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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CADASTRE-SE É DE GRAÇA E VOCÊ AINDA GANHAR UMA GRANA PRA ISSO
É SÉRIO MESMO PESSOAL, VALE A PENA

HOJE NA ECONOMIA


O quadro europeu apresenta as mesmas indefinições de dias/semanas atrás. As negociações entre Grécia e credores privados pouco avançaram e Portugal cada vez mais na mira dos investidores. Ainda assim, os mercados internacionais vivem uma espécie de trégua nesta terça-feira. O euro prossegue em sua trajetória de recuperação, se valorizando 0,41% ante ao dólar nesta manhã (cotado a US$ 1,3196/€), enquanto as bolsas europeias operam em alta. O índice STOXX600 registra ganho de 0,71% neste momento. Londres opera com valorização de 0,56%, enquanto Paris e Frankfurt registram variações de +1,13% e +0,97%, respectivamente.
 
Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas também operam no azul na abertura dos negócios nesta manhã: S&P +0,44% e D&J: +0,42%. Na agenda do dia, além de novas informações sobre a evolução dos preços das residências apuradas pela S&P/CaseShiller, se conhecerá o indicador de atividade industrial de Chicago (Chicago PMI), que deverá confirmar um bom ritmo de expansão para a atividade fabril da região em janeiro (consenso: 63,0 pontos, contra 62,2 pts em dezembro).
 
No Japão, a bolsa de Tókio fechou em alta de 0,11%. O fortalecimento do euro e resultados positivos sobre a produção industrial em dezembro estimularam os investidores, revertendo a tendência de baixa do início do pregão. Na China, a bolsa de Shanghai fechou em alta de 0,33%.
 
No mercado de commodities, o índice total apresenta queda de 1,02% nesta manhã, refletindo quedas de 1,14% e 1,63% para as commodities metálicas e agrícolas, respectivamente. No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 99,82/barril, com ganho de 1,06%, neste momento.
 
Após o movimento de realização de lucros observados ontem, o Ibovespa deverá prosseguir em sua trajetória de alta, acompanhando o bom humor que impera nos mercados externos. No mercado de câmbio, o dólar se deprecia frente às principais moedas (dólar índex: -0,40%), movimento que também deve prevalecer ante a moeda brasileira. No mercado doméstico de juros futuros, em que pese à instabilidade nos mercados internacionais, os investidores consolidaram apostas de que a Selic atingirá 9,5% em abril. Na agenda hoje, a divulgação da produção física da indústria de dezembro (consenso: +1,0% MoM) deve movimentar o mercado de juros.


Bolsas europeias sobem após líderes concordarem com novo pacto fiscal

Os principais índices acionários da Europa marcam trajetória positiva nesta terça-feira (31), revertendo parte das perdas da véspera. Na última noite, 25 líderes da União Europeia, reunidos em Bruxelas, concordaram com os detalhes do novo pacto fiscal, sendo que a assinatura deste deverá ocorrer apenas em março,conforme já anunciado em dezembro do ano passado.
Assim, apenas o Reino Unido e a República Tcheca não concordaram com as regras contidas no documento, que prevê uma vigilância maior sobre os orçamentos das economias da região, inclusive com sanções automáticas àqueles que não respeitarem os limites para o déficit público.
Do mesmo modo, em nota, o grupo afirma que o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilização, na sigla em inglês) está pronto para ser assinado, confirmando a sua entrada em operação em primeiro de julho. Contudo, o teto dos fundos de resgate da região, atualmente em € 500 bilhões, só será reavaliado em março, reforçaram os membros que compareceram à reunião, diante de pressões para que sejam reforçados a até € 750 bilhões.
Por fim, além de elogiar as medidas de austeridade adotadas por Itália e Espanha recentemente, bem como os programas da Irlanda e de Portugal, os líderes reiteraram o pedido para que as negociações na Grécia terminem “nos próximos dias”.
Ademais, o britânico Financial Times afirmou nesta manhã que os bancos podem pedir até duas vezes mais no empréstimo de longo prazo a ser conduzido pelo BCE (Banco Central Europeu) no final de fevereiro, conforme uma pesquisa realizada com diversas instituições.
Setor bancário na ponta positiva
Nesse cenário, as ações do setor bancário chamam a atenção pelo desempenho positivo. Em Paris, os papéis do BNP Paribas e do Société Générale avançam2,77% e 2,74%, respectivamente, enquanto em Frankfurt os do Commerzbank marcam alta de 2,67%.
Em Londres, país que não participa do novo pacto fiscal, as ações dos bancos estão em queda. Por lá, destaque para os papéis da ARM Holding, os quais se valorizam em 5,19% após o resultado do último trimestre de 2011 superar as expectativas.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

