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quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Mercado imobiliário começa a se recuperar nos EUA

Economistas acreditam que a construção de moradias irá impulsionar o crescimento econômico este ano pela primeira vez desde 2005

 
Washington - O ritmo de vendas de moradias usadas nos Estados Unidos subiu em agosto no ritmo mais rápido em mais de dois anos e o início de construção de novas moradias também aumentou, dando sinais esperançosos de que o mercado imobiliário está ganhando força.
A Associação Nacional de Corretores (NAR, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que as vendas de moradias usadas subiu 7,8 por cento no mês passado para uma taxa anual de 4,82 milhões de unidades.
Esse foi o ritmo anual mais rápido desde maio de 2010 e ficou bem acima das expectativas de analistas de 4,55 milhões de unidades.
Enquanto a economia norte-americana aparenta estar perdendo força, o setor imobiliário tem se tornado um relativo ponto positivo.
"Os dados de hoje são outra indicação de melhora no mercado imobiliário norte-americano que, de fato pela primeira vez depois da recessão, está se tornando um ponto positivo para o crescimento econômico", afirmou o economista do CIBC World Markets em Toronto Andrew Grantham.
Em âmbito nacional, o preço médio para a revenda de uma moradia subiu para 187.400 dólares em agosto, alta de 9,5 por cento ante o ano anterior, uma vez que menos pessoas venderam suas casas em condições desvantajosas.

O estoque de casas --aquelas que estão a venda no mercado --subiu 2,9 por cento durante em agosto, para 2,47 milhões.
A alta do preço é medida em relação a agosto de 2011, e desde então as vendas de moradias com problemas --como imóveis arrestados ou que a dívida do proprietário supera o valor do imóvel-- caíram para 22 por cento do total, ante 31 por cento. As vendas desses ativos problemáticos também recuaram em agosto deste ano na comparação com o mês anterior.
Um relatório separado do Departamento do Comércio mostrou que o início de construção de moradias subiu no mês passado para uma taxa anual ajustada de 750 mil unidades. Esse resultado foi menor que o esperado, já que os projetos de moradias para várias famílias caíram.
Ainda assim, a tendência no início de construções continua apontando para recuperação e muitos economistas acreditam que a construção de moradias irá impulsionar o crescimento econômico este ano pela primeira vez desde 2005.
O início de construções avançou 2,3 por cento em agosto ante julho. O início de construções de julho foi revisado para um ritmo de 733 mil unidades, em vez dos 746 mil previamente divulgados.
Economistas consultados pela Reuters previam que a construção residencial tivesse alta para um taxa de 765 mil unidades. Comparado com agosto do ano passado, a construção residencial avançou 29,1 por cento.
O início de construções está agora em um terço do pico de 2,27 milhões de unidades registrado em janeiro de 2006. O mercado imobiliário, o calcanhar de Aquiles da recuperação da recessão de 2007 a 2009, está melhorando lentamente.

As vendas têm crescido muito lentamente e a queda dos preços dos imóveis atingiu o limite, com uma oferta pequena de propriedades no mercado aumentando os preços em algumas áreas metropolitanas. Além disso, o sentimento do construtor registrou a máxima em seis anos em setembro.
Apesar de a construção residencial responder por cerca de 2,5 por cento do PIB, economistas estimam que a cada nova casa construída, pelo menos três empregos são criados.
Um pistão faltando
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, agiu na semana passada para incentivar a economia, anunciando que irá comprar 40 bilhões de dólares de títulos hipotecários por mês até que as perspectivas de emprego tenham melhora significativa.
O Fed afirmou esperar que as compras irão, em parte, ajudar a descolar o setor imobiliário, o qual o chairman do Fed, Ben Bernanke, chamou de "um pistão faltando" na recuperação dos Estados Unidos.
Analistas acreditam que a terceira rodada de compra de títulos, chamada de QE3 em Wall Street, dará apenas apoio limitado ao mercado imobiliário.
Isso se deve em parte às condições mais restritas para a concessão de financiamento imobiliário.
"Mesmo com os juros em recorde de baixa, os tomadores ainda têm muito dificuldade de conseguir um financiamento imobiliário", disse John Tashjian da Centurion Real Estate Partners em Nova York.

