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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Dólar recua com expectativa por política monetária na Europa




O dolar à vista no balcão abriu em baixa nesta sexta-feira, 16, devolvendo parte da alta de quinta-feira, 15, quando uma decisão do Banco Central da Suíça (SNB) trouxe de volta à aversão ao risco nos mercados internacionais.

O sentimento ainda é ruim no exterior nesta manhã. Porém, as expectativas em relação à decisões de política monetária na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, além da agenda norte-americana, favorecem o ajuste no mercado de câmbio.
O dólar à vista caía 0,42% às 9h30, cotado a R$ 2,6230. Na abertura, foi negociado a R$ 2,6310 (-0,11%). No mercado futuro, o dólar para fevereiro estava em baixa de 0,75%, cotado a R$ 2,6335. Essa moeda abriu a R$ 2,6495 (-0,15).

O Banco Central faria leilão, das 9h30 às 9h40, de até 2 mil contratos de swap cambial (US$ 100 milhões) para 01/09/2015 e 01/12/2015, com resultado a partir das 9h50. Às 11h30, a autoridade monetária volta a atuar com o leilão de rolagem de swap com vencimento em 2/2/2015, cujo resultado sai a partir de 11h50.

No exterior, o euro ampliava, há pouco, a queda ante o dólar, para US$ 1,1583, de US$ 1,1632 no fim da tarde de ontem em Nova York. A moeda dos EUA, por sua vez, estava cotada a 116,70 ienes, de 116,32 ienes no fim da tarde de ontem.

Os mercados de moeda ainda refletem a surpresa com o Banco Central da Suíça (SNB). Ontem, a autoridade monetária suíça eliminou a taxa de câmbio mínima de 1,20 franco suíço por euro, sugerindo que o Banco Central Europeu (BCE) pode estar perto de lançar um programa de compra de títulos soberanos, possivelmente no encontro marcado para a próxima semana (dia 22).

Ao longo do dia, dados dos EUA vão chamar a atenção. O índice de preços ao consumidor (CPI) em dezembro, às 11h30; a produção industrial no mesmo mês, às 12h15; e a leitura preliminar de janeiro do índice de sentimento do consumidor, da Universidade de Michigan, às 13 horas, são bastante esperados, podendo provocar ajustes nas apostas para a política monetária do Federal Reserve, além das perspectivas para os rumos da economia global.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Economistas pioram projeção de inflação de 2015 a 6,56%


Economistas de instituições financeiras elevaram a projeção para a inflação neste ano, piorando o estouro da meta, diante de uma economia com perspectiva de crescimento menor.
Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para o IPCA de 2015 foi a 6,56 por cento, 0,03 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior.
Para 2014 a projeção teve ligeiro ajuste a 6,39 por cento, contra 6,38 por cento. A inflação do ano passado será conhecida na sexta-feira, quando o IBGE divulgará o IPCA de dezembro. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Já a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu em 0,05 ponto percentual, a 0,50 por cento. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 0,15 por cento, contra 0,14 por cento anteriormente.
Sobre a Selic, o Focus mostrou que a perspectiva continua sendo de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,75 por cento, termine este ano a 12,50 por cento.
Para o dólar, que fechou 2014 em alta de quase 13 por cento ante o real, a 2,6587 reais, especialistas consultados mantiveram a projeção de que encerrará este ano a 2,80 reais.
Inflação alta, juros elevados, crescimento baixo e contas públicas em deterioração é o cenário que o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy terá de enfrentar.
Com perfil mais ortodoxo, ele já anunciou nova meta de superávit primário para este ano, equivalente a 1,2 por cento do PIB, e disse que é preciso coragem para fazer as mudanças necessárias.

fonte: Reuters



terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dólar pode chegar a R$ 3,20 em 2015




O dolar fechou 2014 com uma alta de 13% frente o real. Para este ano, a previsão é de mais valorização. Segundo o economista e diretor-presidente da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme, o dólar pode atingir o patamar de 3,20 reais em 2015. Somente no primeiro trimestre, a expectativa é que a moeda americana alcance facilmente os 2,80 reais.
Nehme afirma que o Brasil é um país frágil no contexto do mercado internacional e que o governo, apesar de usar como “escudo” que o país tem reservas cambiais de 373,4 bilhões de reais, não conseguirá conter a pressão. Ele acrescenta que os programas de swaps não conseguirão conter a alta do dólar.
“A Russia que depois de ter ‘controlado o incêndio’ em torno do rublo com queima de reservas efetivas em dólares, ainda tem mais reservas cambiais do que o Brasil”, disse.
O economista ressalta ainda que o preço do barril de petróleo continuará a pressionar a alta do dólar. A perspectiva é de que o preço do barril chegue em 40 dólares o barril. “Mas ninguém descarta que pode-se chegar ao patamar de 30 dólares - valor próximo ao visto na recessão em 2008”, completa Nehme.
Por fim, ele destaca que o pouco entusiasmo que existia com a nova equipe econômica já não existe mais, após o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ter de voltar atrás após afirmar que o governo mudaria a regra de reajuste para o salário mínimo a partir de 2016.
“Ficou bem claro que a liberdade da equipe não será conforme o esperado. O cenário é muito complicado e o governo tem dogmas ideológicos dos quais não se pode ir contra”, finalizou.
De acordo com o boletim Focus divulgado hoje pelo Banco Central, para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou em 2,80 reais.