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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

BTG Pactual vê retomada de IPOs no futuro, diz Esteves


O BTG Pactual realizou no primeiro semestre o maior IPO do ano no Brasil, levantando 3,656 bilhões de reais

REUTERS Business
  
São Paulo - A realização de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) deverá melhorar "no futuro", em relação ao registrado neste ano, segundo o presidente doBTG Pactual, André Esteves.
"Estou confiante de que o número de IPOs em mercados de capitais em desenvolvimento irá deslanchar", disse ele, ao participar do evento Ericsson Business Innovation Forum, nesta quarta-feira.
"Os mercados de capitais estiveram mais fracos em 2012, não só no Brasil, e eu estou mais otimista com o futuro", completou.
Em 2012, o forte clima de aversão ao risco e a elevada volatilidade que dominam os mercados têm levado a um número mais baixo de empresas a abrir capital ou fazer novas emissões de ações, enquanto algumas outras que foram mais adiante têm desistido do processo.
Segundo Esteves, a redução das taxas de juros será o grande incentivo para a realização de ofertas iniciais. "A principal consequência da redução de juros no Brasil será o desenvolvimento do mercado de juros", disse.
O BTG Pactual realizou no primeiro semestre o maior IPO do ano no Brasil, levantando 3,656 bilhões de reais.
CHILE Esteves afirmou que o banco pretende manter a marca Celfin no Chile, e poderá criar um banco naquele país.
Em fevereiro, o BTG Pacutal informou o pagamento de 245 milhões de dólares, além da emissão de ações, para os sócios da chilena Celfin, dando origem ao maior banco de investimentos da América Latina.
"Vamos manter Celfin. É um nome forte no Chile. Nós vamos provavelmente criar um banco no Chile. Nós estamos fazendo o movimento regulatório anterior a isso. Ainda não tem (previsão para a criação), mas deve ser um período de seis meses a um ano", disse ele a jornalistas, após o evento, sem fornecer mais detalhes.
ECONOMIA O executivo também afirmou que espera um crescimento entre 3 e 4 por cento da economia brasileira, mas que o país deveria buscar um avanço maior.
"Provavelmente no ano que vem cresceremos mais de 3 por cento, mas deveríamos tentar crescer mais de 5 por cento".
Questionado sobre uma possível bolha no Brasil, Esteves descartou esta possibilidade. "Definitivamente, não há bolha no Brasil. É uma economia de low credit (baixo crédito), sólido sistema financeiro. É o oposto", ressaltou.

Eletrobras tem mais um dia de apagão na bolsa


Na reabertura da bolsa brasileira após o feriado, as ações da estatal caem mais 18%

Beatriz Souza - EXAME.com
  
São Paulo - Com a reabertura da Bovespa após o feriado desta terça-feira, as ações daEletrobras voltaram a cair. Na mínima até o momento as ações ordinárias (ELET3) caem 15,6%, negociadas a 6,76 reais, e as preferencias de classe B (ELET6) caem 18,35%, a 8,01 reais. Só em novembro, a baixa já chega a 39% e 50%, respectivamente.
A forte queda reflete o pessimismo dos acionistas com o futuro da empresa controlada pela União porque ela já manifestou seu interesse em renovar as concessões nos moldes propostos pelo governo de Dilma Rousseff. Mas, enquanto o mercado aguardava uma indenização de cerca de 30 bilhões de reais, o valor a ser pago será de apenas 13,69 bilhões de reais.
A queda acompanha o péssimo desempenho que os papéis tiveram no pregão de ontem na bolsa americana. Ontem, com a bolsa brasileira fechada, as ações tiveram mais um dia de perdas e fecharam o pregão com queda de 5,80%. Na segunda-feira, quando a empresa realizou uma teleconferência para apresentação dos resultados do terceiro trimestre, os papéis preferenciais despencaram 15,43%.
Os analistas também não esperam muito do futuro da empresa na bolsa. Em um relatório enviado para clientes nesta segunda-feira, os analistas do Barclays reduziram o preço-alvo aos papéis ordinários e preferenciais de 29 reais e 20 reais para apenas 1 real para 12 meses. Os cortes representam uma baixa de 97% e 95%, respectivamente.
Os títulos de dívida da empresa negociados em dólar já registram recorde de desconto para papéis do governo brasileiro. Desde que o governo disse no início de novembro que pagaria menos que a metade do que a companhia esperava como indenização, as taxas dos títulos da captação de 1,75 bilhão de dólares com vencimento em 2021 subiram 0,58 ponto percentual para 4,72 por cento. 
São 2,62 pontos acima dos títulos soberanos que compartilham com a Eletrobras o rating BBB da Standard & Poor?s. Os custos de captação da companhia subiram mais do que os de qualquer outra empresa de rating alto, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.