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quarta-feira, 13 de junho de 2012


Se tudo der errado na Europa, para onde vai a bolsa?

Do sossego ao caos, Citi elaborou três cenários possíveis e apontou os melhores ativos brasileiros para cada um deles

São Paulo - Grécia sai ou não sai? Bancos espanhóis quebram ou não? O que vai acontecer com a Europa e com a zona do euro, ninguém sabe ao certo.A equipe de análises da Citi Corretora, naturalmente, não tem a resposta para o problema, mas traçou três cenários possíveis para o andamento da crise na Europa e escolheu os papéis para atravessar cada uma dessas situações.
Cenário 1 - Recuperação no segundo semestre
Perfil das empresas: crescimento a um preço razoávelNesse cenário, os analistas do Citi projetam um retorno de 20% a 25% em dólar até o final do ano, impulsionado por uma redução das incertezas na Europa.
Nesse caso, conforme estimou a equipe de análises econômicas do Citi, haveria uma probabilidade de 65% de uma recessão prolongada, mas modesta, na zona do euro, com contração de 1% neste ano, e um crescimento de 2% nos Estados Unidos.
As escolhidas - Cosan Limited, Iochpe-Maxion, Embraer e Duratex.
Cenário 2 - Recessão mais profunda na Europa
Perfil das empresas: voltadas ao mercado doméstico, com fluxo de caixa positivo.
Nesse caso, existiria uma probabilidade de 15% de uma recessão mais profunda na Europa, com contração de 2,5%, e de um crescimento ainda "decente", como dizem os analistas da Citi, nos Estados Unidos, de 1,75%.
Com um quadro desses, a preocupação com um "pouso forçado'' na China aumentaria, o que faz aumentar a aposta em empresas com maior exposição ao mercado doméstico.
As escolhidas - Itaú Unibanco, Banco do Brasil, MRV e Rossi Residencial.
Cenário 3 - Instabilidade severa
Um cenário assim tem uma chance de 20% de acontecer, segundo os economistas do Citi. Isso poderia ocorrer com a queda de uma grande instituição, uma correria nos mercados de títulos dos governos ou uma saída desordenada da Grécia da zona do euro.
Num momento como esse, poderia ocorrer uma contração de 5% na economia da zona do euro, parecido com o que aconteceu com os Estados Unidos após a quebra do Lehman Brothers, e uma contração de 2% nos Estados Unidos.
Perfil das empresas: defensivas, com beta (correlação com a bolsa) baixo e dividendos elevados.
As escolhidas - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, AES Tietê, Telefônica Brasil, Eletrobras e Cemig.