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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ação da OGX não tocou fundo do poço, diz campeão em previsão


Marcus Sequeira, que tem as estimativas mais precisas para a OGX no Ranking Bloomberg de Retorno Absoluto, ainda vê "muitos riscos" para investidores da petrolífera

Bloomberg
  
São Paulo - A queda de 78 por cento da OGX Petróleo & Gás Participações SA nos últimos 12 meses levou 13 analistas a dizerem que é hora de comprar as ações. Já o analista que mais acerta nas previsões para o papel, Marcus Sequeira, do Deutsche Bank AG, discorda.
Sequeira, 42, que tem as estimativas mais precisas para a OGX no Ranking Bloomberg de Retorno Absoluto, ainda vê "muitos riscos" para investidores da petrolífera controlada pelo bilionário Eike Batista.
Em julho, o analista acertou na previsão de que a ação da OGX cairia de R$ 5,82 para R$ 4,00, um dia antes de cortar sua recomendação para o papel de manutenção para venda. As ações, que na semana passada bateram no menor valor desde dezembro de 2008, fecharam ontem a R$ 3,77.
Cinco anos após a empresa ter levantado R$ 6,7 bilhões em sua abertura de capital com a promessa de produzir 730.000 barris de petróleo por dia em 2015, a OGX enfrenta dificuldades para aumentar a produção em seus campos no litoral depois de problemas na perfuração e de encontrar um poço seco.
Em junho, a empresa reduziu suas metas para dois poços em até 75 por cento, o que levou a uma onda de vendas das ações que, em uma semana, eliminou R$ 7,3 bilhões no valor de mercado da companhia.
"Estamos muito longe de dizer que chegamos ao piso para a ação", disse Sequeira em entrevista por telefone de Nova York. "O mercado pensa que agora talvez tudo de ruim já é conhecido e precificado, mas não achamos que seja este o caso ainda."
A assessoria de imprensa da OGX não quis fazer comentários sobre a queda das ações ou sobre as recomendações de analistas. Em comunicado de 4 de janeiro, a empresa disse que conta com "com um quadro de profissionais altamente qualificados" e "sólida posição financeira, com cerca de US$ 2,5 bilhões" em caixa em setembro.

Petróleo opera em queda e dólar se fortalece


Os investidores estão observando a reunião do G-20, nesta sexta-feira e no sábado (16) em Moscou

Danielle Chaves - AGÊNCIA ESTADO
  
Londres - O petróleo opera em baixa enquanto o dólar se fortalece diante do euro, o que torna os contratos denominados na moeda norte-americana mais caros para portadores de outras divisas.
Os investidores estão observando a reunião do G-20, nesta sexta-feira e no sábado (16) em Moscou, em busca de respostas aos crescentes receios de que políticas monetárias agressivas de estímulo econômico possam provocar uma guerra cambial.
"Parece que a tendência de baixa está aí para ficar", afirmou Myrto Sokou, analista da Sucden Financial. O euro atingiu as mínimas em três semanas na quinta-feira (14) depois da divulgação de dados que mostraram que a economia da zona do euro teve contração maior do que a prevista no fim de 2012.
Às 9h17 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,3326, de US$ 1,3363 no fim da tarde de quinta-feira (14).
Andrey Kryuchenkov, vice-presidente de pesquisas com commodities do VTB Capital, acredita que os preços do brent continuarão voláteis abaixo das máximas atingidas neste mês. Nesta sexta-feira os investidores aguardarão os dados sobre a produção industrial dos Estados Unidos.
Analistas do JBC Energy disseram em comunicado que o mercado de petróleo está enviando sinais divergentes, com percepções de que os acontecimentos no Oriente Médio tendem a sustentar os preços, embora a demanda física tenha se enfraquecido substancialmente.
Às 9h17, o petróleo para março negociado na Nymex caía 0,67%, para US$ 96,66 por barril, e o brent para abril recuava 0,36% na ICE, para US$ 117,57 por barril. As informações são da Dow Jones.