Acabou a festa de retornos fáceis com renda fixa; "É preciso arriscar mais"


Economistas ressaltam que os investidores que quiserem uma rentabilidade acima da média, deverão começar a procurar outras aplicações, mais arriscadas

  

Publicada em 17/09/2012 às 18:52 - São Paulo - Redação infoMoney

O Brasil sempre foi conhecido como um país de juros altíssimos. Ao longo dos últimos 13 anos, a taxa básica oscilou bastante, mas sempre se manteve em patamares muito elevados se considerados os padrões de países desenvolvidos. Com isso, muita gente fez fortuna investindo em renda fixa e durante muitos anos conseguiu viver apenas dos rendimentos das suas aplicações financeiras; o que, segundo especialistas, já começou a mudar.

Depois de nove cortes consecutivos na taxa básica de juros (que na última reunião do Copom foi reduzida para 7,5% ao ano), acabou a festa para quem conseguia retornos altos com o risco baixo da renda fixa. Economistas ressaltam que os investidores que quiserem uma rentabilidade acima da média, deverão começar a procurar outras aplicações, mais arriscadas. "Aqueles que puderem arriscar um pouco mais, deverão alocar parte do recurso em ações, sem, contanto, esperar grandes milagres em termo de rendimentos", afirma o economista e autor no livro Fundos de Investimentos: Conheça Antes de Investir, Luiz Calado.

O professor de economia da ESPM, José Eduardo Amato Balian, concorda. Para ele, o mercado acionário pode se tornar uma alternativa para aqueles que possuem investimentos e utilizam o rendimento como principal fonte de renda. "Mas é importante saber que este mercado não é brincadeira. A pessoa precisa saber o que está fazendo e, principalmente, ter consciência de que esta é uma aplicação de longo prazo", ressalta.

Na opinião de Balian, investir em um próprio negócio é outra opção que deverá começar a ser analisada por aqueles que sempre viveram de renda. "Vai ser cada vez mais difícil conseguir uma rentabilidade elevada com investimentos de renda fixa. Então, montar um negócio próprio pode ser uma boa alternativa", aponta.

Neste caso, porém, será preciso trabalhar mais. Afinal, para ser um bom empreendedor é preciso estudar o mercado, analisar as opções e fazer contas para que o negócio prospere. Para o País, o resultado pode ser positivo. "Isso vai favorecer o desenvolvimento da economia, vai gerar mais empregos, será muito bom para o Brasil", conclui o professor de economia.

COMPARE E INVISTA

Fundos da XP Gestão de Recursos

Brasil sobe em ranking de atratividade para investimentos

País subiu sete posições, para o 36º lugar; entre os Brics, só está à frente da Rússia

