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sábado, 30 de junho de 2012


Diretor presidente de OGX renuncia ao cargo


Os papéis da petroleira sofreram fortes perdas nos dois últimos pregões; Mendonça será substituído por Luiz Carneiro, atual diretor presidente da OSX

29/5/2012 às 7:50hs

SÃO PAULO - A OGX Petróleo e Gás Participações informou na noite desta quinta-feira que Paulo Mendonça renunciou ao cargo de diretor presidente da companhia, conforme fontes haviam adiantado mais cedo à Agência Estado.
Mendonça será substituído por Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual diretor presidente da OSX. Carneiro, por sua vez, será sucedido por Carlos Eduardo Sardenberg Bellot, atual diretor de Operações, Engenharia, Afretamento e Desenvolvimento da OSX. 
"Consolidando a natural evolução da OGX para uma nova fase em que a produção adquire especial importância, sem qualquer prejuízo da continuidade da campanha exploratória, o conselho de administração da companhia, presidido pelo Sr.Eike Batista, deliberou pela nomeação do Sr. Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, atual diretor presidente (CEO) da OSX, para o cargo de diretor presidente da OGX", diz o comunicado da OGX. "Após um bem sucedido ciclo exploratório, iniciado em 2008, o atual diretor presidente da companhia, Sr. Paulo Mendonça, deixará o posto para ocupar a posição de conselheiro da Presidência do Grupo EBX." 
Os papéis da OGX petrolífera sofreram fortes perdas nos dois últimos pregões, após a divulgação, na terça-feira, de novos dados sobre o nível de produção da empresa no campo de Tubarão Azul.

