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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BB emitirá Letras de Crédito Imobiliário no varejo


De acordo com Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão financeira do banco, emissão deve começar "a qualquer momento"

AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O Banco do Brasil deve emitir "a qualquer momento" Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) para financiar a expansão do crédito imobiliário, de acordo com Ivan Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores da instituição.
"É um instrumento importante de funding para o crescimento da carteira de crédito imobiliário", analisou ele, em conversa com a imprensa. A carteira de crédito do BB ultrapassou R$ 10 bilhões em saldo no terceiro trimestre deste ano, alta de 70,9% em 12 meses.
Diante deste ritmo de crescimento, faz sentido que, de acordo com o executivo do BB, esta linha ultrapasse a de crédito a veículos em 5 anos. "A taxa de crescimento do crédito imobiliário tem um potencial muito grande", disse ele, informando que o BB é o quinto banco mais ativo nesta linha.
Segundo Monteiro, a distribuição das LCIs, já anunciada anteriormente, ainda não foi iniciada devido a ajustes tecnológicos. O foco do BB, diz ele, é ofertá-la aos clientes de varejo do banco.
Com o início da distribuição de LCIs, é natural que ocorra, segundo Monteiro, uma migração da carteira de CDB de varejo do banco para este novo tipo de investimento. "Se tivermos uma migração de 2% em um ano, já é bastante coisa uma vez que temos R$ 150 bilhões em CDBs de varejo", observou.

Ações encerram pregão volátil com ligeira queda

Após uma sessão turbulenta marcada por um volume forte, com renovadas preocupações sobre a Grécia mantendo os investidores cautelosos
REUTERS Brazil
  
Paris - As ações europeias encerram em ligeira queda nesta quinta-feira, após uma sessão turbulenta marcada por um volume forte, com renovadas preocupações sobre a Grécia mantendo os investidores cautelosos.
Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,1 por cento, aos 1.098 pontos, sendo incapaz de se recuperar das vendas generalizadas vistas na quarta-feira.

O que é o "abismo fiscal" nos EUA que assusta os mercados

Cerca de US$ 600 bilhões podem deixar a economia americana em janeiro
 EXAME.com
  
São Paulo - Não há como encontrar uma manchete recente sobre os mercados financeiros no mundo e principalmente nos Estados Unidos que deixe passar a expressão "fiscal cliff", algo como "abismo fiscal" ou "penhasco fiscal" em português. O fato é que as palavras escolhidas expressam o tamanho da preocupação sobre o impacto que a economia americana poderá sofrer a partir de janeiro de 2013.
Os temores em relação ao assunto se sobrepuseram a qualquer otimismo que criado pela reeleição de Barack Obama à presidência do país. O mercado agora mostra inquietudesobre a capacidade do governo em enfrentar os problemas fiscais que têm pela frente, principalmente por conta da manutenção da divisão entre os partidos no Congresso (Senado com os democratas e Câmara dos Representantes com os republicanos).
As bolsas americanas e outras no mundo terminaram a quarta-feira com uma forte queda com o impasse. Segundo um comunicado da Casa Branca, Obama telefonou para os líderesde ambas casas e partidos para "encontrar soluções bipartidárias para reduzir nosso déficit de uma forma equilibrada". Além disso, teria pedido para "colocar interesses partidários de lado".
O que é?
O problema se refere ao fim de incentivos fiscais implementados há quase dez anos pela administração de George Bush e ao início de cortes automáticos no orçamento em programas sociais e militares a partir de janeiro de 2013. O valor a ser retirado da economia chega a 607 bilhões de dólares. O temor dos economistas é de que o crescimento do PIB desacelere ou que afunde para uma nova recessão.
Um ex-conselheiro de Obama e banqueiro, Steven Rattner, disse à CNBC que não poderia descartar uma queda no precipício. Segundo eles, a chance de Obama costurar um acordo com o Congresso antes do final do ano é zero.
"Apesar de a vitória de Obama reduzir o nível de incerteza no mercado - o desafio considerável de negociar um acordo sobre a política fiscal continua", ressalta David Harris, chefe de renda fixa nos EUA do banco Schroders, em um relatório. Ele calcula que caso nada seja feito, o PIB (Produto Interno Bruto) do país possa encolher em 4%.
"Obama terá que negociar com um Congresso em fim de mandato, com muitos membros que não foram reconduzidos ao cargo. Um fracasso poderá colocar o país em recessão e aumentar o desemprego", ressalta Sidnei Moura Nehme, economista da NGO Corretora de Câmbio. Os democratas aumentaram a presença no Senado de 53 cadeiras para 55 contra 45 republicanos. Ainda assim, o partido precisa convencer mais 5 adversários políticos para atingir os 60 necessários para avançar em qualquer proposta.
Passado preocupa
Para Steve Barrow, analista do Standard Bank, é provável que o Congresso decida a coisa certa, mas não com o melhor timing. "O problema é que a casa pode fazer isso apenas no último momento possível", ressalta. O economista cita como exemplo o último debate fiscal ocorrido ali em agosto de 2011: o aumento do limite do endividamento do país.
O nível foi elevado e as preocupações encerradas, mas não antes de aterrorizar os investidores com a possibilidade de um calote em alguns papéis do Tesouro americano e da agência Standard and Poor?s rebaixar a nota de crédito do país de AAA para AA . A classificadora disse que o principal gatilho para a revisão foi a "divergência entre os partidos políticos quanto à política fiscal".