São Paulo - O Brasil subiu sete posições no ranking de atratividade para investimentoselaborado pela IESE em parceria com a Ernst & Young. O país passou da 43ª para a 36ª posição. Entre 2010 e 2011, o Brasil havia subido 14 posições. 
O estudo afirma que a melhor posição do Brasil se deve, em parte, a avanços de caráter humano e social. No critério de desempenho na educação e capital humano, desde 2008, o Brasil passou do 84º para o 74º lugar. Com relação ao controle da corrupção, o avanço foi de 65º para o 58º. O ranking Global Venture Capital and Private Equity Country Attractiveness compila dados de 116 países. 
A pesquisa indica que o Brasil avançou em áreas como o tamanho da economia; índice de emprego, liquidez do mercado de capitais e segurança dos direitos de propriedade. Mas caiu em setores como taxação e inovação.
Pelo terceiro ano consecutivo, os Estados Unidos lideram o ranking. O segundo colocado foi o Canadá, que empurrou o Reino Unido da segunda para a terceira posição. O Japão aparece no quarto lugar, seguido por Cingapura. 
Ao considerar as mudanças a partir de 2008, a comparação mostra um aumento na atratividade das economias emergentes menores. Diversos países do Oriente Médio se destacaram. Tunísia, Marrocos, Arábia Saudita, Egito e Kuwait subiram pelo menos dez posições cada um - apesar dos efeitos da chamada primavera árabe sobre suas economias. 
Dentre os Brics, somente a Rússia ficou atrás do Brasil, na 41ª posição. A China aparece em 22º lugar, seguida pela África do Sul, em 28º, e pela Índia, em 32º. 
Brics
Os Brics aparecem como países nos quais os investidores enxergam oportunidades para capitalizar o potencial representado pelo crescimento econômico acelerado, grandes populações e amplas oportunidades de novos negócios.
Mas a pesquisa também demonstrou que há algumas preocupações por parte dos investidores com relação aos Brics - quanto aos níveis de governança corporativa e de proteção aos investimentos, corrupção e baixo investimento em inovação. Esses fatores afetam principalmente a Rússia, segundo o estudo. 
A pesquisa alerta para uma "forte preocupação" com a concentração de riquezas nos Brics e diz que, sem uma ampliação dos benefícios gerados pelo progresso, o bloco corre o risco de perder atratividade caso seu ritmo de crescimento diminua. 
Os seis fatores principais de atratividade considerados pelo estudo foram: atividade econômica; alcance do mercado de capitais; taxação; proteção ao investidor e à governança corporativa; ambiente social e humano; e cultura de empreendedorismo e oportunidades de negócios.
Veja os dez primeiros colocados no ranking:
PosiçãoPaísPontuação
1Estados Unidos100
2Canadá97
3Reino Unido95
4Japão93
5Cingapura93
6Hong Kong92
7Austrália92
8Suécia91
9Alemanha89
10Suíça88 

Produção brasileira de aço bruto cai 6,3%

A produção acumulada nos oito primeiros meses do ano foi de 23,2 milhões de toneladas

EFE
 
Rio de Janeiro - A crise econômica mundial atingiu o setor de produção de aço bruto no Brasil, que gerou 2,83 milhões de toneladas no mês de agosto, volume 6,3% inferior ao do mesmo período de 2011, informou nesta quarta-feira o Instituto de Aço do Brasil.
A produção acumulada nos oito primeiros meses do ano foi de 23,2 milhões de toneladas, 3,3% a menos frente ao mesmo período do ano passado, segundo números da entidade patronal do setor.
O órgão atribuiu a diminuição da produção brasileira à queda das exportações por conta do contexto internacional desfavorável e caracterizada por uma ''excedente capacidade mundial acima de 500 milhões de toneladas, o déficit fiscal dos Estados Unidos, a crise na zona do Euro e a desaceleração na China e em outros mercados emergentes''.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de ferro, é a potência siderúrgica da América Latina e está entre as dez maiores do mundo.
De acordo com o Instituto, como o panorama da indústria siderúrgica mundial é de pequena recuperação, é necessário que o governo adote medidas para corrigir as assimetrias competitivas e para se defender das práticas desleais de comércio.
Segundo os produtores, as medidas do governo para incentivar o setor, principalmente a redução das tarifas de energia e dos custos trabalhistas, podem aumentar a competitividade da siderurgia brasileira a longo prazo.
O setor considera que o consumo de aço no Brasil pode aumentar devido às obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, assim como o programa governamental de incentivo à construção de casas populares.
O Instituto constatou que o consumo brasileiro de produtos siderúrgicos aumentou 1,7% nos primeiros oito meses de 2012 e chegou a 17,2 milhões de toneladas.
O aumento do consumo foi impulsionado, principalmente, pelas fábricas de veículos, que aumentaram a produção por conta dos incentivos fiscais anunciados nos últimos meses, pelo governo, para socorrer o setor.
As vendas siderúrgicas nacionais cresceram 1,4% frente aos oito primeiros meses de 2011, atingindo 14,7 milhões de toneladas.
O aumento do consumo foi atendido, em partes, pelas importações, que chegaram a 2,6 milhões de toneladas entre janeiro e agosto, com um crescimento de 5,7% frente ao mesmo período de 2011.
Em contrapartida, as exportações caíram a 6,6 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 12,4% em comparação com o mesmo período do ano passado, como consequência da redução da demanda mundial.
Só em agosto, as exportações caíram 29,3% frente ao mesmo mês do ano passado e ficaram em 737 mil toneladas.

