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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Dados da Economia


Dados de hoje mostram que economia dos EUA ainda sofre para reagir

Dados de hoje mostram que economia dos EUA ainda sofre para reagir
WASHINGTON - Uma série de dados divulgados nesta quinta ilustra que a economia dos Estados Unidos ainda luta para crescer e gerar empregos.
O número de pessoas que pediram seguro-desemprego na semana passada teve um recuo discreto na semana passada, de 3 mil, sinalizando contratações fracas em setembro. O setor de manufaturas encolheu pelo quinto mês seguido na região da Filadélfia, em um sinal de que o crescimento global mais fraco afeta a demanda por produtos americanos. Já uma pesquisa sobre a atividade econômica futura recuou pela segunda vez em três meses.
Os dados se seguem a um balanço fraco de contratações em agosto e após o Federal Reserve se movimentar na semana passada para lançar novas medidas de estímulo a fim de impulsionar a recuperação.
“Certamente não parece haver muita melhora no desempenho da economia”, disse Sam Bullard, economista sênior da Wells Fargo Securities. “A manufatura continua a desacelerar. Não devemos esperar ganhos substanciais em contratações ou na produção das manufatureiras em breve.”
O desemprego permanece em um patamar elevado para o país, de 8,1%. “As empresas claramente permanecem relutantes em fortalecer agressivamente sua força de trabalho”, afirmou Jim Baird, estrategista-chefe de investimento da Plante Moran Financial Advisors, em nota a clientes.
Já Mark Vitner, do Wells Fargo, disse que os estímulos anunciados pelo Fed ajudaram a reduzir as taxas para financiamentos imobiliários nesta semana e provavelmente levarão as taxas mais para baixo nos próximos seis a nove meses. Sobre o setor de habitação, Vitner diz que ele “não parece capaz de fornecer um impulso significativo na economia ao longo do próximo ano”.
O Fed prevê que a economia americana cresça 2% em 2012 ou um pouco abaixo disso, mas acima dos últimos dois anos. Já Bullard, do Wells Fargo, aposta em crescimento na casa de 1,8% em 2012. “Nós temos uma economia que ainda luta com problemas como o alto desemprego e déficits orçamentários e ainda levará algum tempo para lidar com isso”, disse o analista.

Petróleo tem perdas após dados de China e Europa

O brent, no entanto, dá sinais de recuperação e opera agora em terreno positivo, em uma sessão volátil

Londres - Os contratos futuros de petróleo começaram a quinta-feira ampliando as perdas, após caírem nesta quarta-feira (19) pelo terceiro dia consecutivo, pressionados pela divulgação de dados fracos da atividade manufatureira na China e zona do euro. O brent, no entanto, dá sinais de recuperação e opera agora em terreno positivo, em uma sessão volátil.
Às 10h36 (de Brasília), o petróleo para outubro negociado na Nymex, que vence nesta quinta-feira, caía 0,34%, para US$ 91,67 por barril, enquanto o brent para novembro avançava 0,6% na ICE, para US$ 108,84 por barril.
Para Oliver Jakok, diretor-gerente da consultoria suíça Petromatrix, o petróleo, "tecnicamente, tornou-se uma estratégia de investimento arriscada". Já Ole Hansen, chefe de estratégias para commodities do Saxo Bank, acredita que os contratos estão passando "por uma correção saudável". "O mercado de petróleo voltou à realidade e esta realidade é que o mercado está fundamentalmente bem abastecido", disse.
Nesta quarta-feira (19), os contratos reagiram em forte baixa aos últimos dados sobre os estoques comerciais dos EUA, que vieram muito acima do esperado. Segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, os estoques de petróleo do país tiveram uma alta de 8,534 milhões de barris na semana passada, para 367,626 milhões de barris. Os analistas previam um acréscimo significativamente menor, de 500 mil barris.
Outro fator que pressiona os preços para baixo, segundo Hansen, é a visão reiterada pela Arábia Saudita de que o brent em torno de US$ 100,00 o barril seria um nível "justo". Os sauditas são os maiores exportadores de petróleo do mundo.
Pelo lado da demanda, a perspectiva também não é favorável ao petróleo. A China, segundo maior mercado consumidor da commodity, e a zona do euro continuam a registrar enfraquecimento no setor manufatureiro, segundo indicadores divulgados mais cedo. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) HSBC do setor de manufatura da China preliminar de setembro subiu para 47,8, mas apontou contração pelo 11º mês consecutivo, enquanto o PMI composto da zona do euro caiu para 45,9 em setembro, o menor nível desde junho de 2009.
Hansen, do Saxo Bank, prevê que o brent vai recuar para US$ 105,00 o barril nos próximos dias e, quando atingir este nível, encontrar um sólido suporte.
Analistas do Commerzbank, por outro lado, esperam ver um movimento contrário no curto prazo.
"Consideramos excessiva a escala e, sobretudo, a velocidade na queda dos preços", disseram eles em comunicado. As informações são da Dow Jones.

