Pesquisar

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Long & Short: saiba como montar estratégias com esse tipo de operação


Comentários: (0)
SÃO PAULO – Em momentos de instabilidade do mercado financeiro, algumas operações ganham destaque tendo em vista sua capacidade de auferir ganhos mesmo com a bolsa não vivendo um momento favorável. Uma dessas operações é a de Long & Short, onde se monta uma posição na ponta compradora e outra na ponta vendedora com diferentes ativos, buscando lucrar na diferença da rentabilidade deles.
Aqui na InfoMoney já falamos em que consistem tais operações e também sobre os fundos formados por esta estratégia. Agora, chegou o momento de falarmos sobre como o investidor pode fazer por conta própria o cálculo do ratio e como efetivamente fazer a operação de Long & Short no mercado de ações. “O ratio é um cálculo bem simples: é a divisão do valor da ação comprada pelo da ação vendida”, sintetiza Paulo Esteves, analista chefe da Gradual Investimentos.
Ou seja, para iniciar uma operação como esta, é necessário escolher um par de ações: o papel que será comprado ("Long") é aquele que o investidor acredita que haverá uma maior valorização, por sua vez, o papel que será vendido ("Short") é aquele cuja expectativa é de uma valorização menor.
“Pares de uma mesma empresa são considerados mais conservadores, e podem ser um bom início para quem está começando na aplicação”, aconselha Guto Ceravolo, especialista em Long & Short e Derivativos da XP Investimentos. Um bom exemplo pode ser AMBV4 e AMBV3, mas a escolha do par também deve envolveroutros tipos de análise, como a fundamentalista ou a técnica, ressaltam os especialistas.
Escolhido o par, o investidor deve estabelecer uma média móvel do ratio ao longo de um período. Entre as metodologias utilizadas pelas fontes consultadas, este prazo pode variar de 21 dias até 12 meses de pregões.
Estabelecimento dos padrões
Encontrada a média, é o momento de estabelecer os padrões que vão determinar quando o investidor deve entrar na operação e quando deve “inverter a mão” - ou seja, a ação que era long passa a ser short e vice-versa. Para ajudá-lo nesta tarefa, a InfoMoney disponibiliza a planilha de cálculo de Long & Short da XP Investimentos que está disponível neste link.
Primeiramente, note que há três linhas distintas no gráfico. A linha do centro é a média móvel do ratio do par de ativos. Já as linhas das extremidades mostram o quanto a operação pode se distanciar da média e são definidas através do cálculo do desvio padrão da linha central. Essas bandas acabam funcionando como uma linha de “segurança” para o investidor no afastamento da média tanto para cima quanto para baixo.
Atente-se para o stop lossTrata-se do limite de perdas estabelecido pelo investidor e deve ser definido sempre. No caso do modelo da XP, ele é posicionado a 0,33 vezes abaixo da linha inferior e 0,33 vezes acima da linha superior. O retorno potencial é a estimativa de ganhos com a operação quando se chegar na linha central (stop gain sugerido).
Por sua vez, a correlação é a força de interação linear entre os dois ativos. "Se eles apontam uma forte correlação, entende-se que as diferenças em seus níveis de preço são momentâneas e tenderão a retornar à média histórica", explica Ceravolo.
Lembrando que, para trocar os ativos na planilha basta mudar a data, as ações e as cotações diárias. Os demais elementos são alterados automaticamente.
Finalmente, vamos operar
Então vamos à operação. Quando o ratio do dia ou atual aproximar-se do desvio padrão inferior, é o momento de entrar na operação, “compra do par” ou da “compra sugerida”. No caso do exemplo dado na planilha: vendido em AMBV4 e comprado em AMBV3.
Quando o ratio aproximar-se do desvio central ou stop gain, o objetivo da operação foi atingido e o investidor deve zerar sua posição, vendendo a ponta comprada e comprando a ponta vendida.
Por fim, quando o ratio do dia aproximar-se do desvio padrão superior é a chamada “venda do par” ou “venda sugerida”, quando o investidor deve entrar na operação fazendo o par inverso ao que ele tinha analisado no início. Seguindo o exemplo da XP, comprado em AMBV4 e vendido AMBV3.
Atenção para as taxas
O investidor deve ficar atento às taxas para este tipo de operação que seguem a tabela Bovespa. Confira aqui os custos operacionais e a tributação para negociar no mercado de ações, tanto no day trade, que são as operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, quanto no mercado à vista.