“Hoje na Economia”



Investidores optam por cautela, nesta manhã. Preferem aguardar o desenrolar da primeira reunião de cúpula da União Europeia que ocorre hoje em Bruxelas, ao mesmo tempo em que observam, com crescente preocupação, as lentas negociações entre o governo da Grécia e os credores privados em torno de uma definição sobre a dívida soberana grega.

O euro é negociado a US$ 1,3131/€, com queda de 0,68% ante ao dólar, enquanto o iene atinge ¥100,66/€, com valorização de 0,74% ante a moeda europeia. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 registra queda de 0,89% nesta manhã. Em Londres, a bolsa local perde 0,72%, em Paris -1,08% e a bolsa de Frankfurt recua 0,93%.

Os futuros das bolsas de valores norte-americanas acompanham a trajetória de queda observada nos demais mercados internacionais. S&P recua 0,72%, enquanto D&J cai 0,63%, neste momento. Na agenda econômica, serão conhecidos os dados de renda pessoal e gastos pessoais, ambos referentes a dezembro, que segundo o consenso do mercado deverão registrar +0,4% e +0,1%, respectivamente. A inflação medida pelo núcleo do deflator dos gastos pessoais (Core PCE) deve registrar alta de 0,1% em dezembro e 1,7% em termos anuais.

No Japão, a bolsa de Tókio registrou queda de 0,54%, terceiro pregão consecutivo de queda. Resultados corporativos abaixo do esperado, bem como a desvalorização do dólar ante a moeda nipônica contribuíram para o resultado negativo no pregão de hoje. Na China, na volta do feriado prolongado, a bolsa de Shanghai registrou queda de 1,47%, enquanto Hong Kong fechou com perda de 1,6%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI para entrega em março é negociado a US$ 98,9/barril com queda de 0,66%, neste momento. No mercado de commodities, o índice total recua 0,83% nesta manhã, sendo que agrícolas caem 0,57% e metais -1,90%.

Em um dia em que prevalece forte aversão ao risco, derrubando os preços das commodities e privilegiando o dólar, os prognósticos apontam para queda do Ibovespa, acompanhando os seus pares internacionais. No mercado de câmbio, o dólar responde à maior aversão ao risco, se valorizando frente às demais moedas, indicando que deverá influenciar um pregão de depreciação para o real. Já no mercado doméstico de juros futuros, espera-se que os vencimentos mais curtos permaneçam relativamente estáveis, enquanto os longos oscilem ao sabor do humor internacional.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Os riscos e os erros na hora de diversificar