Ações europeias recuam com preocupações sobre crescimento

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,13%, aos 1.114 pontos

Blaise Robinson - REUTERS
  
Paris - As ações europeias caíram nesta quinta-feira, atingidas por tristes dados macroeconômicos da Europa, China e Estados Unidos, embora as ações tenham ascendido das mínimas do dia com investidores tirando vantagem das perdas para elevar sua exposição no mercado.
Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,13 por cento, aos 1.114 pontos, depois de ter perdido até 0,70 por cento ao longo da sessão.
"Por agora, isso é uma pausa no rali, não o começo de uma correção. Investidores estão tomando fôlego. Índices estão testando níveis de suporte técnico e eles estão segurando", avaliou o analista da corretora FXCM Nicolas Cheron.
"A ideia aqui é comprar nas baixas, sabendo que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) e o BCE (Banco Central Europeu) estão aí para apoiar a economia", acrescentou.
O indicador que reúne papéis do setor bancário da zona do euro, que acumula alta de cerca de 50 por cento desde o fim de julho, caiu 2,1 por cento nesta quinta-feira, com o italiano Banco Popolare em baixa de 4,4 por cento e o francês Société Générale com perdas de 2,2 por cento.
Ações cíclicas de mineradoras também estavam entre as de pior desempenho na sessão, com as da Anglo American em baixa de 4,6 por cento e as da Rio Tinto com recuo de 2,9 por cento.
Em LONDRES, o índice Financial Times caiu 0,57 por cento, a 5.854 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX recuou 0,02 por cento, para 7.389 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 teve baixa de 0,62 por cento, a 3.509 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve perdas de 1,68 por cento, para 15.830 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 caiu 0,95 por cento, a 8.022 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 avançou 0,08 por cento, para 5.337 pontos.

18 empresas já valem menos na Bovespa que seu patrimônio real

Estão nessa situação companhias como Usiminas, Fibria, Gafisa e Petrobras, segundo levantamento feito pela Economatica

