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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vale deve distribuir US$ 9 bi a acionistas em 2011

A Vale está no meio de um programa de recompra de ações de até US$ 3 bilhões que vai até 25 de novembro


Mina da Vale
A remuneração ao acionista agora de US$ 3 bilhões é equivalente a US$ 0,579472982 por ação ordinária
São Paulo - A Vale deve distribuir US$ 9 bilhões aos acionistas em 2011, maior valor da história da mineradora e três vezes a cifra do ano passado. Nesta segunda-feira, a companhia anunciou, em comunicado, a proposta da diretoria de pagamento adicional de US$ 1 bilhão em remuneração aos acionistas.
A proposta será encaminhada ao Conselho de Administração da mineradora e compreende o pagamento da segunda parcela de remuneração mínima aos acionistas em 2011, no valor de US$ 2 bilhões, e a remuneração adicional de US$ 1 bilhão.
A Vale já pagou remuneração extraordinária aos acionistas no início do ano e a primeira parcela de dividendos mínimos a partir do fim de abril, além de remuneração adicional no fim de agosto. Somando os valores pagos anteriormente aos US$ 3 bilhões agora - US$ 2 bilhões de remuneração mínima e US$ 1 bilhão adicionais -, chega-se ao total de US$ 9 bilhões.
Além disso, a Vale está no meio de um programa de recompra de ações de até US$ 3 bilhões que vai até 25 de novembro. "O retorno de caixa aos acionistas de até US$ 12 bilhões evidencia nosso compromisso em otimizar a alocação de capital e a maximização do retorno para o acionista", destacou a mineradora.
A remuneração ao acionista agora de US$ 3 bilhões é equivalente a US$ 0,579472982 por ação ordinária ou preferencial em circulação. O Conselho da Vale apreciará a proposta da diretoria na reunião agendada para 14 de outubro. Todos os investidores com ações da Vale na Bovespa em 14 de outubro terão direito à remuneração. Para os donos de ADRs em Nova York e na Euronext Paris, a data será 19 de outubro. Para os detentores de HDRs em Hong Kong, a data de corte também será 19 de outubro.

Grécia

Chance de calote 'parcial' ganha força na Grécia

Governos europeus, nos bastidores, já admitem a inevitabilidade da quebra do país e passaram o fim de semana desenhando um escudo de proteção para o euro


Default temporário da Grécia
Default grego terá que ser amortecido com 2 trilhões para evitar uma contaminação generalizada e a ruína do euro
Atenas - Sem reconquistar a confiança dos mercados e diante de protestos cada vez mais violentos da população grega, ganha força a ideia de um calote "parcial e ordenado" na Grécia. Governos europeus, nos bastidores, já admitem a inevitabilidade da quebra do país e passaram o fim de semana desenhando um escudo de proteção que poderia chegar a 2 trilhões para evitar uma contaminação generalizada e a ruína do euro.

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) desembarcará nos próximos dias em Atenas para avaliar se a Grécia tem mesmo condições de atingir suas metas de redução de déficit, depois que o governo anunciou mais uma rodada de cortes. Caso a avaliação seja negativa, não será liberada a sexta parcela do empréstimo e o governo já admite que ficará sem dinheiro até o final de outubro.
Informações sobre a possibilidade de um calote parcial circularam já no final da sexta-feira. A notícia incendiou o meio político grego e deve dominar as avaliações no mercado financeiro nos próximos dias.
Funcionários do governo socialista de Atenas, entre eles o ministro de Finanças, teriam admitido a parlamentares que poderiam fechar um entendimento sobre um calote de metade de sua dívida de 350 bilhões, diante de uma série de medidas para evitar um contágio na Espanha e Itália.
A informação foi desmentida pelo governo. Ontem, em Washington, o chefe da pasta de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, insistiu que o país tem a confiança dos parceiros internacionais e faria de tudo para atingir as metas de redução de déficit. Enquanto ele falava, 2 mil manifestantes se enfrentavam com a polícia no centro da capital. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.