São Paulo – Diversificar, ou “não colocar os ovos na mesma cesta”, como enuncia o lugar-comum do mercado, é um dos mecanismos dos investidores para ganhar um diferencial de rentabilidade e reduzir os riscos da carteira. Mas isso só até certo ponto. Feita da forma incorreta, a diversificação pode até elevar os riscos sem aumentar a rentabilidade, ou mesmo reduzir a lucratividade da carteira. Na melhor das hipóteses, a diversificação além do recomendável torna-se inútil e apenas aumenta o estresse do investidor.
Não é que existam limites rígidos para diversificar. Mas estudos em finanças já mostraram que não adianta pulverizar demais os investimentos. E mais: o investidor pode pensar que está diversificando, quando na verdade não está. Veja a seguir os principais erros na diversificação que levam o investidor a comprometer sua rentabilidade ou liquidez:
A pulverização pode sair cara
Todo investimento tem um custo. Pulverizar demais as aplicações multiplica esses custos, o que acaba corroendo a rentabilidade. Quanto mais você pulveriza a sua carteira, menores são as quantias aplicadas em cada produto financeiro. Para quem tem pouco dinheiro e aplica em fundos, isso pode ser particularmente nocivo. Fundos com tíquete menor tendem a ter taxas de administração mais altas que aqueles com tíquete maior. Portanto, pode valer mais a pena aplicar 10.000 reais num bom fundo com uma taxa baixa do que investir 1.000 reais em cinco fundos diferentes e caros.
Outro exemplo é a pulverização dos recursos por diferentes instituições financeiras. Nesse caso, as despesas serão com as transferências de recursos e com a manutenção de todas essas contas. Prefira contas isentas de taxa e instituições que ofereçam diferentes tipos de produtos financeiros, como Tesouro Direto, fundos e títulos de crédito privado (como CDBs e debêntures), além das ações.
A redundância pesa no bolso
Muitas vezes o investidor pensa que está diversificando e não está; pior, está jogando dinheiro fora. Por exemplo, quem investe no Tesouro Direto e em um fundo de renda fixa conservadora simultaneamente está cometendo uma tremenda redundância. Esses fundos aplicam basicamente em títulos públicos, e cobram uma taxa de administração por isso.
As taxas de administração do Tesouro Direto variam de zero a 1% ao ano, mais uma taxa de custódia de 0,3% ao ano e uma taxa de 0,1% a cada negociação. A taxa de administração média de fundos de renda fixa conservadora é de 0,89%, segundo a Anbima, mas há fundos em que essa taxa chega aos 3% ou 4% ao ano. Para aplicações conservadoras, especialistas acreditam que o melhor é não pagar mais do que 1% ao ano no total. Como se vê, com os custos listados acima, aplicar em um fundo e no Tesouro Direto pode facilmente ultrapassar essa marca.
 Falsa sensação de segurança
Como no exemplo anterior, as redundâncias não só elevam os custos como podem passar uma falsa ilusão de proteção. Um investidor que aplique em dez ações com forte correlação positiva entre si na realidade está concentrando seu risco. Isso porque todos os seus papéis vão caminhar na mesma direção: sob determinadas condições econômicas, eles vão valorizar ou desvalorizar todos juntos.
É o que ocorre, por exemplo, com uma carteira em que todas as ações pertencem a setores da economia voltados para o mercado externo; ou com uma carteira em que todas as ações pertençam a empresas de um mesmo setor. Ou cujos papéis tenham forte correlação com o Ibovespa, valorizando quando o mercado vai bem e desvalorizando em épocas de estresse. Se as condições econômicas levarem uma ação a desvalorizar, todas as outras vão juntas para o buraco.
O mesmo fenômeno ocorre com outros ativos, especialmente os de renda variável. De nada adianta ter vários imóveis em um mesmo bairro se de repente toda a região começar a desvalorizar por conta do aumento dos índices de violência.
A forma correta de diversificar, nesse caso, é optar por ativos que tenham correlação negativa, balanceando, por exemplo, ações ligadas ao mercado externo e papéis ligados ao mercado interno; ações com chance de valorização e papéis mais defensivos, bons pagadores de dividendos; empresas de petróleo e de companhias aéreas; grandes varejistas importadores e empresas exportadoras. “A ideia é tentar representar todos os setores da economia”, diz o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Diversificação em excesso anula a rentabilidade
A diversificação nunca vai anular completamente o risco da carteira. Mas se o investidor conseguir formar um portfólio quase que completamente equilibrado, corre o risco de praticamente anular a sua rentabilidade. “É preciso escolher um viés, ‘apostar’ em alguma tendência do mercado, a fim de conseguir alguma rentabilidade”, diz André Massaro, especialista em finanças pessoais da consultoria MoneyFit.
Ou seja, um pouco de risco, representado por algum desequilíbrio na carteira, é bom e até desejável. O que não se pode é correr risco demais para rentabilidade de menos. Mas se a lucratividade de uma empreitada estiver de acordo com o seu risco, tanto melhor.
A diversificação serve para proteger a carteira. A porção defensiva ajuda o investidor a não perder demais – e até ganhar – caso as expectativas para seus investimentos não se confirmem. “O investidor precisa ter um parâmetro e determinar quais ativos têm potencial de alta e quais são aqueles destinados a funcionar como um seguro da carteira”, diz Fabio Colombo.
  Um grande número de ativos pode deixá-lo louco
Aplicar em ativos em excesso não é apenas custoso, mas pode ser pouco rentável em função da dificuldade e do custo para administrar todos eles. “Estudos mostram que o ideal é ter em carteira entre oito e dez ativos. Se quiser aplicar em mais papéis, o investidor vai descambar para ativos com menos liquidez e, portanto, mais arriscados”, diz Samy Dana, professor de finanças da FGV-SP.
Portfólios menores, porém diversificados, tendem a performar melhor do que carteiras com 20 ou 30 papéis. Além disso, os custos aumentam, abalando ainda mais a rentabilidade. “Administrar tudo isso se torna difícil. E o investidor tem que lembrar que o tempo que ele gasta para investir tem custo também”, diz André Massaro.
Há, no mercado, quem defenda apenas apostas certeiras em pouquíssimos ativos. Em geral, são os adeptos da análise técnica e dos trades de curto prazo. Mas para quem deseja investir para prazos mais longos, a diversificação é desejável, desde que não seja exagerada.
Diversificar não significa anular todos os riscos
Existem diferentes tipos de risco, como o risco de crédito, o de liquidez e o de volatilidade. O que a diversificação faz é reduzi-los, não anulá-los. E mitigar um tipo de risco pode significar a elevação de outro. É o que acontece com os títulos públicos.
Ao investir apenas em títulos indexados à Selic – as Letras Financeiras do Tesouro – o investidor terá o menor risco possível: certeza do quanto irá receber e liquidez total para esse tipo de investimento. Porém, caso a taxa de juros entre em um ciclo de queda, esse investidor vai deixar de ganhar o que ele poderia lucrar com os prefixados.
Os títulos prefixados e os indexados à inflação, se adicionados à carteira, ajudarão o investidor a ganhar em qualquer cenário de juros e inflação. Isso representa, de certa forma, uma redução do risco. Por outro lado, esses títulos poderiam ser considerados menos líquidos – não por serem difíceis de vender, mas sim porque, ao vendê-los antes do término do prazo, o investidor corre o risco de perder parte ou até toda a sua rentabilidade. Para complicar, esses títulos costumam ter prazos longos, especialmente aqueles indexados ao IPCA.