REUTERS
  
São Paulo - O cenário externo adverso, somado a dificuldades operacionais e perspectivas de resultados ruins nos próximos trimestres, está por trás do fato de que 18 das 63 empresas que compõem o principal índice de ações brasileiras estão sendo negociadas com valor de mercado inferior ao patrimônio líquido.
Estão nessa situação grifes como Usiminas, Fibria, Gafisa e Petrobras, segundo levantamento feito pela Economatica.
Ser negociada abaixo do valor patrimonial é uma forte indicação de que a companhia está depreciada no ponto de vista dos investidores. Muito disso pode ser explicado pelo cenário atual, com investidores saindo de ativos de risco diante da crise na zona do euro, disse o estrategista da Futura Corretora, Luis Gustavo Pereira. Desde que atingiu a pontuação máxima em 2012, há cerca de três meses, o Ibovespa já caiu quase 18 por cento.
Resultados operacionais abaixo do esperado e perspectivas de desempenho pouco animadoras nos próximos trimestres também cobram seu preço. Segundo analistas, esse é o caso de empresas como Fibria e Usiminas, que mostram endividamento elevado, em setores que já passam por dificuldades.
"No caso da Usiminas, por exemplo, vemos geração de caixa muito baixa e índice de alavancagem muito alto, mostrando que a empresa está tendo dificuldades para gerar recursos financeiros para pagar suas dívidas", disse a a na lista-chefe da Ativa Corretora, Daniella Maia.
"Aliado a isso, há o fato de que o setor de atuação da empresa está complicado, com fraca demanda por aços planos e aumento de custos do setor. Por isso, os investidores acabam exigindo um retorno adicional para fazer posição na companhia." O valor de mercado da Usiminas correspondia a 49,2 por cento de seu patrimônio líquido, segundo a Economatica. No caso da Fibria, essa relação era de 51,5 por cento. Os dados consideram o valor de mercado no último dia 15 e o patrimônio líquido registrado em março de 2012.
Nestes casos, as empresas poderiam recomprar todas as suas ações que estão no mercado gastando para isso o equivalente a apenas cerca de metade de seu patrimônio. "Por si só, isso quer dizer que o investidor não está colocando prêmio ou perspectiva futura de crescimento na empresa", disse Pereira, da Futura Corretora.
Mas distorções contábeis no cálculo do patrimônio líquido também podem influenciar no múltiplo e exigem cautela ao analisar o dado, segundo os analistas consultados. "Esse é um indicador relevante, mas precisa ser visto com muito cuidado. Só por ele você não consegue tirar conclusões de investimento, porque o que move o papel é a expectativa de lucro e geração de caixa", disse o estrategista de renda variável no HSBC, Carlos Nunes.
No caso de Petrobras, o dado da Economatica mostra que a relação entre valor de mercado sobre patrimônio líquido da empresa estava em 73,3 por cento.
"A relação de preço sobre lucro também não está alta. Mas o problema é que a expectativa de lucro começa a cair, e a companhia tem decepcionado também com a questão do repasse do preço do combustível", disse Nunes.
Quatro construtoras também estão na lista da Economatica: Rossi Residencial, Gafisa, Brookfield e PDG Realty. "É um setor que tem uma alavancagem muito grande e começa a ter alguns problemas com relação à geração de caixa", afirmou Pereira.

Marfrig desaba na Bovespa e empresa nega oferta de ações

Operadores mencionaram mais cedo rumores de que a empresa de alimentos estaria preparando uma oferta de ações

Danielle Assalve e Roberto Samora - REUTERS Brazil
  
São Paulo - A ação da Marfrig despencava na Bovespa nesta quinta-feira, diante do cenário desafiador para o setor de aves e suínos e no momento em que a empresa estaria buscando formas de reduzir sua dívida.
Operadores mencionaram mais cedo rumores de que a empresa de alimentos estaria preparando uma oferta de ações, o que foi negado pela assessoria de imprensa da companhia.
Às 14h22, a ação da Marfrig caía 7,29 por cento, a 10,55 reais, enquanto o principal índice acionário da Bovespa perdia 0,48 por cento. No pior momento do dia, o papel da empresa chegou a registrar queda de quase 10 por cento.
O encarecimento dos grãos pesa nos custos e pressiona as margens das empresas do setor de alimentos, o que motivou Marfrig e Brasil Foods a anunciarem reajustes de preços de seus produtos em agosto.
Somado ao cenário difícil para o setor, a Marfrig também estaria buscando formas de reduzir sua dívida. Em 24 de agosto, fontes afirmaram ao IFR, um serviço da Thomson Reuters, que a Marfrig avaliava vender parte da companhia para reduzir sua dívida.

