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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bovespa abre em queda afetada pelo mercado exterior


Sala de operações da Bovespa.
Ibovespa abriu caindo 2,42% e pode perder o suporte em torno dos 56 mil pontos do pregão de ontem Bolsa está nos 54.625,65 pontos

São Paulo - O derretimento dos mercados financeiros globais em reação às declarações sombrias do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) ontem provoca efeitos catastróficos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, com a redução da exposição ao risco testando importantes níveis de suporte. A onda de reprecificação atinge, principalmente, as ações ligadas às matérias-primas, já que as commodities passam por uma intensa onda vendedora no exterior em meio ao dado fraco sobre a atividade na China. Às 10h09, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 2,42%, aos 54.625,65 pontos.

Segundo análise gráfica do analista da XP Investimentos Gilberto Coelho, depois de o Ibovespa perder o suporte em torno dos 56 mil pontos no pregão de ontem, o índice à vista passou a formar uma "estrela cadente", na qual há maior probabilidade de baixa, levando a uma realização de lucros em direção aos suportes em 54,1 mil pontos ou até mesmo ao 51,8 mil pontos.
E essa pressão negativa vem totalmente do exterior, onde os índices acionários norte-americanos e europeus imprimem fortes perdas. O motivo para tamanha retração passa pela frustração dos investidores com a decisão de política monetária do Fed, na tarde desta quarta-feira.
Apesar de o banco central norte-americano ter confirmado as expectativas e lançado a Operação Twist - que alcançará um total de US$ 400 bilhões até junho de 2012 -, a visão sombria sobre os riscos e as perspectivas para a economia dos EUA que acompanhou a decisão fere o sentimento entre os investidores e promove uma corrida por segurança. Mas, há dúvidas sobre a eficácia da troca de títulos de curto prazo pelos de longo prazo na carteira do Fed sobre a atividade real.
Somado à isso, as commodities desabam por causa da piora na leitura preliminar do índice PMI de atividade industrial na China em setembro, que acentuou a desaceleração para aquém da linha divisória de 50. O dado cedeu à mínima em dois meses, a 49,4 neste início de mês, de 49,9 no dado final de agosto.

Produção de baixo custo apenas na China é coisa do passado

São Paulo – Estudo produzido pela consultoria KPMG afirma que pensar na China como o lugar ideal para se terceirizar a produção é coisa do passado. O país já começa a abandonar sua posição de fabricante de itens de baixo custo.
Nick Debnam, responsável pela divisão de Mercado Consumidor para Ásia e Pacífico da KPMG, afirma que é possível observar dispersão da produção de alguns itens, antes concentrada na China. “Um dos exemplos é a confecção de calçados, deslocada para o Vietnã e a Indonésia”, diz.
Por enquanto, a China continua líder na manufatura de bens de menor valor. Nenhum país da região consegue igualar sua escala de produção e raros são os que apresentam uma infraestrutura com chances de competir. Entretanto, além dos salários no país terem aumentado, e os custos de produção, crescido, há também o fato de que a média de idade da população economicamente ativa da China vem aumentando.
O estudo aponta 10 países do sul e do sudeste asiático que, por terem média salarial mais baixa, incentivos para atrair fábricas estrangeiras e uma força de trabalho mais jovem, são promissores candidatos a se tornarem a próxima China dentro de poucas décadas. Veja nas fotos ao lado quais são estes países