Dados de hoje mostram que economia dos EUA ainda sofre para reagir
WASHINGTON - Uma série de dados divulgados nesta quinta ilustra que a economia dos Estados Unidos ainda luta para crescer e gerar empregos.
O número de pessoas que pediram seguro-desemprego na semana passada teve um recuo discreto na semana passada, de 3 mil, sinalizando contratações fracas em setembro. O setor de manufaturas encolheu pelo quinto mês seguido na região da Filadélfia, em um sinal de que o crescimento global mais fraco afeta a demanda por produtos americanos. Já uma pesquisa sobre a atividade econômica futura recuou pela segunda vez em três meses.
Os dados se seguem a um balanço fraco de contratações em agosto e após o Federal Reserve se movimentar na semana passada para lançar novas medidas de estímulo a fim de impulsionar a recuperação.
“Certamente não parece haver muita melhora no desempenho da economia”, disse Sam Bullard, economista sênior da Wells Fargo Securities. “A manufatura continua a desacelerar. Não devemos esperar ganhos substanciais em contratações ou na produção das manufatureiras em breve.”
O desemprego permanece em um patamar elevado para o país, de 8,1%. “As empresas claramente permanecem relutantes em fortalecer agressivamente sua força de trabalho”, afirmou Jim Baird, estrategista-chefe de investimento da Plante Moran Financial Advisors, em nota a clientes.
Já Mark Vitner, do Wells Fargo, disse que os estímulos anunciados pelo Fed ajudaram a reduzir as taxas para financiamentos imobiliários nesta semana e provavelmente levarão as taxas mais para baixo nos próximos seis a nove meses. Sobre o setor de habitação, Vitner diz que ele “não parece capaz de fornecer um impulso significativo na economia ao longo do próximo ano”.
O Fed prevê que a economia americana cresça 2% em 2012 ou um pouco abaixo disso, mas acima dos últimos dois anos. Já Bullard, do Wells Fargo, aposta em crescimento na casa de 1,8% em 2012. “Nós temos uma economia que ainda luta com problemas como o alto desemprego e déficits orçamentários e ainda levará algum tempo para lidar com isso”, disse o analista.