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sábado, 18 de outubro de 2014

Petróleo sobe com expectativa de demanda mais aquecida


Os contratos futuros de petróleo fecharam pela segunda vez seguida em alta nesta sexta-feira, 17, revertendo, pelo menos temporariamente, a tendência de baixa (bear market) dos últimos quatro meses.
Analistas afirmam que há uma série de fatores que justificam a melhora, que inclui dados econômicos positivos, comentários mais "dovish" de bancos centrais e um relatório do Goldman Sachs prevendo uma tendência de alta para o mercado, já que, na avaliação da instituição financeira, há uma demanda crescente impulsionada por preços mais baixos.
"Acho que nós já passamos pelo pior momento", disse Tim Evans, analista do Citigroup Inc.
"Tivemos receio de que, com a demanda mais fraca, os membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) ficassem para trás. Acho que a sensação de pânico sobre essa possibilidade diminuiu."
Pela manhã, a Universidade Michigan publicou o índice de sentimento do consumidor dos EUA, que chegou ao seu maior nível desde julho de 2007, após subir para 86,4 no resultado preliminar de outubro, acima, inclusive, da estimativa dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que era de 84.
Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para novembro fecharam a US$ 82,75 por barril, em alta de US$ 0,05 (0,06%).
Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para dezembro encerraram a US$ 86,16 por barril, em alta de US$ 0,57 (0,70%).
Fonte: Dow Jones Newswires.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Bovespa sobe com ajuda de Petrobras antes de pesquisas

Índice encerrou em alta de apenas 0,37 por cento, a 57.267 pontos, após bater 58.246 pontos na máxima do dia


A Bovespa fechou no azul nesta quinta-feira, amparada nos ganhos das ações da Petrobras e de bancos, com investidores na expectativa das primeiras pesquisas de intenção de voto do Ibope e Datafolha no segundo turno da corrida presidencial, previstas para serem divulgadas nesta noite.
A pressão negativa de Wall Street, contudo, pesou no final da sessão, reduzindo os ganhos do principal índice da bolsa paulista, que ainda teve como componente negativo o declínio dos papéis da mineradora Vale e o tombo de 13 por cento nas preferenciais da operadora Oi.
O Ibovespa encerrou em alta de apenas 0,37 por cento, a 57.267 pontos, após bater 58.246 pontos na máxima do dia. O volume financeiro do pregão somou 9,1 bilhões de reais.
Em Nova York, o índice S&P 500 fechou com a maior queda percentual diária desde 10 abril, de 2,07 por cento, afetado por setores ligados a commodities, com os negócios em Wall Street influenciados por preocupações sobre a força da economia global.  No front doméstico, pesquisas mostrando o candidato de oposição Aécio Neves (PSDB) à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa, mesmo sendo de institutos pouco difundidos, repercutiram desde cedo, alimentando expectativas para os números que Ibope e Datafolha divulgam nesta noite.
Uma dessas pesquisas, do instituto Paraná Pesquisas, publicada no site da revista Época na véspera, mostrou Aécio com 49 por cento das intenções de voto e Dilma com 41 por cento. O apoio formal do PSB, PPS, PSC e PV ao candidato tucano no segundo turno também animou, enquanto segue a expectativa sobre o posicionamento da ex-senadora Marina Silva (PSB) na disputa. "Com esses apoios, o mercado começa a ponderar a chance real de Aécio ganhar", disse Frederico Ferreira Lukaisus, gerente de renda variável na Fator Corretora. Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo. Perspectivas de alternância em Brasília têm servido como argumento para compras na bolsa nos últimos meses e vice-versa.
Papéis fortemente influenciados pela dinâmica eleitoral figuraram entre as maiores altas do Ibovespa praticamente desde o início da sessão, com Banco do Brasil encabeçando a lista, seguido pela Petrobras. A divulgação de que o Tesouro Nacional vendeu 5,24 milhões de ações do Banco do Brasil pelo valor total de cerca de 178,9 milhões de reais, entre 29 de agosto e 10 de setembro, não afetou o desempenho dos papéis na sessão. 
Ainda no setor financeiro, repercutiu a informação de que está em estudo a flexibilização do recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo para apoiar empréstimos bancários para infraestrutura, conforme disse à Reuters uma fonte do governo. O mercado também ficou atento à divulgação nesta quinta-feira de depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça Federal, no qual detalha um suposto esquema de propinas que teria beneficiado o PT, PP e PMDB.
Empresas 
Estácio Participações esteve entre as maiores altas após divulgar crescimento de 5,8 por cento na captação de matrículas na graduação presencial para o segundo semestre. Oi despencou pelo segundo dia, com as ações preferenciais caindo 13,16 por cento, enquanto as ordinárias , que não estão no Ibovespa, recuaram 10,6 por cento, por incertezas sobre o futuro da empresa após a saída do presidente-executivo. 
O Goldman Sachs cortou o preço-alvo da ação de 1,55 para 1,06 real. O recuo de quase 2 por cento nos papéis da Vale, conforme segue desfavorável o cenário para os preços de minério de ferro, também ajudaram a limitar o avanço do Ibovespa.