Sem soluções concretas para a crise, bolsas europeias fecham em queda

 
Comentários: (0)

SÃO PAULO - As bolsas europeias apresentaram um pregão de alta volatidade nesta sexta-feira (16) e fecharam em baixa, com as preocupações sobre a solução para a crise na região, uma vez que as últimas tentativas entre os líderes europeus não trouxeram respostas concretas. 
Em meio às turbulências do mercado, a Itália segue no foco dos agentes, pois nesta data o primeiro-ministro, Mario Monti, passará por um voto de confiança do Parlamento para aprovar um novo programa de austeridade avaliado em € 33 bilhões. O pacote ainda precisará passar pelo Senado na próxima semana, antes do feriado de Natal.
Na véspera, a agência de classificação de risco Fitch anunciou o rebaixamento do rating da dívida de seis grandes bancos dos Estados Unidos e da Europa, entre eles Barclays (AA- para A), BNP Paribas (de AA- para A+), Credit Suisse (de AA- para A) e Deutsche Bank (de AA- para A+). Por sua vez, foram mantidas as avaliações do Société Générale (A+) e UBS (A).
Com isso, O FTSEurofirst 300 , índice das principais ações européias perdeu 0,37%. Enquanto isso, o FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou alta de 0,02%, atingindo 5.401 pontos. O CAC 40, da bolsa de Paris, recuou 0,81% a 2,971 pontos, ao passo que o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 0,47% ficando em 5.697 pontos, e o IBEX 35, de Madri, declinou 0,87%, para 8.178 pontos.
Destaques corporativos
Mesmo com o comunicado da Fitch,  em Paris, as ações do BNP Paribas caíram 0,64%, e as do Société Génerale recuaram 1,93%, já os papéis do Credit Agricole subiram 0,67%. Na bolsa londrina, os ativos do Royal Bank of Scotland avançaram 1,17%, assim como os do Lloyds (+2,41%) e os do Barclays (+0,73%. Em Frankfurt, os papéis do Commerzbank e Deutsche Bank cederam 0,99% e 0,96%, respectivamente.
O enfraquecimento do mercado imobiliário chinês  pode ser sinal de um declínio na demanda por carros de luxo. Com isso, os ativos da BMW e da Volkswagen na bolsa alemã recuaram 1,38% e 0,43%. Em Paris, queda para os papéis da Renault (-1,15%) e Peugeot (-1,12%).
As mineradoras em Londres avançaram. Os papéis da Xstrata subiram 2,68%, os da Rio Tinto 2,03% e os da Eurasian 2,05%. Já, as ações da petrolífera Total em Paris, perderam 1,72%.
Yields soberanos de 10 anosGrécia (34,90% ante 34,66%), Portugal (13,03% contra 13,07%), Itália (6,57% contra 6,57%), Espanha (5,29% ante 5,43%), França (3,07% contra 3,08%), Alemanha (1,87% ante 1,94%).
Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:
% Var DiaPontos%Var 30D%Var Ano
 FTSE 100+0,025.401-1,95-8,45 
 DAX 30-0,475.697-3,65-17,60 
 CAC 40-0,812.971-3,05-21,90 
 SMI-0,875.133+0,56-11,17 
 IBEX 35-0,878.178-1,68-17,19 
 FTSE MIB-0,5014.557-5,87-28,05