Dólar sobe 0,1% com exterior e cautela com BC

Em relação a uma cesta de divisas, a moeda americana ganha 0,17%

 
São Paulo - O dólar registrava alta ante o real nos primeiros negócios desta quarta-feira, acompanhando o movimento da divisa no exterior, e com investidores cautelosos após as recentes intervenções do Banco Central no mercado de câmbio para segurar o dólar acima de 2 reais.
Às 9h09, a moeda norte-americana subia 0,10 por cento, para 2,0249 reais na venda. Em relação a uma cesta de divisas, o dólar ganhava 0,17 por cento, enquanto o euro cedia 0,38 por cento ante a divisa dos Estados Unidos.
Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 0,36 por cento, cotado a 2,0228 reais na venda. (Reportagem de Natália Cacioli; Edição de Camila Moreira)

Wall Street opera perto da estabilidade após dados

Nas bolsas, tendências positivas no mercado imobiliário compensavam uma perspectiva de cautela com a companhia 3M

Nova York - As ações norte-americanas operavam perto da estabilidade nesta quarta-feira, uma vez que tendências positivas no mercado imobiliário compensavam uma perspectiva de cautela com a companhia 3M Co.
Às 10h47 (horário de Brasília), o indicador Dow Jones subia 0,09 por cento, a 13.575 pontos, enquanto o S&P 500 tinha desvalorização de 0,01 por cento, a 1.459 pontos.
O índice de tecnologia Nasdaq perdia 0,05 por cento, a 3.176 pontos.

Futuro incerto da B2W intriga analistas

Rumores de compra pela Amazon, possibilidade de OPA pela Lojas Americanas e dúvidas sobre eficiência dos investimentos desafiam o mercado

 
São Paulo - Com uma alta de 17% somente no mês de setembro, a B2W (BTOW3) já passou por dias mais turbulentos na bolsa, mas isso não significa que seu futuro seja tranquilo.
Parte do mercado ainda considera a possibilidade de sua controladora, a Lojas Americanas(LAME4), lançar uma oferta para fechar o capital caso o preço das ações caia forte novamente. O analista José Cataldo, da corretora Ágora, compartilha desta opinião. "Acreditamos que a Lojas Americanas reconhece o valor do negócio da B2W e acredita muito num ponto de virada, o que pode ser apenas uma questão de tempo se a B2W conseguir achar uma forma de se destacar entre seus competidores, gerando resultados positivos", avalia em um relatório.
O relatório destaca que o fato de a B2W possuir muitas categorias de produtos e alta capacidade de armazenamento não é uma vantagem competitiva se os concorrentes oferecem preços melhores ou similares.
Recentemente, a empresa anunciou um plano de investimentos de mais de 1 bilhão de reais para o período de 2013 a 2015 em tecnologia, inovação e logística. Nesse período, estão previstos dez novos centros de distribuição no país.
"Estes investimentos devem contribuir para o aumento da competitividade, embora não existam garantias de que os concorrentes não farão o mesmo. Acreditamos que as operações da empresa apresentarão melhoras nos próximos trimestres, o que ajudaria a financiar estes investimentos com fundos próprios e novas linhas de crédito", avalia Cataldo.
O analista mantém a recomendação classificada em "manter", com preço-alvo de 9,20 reais, um potencial de desvalorização de 1,7%.