Em dia de dados divergentes, juros longos caem

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 estava na máxima de 7,30%

Márcio Rodrigues - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O saldo líquido de emprego abaixo do esperado em agosto, de apenas 100.938 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fez as taxas de juros migrarem para as mínimas no meio da tarde, logo após a divulgação. Mas, aos poucos, o dado foi absorvido e o movimento de baixa no trecho intermediário e longo da curva de juros foi minimizado. Tais vencimentos já vinham em baixa devido à piora externa vista nesta quinta-feira. As taxas curtas, porém, seguem resistentes, com os investidores atribuindo pequena probabilidade de um corte de 0,25 ponto porcentual da Selic em outubro, para 7,25%. A visão da maioria, de que o ciclo de afrouxamento acabou, foi reforçada pelo IPCA-15 de setembro e, antes do Caged, pela queda do desemprego para 5,3% em agosto.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, a taxa projetada pelo DI janeiro de 2013 (237.620 contratos) estava na máxima de 7,30%, nivelado ao ajuste. A taxa do contrato de juro futuro para janeiro de 2014 (229.355 contratos) marcava 7,80%, ante 7,84% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (125.755 contratos) indicava 9,20%, de 9,25% na véspera. O DI janeiro de 2021, com giro de 1.700 contratos, apontava 9,84%, ante 9,90% ontem.
O volume de vagas criadas em agosto ficou abaixo do piso projetado de 160 mil vagas, conforme levantamento realizado pelo AE Projeções. Ante agosto de 2011, o saldo líquido de empregos com carteira assinada foi 56,23% menor, no dado ajustado. Considerando a série do Ministério do Trabalho sem ajuste, o resultado do mês de agosto foi o pior para o mês desde 2003.
Mas, na manhã desta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desemprego do mês passado ficou em 5,3%, no menor nível para agosto desde 2002. Mas o fato de o levantamento ficar restrito a seis regiões metropolitanas do País faz o mercado dar mais peso ao Caged.
No âmbito da inflação, a taxa de 0,48% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em setembro, após registrar 0,39% em agosto, fortaleceu a visão da corrente de analistas que prevê a manutenção da Selic no encontro de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom). O grupo Alimentação e bebidas respondeu por 0,25 ponto porcentual do índice cheio, ao avançar 1,08% na prévia da inflação oficial deste mês, de 0,76% em agosto. O indicador de difusão do IPCA-15 de setembro também chamou a atenção do mercado. Segundo cálculo realizado pela Votorantim Corretora, o dado alcançou a marca de 68,68%, de 65,93% em agosto. "Os alimentos estão pressionando, mas o avanço de preços está disseminado", afirmou um operador.

No exterior, os dados divulgados mostraram uma acomodação em baixa da atividade na China. O índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) HSBC do setor de manufatura da China preliminar de setembro subiu para 47,8, de 47,6 em agosto, mas apontou contração pelo 11º mês consecutivo. Na Europa, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu para 45,9 em setembro, de 46,3 em agosto, contrariando a previsão dos economistas de alta para 46,7. Nos EUA, os indicadores foram mistos, mas o avanço do índice de atividade industrial do Federal Reserve da Filadélfia para -1,9 em setembro, de -7,1 em agosto e acima das previsões de -5,0, ajudou a minimizar o pessimismo.

Expectativa com ajuda à Espanha limita perdas da Bovespa

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira em leve alta de 0,06%, aos 61.687,97 pontos

Ana Luísa Westphalen e Alessandra Taraborelli - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - Após passar praticamente a sessão inteira desta quinta-feira no negativo, a expectativa em torno de um novo pacote de ajuda financeira à Espanha melhorou o humor do mercado na última hora dos negócios, ajudando a Bovespa a limitar suas perdas e fechar em leve alta. Conforme reportagem do Financial Times, autoridades da União Europeia estariam trabalhando na preparação do pacote, que incluiria compras de bônus espanhóis pelo Banco Central Europeu (BCE) e tem previsão de anúncio para a próxima semana.
Durante a maior parte do dia, a descrença dos mercados internacionais acerca da capacidade de recuperação da economia mundial deu o tom dos negócios, motivada pela divulgação de números fracos de atividade do setor privado da China, da zona do euro e dos Estados Unidos, o que afastou os investidores dos ativos de risco.
O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira em leve alta de 0,06%, aos 61.687,97 pontos. Ná mínima, o principal índice da Bolsa recuou 1,12%, aos 60.961 pontos, e, na máxima, foi a 61.908 pontos, com alta de 0,42%. No mês, a Bovespa acumula ganho de 8,11%, e, no ano, de 8,69%. O volume financeiro somou R$ 6,272 bilhões.
"Após a euforia com o anúncio de estímulos na China, do anúncio do QE3 nos Estados e de declarações de apoio na zona do euro, o investidor se pergunta qual é o reflexo disso tudo na economia real, e até agora não teve melhora alguma. Foram só palavras", destaca o gestor de investimentos da corretora mineira Picchioni, Paulo Amantéa.
As dúvidas sobre a magnitude do desaquecimento da demanda chinesa influenciaram os papéis da Vale, que fecharam em queda de 0,84% os ON e -0,71% os PNA.
Penalizadas nos últimos três pregões, as ações da Petrobras alcançaram preço mais atrativo, o que abriu oportunidade para recuperação desses papéis. As ações ON da companhia subiram 0,85%, e as PN, 1,15%. A cotação também foi impulsionada por notícias sobre a conclusão da perfuração do quarto poço na cessão onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos.
Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou em alta de 0,14%, enquanto S&P 500 e Nasdaq perderam 0,05% e -0,21%, respectivamente.

