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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

HOJE NA ECONOMIA


A semana chega ao fim como começou: sem um desfecho para a novela grega. O governo da Grécia conseguiu fechar acordo político em torno de novas medidas de austeridade, que devem ser aprovadas pelo parlamento grego neste final de semana. Esse esforço, no entanto, não garantiu aprovação por parte da tróica (BCE, FMI e União Europeia) do socorro externo de € 130 bilhões. A decisão foi adiada para a próxima semana.

Diante desse ambiente incerto, investidores evitam o risco. Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra queda de 0,38% nesta manhã. Todas as principais praças também operam em baixa: Londres -0,76%; França -1,60% e Alemanha -1,54%. O euro mostrou leve recuo frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,3267/€ nesta manhã (-0,12%).

Ante a um quadro de menor apetite ao risco, os futuros das principais bolsas americanas, S&P e D&J, operam em queda, registrando perdas de 0,81% e 0,68%, respectivamente, neste momento. Uma surpresa positiva na divulgação do índice preliminar de confiança do consumidor de fevereiro, apurado pela Universidade de Michigan (consenso: 74,8 pontos), poderá injetar ânimo extra nesses mercados.

A bolsa de Tókio fechou a semana em baixa. O índice Nikkei recuou 0,61% nesta sexta-feira, refletindo a realização de lucros em papéis que foram beneficiados, nos últimos pregões, com a desvalorização do iene e com os avanços em torno da negociação da dívida da Grécia. Na China foram conhecidos os dados da balança comercial de janeiro, que apuraram quedas de 0,5% nas exportações e de 15,3% nas importações. Esses resultados estão sendo vistos com reservas, uma vez que sofrem influência dos feriados do ano novo lunar chinês, comemorado mais cedo neste ano. A bolsa de Shanghai fechou com valorização de 0,10%.

As commodities em geral operam em baixo, nesta manhã. O índice total recua 0,45%, sendo minerais -0,49% e agrícolas -0,30%. O petróleo tipo WTI recua 0,69%, sendo negociado a US$ 99,15/barril.

O Ibovespa deverá seguir a tendência ditada pelos mercados internacionais, onde a cautela reflete o clima de aversão ao risco que prevalece entre os investidores. No mercado de câmbio, o dólar flutua sem tendência frente às principais moedas, devendo manter comportamento semelhante ante ao real no dia de hoje. No mercado de juros futuros, a divulgação do IPCA de janeiro (consenso: 0,56%) ganha particular importância neste momento em que começa ganhar força uma queda mais expressiva da Selic, abaixo de 9,5%.

Com impasse na Grécia, dia poderá apontar viés negativo nos mercados

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SÃO PAULO - Após um dia de realizações no Ibovespa, a sessão desta sexta-feira (10) continuará focada na Grécia, onde nada parece ser o suficiente para restaurar a confiança na economia local.
Na véspera, os ministros de Finanças da Zona do Euro não aprovaram o segundo pacote de resgate à Grécia. Eles consideraram o plano de medidas de austeridade acordado entre os políticos gregos insuficiente, e determinaram que Atenas cumpra mais exigências para receber a nova parcela de ajuda financeira, no valor de € 130 bilhões de euros.
As medidas objetivam um corte de mais € 325 milhõesno orçamento do governo. Segundo o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, as metas têm de ser cumpridas até a próxima reunião de ministros europeus na quarta-feira.
“A reação do mercado tem sido geralmente relativamente modesta, provavelmente com cautela, porque o parlamento grego ainda tem de aprovar as medidas de austeridade”, analista-chefe do Danske Bank, Arne Lohmann Rasmussen.
Ainda nesta data o país sofre com com uma greve geral liderada pelas duas maiores centrais sindicais do país, que protestam contra essas medidas. “No caso de finalização do acordo para a Grécia, o viés positivo tende a se manter, o que deve alçar as bolsas para novas máximas nos próximos dias”, completa a diretora da AGK Corretora de Câmbio, Miriam Tavares.
Diante deste cenário, as principais bolsas europeias operam em queda, com destaque para a de Londres (-0,31%), de Paris (-0,55%) e de Frankfurt (-0,81%).
Resultado de Petrobras pode pesarAinda nesta sexta-feira, o mercado deve reagir ao balanço do quarto trimestre da Petrobras (PETR3PETR4), quando a empresa apontou um lucro líquido de R$ 5,04 bilhões, 52,4% menor ao registrado no mesmo período do ano passado e bem abaixo das estimativas dos analistas. Lembrando que a empresa é responsável por mais de 11% da composição do índice Ibovespa, tendo assim grande impacto na movimentenção do mercado.