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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Exercício de opções sobre ações movimenta R$5,4 bi


Giro financeiro chegou a 2,6 bilhões de reais

REUTERS Brazil
  
São Paulo - O exercício de contratos de opções sobre ações na Bovespa movimentou 5,37 bilhões de reais nesta segunda-feira, de acordo com operadores de mercado.
O volume financeiro foi superior ao registrado no exercício anterior, de 19 de novembro, que movimentou 2,6 bilhões de reais.
Às 13h43, o Ibovespa tinha alta de 0,46 por cento, a 59.878 pontos.

Juros têm leve queda após declarações de Tombini


Em pronunciamento, o presidente do BC disse que a inflação em 2013 será inferior à de 2012

Márcio Rodrigues - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O mercado de juros começou a semana com leve queda, reagindo a declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ao dizer que a inflação de 2013 será menor do que a deste ano, ele reforçou a percepção de que a Selic deverá continuar estável ao longo do próximo ano e anulou, no comportamento das taxas, a piora registrada pelos índices de inflação conhecidos hoje. O baixo volume de negócios favoreceu a volatilidade das taxas ao longo do dia. Tanto que, durante a tarde, a queda perdeu um pouco de vigor.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2014 (74.330 contratos) estava em 7,08%, ante 7,09% do ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2015 (42.920 contratos) apontava 7,62%, de 7,63%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (40.910 contratos) indicava 8,44%, ante 8,45% no ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (apenas 500 contratos) tinha taxa de 9,14%, de 9,16% na sexta-feira.
Logo cedo, em café da manhã com jornalistas, Tombini afirmou que há uma série de fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, de que a inflação será menor em 2013, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto. Tombini também disse que a economia brasileira registrou no terceiro trimestre uma retomada mais lenta do que se supunha, mas que o crescimento é firme e está ganhando velocidade.
Enquanto isso, porém, a inflação corrente segue pressionada. O IGP-10 subiu 0,63% em dezembro, após cair 0,28% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado superou o teto do intervalo de estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, ( 0,60%). A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, acelerou para 0,73% na segunda quadrissemana deste mês, de 0,63% no período imediatamente anterior.
Mas o mercado financeiro parece não estar totalmente convencido de que o cenário traçado por Tombini irá se concretizar. No boletim Focus, do Banco Central, a previsão de expansão do PIB caiu de 1,03% para 1,00% neste ano e de 3,50% para 3,40% no próximo ano. Quanto à inflação, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,58% para 5,60% em 2012 e de 5,40% para 5,42% em 2013. A estimativa para a Selic seguiu em 7,25% ao ano até o fim de 2013.
No exterior, as notícias de que os republicanos apresentaram uma nova proposta para redução do déficit dos EUA, que admite aumentos de impostos para os mais ricos, deram força para as bolsas norte-americanas e ofuscaram o dado fraco sobre a atividade manufatureira na região de Nova York. Além disso, a vitória da oposição nas eleições gerais do Japão, que abriu caminho para novas medidas de estímulo à economia, também forneceu certa sustentação para as bolsas, ao mesmo tempo que enfraqueceu o iene.

Bovespa reverte perto do fechamento e tem leve queda


Enquanto as ações da Petrobras passaram por ajuste, as ordinárias da OGX enfrentaram a maior queda do índice

Ana Luísa Westphalen - AGÊNCIA ESTADO
  
Bovespa encerrou o pregão desta segunda-feira praticamente estável, apesar de o pessimismo ter dado uma trégua nos mercados internacionais. Depois de passar a tarde em alta discreta, nos últimos minutos, o principal índice da Bolsa reverteu, com a acentuação da queda das ações da Petrobras e OGX. Em dia de vencimento de opções sobre ações, a Vale foi responsável por segurar o Ibovespa no azul na segunda metade dos negócios.
A Bolsa encerrou em queda de 0,06%, aos 59.566,52 pontos. Sem força, o Ibovespa oscilou entre 59.323 pontos (-0,47%), na mínima, e os 59.914 pontos ( 0,52%), na máxima. O volume financeiro totalizou R$ 11,931 bilhões, dos quais R$ 5,367 bilhões corresponderam ao exercício de opções sobre ações, segundo dados preliminares da BM&FBovespa. No mês, a Bovespa acumula ganho de 3,64%, e, no ano, de 4,96%.
"A nossa Bolsa está bem sem graça mesmo. Enquanto as empresas de óleo e gás e os setores de metalurgia e financeiro não saírem dos atuais patamares, vamos permanecer nesse nível mesmo", afirmou o operador de renda variável da Icap Brasil Rodrigo Falcão. Ele considera que as ações desses setores estão em patamares baratos, mas destaca que, para o investidor estrangeiro, o mercado brasileiro se torna menos interessante devido às recentes manifestações de ingerência política.
As ações da Vale subiram 1,94% as ON (máxima da sessão) e 1,41% as PNA, na esteira da recuperação da economia chinesa e do preço do minério de ferro.
Em contrapartida, os papéis da Petrobras sofreram ajuste após a alta de mais de 3% na sexta-feira, quando subiram amparados por rumores sobre aumento no preço dos combustíveis. Nesta sessão, as ações ON e PN perderam 1,61% e 1,43%, respectivamente. Pesam ainda as notícias sobre perdas milionárias com a refinaria da companhia nos Estados Unidos.
No setor, OGX ON foi a principal queda do Ibovespa, com perda de 5,27%, seguida por JBS ON (-4,03%), Cia. Hering ON (-2,33%), BM&FBovespa ON (-2,25%) e Pão de Açúcar PN (-1,76%).
Os destaques de alta do Ibovespa foram liderados por Embraer ON, que subiu 4,54%. Em seguida, apareceram Cetip ON ( 3,20%), Dasa ON (3,14%), Souza Cruz ON ( 2,29%) e Klabin ( 2,39%).
Em Wall Street, às 17h57 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,44%, o S&P 500 avançava 0,77% e o Nasdaq apresentava alta de 0,81%.