Sem sinal do BC pelo 3º dia, dólar encerra quase estável

No mercado futuro, às 16h57, o contrato de dólar para outubro de 2012 recuava 0,12%, a R$ 2,0265, com giro de US$ 10,504 bilhões

Silvana Rocha - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O dólar no mercado à vista terminou quase estável, cotado a R$ 2,0230 (-0,05%) no balcão e a R$ 2,0235 ( 0,01%) na BM&FBovespa nesta quinta-feira. Em nenhum momento durante a sessão o piso informal de R$ 2,02 foi ameaçado. Com isso, o Banco Central manteve-se ausente dos negócios pela terceira sessão consecutiva. O volume total de negócios ficou ao redor de US$ 2 bilhões, de acordo com a clearing de câmbio.
No mercado futuro, às 16h57, o contrato de dólar para outubro de 2012 recuava 0,12%, a R$ 2,0265, com giro de US$ 10,504 bilhões. Este vencimento, que é o mais negociado, oscilou entre R$ 2,0255 (-0,15%) e R$ 2,0335 ( 0,25%).
A expectativa entre os agentes financeiros é de que a autoridade monetária só volte a fazer leilão de swap reverso (equivalente à compra de dólar no mercado futuro) se houver pressão vendedora a ponto de empurrar o dólar para abaixo dos R$ 2,02. Durante esta quinta-feira, o dólar no balcão oscilou entre a máxima de R$ 2,030 ( 0,30%) registrada pela manhã e, a mínima, de R$ 2,0220, baixa de 0,10%, computada no meio da tarde.
Segundo operadores consultados, a virada do dólar balcão para o campo negativo respondeu à reação positiva do mercado externo, sobretudo nas bolsas norte-americanas, ao resultado melhor que o esperado do índice de atividade industrial regional do Federal Reserve da Filadélfia.
"O dólar virou junto com a melhora externa. A dinâmica dos investidores no Brasil tem sido a de comprar dólar quando seu preço fica perto de R$ 2,02. Num dia mais positivo, o dólar poderá recuar mais. O BC deve voltar a atuar com leilão só se o dólar cair abaixo de R$ 2,02. Essa é a expectativa. O fluxo comercial foi pequeno e a movimentação predominante no mercado de derivativos é de venda", disse um operador de tesouraria de um banco.
O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) não afetou os negócios com câmbio, afirmou a fonte. Segundo o Caged, o saldo líquido de empregos formais gerados em agosto foi de 100.938 - fruto de admissões de 1.819.767 empregados com carteira assinada e desligamentos de 1.718.829 pessoas. O resultado foi o pior para o mês desde 2003.
Antes de pisar no negativo, o dólar subiu ante o real, acompanhando a valorização externa. Lá fora, a moeda norte-americana avançou ante o euro e algumas divisas ligadas a commodities, como os dólares australiano e canadense, após os indicadores sobre a atividade do setor privado da China, da zona do euro e dos EUA renovarem as preocupações com a economia global.

Os investidores saíram dos ativos de risco, provocando queda nas bolsas, no euro e nas commodities. A situação da Espanha também segue no radar e, tudo indica, o país terá de pedir um resgate financeiro internacional. Em Nova York, às 16h56, o euro caía a US$ 1,2966, ante US$ 1,3049 no fim da tarde de ontem. A moeda dos EUA também subia 0,41% ante o dólar australiano; 0,22% diante do dólar canadense; e 0,51% em relação à rupia indiana.