de 0,7%.
Mas o petróleo inverteu a direção após os comentários feitos Plosser. Ele afirmou que o novo programa de compras de ativos anunciado este mês pelo banco central dos EUA não vai impulsionar o crescimento econômico e ameaça afetar a credibilidade da instituição. Plosser disse ainda que o Fed está aumentando os riscos, em vez de mitigá-los. Apesar dele não ter poder de voto este ano no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), suas declarações mostram as divergências existentes dentro do Fed quanto aos efeitos do novo programa.
Alguns analistas dizem que o petróleo pode cair mais, talvez revisitando a mínima de US$ 87,13 registrada no começo de agosto. "Uma queda para US$ 87,13 pode ser exagerada no curto prazo, mas certamente não está descartada", comentou Tony Rosado, corretor da Dorado Energy. As informações são da Dow Jones.

Piora externa faz dólar registrar 3ª alta seguida

No mercado futuro, às 17h08, o contrato de dólar com vencimento em 1º de outubro de 2012 subia 0,17%, a R$ 2,0325

Silvana Rocha - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O dólar no mercado à vista fechou com leves altas e nas máximas do dia, a R$ 2,0290 ( 0,15%) no balcão e a R$ 2,0278 ( 0,17%) na BM&FBovespa. As mínimas, pela manhã, foram de, respectivamente, R$ 2,0230 (-0,15%) e R$ 2,0235 (-0,04%). O volume de negócios manteve-se ao redor de US$ 2 bilhões.
A piora das bolsas norte-americanas concomitante recuperação do dólar no exterior à tarde amparou o ajuste positivo do dólar ante o real, enquanto a Bovespa ampliou as perdas, puxada também pelo tombo das ações de mineradoras e siderúrgicas após a redução de projeções para o preço do minério de ferro. Esse movimento dos ativos financeiros ocorreu em resposta às declarações do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser.
No começo da tarde, Plosser - que não tem direito a voto no Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc) - afirmou que o novo programa de compra de ativos anunciado este mês pelo BC dos EUA não deve estimular o crescimento econômico e ainda ameaça afetar a credibilidade da instituição e gerar inflação no país.
Antes disso, uma série de indicadores nos EUA, sobretudo o aumento da confiança no País, e comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, vinham sustentando a queda do dólar e o avanço dos índices acionários na Europa e nos EUA. Durante uma conferência na Federação das Indústrias Alemãs, em Berlim, Draghi reafirmou que o euro é "irreversível" e defendeu o novo programa de compras de bônus soberanos do BCE.
O discurso da presidente Dilma Rousseff, na abertura da 67ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi monitorado pelos investidores, mas não afetou a formação de preço do dólar. Essencialmente, a presidente Dilma criticou a persistência dos bancos centrais no exterior em uma política expansionista, que desequilibra as taxas de câmbio. "Com isso, os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global", disse a presidente.
No mercado futuro, às 17h08, o contrato de dólar com vencimento em 1º de outubro de 2012 subia 0,17%, a R$ 2,0325, com volume negociado de US$ 11,572 bilhões. O movimento financeiro com os três vencimentos transacionados - todos com leves ganhos - totalizava US$ 12,784 bilhões.
No exterior, o dólar também oscilou pouco ante as principais moedas estrangeiras. Às 17h08, o euro caía a US$ 1,2909, de US$ 1,2930 no fim da tarde de segunda-feira.

XP aumenta fatia na Ideiasnet

Gestora detém atualmente 5,12% do total de ações ordinárias da companhia

Alice Agnelli - EXAME.com
  
São Paulo - A XP aumentou a participação acionária na Ideiasnet (IDNT3) e alcançou, no dia 19 de setembro, 5,12% do total de ações ordinárias emitidas pela empresa. Segundo comunicado ao mercado, a gestora adquiriu as ações com o objetivo de investimento e não pretende alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa.
"A XP comunica não deter bônus de subscrição, direitos de subscrição, opções de compra de ações ou debêntures conversíveis em ações da companhia; além de não ter firmado acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia", mostra a nota.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Petrobras levanta o equivalente a US$3,3 bi com bônus

Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares

REUTERS Domestic
  
São Paulo - A Petrobras precificou duas emissões de bônus em euros e uma em libras nesta segunda-feira, levantando o equivalente a cerca de 3,3 bilhões de dólares.
Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares, depois das três tranches em moeda norte-americana de fevereiro totalizando 7 bilhões de dólares.
Esse valor ainda não é suficiente, porém, para que a estatal cumpra o seu plano de investimentos, segundo um analista de mercado ouvido pela Reuters.
Para cumprir sua meta anual de captações, de 16 bilhões de dólares, a estatal poderá voltar a procurar o mercado de dívida, segundo Lucas Brendler, analista da corretora Geração Futuro.
"A estatal está com menor geração de caixa e o programa de desinvestimentos não está acelerado. Com isso as captações da Petrobras em 2012 e 2013 poderão sofrer descompasso", disse Brendler.
"A companhia já disse ao mercado que a geração de caixa votará a ser positiva apenas em 2016, mas por enquanto as necessidades de investimento são muito altas. Mesmo que a companhia tenha que recorrer ao mercado, as captações de recurso não são olhadas no curto prazo. Estas captações estão dentro do cronograma e das necessidades da empresa".
Emissão - Segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters, a Petrobras precificou nesta segunda uma emissão de 1,3 bilhão de euros em bônus 2019 a 99,398 por cento do valor de face e cupom de 3,25 por cento. O yield foi de mid-swaps mais 212,5 pontos-básicos.
Outra, também na moeda europeia e com vencimento em 2023, com volume de 700 milhões de euros, saiu a 98,154 por cento do valor de face e cupom de 4,25 por cento, com yield de mid-swaps mais 257,5 pontos-básicos.
Por fim, a petroleira precificou uma emissão no total de 450 milhões de libras em bônus 2029 a 97,472 por cento do valor de face, com cupom de 5,375 por cento e yield da Gilts mais 320 pontos-básicos.
A demanda pelas duas tranches em euros teria chegado a 6,5 bilhões de euros, enquanto a pela em libras alcançou 900 milhões de libras, segundo o IFR.
Na semana passada, a Petrobras informou que estava contemplando uma variedade de opções de dívida, a fim de cumprir com seu plano anual de captações de 16 bilhões a 18 bilhões de dólares.

Ibovespa perde força e opera perto da estabilidade

O recuo das ações da Vale e de siderúrgicas pesavam no índice da bolsa brasileira

Danielle Assalve - REUTERS
  
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa perdeu força na tarde desta segunda-feira, voltando a operar perto da estabilidade, ao passo que os mercados externos continuavam a operar em tom de cautela, diante das preocupações com a crise da zona do euro.
Às 15h23, o Ibovespa tinha alta de 0,02 por cento, a 61.334 pontos. O recuo das ações da Vale e de siderúrgicas pesavam no índice, enquanto o avanço da OGX e construtoras exerciam influência positiva.
O giro financeiro do pregão era de 4,07 bilhões de reais.

Light aprova abertura de capital da Light Energia

Empresa tem 5 usinas geradoras, além de uma linha de transmissão

Gustavo Kahil - EXAME.com
 
São Paulo - O Conselho de Administração da Light (LIGT3) aprovou por unanimidade nesta segunda-feira a proposta de abertura de capital da subsidiária Light Energia, mostra um comunicado enviado ao mercado.
A empresa opera 5 usinas geradoras, 2 usinas elevatórias, 2 reservatórios de regularização e 6 reservatórios de pequeno porte. A capacidade instalada é de 853 megawatts. Além disso, a companhia possui uma linha de transmissão de 115 quilômetros.  