sábado, 28 de janeiro de 2012

NOTICIAS RELEVANTES

BCE não participará de acordo para reestruturação da dívida grega, diz conselheiro

SÃO PAULO - O BCE (Banco Central Europeu) não vai se envolver no acordo entre o governo grego e seus credores privados sobre a reestruturação da dívida, afirmou nesta sexta-feira (27) o membro do conselho do banco, Joerg Asmussen, citado pela Reuters.
“Como se sabe, a discussão é sobre o envolvimento do setor privado. O BCE e o euro não são, claramente, privados”, disse Asmussen. "Cabe agora ao governo grego definir rapidamente os parâmetros da troca de títulos em negociação com os credores privados, de forma a garantir a sustentabilidade da dívida", completou.
Atenas precisa chegar a um acordo com o setor privado nos próximos dias para garantir a liberação do segundo pacote de ajuda, no valor de € 130 bilhões, para evitar um default desordenado. Asmussen espera que os líderes europeus assinem o novo pacto fiscal na reunião de cúpula programada para a próxima segunda-feira (30).

Dilma vê como 'fracassado' modelo de austeridade aplicado na Europa

SÃO PAULO - O modelo que está sendo implementado na Europa para conter a crise de gastos públicos já foi utilizada na América Latina durante as décadas de 1980 e 1990, e só aprofundaram a estagnação econômica e a exclusão social. A avaliação é da presidente Dilma Rousseff, presente no Fórum Social Temático na noite de quinta-feira (26), edição regional do Fórum Social Mundial.
Citada pelas agências de notícias, Dilma disse que os europeus estão abdicando de sua soberania enquanto Estado para atender às exigências de grupos financeiros e das agências de classificação de risco. Ela classificou as receitas de austeridade fiscal como “receitas fracassadas”.
Reunião do G-20 decepcionou
Para a presidente, a reunião do G-20, grupo das 19 nações mais ricas do mundo mais a União Europeia, realizada em Cannes durante o mês de novembro de 2011 não foi positiva. “Confesso que não fiquei satisfeita com os resultados”, avaliou.

