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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ações da GOL disparam após separação do Smiles


Empresa avalia a realização de IPO da Smiles S.A., mas afirma que não há estimativa para conclusão da operação

Marcelo Poli - EXAME.com
  
São Paulo - A quarta-feira é marcada pela disparada das ações preferenciais da GOL(GOLL4). Na máxima do dia, os papéis eram negociados a 12,85 reais, assumindo a ponta positiva do Ibovespa, com uma alta de 13,5%.
O mercado repercute hoje o recente noticiário envolvendo a companhia. Na última sexta-feira, a GOL comunicou a segregação das atividades do programa de relacionamento Smiles, que passarão a ser conduzidas pela Smiles S.A., empresa "recentemente constituída".
Na ocasião, a GOL reiterou que avalia a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Smiles S.A., mas que ainda não há "qualquer estimativa ou previsão para conclusão destas análises", disse a empresa.
Também na última sexta-feira, a companhia aérea anunciou que a demanda total de passageiros recuou 9,3% em novembro ante o mesmo período de 2011, segundo comunicado ao mercado. A oferta de assentos do sistema total caiu 15,9%, enquanto a taxa de ocupação subiu 5 pontos percentuais, para 69,1%, na mesma base de comparação.
No mercado doméstico, a demanda caiu 9,9%, enquanto a oferta de assentos recuou 16,9%, levando a taxa de ocupação a 69,8% no período.
Segundo a GOL, o recuo na oferta de assentos está em linha com a sua estratégia, e ocorreu principalmente pela "redução de oferta nas operações da Webjet. A estratégia visa ajustar a oferta ao novos patamares de custo da indústria nacional".
As ações da GOL acumulam valorização de 25% em dezembro.

Ação da AES Eletropaulo avança de mais de 7% na Bovespa


Profissionais de mercado citaram ajustes técnicos no papel após a empresa ter anunciado pagamento de R$ 54,3 mi em juros sobre capital próprio

REUTERS Brazil
  
São Paulo - As ações da AES Eletropaulo subiam mais de 7 por cento na Bovespa nesta quarta-feira, com profissionais de mercado citando ajustes técnicos no papel após a empresa ter anunciado na semana passada o pagamento de 54,3 milhões de reais em juros sobre capital próprio.
"(O anúncio dos proventos) foi acima da expectativa, talvez por isso o papel venha subindo", disse o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho.
Às 11h01, o papel tinha alta de 7,43 por cento, a 16,04 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,25 por cento.
"Pode ser um movimento técnico de cobertura de posições vendidas. (A empresa) teve uma distribuição ainda forte de proventos neste fim de ano", acrescentou o estrategista da Futura Corretora, Luis Gustavo Pereira.
O pagamento dos juros foi aprovado em reunião do Conselho de Administração da empresa e a data do pagamento será definida em assembleia a ser realizada até 30 de abril de 2013. (Por Anna Flávia Rochas; Edição de Danielle Assalve).

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

BC atua 2 vezes, mas dólar sobe por impasse nos EUA


Remessas ao exterior e impasse fiscal estimularam avanço da moeda, mesmo com leilões do BC