Amazon
A forte alta registra neste mês pode ser em boa parte justificada pelos rumores de que aAmazon estaria em negociações para comprar a B2W.
O grupo de comércio eletrônico norte-americano planeja abrir sua loja online no Brasil no quarto trimestre de 2012. A valorização das ações da varejista foi considerada especulativa por parte de alguns analistas. 
No vermelho e de mal com o mercado
A B2W divulgou um prejuízo líquido maior que o esperado no segundo trimestre, de 38,9 milhões de reais, elevando as perdas em 86,1% na comparação com o mesmo período um ano antes.
A companhia tem enfrentou dificuldades para reverter questões operacionais decorrentes da integração de suas plataformas que acarretaram problemas como atrasos na entrega de produtos.
A receita líquida da companhia cresceu 1,5% no segundo trimestre sobre um ano antes, para 996,9 milhões de reais.
Os resultados aquém do esperado nos últimos trimestres, A queima de caixa e uma recuperação das margens menor que a esperada são alguns dos motivos que fizeram os analistas Luiz Cesta e Paulo Prado, DA Votorantim Corretora, não se convencerem da tese de investimentos da B2W.
Em recente relatório, o preço-alvo dos papéis foi derrubado em 45%, de 16,60 para dezembro de 2012 para 9 reais para dezembro de 2013, um potencial de desvalorização de 3,8%. A recomendação de desempenho em linha com a média de mercado (marketperform) foi mantida. "Temos uma visão de curto prazo negativa, considerando os fracos resultados anteriores e a falta de visibilidade daqui em diante", afirmaram os analistas.

BTG Pactual venderá US$ 500 mi em bônus, diz fonte

Os bônus terão vencimento em 10 anos e o banco usará os recursos captados para aumentar seu nível de capital

 
São Paulo - O Banco BTG Pactual planeja vender pelo menos US$ 500 milhões em bônus externos na sexta-feira, segundo uma fonte. Os bônus terão vencimento em 10 anos e o banco usará os recursos captados para aumentar seu nível de capital conhecido como Tier II e para propósitos corporativos gerais, disse a fonte.
BB Securities, Bradesco BBI, o próprio BTG Pactual, Citibank e Deutsche Bank estão coordenando a operação. Os bancos farão um roadshow para potenciais investidores na quinta-feira (20) e na sexta-feira (21).
O BTG também está avaliando a demanda dos investidores para uma emissão de bônus de cinco anos denominados em pesos colombianos, mas ainda não decidiu sobre o valor ou o prazo para isso. O próprio BTG Pactual, Celfin e Deutsche Bank coordenam essa operação. A assessoria de imprensa do banco não quis comentar o assunto. As informações são da Dow Jones.

Petróleo cai 3,47% e fecha no menor nível em 6 semanas

O contrato de petróleo para outubro caiu US$ 3,31 (3,47%) e fechou a US$ 91,98 o barril

 
Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fecharam em forte queda nesta quarta-feira (19), caindo para o menor nível em seis semanas, após os dados sobre os estoques comerciais dos EUA, que vieram muito acima do esperado. O contrato de petróleo para outubro caiu US$ 3,31 (3,47%) e fechou a US$ 91,98 o barril. Foi a maior queda mensal em dois meses. Já na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo Brent para novembro recuou US$ 3,84 (3,43%), fechando a US$ 108,19.
Nesta quarta-feira, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do governo dos EUA divulgou que os estoques de petróleo bruto do país subiram 8,534 milhões de barris na semana encerrada em 14 de setembro, para 367,626 milhões de barris. A estimativa dos analistas era de alta de 500 mil barris.
Os estoques de gasolina recuaram 1,407 milhão de barris, ante estimativa de alta de 700 mil barris. Já os estoques de destilados recuaram 322 mil barris, quando a previsão era de avanço de 1,1 milhão de barris. A taxa de utilização da capacidade das refinarias subiu de 84,7% para 88,9%. A previsão era de que a taxa subisse para 86,1%.
Também contribuíram para a queda do petróleo hoje informações de que a Arábia Saudita quer que os preços caiam mais e atenderá à demanda pela commodity. Segundo fontes, autoridades sauditas estão preocupadas com os altos preços do petróleo recentemente.
Enquanto isso, a Casa Branca afirmou hoje, em um encontro com jornalistas rotineiro, que o governo dos EUA está monitorando os mercados de petróleo e que o presidente Barack Obama "insiste que todas as opções para lidar com os altos preços do petróleo continuam na mesa de negociação, e isso inclui a liberação das reservas estratégicas".
O governo dos EUA se recusou a comentar se está conversando com autoridades sauditas sobre ações para conter os preços do petróleo, afirmando apenas que aprova "o contínuo comprometimento da Arábia Saudita de adotar todos os passos necessários para garantir que o mercado esteja bem abastecido". As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai puxada por Petrobras e Vale

