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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Projeção de Selic maior em 2013 faz juro longo subir

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava em 9,50%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 indicava 9,98%


Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA
Pregão da Bovespa
Na abertura, o Ibovespa cede 0,20%, aos 59.683,39 pontos
São Paulo - O mercado de juros futuros começou o dia apreensivo com a situação europeia, além de repercutir as declarações do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, reforçando a chance de continuidade do "afrouxamento monetário" no País. Durante a tarde, porém, a devolução dos prêmios foi aplacada. As taxas dos contratos curtos terminaram de lado, enquanto os longos tiveram pequena alta. Esse movimento foi atribuído à percepção de que a Selic seguirá em queda, mas que o processo de reversão será relativamente forte, como apontou hoje a pesquisa Focus, onde as perspectivas para a taxa básica em 2013 já foram revisadas para cima.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (124.305 contratos) estava em 9,50%, nivelado ao ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (108.415 contratos) indicava 9,98%, de 9,95% na sexta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI janeiro de 2017 (20.590 contratos) subia para 10,93%, de 10,84% no fechamento anterior, e o DI janeiro de 2021 (1.670 contratos) avançava para 11,37%, de 11,27% no ajuste.
O Focus mostra que a expectativa dos analistas é de que a taxa básica de juros chegue a 9,50% ao ano na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana anterior, a estimativa era chegar em 9,63% ao ano em abril, o que mostrava um mercado dividido em relação ao ritmo de queda da Selic. A previsão para a taxa básica de juros no fim de 2013, no entanto, subiu de 10,38% ao ano para 10,75% ao ano.
Lá fora, segue o impasse sobre a renegociação da dívida grega. Até agora, não há um resultado sobre a reunião do governo com os credores privados. No entanto, segundo o ministro de Reformas do Setor Público da Grécia, Dimitris Reppas, o governo aceitou demitir 15 mil funcionários públicos neste ano, acatando uma das exigências dos credores. O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, se encontra ainda hoje com os representantes da troica, justamente para debater o pacote de ajuda.
As preocupações, no entanto, já vão para além da Grécia. Os investidores temem que, com ou sem acordo no país helênico, Portugal também precisará renegociar sua dívida. Mas, o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, reiterou hoje que o país cumprirá todas as suas obrigações financeiras.





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HOJE NA ECONOMIA


As indefinições que ainda cercam as negociações em torno da dívida grega colocam os investidores na defensiva, nesta manhã. Os ativos como ações, commodities e petróleo operam em queda, enquanto as moedas consideradas porto seguro se valorizam, em um dia típico de aversão ao risco.

Na Europa, os mercados registram perdas pela primeira vez em cinco dias. Notícias dão conta de que o governo grego conseguiu acordo político interno para aprovar aperto fiscal adicional equivalente a 1,5% do PIB, o que deverá facilitar a aprovação do acordo junto à tróica – BCE, UE e FMI – e liberação do pacote financeiro de €130 bilhões para que a Grécia consiga fechar suas contas. No mercado de ações, o índice STOXX600 recua -0,77% neste momento, acompanhado por: Londres -0,61%; Paris: -1,36% e Frankfurt: -0,75%. O euro recua 0,88% ante ao dólar, nesta manhã, cotado a US$ 1,3043/€.

Nos Estados Unidos, os índices futuros das principais bolsas americanas também operam em queda: S&P -0,61% e D&J -0,52%. Não há indicadores relevantes, na agenda econômica americana, previstos para hoje.

No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tókio registrou alta de 1,1% no pregão de hoje, impulsionado pelos bons números apresentado pelo mercado de trabalho americano, bem como pelos resultados corporativos divulgados que surpreenderam positivamente os investidores. No China, a bolsa de Shanghai fechou estável.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 96,74/barril, com queda de 1,12%. Nas demais commodities, o índice geral recua 0,52% neste momento, enquanto metais perdem 0,97%, os preços agrícolas encontram-se estáveis.

O baixo apetite ao risco que prevalece nos principais mercados internacionais nesta manhã deve abrir espaço para que o Ibovespa registre queda, em um movimento típico de realização de lucros. O forte ingresso de capitais externo deve manter a pressão de apreciação do real ante a moeda americana. Isso deve acentuar as intervenções do Banco Central para impedir o derretimento da moeda doméstica, que deve se manter flutuando em torno de R$ 1,70/US$ a curto prazo. Os vértices mais curtos da curva de juros futuros já precificaram mais dois cortes de 0,50pp na taxa Selic. Com a volta do interesse dos estrangeiros neste mercado, os vértices mais longos também ficam sem espaço para elevações a curto prazo.