Nalu Fernandes e Ana Luísa Westphalen - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - A moeda norte-americana iniciou o dia em alta e manteve-se nesta trajetória ao longo da sexta-feira, apesar de leilões do Banco Central. O avanço do dólar ante o real acompanha o movimento externo, diante do impasse em torno da questão fiscal nos Estados Unidos. No ambiente doméstico, operadores citam um fluxo negativo alimentado por remessas corporativas ao exterior antes do início das festas de fim de ano.
O declínio semanal do dólar encolheu de 1,25% até quinta-feira, para 0,72%, em grande medida, em reflexo à aversão ao risco no exterior e consequente busca dos investidores por abrigo na divisa dos EUA.
Na máxima do dia, o dólar tocou R$ 2,0810. Na mínima, a moeda chegou a R$ 2,0690. Em dezembro, o recuo do dólar é de 2,54% e, no ano, há alta de 10,91%.
Após a abertura das Bolsas em Nova York em declínio, o dólar renovou máximas no mercado de balcão ante o real. As incertezas quanto a uma resolução para evitar o abismo fiscal nos EUA foram os principais condutores da elevação da divisa. No exterior, perto das 16 horas, o dólar norte-americano subia 0,65% ante o australiano, avançava 0,53% ante o canadense e subia 1,22% ante o neozelandês.
No ambiente interno, um estrategista observa que "houve saídas pela manhã, também contribuindo para a elevação do dólar, afinal muitas empresas já estarão em férias coletivas a partir da próxima semana e só retornam em janeiro". Portanto, para agentes financeiros, a perspectiva é que, com grande parte já encaminhada das remessas corporativas para honrar compromissos de final de ano, a pressão de alta sobre o dólar na próxima semana tenderá a ser menor.
O Banco Central atuou no mercado de câmbio com dois leilões no período da manhã, mas não evitou que a moeda encerrasse o dia no terreno positivo. "Depois de três sessões em queda, o mercado encontrou um ponto de sustentação no patamar de R$ 2,070", segundo um operador de câmbio.
No primeiro leilão, a taxa de venda foi R$ 2,06250, a Ptax de quinta-feira, e a de compra, em 1º de março de 2013, ficou em R$ 2,08445, com elevação embutida de 1,06%. No segundo leilão, a taxa de venda foi R$ 2,07240, a Ptax do boletim das 11 horas, e a taxa de recompra, com liquidação em 1º de fevereiro de 2013, ficou em R$ 2,085470, com alta de 0,63%. Vale notar que o segundo leilão do dia não abrandou a alta do dólar, que renovou máxima na sequência da operação.
Não houve negócios com o dólar pronto na BM&F. O giro financeiro, na clearing da Bolsa, continuou magro na maior parte do dia e somava US$ 1,758 bilhão perto das 16 horas.
Nos EUA, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, fez um pronunciamento para explicar porque não conseguiu colocar em votação na noite passada seu plano B para prorrogar os cortes de impostos para quem ganha até US$ 1 milhão por ano. Boehner explicitou uma divisão dentro do Partido Republicano ao informar que houve percepção de que o projeto elevaria o nível geral de impostos e, por isso, alguns membros não apoiaram a medida. Apesar de tudo, Boehner afirmou que vai continuar trabalhando em um acordo para evitar o abismo fiscal e que a Câmara voltará a se reunir após o Natal, se preciso.
Para o estrategista do UBS Gareth Berry, o nervosismo manifestado pelos mercados ilustra a dificuldade que será alcançar uma solução intermediária entre republicanos e democratas antes do fim do ano.

Ibovespa recua por preocupação sobre abismo fiscal nos EUA


Desempenho mensal, porém, deve ser o melhor desde janeiro

REUTERS Brazil
  


Bovespa cedeu à realização de lucros nesta sexta-feira, pressionada pelo impasse nas negociações fiscais nos Estados Unidos, mas conseguiu garantir sua terceira alta semanal consecutiva e caminha para registrar seu melhor desempenho mensal desde janeiro.
O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 0,44 por cento, a 61.007 pontos. A proximidade das festas de fim de ano reduziu a liquidez do pregão --o giro foi de 6,53 bilhões de reais, ante média diária de 7,3 bilhões de reais em 2012.
Ainda assim, o índice acumulou alta de 2,35 por cento na semana e de 6,15 por cento em dezembro. Faltando apenas três pregões para o fim do ano, o Ibovespa acumula valorização de 7,5 por cento em 2012, no que deve ser o melhor resultado anual desde 2009.
Nesta sessão, a piora do cenário externo contaminou os negócios na bolsa paulista, com investidores cada vez menos esperançosos de que democratas e republicanos conseguirão chegar a um acordo a tempo de evitar uma crise fiscal nos EUA.
"O problema é que o mercado criou uma expectativa positiva nos últimos dias, de que as negociações estavam evoluindo e de que se chegaria a um acordo antes do fim do ano, mas agora isso parece cada vez mais difícil", disse o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria, em São Paulo.
"O risco aumentou, embora ainda seja mais provável que republicanos e democratas alcancem algum acordo, porque do contrário seria muito ruim para todos", acrescentou.


Se nada for feito, cerca de 600 bilhões de dólares em cortes de gastos e aumentos de impostos entrarão automaticamente em vigor no início de 2013 nos EUA, ameaçando jogar a maior economia mundial novamente em recessão.
Em Nova York, o índice Dow Jones tinha queda de 1 por cento e o S&P 500 perdia 1,02 por cento às 17h54 (horário de Brasília). Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em queda de 0,32 por cento.
Na bolsa paulista, o setor de commodities pesou no Ibovespa.
A preferencial da Vale caiu 0,76 por cento, a 40,50 reais, e a da Petrobras perdeu 1,71 por cento, a 20,69 reais. OGX teve baixa de 0,70 por cento, a 4,25 reais.
A empresa de varejo eletrônico B2W e a incorporadora Gafisa lideraram as perdas do índice, com quedas de 5,2 e 2,68 por cento, respectivamente.
Em sentido oposto, empresas do setor elétrico foram destaques positivos do índice.
AES Eletropaulo disparou 9,54 por cento após anunciar pagamento de 54,3 milhões de reais em juros sobre capital próprio.
Cemig subiu 6,05 por cento, seguindo o anúncio de pagamento de um total de 3,3 bilhões de reais em dividendos extraordinários e juros sobre capital próprio.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Agenda dos principais países