O Ibovespa encerrou com leve baixa de 0,25%, aos 61.651,83 pontos

 
São Paulo - Depois de subir durante toda a manhã, a Bovespa engatou movimento de queda no início de tarde, mas, perto do fechamento, oscilou entre leves altas e baixas para terminar esta quarta-feira no terreno negativo. O recuo das blue chips - Petrobras e Vale - contribuiu para puxar o índice para baixo. Nos EUA, dados de vendas e construção de moradias vieram acima do esperado e ajudaram o mercado acionário em Wall Street e fechar em alta.
O Ibovespa encerrou com leve baixa de 0,25%, aos 61.651,83 pontos. No mês, o ganho é de 8,05% e, no ano 8,63%. Na mínima, o índice atingiu 61.519 pontos (-0,46%) e, na máxima, 62.514 pontos ( 1,15%). O giro financeiro ficou em R$ 7,112 bilhões.
Após fechar estável na terça-feira, nesta quarta-feira a Bolsa praticamente repetiu o movimento, o que, segundo o operador de uma grande corretora, mostra a pouca disposição dos investidores em se manterem em ativos de grande risco.
As ações da Petrobras acompanharam a performance do petróleo no mercado internacional. O papel ON registrou recuo de 2,74% e o PN, -2,28%. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro encerrou os negócios com declínio de 3,47%, a US$ 91,98 o barril. O petróleo acentuou a queda após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, informar, pela manhã, que os estoques do país tiveram uma alta de 8,534 milhões de barris na semana passada, para 367,626 milhões de barris. Os analistas previam um acréscimo significativamente menor, de 500 mil barris.
Vale seguiu a maioria dos metais e o papel ON caiu 1,14% e o PNA, -1,10%. Os metais básicos fecharam, em sua maioria, em queda na London Metal Exchange (LME), influenciados por uma perspectiva incerta para os fundamentos, enquanto os investidores avaliavam um novo anúncio de relaxamento monetário divulgado pelo Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês).
Durante a madrugada, o BoJ anunciou que decidiu expandir sua política monetária. Por unanimidade, o conselho político do banco central japonês manteve inalterada a taxa de juros, em uma faixa entre 0% e 0,1%, e aumentou o tamanho de seu programa de compra de ativos, a principal ferramenta de flexibilização em meio a taxas de juros quase zero - de 70 trilhões de ienes para 80 trilhões de ienes.
Se por um lado as blue chips fizeram pressão para baixo, por outro os bancos conseguiram impedir uma queda maior do índice. Bradesco PN (-0,06%) foi a exceção. Já Itaú Unibanco PN subiu 1,97% e as units do Santander avançaram 1,50%. A ação ON do Banco do Brasil registrou apreciação de 1,97% e figurou entre os destaques de alta do Ibovespa, que foi liderado por Gol ON ( 3,46%), seguida de Marfrig ON ( 2,99%).
Já o lado negativo foi puxado por Localiza ON (-3,15%), que reagiu ao rebaixamento da recomendação do Morgan Stanley.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou com ganho de 0,10%, o S&P 500 subiu 0,12% e o Nasdaq, 0,15%.