Focus sobe estimativas para IGPs em 2012 e 2013

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe em 2012 ficou em 4,37%

Eduardo Cucolo - AGÊNCIA ESTADO
 
Brasília - As projeções para os IGPs em 2012 e 2013 voltaram a subir na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. A aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano avançou de 8,51% para 8,70% (13ª elevação seguida). Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 8,36% para 8,47% (14ª elevação). Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 8,16% para o IGP-DI e de 7,85% para o IGP-M.
Para 2013, a estimativa de alta para o IGP-DI passou de 5,11% para 5,32%. Para o IGP-M, a expectativa subiu de 5,24% para 5,26%. Há quatro semanas, as projeções para os dois índices estavam em 5%.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 ficou em 4,37%.
Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe passou de 4,83% para 4,80%. Há quatro semanas, estava em 4,71%. Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2012 de 3,5% para 3,4%. Para 2013, a projeção caiu de 4,2% para 4%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 3,5% e 4,3%.
Câmbio
As projeções para a taxa de câmbio no final de 2012 e de 2013 se mantiveram em R$ 2,00 pela sétima semana seguida. Para o fim de setembro, a previsão ficou em R$ 2,02. Para o fechamento de outubro, foi mantida em R$ 2,01. Na mesma pesquisa, o mercado financeiro elevou a previsão de taxa média de câmbio de R$ 1,94 para R$ 1,95 em 2012.
Para 2013, a projeção foi mantida em R$ 2,00. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,94 em 2012 e em R$ 1,99 no próximo ano. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo ficou em R$ 2,05 para o fim de 2012. Para o fechamento de 2013, se manteve em R$ 2,10.
Conta corrente
O mercado financeiro reduziu a previsão de déficit em transações correntes neste ano. Segunda a pesquisa desta segunda-feira, a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente em 2012 caiu de US$ 58,22 bilhões para US$ 57,75 bilhões. Há um mês, estava em US$ 58,71 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas se manteve em US$ 70 bilhões pela oitava semana.
Na mesma pesquisa, economistas alteraram a estimativa de superávit comercial em 2012 de US$ 18 bilhões para US$ 18,04 bilhões. Para 2013, a projeção subiu de US$ 14,40 bilhões para US$ 14,48 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 15 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 56 bilhões em 2012. Para 2013, a expectativa de ingresso de IED passou de US$ 58 bilhões para US$ 59,02 bilhões. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 55 bilhões em 2012 e US$ 59 bilhões em 2013.

BlackRock revela as principais apostas no Brasil

Sete dos dez investimentos do maior fundo do mundo na AL estão aqui

Gustavo Kahil - EXAME.com
 
São Paulo - Sob a premissa de que a Europa resolverá os seus problemas e a liquidez deixará de ficar empoçada e virá ao mercado, a BlackRock acredita que as ações na América Latina irão se comportar de uma maneira parecida a que agiram em 2009. Naquele ano, os índices na região dispararam após atingirem mínimas nos meses mais difíceis da crise financeira internacional em 2008. O Ibovespa, por exemplo, disparou 82% depois de uma queda de 41%.
Para Will Landers, gestor do fundo para AL da empresa, as razões para o desempenho acima da média em 2009 continuam aparentes em 2012. "A América Latina não enfrenta os problemas de liquidez, rating ou dívida que têm pesado sobre os mercados desenvolvidos. Economias domésticas fortes, sistemas bancários bem capitalizados e mercados de ações com preços atrativos devem fazer com que a região tenha uma das melhores performances assim que os mercados se estabilizem e retornem aos fundamentos", afirma Landers em um relatório.
Em sua análise mensal, o administrador reitera os recentes esforços do governo brasileiro em reduzir o custo de se fazer negócios no Brasil ao reduzir o juro básico e os impostos para vários setores. Assim como o consenso do mercado, que espera uma aceleração do crescimento do PIB de próximo a 1,5% neste ano para 4% em 2013, Landers estima uma economia mais forte já no segundo semestre.
Apostas
O gestor ressalta que, ao contrário do senso comum, o crescimento da região está bastante ligado ao consumo doméstico e não exclusivamente ao desempenho das commodities. "Mais do que 70% dos nossos investimentos estão em empresas cujos negócios estão focados nas economias domésticas da região", destaca. Além disso, ele lembra que os efeitos dos estímulos no Brasil, principalmente dos cortes na Selic, ainda estão começando a serem sentidos.
Top 10 na ALPosição
America Movil8,91%
Petrobras8,32%
Vale7%
Bradesco5,92%
Itaú5,02%
Femsa4,89%
Televisa3,88%
CCR3,86%
Ambev3,69%
Natura2,55%
O país é a principal aposta na região e a maior expectativa é pela recuperação econômica do segundo semestre adiante. Para Landers, a direção de curto prazo para os mercados será inevitavelmente guiada pelos eventos da crise na zona do euro e, com menor importância, a China. Ainda assim, Landers reforça que os fundamentos específicos da região serão os motivadores de um momento positivo para o mercado.