    Vinicius Tropiano - Invest Simples

Ásia – Destaque absoluto para o desempenho da bolsa Japonesa, com alta de +2,39%. A diminuição do gap entre Obama e Republicanos, gerando uma perspectiva mais favorável para que seja realizado um acordo ainda nesta semana e uma expectativa de medidas mais agressivas por parte do BoJ para estimular a economia e combater a deflação impulsionaram a bolsa, com destaque para altas no setor exportador e financial. Na agenda econômica, o dado de exportações do Japão mostrou a sexta contração yoy seguida. O resultado de -4,1% foi ligeiramente melhor que o esperado pelo mercado, mas ainda demonstra os efeitos das retaliações chinesas, cujas exportações recuaram -14,5% yoy e os problemas econômicos na Europa, cujas exportações recuaram -19,9% yoy. Tal quadro só corrobora para uma medida mais agressiva por parte do BoJ que se reúne amanhã.

Europa – Bolsas vão abrindo no terreno positivo, suportadas pelas melhores expectativas sobre a resolução do impasse fiscal norte-americano. Na agenda, destaque para o índice de confiança IFO na Alemanha que subiu de 101,4 para 102,4 em dezembro.

EUA – O líder da maioria na Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano Eric Cantor disse ontem que espera a votação de uma proposta republicana de evitar o "abismo fiscal" na quinta-feira, e que ele espera ter votos suficientes para aprovar a medida. Na agenda, destaque para os números de construção de moradias e licenças para novas obras, às 11h30.

Brasil – Importante monitorar matéria no Valor “Dilma autoriza reajuste de combustíveis” mencionando que a presidente Dilma Rousseff vai autorizar o reajuste dos preços da gasolina em 2013. Dia de agenda cheia. Destaque para o IPCA-15 de dezembro, às 9h00. Às 10h30 será divulgado os dados de crédito de novembro e às 14h30 será conhecido o resultado do CAGED do mesmo mês.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Expectativa de acordo nos EUA impulsiona ações brasileiras


Perspectivas positivas sobre acordo nos Estados Unidos animaram mercados externos e o Ibovespa, que registrou alta de 1,5%

REUTERS Brazil
  
O principal índice acionário da Bovespa avançou ao maior patamar em quase três meses nesta terça-feira, seguindo a tendência dos mercados externos, diante de crescentes esperanças de que as lideranças políticas dos Estados Unidos se aproximam de um acordo para evitar o chamado abismo fiscal.
O Ibovespa fechou em alta de 1,5 por cento, a 60.460 pontos -- o maior nível desde 25 de setembro. O giro financeiro do pregão foi de 6,9 bilhões de reais, ante média diária de 7,3 bilhões de reais em 2012.
As ações globais avançaram apoiadas na percepção de que as diferenças entre democratas e republicanos sobre como resolver o abismo fiscal de cortes de gastos e aumentos de impostos diminuíram significativamente nos últimos dias.
"Parece que existe maior probabilidade de se chegar a um acordo nos Estados Unidos e isso está se refletindo no preço das ações", afirmou o sócio-diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso, em São Paulo.
A oferta mais recente do presidente Barack Obama inclui concessões aos republicanos em questões relacionadas a impostos e atribuição de gastos, mas o presidente da Câmara dos EUA, John Boehner, disse que a oferta "ainda não chegou lá". No entanto, ambos os lados permanecem otimistas sobre um acordo.
Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha alta de 0,74 por cento às 18h, enquanto o S&P 500 subia 0,91 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou com valorização de 0,43 por cento.
Por aqui, ações ligadas ao setor de mineração e siderurgia impulsionaram o Ibovespa, com destaque para a preferencial da Usiminas, que avançou 7,5 por cento, a 12,32 reais.
A preferencial da Vale teve alta de 1,71 por cento, a 41,00 reais, enquanto a da Petrobras subiu 1,26 por cento, a 20,17 reais. Completando a lista das blue chips, OGX teve alta de 0,46 por cento, a 4,33 reais.
Apenas 11 dos 68 ativos que compõem o índice fecharam o pregão no vermelho, com destaque para a fabricante de cigarros Souza Cruz, que recuou 2,51 por cento, a 32,25 reais.
Segundo o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba, o anúncio de um acordo nos EUA ainda em 2012 deve liberar espaço para a Bovespa ampliar os ganhos neste fim de ano.
O Ibovespa acumula alta de 5,2 por cento em dezembro --esse seria o maior avanço mensal desde fevereiro, quando o índice teve valorização de 4,34 por cento.