Fitch afirma ratings da Eletropaulo

Notas da companhia de energia elétrica têm perspectiva estável

 
São Paulo - A Fitch afirmou diversos ratings da Eletropaulo (ELPL4) nesta quarta-feira. O IDR de longo prazo em moeda estrangeira e o em moeda local é "BBB-". Já o rating nacional de longo prazo é "AA(bra)", assim como os das 9ª, 10ª e 11ª emissão de debêntures da companhia - nos valores de 250, 600 e 200 milhões, respectivamente, e vencimento em 2018, 2013 e 2018. O rating nacional de longo prazo da cédula de crédito bancário no valor de 300 milhões de reais com vencimento em 2015 também é "AA(bra)". E o rating da 12ª emissão de debêntures subordinadas no valor de 400 milhões de reais é "AA-(bra)". A perspectiva é estável.
Além disso, a agência atribuiu o rating "AA(bra)" à proposta de 15ª emissão de 750 milhões de reais em debêntures da companhia, que terá vencimento em 2018 e cujos recursos serão usados para o pagamento antecipado das 10ª e 12ª emissões de debêntures e da emissão de CCB classificada.
A agência de classificação de risco acredita que a empresa de energia elétrica conseguirá manter um perfil financeiro consistente com as notas, ainda que a redução das tarifas sobre seus indicadores de créditos nos próximos anos leve a efeitos negativos. Segundo a Fitch, a companhia possui "robusta posição de liquidez e um perfil gerenciável de vencimento da dívida" e risco regulatório moderado. A alavancagem também deve permanecer moderada. A empresa possui forte posição de liquidez. O risco de refinanciamento é baixo e a geração de fluxo de caixa anda pressionada. "As regras para o terceiro ciclo de revisão tarifária das distribuidoras brasileiras deve impactar fortemente o EBITDA da Eletropaulo", disse a agência em comunicado.
Ainda de acordo com a Fitch, os ratings mostram o baixo risco de negócios, já que a empresa possui concessão exclusiva para operar em uma área favorável. "Eletropaulo também deve continuar a apresentar crescente demanda por energia elétrica em sua área de concessão como resultado das recentes medidas tomadas pelo governo federal para reduzir a tarifa de energia dos consumidores finais.", explicou.

Bilionários ficam mais ricos e milionários empobrecem

Segundo pesquisa, os mais atingidos globalmente foram os que possuem entre US$ 200 milhões e US$ 499 milhões, cujos números caíram 9,9% e cujas fortunas encolheram 11,4%

John O'Callaghan - REUTERS
 
Cingapura - Muitos milionários ficaram mais pobres no ano passado, mas os bilionários se saíram bem, usando suas equipes de administração de fundos para escapar da instabilidade econômica que atingiu os menos ricos, informou a empresa de pesquisas Wealth-X nesta segunda-feira.
O número de pessoas com ao menos 30 milhões de dólares subiu para 187.380, mas o total da fortuna deles caiu 1,8 por cento, chegando a 25,8 trilhões de dólares - ainda uma soma maior do que as economias norte-americana e chinesa -, divulgou a Wealth-X em um relatório.
Os mais atingidos globalmente foram os que possuem entre 200 milhões e 499 milhões de dólares, cujos números caíram 9,9 por cento e cujas fortunas encolheram 11,4 por cento, informou o relatório chamado World Ultra Wealth Report, usando dados para o ano até 31 de julho.
Os muito, muito ricos, entretanto, ficaram ainda mais ricos. O número de bilionários subiu 9,4 por cento, chegando a 2.160 pessoas; a riqueza deles cresceu 14 por cento, para 6,2 trilhões de dólares.
"Mesmo com um ou dois bilhões, eles têm um ambiente muito maior, eles têm muito mais assessoria sobre a forma de investimento. Certamente, eles ganham a atenção de todos os bancos importantes", disse à Reuters Mykolas Rambus, CEO da Wealth-X.
"Essa foi a questão sobre esse terço médio, a área arriscada entre 100 e 500 milhões de dólares. Não acho que pareça que esses caras empregam talento o suficiente para ajudar em seus portfolios e suas holdings a serem bem-sucedidas.
" Enquanto a Europa enfrenta dificuldades e a economia norte-americana se recupera de forma irregular, os ricos estão deixando de especular para investir em empresas particulares, em commodities e propriedades, disse a Wealth-X, uma empresa sediada em Cingapura que fornece dados de inteligência sobre os ultra-ricos para bancos, arrecadadores de fundos e o mercado de luxo.
A Ásia sofreu a pior perda regional de riqueza, com um declínio de 6,8 por cento, totalizando 6,25 trilhões, em razão dos mercados de capitais mais debilitados e uma demanda menor por exportações do Ocidente, segundo a pesquisa.
Embora a riqueza também tenha encolhido na Europa, na América Latina e no Oriente Médio, os ricos viram suas fortunas crescerem na América do Norte (em 2,8 por cento, chegando a 8,88 trilhões de dólares) e na Oceania (alta de 4,4 por cento, chegando a 475 bilhões de dólares) - boa parte disso na Austrália.
O relatório completo está disponível em inglês no endereço www.wealthx.com/wealthreport.