Dilma acredita que o papel atual da sociedade é trazer ideias e processos novos para enfrentar períodos de crise, e não reaproveitar modelos antigos, como está sendo feito na Zona do Euro. Ela lembra que, entre os latinoamericanos, a aplicação do chamado “Consenso de Washington” sobre o Estado mínimo levou à perda de espaço democrático e soberano para os países.
Ela acha que, mais uma vez, as turbulências na economia mundial levam a perigosas ameaças, como o desemprego, a xenofobia, entre outras. “O mundo pós-neoliberalismo não pode ser o da pós-demoracia”, afirmou no evento.

Bolsas dos EUA operam com sinais opostos, pressionadas por PIB abaixo do esperado

SÃO PAULO - Os principais índices acionários norte-americanos operam com sinais opostos nesta sexta-feira (27). Os fracos balanços corporativos do último trimestre do ano passado pressionam o mercado nesta sessão, que também é afetada pelas incertezas na Zona do Euro e pelo crescimento abaixo do esperado do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre. 
A Grécia e seus credores privados devem chegar a um acordo ainda neste final de semana, talvez até mesmo nesta sexta, disse em Davos o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn. O governo grego negocia com credores privados um perdão de € 100 bilhões, de uma dívida que soma € 350 bilhões. Em resposta, o ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse que o país está a um passo do acordo com os credores.  
O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, negocia em desvalorização de 0,57% e atinge 12.662 pontos. Também opera em leve baixa de 0,36% o índice S&P 500, chegando a 1.314 pontos. Por outro lado, o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, sobe 0,18% a 2.810 pontos.

Bolsas europeias fecham em queda, refletindo PIB abaixo do esperado dos EUA


SÃO PAULO - As bolsa da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira (27) refletindo os dados de crescimento dos Estados Unidos, que ficaram abaixo das expectativas, além da preocupação quanto à indefinição em relação à crise da Zona do Euro. 
Apesar de ter avançado 2,8% no quarto trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o quarto trimestre, que foi o mais rápido em um ano e meio, impulsionado pelo crescimento do consumo e dos estoques de empresas, ficou abaixo das expectativas do mercado, que rondava os 3,2%. Já o deflator do PIB, que mede basicamente o custo de uma cesta de bens na economia norte-americana, registrou um avanço de 0,4%, apesar das projeções de avanço de 1,5% e da alta de 2,6% na última medição.
Noticiário local
Nesta sexta-feira, a Itália realizou um leilão de títulos públicos, no qual o Tesouro colocou € 11 bilhões em papéis da dívida de curto prazo. O montante vendido atingiu o objetivo máximo previsto e a taxa de juros exigida pelos investidores ficou abaixo de 2% pela primeira vez desde junho.

Na Grécia, seguem os impasses sobre um acordo de reestruturação da dívida. De acordo com a imprensa internacional, existem indefinições sobre a porcentagem de perdas que o setor privado deve assumir, além da taxa de juros a ser paga pelos novos bônus emitidos pelo país. Atenas precisa de um acordo rápido para evitar um default desordenado, tendo em vista que em março vencem € 14,5 bilhões em títulos publicos. A expectativa é de que as negociações sejam concluídas até o final desta semana.
Cotações
Diante disso, o FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 0,97%, atingindo 5.739 pontos, o CAC 40, de Paris, recuou 1,03%, a 3.328 pontos, ao passo que o o DAX 30, de Frankfurt, caiu 0,26%, ficando em 6.523 pontos.

Destaques corporativos
As ações de mineradoras caíram impulsionadas pelos preços dos metais preciosos. Em Londres, os papéis da Antofagasta caíram 2,88% e as da Rio Tinto cederam 1,99%.  Ainda na bolsa londrina, os papéis de bancos oscilaram, com os do Lloyds (-1,10%) no campo negativo e os do Royal Bank of Scotland (+0,54%) e do Barclays (+0,36%) no campo positivo. 