Dividendos e renda fixa prefixada são as melhores aplicações de junho

Ibovespa e demais fundos de ações apresentaram desempenho próximo de zero

Julia Wiltgen - EXAME.com
  
São Paulo - A Bolsa terminou junho novamente com maus resultados, com o Ibovespa fechando o mês com queda de 0,25%. O tombo teria sido maior se, nesta-sexta feira, o índice não tivesse recuperado fôlego e subido 3,23%. A melhor aplicação para o investidor pessoa física, no entanto, foram os fundos de dividendos (ao menos até o dia 26) e os títulos públicos prefixados - LTNs e NTN-Fs - negociados via Tesouro Direto.
Veja na tabela abaixo o desempenho das aplicações no mês de junho:
AplicaçãoNo mês (%)No ano (%)Fechamento em
Fundos de Ações - Dividendos1,148,8726/06/2012
LTN (vencimento em 01/01/2013)0,91*6,0829/06/2012
NTN-F (vencimento em 01/01/2013)0,90*6,0129/06/2012
Fundos Multimercado Multiestratégia0,697,2326/06/2012
LFT (vencimento em 07/03/2013)0,69*4,6929/06/2012
Selic0,584,5828/06/2012
CDI0,574,5228/06/2012
Fundos Multimercados Juros e Moedas0,565,6626/06/2012
Fundos Multimercado Macro0,559,0726/06/2012
Fundos referenciados DI0,554,6726/06/2012
NTN-B (vencimento em 15/08/2012)0,55*4,4529/06/2012
Fundos de renda fixa0,545,4526/06/2012
Poupança0,503,2728/06/2012
Fundos de ações Ibovepa Ativo0,320,2626/06/2012
Ibovespa-0,25-4,2329/06/2012
Dólar comercial-0,357,5429/06/2012
Fundos de Ações Livres-0,532,7026/06/2012
Fundos de Ações - Small Caps-1,482,9826/06/2012
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento.
Fontes: Anbima, Banco Central e BM&FBovespa.
A crise externa combinou-se com o baque nas ações da Petrobras e principalmente da OGX,ambas de grande peso no Ibovespa, para puxar o índice para baixo. As quedas foram minimizadas nesta sexta mesmo, em função de boas notícias vindas da Europa. A União Europeia anunciou a criação de um órgão supervisor comum para os bancos, que permitirá a recapitalização direta das instituições financeiras por meio do fundo de resgate permanente europeu. "O desempenho da Bolsa daqui para frente vai depender de como o mercado vai digerir essas medidas, se serão suficientes ou não, e de sua implementação. Mas julho pode ser um mês bom", diz o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Apesar do bom dia de pregão, junho foi marcado pela vitória do partido Nova Democracia na Grécia de um lado - o que trouxe alívio ao mercado sobre uma possível saída da Grécia da Zona do Euro - e do outro pela crise bancária na Espanha, onde as instituições financeiras sofrem com a inadimplência e precisaram de resgate.
Na Bolsa brasileira, houve impacto negativo nas ações da Petrobras, devido ao reajuste nos preços dos combustíveis abaixo do esperado. Mas o destaque mais negativo do mês foi a OGX, que descobriu que sua capacidade de produção no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos (RJ), era inferior ao inicialmente esperado, de acordo com relatório do Bank of America Merrill Lynch. No mês, os papéis da Petrobras recuaram cerca de 3% e os da OGX despencaram mais de 50%.
Com exceção dos fundos de dividendos, os demais fundos de ações tiveram desempenho ruim, em média. Vale lembrar, porém, que o fechamento da indústria de fundos é do dia 26 de junho, não incorporando ainda a alta desta sexta-feira. Mesmo assim, o desempenho de fundos de ações livres, Ibovespa ativo e de small caps foi próximo de zero, ainda que no acumulado do ano eles ainda estejam em alta.
Onde a pessoa física ganhou
As melhores aplicações do mês para o investidor pessoa física foram os fundos de dividendos, que ganharam, em média, 1,14% no mês. Os fundos de dividendos foram os únicos fundos de ações que conseguiram, na média, apresentar bom desempenho no mês. As ações defensivas oscilam menos em tempos de crise, e o pagamento de dividendos ajuda a amenizar as eventuais quedas.
As outras aplicações de sucesso para a pessoa física foram os títulos públicos prefixados - LTNs e NTN-Fs, que ganharam cerca de 0,9% em junho e cerca de 6% no ano. Após o corte de 0,5 ponto percentual na Selic no fim de maio, o mercado foi revendo para baixo sua expectativa de juros para o fim do ano, e os papéis prefixados mais curtos tiveram ganhos.
Por outro lado, as NTN-Bs mais curtas, atreladas à inflação, não vêm performando tão bem. A que vence em agosto deste ano teve ganho de apenas 0,55% no mês e 4,45% no ano. É menos do que a LFT mais curta (vencimento em março de 2013), indexada à Selic, que ganhou 0,69% no mês e 4,69% no ano. Mesmo a NTN-B que vence em maio de 2013 ganhou apenas 0,47% no mês e 5,96% no ano. A perspectiva de redução do juro real no Brasil (a NTN-B remunera um juro prefixado mais inflação) e uma perspectiva de inflação menor para junho fizeram o papel render menos.
Junho foi o primeiro mês da nova poupança, remunerada em 70% da Selic mais TR, em vez de 0,5% ao mês mais TR, como ocorria antes. Com isso, o rendimento foi de apenas 0,5%, vencido pelos títulos públicos e pela média de vários tipos de fundos multimercados. Os fundos DI e de renda fixa venceram a poupança por pouco. A saída para o investidor, diz Fabio Colombo, é buscar fundos de renda fixa de taxa de administração baixa. Se o fundo investir em ativos de crédito privado - e a maioria deles o faz - a taxa deve ser inferior a 1,5% ao ano.
Ainda segundo ele, os fundos multimercados que conseguiram ter boa performance foram aqueles que ganharam com a queda da Bolsa, a valorização do dólar e o fechamento dos cupons de juros.
No ano, os fundos multimercados macro são a melhor aplicação, com alta de 9,07%, seguidos dos fundos de dividendos, com alta de 8,87%, e dos fundos multimercados multiestratégia, que valorizaram 7,23%. Vale lembrar, porém, que as médias dos multimercados são menos fiéis à realidade do que a dos fundos de dividendos. Enquanto estes têm estratégias e desempenhos mais homogêneos, os multimercados de uma mesma categoria podem ser bastante diferentes entre si.

Modelo de negócio para nova bolsa no Brasil é incógnita

Dois grupos estrangeiros almejam lançar suas plataformas de negociação de ações no país, mas modelo de negócio ainda é um mistério