China e UE se reúnem para discutir tensões comerciais

A reunião chega em um momento importante tanto para a Europa quanto para a China, em um período de desaceleração econômica mundial

AFP
 
Pequim - A União Europeia (UE) e a China iniciarão nesta quinta-feira em Bruxelas uma reunião para discutir questões comerciais e a possibilidade de Pequim estender a mão aos problemas da dívida da Europa, a poucas semanas da chegada ao poder em Pequim de uma nova geração de dirigentes.
A 15ª reunião sino-europeia será a última do primeiro-ministro Wen Jiabao, cuja saída terá um impacto enorme nas relações da China, prevê um diplomata europeu de alto escalão, pois o provável é que a nova equipe se concentre mais nas questões nacionais que nas internacionais. "Por isso, esta não será uma reunião de grandes decisões, mas sim de consolidação das relações", diz a mesma fonte.
A UE abriu mão de celebrar uma coletiva de imprensa ao término da reunião, como seria de praxe.
Wen deixará a direção do Partido Comunista em breve e em março deixará o governo, devido à renovação do poder na China, realizada a cada dez anos.
A reunião chega em um momento importante tanto para a Europa quanto para a China, em um período de desaceleração econômica mundial e em um contexto internacional cada vez mais difícil", segundo um comunicado da UE.
Wen prevê reunir-se com o presidente da UE, Herman Van Rompuy, e com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
O chefe do governo chinês, que tem representado a China em todas as reuniões realizadas desde 2003, tem "desempenhado um papel importante na consolidação dos laços entre a UE e a China", segundo Barroso.
A UE é o primeiro destino das exportações chinesas e o segundo provedor da China após o Japão. A China é também o segundo sócio comercial da UE, atrás apenas dos Estados Unidos.
"Contudo, esta relação tem se debilitado", disse Jonathan Holslag, do Instituto de Estudos sobre a China Contemporânea de Bruxelas (BICCS).
As exportações chinesas à UE caíram 4,9% este ano no período janeiro-agosto, enquanto que as importações procedentes da UE cresceram 3,1%, segundo a alfândega chinesa.
As exportações chinesas à Itália recuaram 26%, à França 9,6% e à Alemanha 7,9%.
Neste contexto, os chineses serão reticentes e reduzirão as subvenções a suas exportações, que se elevaram a 71 bilhões de euros no primeiro semestre, segundo o BICCS.
No mês passado, Wen Jiabao mostrou sua boa vontade ante a chanceler alemã, Angela Merkel, ao afirmar que apesar da "grave preocupação" sobre a Europa, Pequim continuará comprando dívida pública dos países da UE, mas que irá "avaliar plenamente os riscos".
Os europeus esperam que os chineses utilizem suas colossais reservas em divisas, avaliadas em mais de 3,100 trilhões de dólares.
Contudo, não será adotada nenhuma decisão sobre novas compras de dívida o sobre uma participação chinesa no fundo de ajuda da Zona Euro antes da reunião dos dias 18 e 19 de outubro, "que determinará entre outros assuntos, o destino da Grécia", segundo Holslag.
Ao mesmo tempo, a disputa sobre energia solar ameaça ofuscar este encontro, uma vez que a UE abriu um inquérito anti-dumping (prática que objetiva evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados por importações) sobre os fabricantes chineses de painéis solares.
O porta-voz do Ministério chinês de Comércio, Shen Danyang, disse nesta quarta-feira que uma delegação enviada pela China à Europa sobre este assunto obteve "resultados muito positivos".
"A abertura de uma investigação não é um gesto agressivo", disse um diplomata europeu, precisando que ela apenas abre espaço para a discussão e o diálogo.
No plano diplomático, a situação na Síria, onde a China continua se negando a condenar o regime de Damasco, Irã, Coreia do Norte e Afeganistão figuram na agenda das discussões.
No caso da Síria, seria "muito surpreendente" que europeus e chineses conseguissem entrar em um acordo, admitiu um diplomata europeu.