Em Paris, as ações do BNP Paribas declinaram 3,13% e as do Crédit Agricole caíram 1,46%. No entanto, os papéis do Société Générale avançaram 0,43%. Na bolsa alemã, queda de 0,58% para os papéis do Commerzbank e alta de 0,31% para os ativos do Deutsche Bank.
Do mesmo modo, as montadoras fecharam com fortes baixas. Em Paris, cederam as ações da Peugeot (-4,11%) e as da Renault (-1,73%). Na bolsa alemã, recuaram os ativos da Volkswagen (-2,18%), da Daimler (-1,64%) e da BMW (-1,19%). 
Yields soberanos de 10 anos
Grécia (33,93% ante 33,47%), Portugal (15,21% contra 14,79%), Itália (5,88% contra 6,05%), Espanha (4,97% ante 5,21%), França (3,03% contra 3,09%), Alemanha (1,85% ante 1,87%).


Fitch corta ratings de Espanha, Eslovênia, Itália, Chipre e Bélgica

SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Fitch terminou nesta sexta-feira (27) a revisão nos ratings de seis países da Zona do Euro, rebaixando as notas de Espanha, Bélgica, Chipre, Itália e Eslovênia, e mantendo o BBB da Irlanda. De acordo com comunicado da agência, "os cortes refletem a deterioração no cenário econômico, com as substanciais iniciativas de política monetária (...) e o sucesso inicial do programa de refinanciamento do BCE (Banco Central Europeu)".
Assim, o rating de longo prazo da Bélgica passou de AA+ para AA, enquanto a nota do Chipre foi de BBB para BBB-. Por sua vez, a Espanha e a Eslovênia tiveram os ratings de longo prazo cortados de AA- para A, ao passo que a Itália viu sua nota passar de A+ para A-. As perspectivas para todos os ratings seguem negativas.
"A intensificação da crise na Zona do Euro no final da segunda metade do ano passado prejudicou a efetividade da política monetária do BCE e realçou os riscos financeiros enfrentados pelos governos da região, na ausência de um plano financeiro confiável contra o contágio e uma crise de liquidez auto-sustentável", afirmou a agência de classificação de risco em nota.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

“Hoje na Economia”.


O impasse entre os credores privados e as autoridades gregas quanto à reestruturação da dívida soberana da Grécia se não chega assustar – pois se sabe que é questão de tempo para se chegar a um acordo – coloca o investidor na defensiva. Nem o conhecimento de que a economia da zona do euro esboçou sinais de recuperação em janeiro, segundo os indicadores preliminares do índice dos gerentes de compras (PMI) divulgados nesta manhã, animou os investidores. Os mercados de ações da região operam em queda neste momento. O índice STOXX600 recua 0,81%, enquanto Londres cai 0,61%; Paris: -0,79% e Frankfurt -0,81%. O euro por sua vez se beneficia da fraqueza do dólar. Cotado a US$ 1,3010/€, se valoriza 0,10% nesta manhã.
Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas seguem o humor europeu, operando em queda neste momento: S&P -0,35% e D&J -0,24%. Agenda econômica esvaziada no dia de hoje, com as atenções voltadas para o discurso do Estado da União que Barack Obama fará no Congresso americano, pedindo uma legislação mais dura para as fraudes no mercado financeiro.
Em dia de feriado nos principais mercados da região asiática, em Tókio o índice Nikkei fechou em alta de 0,22%, com os investidores embalados por um iene mais fraco e pela expectativa de que a Grécia vai chegar a um acordo com os credores privados.
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 99,41/barril, oscilando em torno da estabilidade. As commodities agrícolas operam no vermelho (-0,23%), enquanto o índice que agrega as commodities metálicas registra alta de 0,11%, nesta manhã.
Sem um direcional doméstico definido, o Ibovespa pode acompanhar a tendência ditada pelas bolsas internacionais, abrindo espaço para alguma realização de lucros após seis pregões consecutivos em alta. No mercado de câmbio, o dólar não mostra força para se apreciar ante as principais moedas. Essa tendência pode continuar beneficiando o real, que na ausência de intervenções governamentais poderá continuar em sua trajetória de valorização ante a moeda americana. No mercado futuro de juros, atenção para a divulgação do IPCA-15 de janeiro, que deverá registrar inflação de 0,56%, segundo o consenso do mercado. O indicador deverá contribuir para uma boa avaliação da tendência inflacionária neste início de ano, permitindo melhor avaliar os próximos passos da política monetária.

