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sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Carreiras Novas e Grandes Oportunidades
Quer saber quais são as sete carreiras do futuro no mercado brasileiro? Confira a seguir o resultado do estudo elaborado pela Michael Page, consultoria de recrutamento especializado, e o perfil que ela desenhou para cada caso.
- Gerente de treinamento do Varejo
O que faz: treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. Antes, o costume era que a empresa adotasse um treinamento-padrão para todos os funcionários que lidam com o público. Hoje, considera-se mais produtivo contar com profissionais que elaboram programas específicos conforme as características dos consumidores locais.
Formação: administração de empresas, recursos humanos e psicologia.
Quem contrata: empresas do setor de varejo
Salário médio: 8 000 a 12 000 reais.
Gerente de Identidade Visual
O que faz: em redes varejistas, é o profissional responsável por adaptar cada ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. Ele define, por exemplo, a linha de produtos que deve ganhar destaque em determinada loja, a maneira como seus vendedores devem abordar a freguesia e que ações promocionais devem ser realizadas. Deve, enfim, cunhar uma identidade para a loja ao mesmo tempo em que cuida para que ela não se sobreponha à imagem da marca nem entre em choque com ela.
Formação: publicidade e propaganda, marketing e administração, com experiência em varejo.
Quem contrata: empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo.
Salário médio: 8 000 a 12 000 reais.
Gerente de comunidade
O que faz: atua diretamente na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns online. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook se transformem em virais negativos na internet.
Formação: marketing e publicidade e propaganda.
Quem contrata: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário médio: 7 000 a 10 000 reais.
Gestor de reestruturação
O que faz: nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Embora grande parte dos gestores de reestruturação atue no setor bancário, há profissionais também dentro das companhias, com a missão de colocar a situação financeira da empresa nos eixos.
Formação: gestão e administração de empresas, economia e engenharia, com pós-graduação em finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito.
Quem contrata: instituições financeiras e empresas de grande porte do setor privado.
Salário médio: 14 000 a 24 000 reais.
Gerente de projetos
O que faz: joga no meio de campo entre o departamento de TI e as demais áreas da empresa. Por um lado, ele leva as necessidades dos diferentes departamentos da companhia aos técnicos de sistemas da informação. No caminho inverso, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI. Como ele dialoga com grupos que muitas vezes não se entendem — tecniquês e juridiquês, por exemplo, são dois idiomas distintos —, a capacidade de comunicação é a sua principal característica.
Formação: engenharia e informática.
Quem contrata: médias e grandes empresas de todos os segmentos.
Salário médio: 12 000 a 20 000 reais.
Gerente de relações governamentais
O que faz: é o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Sua área de atuação é vasta: inclui desde questões legais até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, muito conhecimento e aptidão para os meandros da burocracia — uma combinação difícil, que, quando preenchida com eficiência, pode levar aos mais altos salários entre aqueles oferecidos por essas novas profissões.
Formação: comunicação, direito, administração de empresas, relações internacionais ou ciências sociais, de acordo com a área de atuação da companhia.
Quem contrata: empresas de grande porte, principalmente aquelas sob a supervisão de órgãos reguladores.
Salário médio: 12 000 a 45 000 reais.
Gerente de marketing online
O que faz: elabora a estratégia de marketing de uma empresa nas mídias sociais, como Twitter e Facebook, de acordo com o público específico que se quer atingir e a rede social que se deve utilizar. Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais desse ramo já contam com experiência de até dez anos no currículo. No Brasil, o marketing on-line só agora começa a se expandir — daí a carênciade profissionais experientes nessa área.
Formação: publicidade, propaganda e marketing.
Quem contrata: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário médio: 8 000 a 15 000 reais.
Mercado não crê na salvação do Cruzeiro do Sul
Detentores de títulos do banco estão prevendo que a instituição será liquidada depois da atuação do FGC
Bloomberg
Nova York/São Paulo - Os detentores de títulos do Banco Cruzeiro do Sul SA estão prevendo que a instituição será liquidada depois que a oferta do Fundo Garantidor de Créditos impôs perdas maiores que as previstas pelo mercado.
Os títulos do Cruzeiro do Sul com vencimento em 2016 caíram 9,625 centavos ontem, para 47,375 centavos de dólar, ou 8,625 centavos abaixo da oferta de 56 centavos feita aos credores que aderirem até 28 de agosto. A diferença de preço mostra que os detentores de dívida do banco estão preocupados que o FGC, que assumiu o banco desde a intervenção em junho, não conseguirá obter os 90 por cento de aceitação necessários para a recompra, um obstáculo que levaria o banco à liquidação.
Investidores "não estão confiantes de que uma solução será encontrada", disse Marco Aurélio de Sá, diretor do Credit Agricole Securities, em entrevista por telefone de Miami. "Será uma conclusão complicada para essa história".
Um default do Cruzeiro do Sul aos títulos que somam US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002, de acordo com a Moody?s Investors Service. O governo brasileiro está sendo mais rigoroso com os credores do Cruzeiro do Sul do que foi com os do Banco Panamericano SA em 2010, estabelecendo um precedente que a Alliance Bernstein LP diz que poderá elevar os custos de financiamento para outros bancos médios e pequenos do país.
Mantega pede que bancos facilitem crédito
Segundo o ministro, os bancos privados devem ''ser mais ousados'' para concorrer com instituições públicas como o Banco do Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu nesta sexta-feira aos bancosprivados que facilitem o crédito e reduzam suas taxas de juros, pois de outro modo ''vão comer a poeira dos bancos públicos''.
Segundo o ministro, os bancos privados devem ''ser mais ousados'' para concorrer com instituições públicas como o Banco do Brasil, que no segundo trimestre deste ano ''outorgou R$ 35 bilhões em créditos'' a taxas de entre 6% e 8%, que considerou as mais baixas do país.
Em um seminário com agentes do mercado financeiro realizado em São Paulo, o ministro também garantiu que os bancos públicos, como o próprio Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ''seguirão melhorando sua oferta creditícia'' para estimular o crescimento da economia nacional.
De acordo com Mantega, esse processo será favorecido pela redução de juros por parte do Banco Central, que neste ano permitiu situar a taxa básica Selic em 8% anual, uma das mais baixas das últimas décadas.
O ministro ressaltou que essa tendência à queda ajudará a reduzir a entrada de capitais especulativos e a melhorar os níveis de investimentos produtivos, que ''são os que o país quer''
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