REUTERS
  
Rio de Janeiro - O modelo de negócio adequado para a chegada ao Brasil de rivais à BM&FBovespa permanece uma incógnita, num momento em que dois grupos estrangeiros almejam lançar suas plataformas de negociação de ações no país.
A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, deixou claro sua visão de que a concorrência nesse mercado não é urgente e que a introdução de uma nova câmara de compensação e liquidação de ativos (clearing) seria o melhor caminho.
"O maior benefício líquido se dá no cenário de que outra clearing venha trabalhar para o mercado brasileiro. Já temos o arcabouço regulatório preparado para duas estruturas verticais", disse Maria Helena.
A CVM organizou nesta sexta-feira reunião sobre a eficiência do mercado acionário brasileiro, convocando BM&FBovespa, aspirantes a abertura de novas bolsas, corretoras e investidores institucionais.
O objetivo foi debater um estudo recente indicando que há espaço para mais plataformas de negociação de ações no país, embora não exista clareza sobre os benefícios que isso traria. A BM&FBovespa tem atualmente, na prática, monopólio desse negócio.
 A operadora norte-americana de bolsa Direct Edge quer utilizar a plataforma de clearing da BM&FBovespa e exige um aceno positivo no curto prazo da CVM nesse sentido, enquanto a Bats Global Markets defendeu o uso de uma plataforma verticalizada e busca parceiros para os serviços de clearing e depositária no Brasil.
O presidente da Direct Edge, William O'Brien, cobrou pressa da CVM na definição de regras sobre competição no setor de bolsas no país. "Esperamos um sinal o mais rápido possível, em julho de 2012", disse O'Brien.
Segundo ele, esse acesso aberto pela CVM facilitaria as decisões da empresa e as negociações com a bolsa paulista para trabalhar de forma cooperativa. "Há a possibilidade de trabalhar com multiplataformas, mas essa não é nossa ideia inicial", afirmou, reforçando que sua primeira opção é ter acesso ao serviço da BM&Fbovespa.
A bolsa paulista tem manifestado desinteresse em vender agora serviços a terceiros, porque está investindo na integração de suas quatro clearings, o que deve ficar pronto só em 2014. Dependendo do que decidir a CVM, a BM&FBovespa seria obrigada a vender serviços de clearing para concorrentes.
Já a Bats Global Markets, que fez parceria com o escritório de advocacia Freitas & Leite e com a empresa de investimentos Claritas para ingressar no Brasil, defendeu uma estrutura verticalizada como a da BM&FBovespa para operar no país.
O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Bats, Ken Conklin, não quis revelar o nome de outros parceiros para o fornecimento de clearing, nem deu um horizonte para a abertura da nova plataforma de negociação de ações no Brasil.
 "Estamos num estágio de investigação, leva tempo para chegar ao modelo e encontrar os parceiros corretos."
Corretoras
Representantes de corretoras presentes na reunião mostraram preocupação com o aumento de custos que seriam incorridos em um cenário de concorrência entre bolsas de valores.
"O aumento dos custos é claro, mas não é claro o aumento das receitas nesse segmento", afirmou o sócio-fundador da XP Investimentos Marcelo Maisonnave.
Para o sócio da Link Corretora, Daniel Mendonça de Barros, o novo cenário vai trazer um aumento de volume e uma redução dos gastos para o investidor final. "Eu não sei até que ponto isso vai ser revertido para as corretoras", alertou.
O diretor-executivo de operações, clearing e depositária da BM&FBovespa, Cícero Augusto Vieira Neto, afirmou que as corretoras de valores poderiam ter em conjunto um custo adicional de 72 milhões de reais por ano no caso de uma fragmentação no mercado de bolsas no Brasil, sobretudo por custos com tecnologia.
O analista do Credit Suisse, Emerson Leite, porém, afirmou que os custos de corretoras poderiam ser menores em um ambiente de maior competição.
"Num primeiro momento deverão ser feitos mais investimentos. Somos amplamente favoráveis à introdução de concorrência", defendeu. Para ele, com mais instituições o mercado terá uma melhor arbitragem, redução dos spreads e especialização da negociação.

Mantega prevê crescimento da economia entre 3% e 4% no segundo semestre

Mantega admitiu, no entanto, que será necessário um esforço para atingir esses resultados

AGÊNCIA BRASIL
  
São Paulo - O ministro da Fazenda Guido Mantega disse hoje (29) que a economia brasileira deverá crescer entre 3% e 4% no segundo semestre do ano. Ele acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá superar este ano a expansão de 2,7% do ano passado. Ontem o Banco Central reduziu a projeção do PIB do ano de 3,5% para 2,5%.
Mantega admitiu, no entanto, que será necessário um esforço para atingir esses resultados. "Na verdade nós temos que trabalhar para conseguir atingir essas metas", disse durante o anúncio da prorrogação das desonerações para os eletrodomésticos da linha branca e móveis. Como parte das ações para manter o crescimento do país, o ministro destacou as reduções das taxas de juros, do spread bancário e o aumento do crédito.
Segundo Mantega, as desonerações incentivam setores que geram empregos. "Os setores aumentaram as vendas, mantiveram o nível de emprego, estão expandindo as lojas, os pontos de venda".