Long & Short: saiba como montar estratégias com esse tipo de operação

SÃO PAULO – Em momentos de instabilidade do mercado financeiro, algumas operações ganham destaque tendo em vista sua capacidade de auferir ganhos mesmo com a bolsa não vivendo um momento favorável. Uma dessas operações é a de Long & Short, onde se monta uma posição na ponta compradora e outra na ponta vendedora com diferentes ativos, buscando lucrar na diferença da rentabilidade deles.
Aqui na InfoMoney já falamos em que consistem tais operações e também sobre os fundos formados por esta estratégia. Agora, chegou o momento de falarmos sobre como o investidor pode fazer por conta própria o cálculo do ratio e como efetivamente fazer a operação de Long & Short no mercado de ações. “O ratio é um cálculo bem simples: é a divisão do valor da ação comprada pelo da ação vendida”, sintetiza Paulo Esteves, analista chefe da Gradual Investimentos.
Ou seja, para iniciar uma operação como esta, é necessário escolher um par de ações: o papel que será comprado ("Long") é aquele que o investidor acredita que haverá uma maior valorização, por sua vez, o papel que será vendido ("Short") é aquele cuja expectativa é de uma valorização menor.
“Pares de uma mesma empresa são considerados mais conservadores, e podem ser um bom início para quem está começando na aplicação”, aconselha Guto Ceravolo, especialista em Long & Short e Derivativos da XP Investimentos. Um bom exemplo pode ser AMBV4 e AMBV3, mas a escolha do par também deve envolveroutros tipos de análise, como a fundamentalista ou a técnica, ressaltam os especialistas.
Escolhido o par, o investidor deve estabelecer uma média móvel do ratio ao longo de um período. Entre as metodologias utilizadas pelas fontes consultadas, este prazo pode variar de 21 dias até 12 meses de pregões.
Estabelecimento dos padrões
Encontrada a média, é o momento de estabelecer os padrões que vão determinar quando o investidor deve entrar na operação e quando deve “inverter a mão” - ou seja, a ação que era long passa a ser short e vice-versa. Para ajudá-lo nesta tarefa, a InfoMoney disponibiliza a planilha de cálculo de Long & Short da XP Investimentos que está disponível neste link.
Primeiramente, note que há três linhas distintas no gráfico. A linha do centro é a média móvel do ratio do par de ativos. Já as linhas das extremidades mostram o quanto a operação pode se distanciar da média e são definidas através do cálculo do desvio padrão da linha central. Essas bandas acabam funcionando como uma linha de “segurança” para o investidor no afastamento da média tanto para cima quanto para baixo.
Atente-se para o stop loss. Trata-se do limite de perdas estabelecido pelo investidor e deve ser definido sempre. No caso do modelo da XP, ele é posicionado a 0,33 vezes abaixo da linha inferior e 0,33 vezes acima da linha superior. O retorno potencial é a estimativa de ganhos com a operação quando se chegar na linha central (stop gain sugerido).
Por sua vez, a correlação é a força de interação linear entre os dois ativos. "Se eles apontam uma forte correlação, entende-se que as diferenças em seus níveis de preço são momentâneas e tenderão a retornar à média histórica", explica Ceravolo.
Lembrando que, para trocar os ativos na planilha basta mudar a data, as ações e as cotações diárias. Os demais elementos são alterados automaticamente.
Finalmente, vamos operar
Então vamos à operação. Quando o ratio do dia ou atual aproximar-se do desvio padrão inferior, é o momento de entrar na operação, “compra do par” ou da “compra sugerida”. No caso do exemplo dado na planilha: vendido em AMBV4 e comprado em AMBV3.
Quando o ratio aproximar-se do desvio central ou stop gain, o objetivo da operação foi atingido e o investidor deve zerar sua posição, vendendo a ponta comprada e comprando a ponta vendida.
Por fim, quando o ratio do dia aproximar-se do desvio padrão superior é a chamada “venda do par” ou “venda sugerida”, quando o investidor deve entrar na operação fazendo o par inverso ao que ele tinha analisado no início. Seguindo o exemplo da XP, comprado em AMBV4 e vendido AMBV3.
Atenção para as taxas
O investidor deve ficar atento às taxas para este tipo de operação que seguem a tabela Bovespa. Confira aqui os custos operacionais e a tributação para negociar no mercado de ações, tanto no day trade, que são as operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, quanto no mercado à vist
a.