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quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Qual é o preço da disputa entre bancos? 22% a menos na bolsa

Cálculo do Bank of America Merrill Lynch avalia os impactos do novo cenário

Gustavo Kahil - EXAME.com
  
São Paulo - O novo cenário de competição entre os bancos brasileiros tem feito com que o setor negocie na bolsa a um grande desconto em relação ao nível médio histórico, calcula o banco Bank of America Merrill Lynch. De acordo com um relatório publicado nesta semana, os analistas apontam que o preço atual corresponde a 8,2 vezes o esperado para o lucro por ação em 2013. O nível é 22% menor do que o visto nos últimos anos.
"Acreditamos que as dinâmicas competitivas devem manter a pressão sobre os grandes banco enquanto os estatais continuem a buscar participação de mercado", avaliam Jorg Friedemann, Marcus Fadul e Jose Barria. A análise foi publicada após um encontro com executivos da Caixa Econômica Federal (CEF), que estaria buscando ocupar a 3ª posição entre os maiores bancos em concessões de crédito do país.
"A gestão da CEF parece continuar a se diferenciar da competição ao reduzir as taxas significativamente. Para o setor, isso implica em pressões adicionais para as margens, que assumimos em nossos modelos como uma compressão entre 20 a 30 pontos-base na margem financeira líquida para os grandes bancos em 2013", ressaltam os analistas, que preferem as ações do Banrisul (BRSR6) e do Itaú (ITUB3ITUB4).
Banco do Brasil
Assumindo estar mais pessimista que o consenso do mercado, Friedemann, do Merril Lynch,reiterou a recomendação de underperform (desempenho inferior à média do mercado) para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e o preço-alvo de 24 reais por ação após a última rodada de cortes de tarifas. Segundo ele, a regulação no setor vai continuar alta e que o próximo foco, após a redução dos spreads, será no corte do lucro gerado com tarifas.
A analista do setor de bancos da Itaú Corretora também simulou o impacto da nova redução no lucro do Banco do Brasil. Segundo Regina Longo Sanchez, a receita do banco com serviços reduziria entre 200 e 400 milhões de reais por ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) também cairia entre 0,2 e 0,4 pontos percentuais, se não forem considerados possíveis ganhos de volume como consequência das tarifas mais baratas. 

Ações da Usiminas despencam após diretores venderem ações

Membros do conselho de administração e da diretoria venderam 30 mil ações ordinárias e 250 mil ADRs em setembro

Beatriz Souza - EXAME.com
  
São Paulo - As ações da Usiminas (USIM3;USIM5) despencaram nesta quarta-feira após a divulgação de um comunicado da empresa à CVM que aponta a venda de ações detidas por membros da diretoria e do Conselho de Administração. Os papéis ordinários terminaram o dia em baixa de 5,09% e as preferencias de classe A em queda de 7,22%. O desempenho foi o pior do Ibovespa no dia.
Segundo o documento, no dia 12 de setembro, um membro do conselho de administração da Usiminas vendeu 30 mil ações ordinárias, num total de 323,5 mil reais. Também no dia 12, um diretor vendeu 250 mil ADRs (American Depositary Receipt, ações preferenciais que são negociadas nos EUA), em operações que somaram 1,3 milhão de dólares. 
No dia da venda, as ações tiveram forte alta de 7,37% impulsionadas pela redução dos preços da energia elétrica no país, mas desde o início de setembro tinham disparado por conta da elevação do Imposto de Importação para 100 produtos da qual o setor siderúrgico foi um dos principais beneficiados. Nesse dia, os papéis fecharam o pregão sendo negociados à 12,37 reais, mas as 30 mil ações ordinárias foram vendidas a 10,78 reais.