BB contrata sete bancos para IPO de R$ 5 bi, dizem fontes


IPO de unidade de seguros e previdência do banco seria o maior do país em três anos

Cristiane Lucchesi - Bloomberg
  

Banco do Brasil SA contratou sete bancos, depois de considerar 18 propostas, para liderar a emissão pública de ações de R$ 5 bilhões de sua unidade de seguros e previdência, de acordo com quatro pessoas a par do assunto.
O BB escolheu o JPMorgan Chase & Co., o Citigroup Inc., o Bradesco SA, o Banco Itaú BBA, o Grupo BTG Pactual, o Brasil Plural SA Banco Múltiplo e o próprio Banco do Brasil para liderarem a oferta, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque a decisão ainda não é pública. Se acontecer, essa será o maior IPO, do inglês initial public offering, em três anos no País.
O Banco do Brasil, controlado pelo governo, está vendendo ao menos 25 por cento da nova unidade por cerca de US$ 2,39 bilhões, disseram as pessoas. O maior IPO antes desse foi o do Banco Santander Brasil SA, em julho de 2009, de US$ 7,55 bilhões. O banco aprovou a criação da nova divisão, BB Seguridade SA, ontem, segundo comunicado.
A BB Seguridade seria listada no Novo Mercado da BM&FBovespa, segundo comunicado do banco. O Novo Mercado dá mais direito aos acionistas e requer que as empresas tenham ao menos 25 por cento de seu capital negociado no mercado. A oferta será primária e secundária.

Associações com a Mapfre
O Banco do Brasil está procurando consolidar seus negócios de seguros e previdência em uma só companhia para reduzir custos, de acordo com o comunicado. A BB Seguridade controla as duas associações do BB com a Mapfre, sediada em Madri. O banco disse que planeja também crescer no negócio de corretagem de seguros dental e de saúde também.
A instituição espera que o IPO aconteça em algum momento do primeiro semestre do ano que vem, disse Alexandre Abreu, vice- presidente do banco de varejo do BB, em entrevista por telefone no dia 26 de novembro. O IPO vai mostrar o valor oculto do negócio de seguros e capitalizar a unidade, sem a necessidade de injeção de recursos do Banco do Brasil, disse Abreu.
O Banco do Brasil, Citigroup, JPMorgan, BTG Pactual, Bradesco, Itaú BBA e Plural não quiseram comentar, de acordo com seus assessores de imprensa.

Moody's altera perspectiva da Petrobras para negativa


Endividamento da estatal e incertezas fizeram com que perspectiva estável fosse rebaixada

REUTERS Domestic
  
A agência de classificação de risco de crédito Moody's alterou nesta segunda-feira a perspectiva de rating da Petrobras para dívida em moeda local e internacional, de estável para negativa, de acordo com comunicado.
"A perspectiva negativa reflete os crescentes níveis de dívida da companhia e incertezas sobre os prazos e entrega de produção e fluxo de caixa frente a grandes orçamentos de capital", afirmou a Moody's em nota.
Segundo a agência de risco, a Petrobras enfrenta crescentes níveis de dívida, o que aumenta a pressão sobre os custos, os riscos de execução dos projetos, e compromete as metas de produção.
"Importações crescentes e políticas de preços do governo complicam ainda mais esses desafios (...) A pressão sobre os lucros pode pressionar ainda mais a capacidade da empresa de levar adiante grandes investimentos", informou a agência em nota.
"No médio prazo, a capacidade da empresa para reduzir custos e gerenciar a crescente alavancagem financeira será a chave para uma perspectiva estável."
CONSELHO
O alto endividamento da Petrobras já começa a preocupar a cúpula da companhia.
O assunto será tema da última reunião de 2012 do Conselho de Administração da companhia, na terça-feira, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta segunda-feira.
Segundo a fonte, que pediu anonimato, a relação dívida sobre o Ebitda (geração de caixa) da estatal é de 2,6 vezes, acima da meta de 2,5 vezes, e pode chegar a 3 vezes no próximo ano.
O limite é exigido pelas agências de classificação de risco em companhias com grau de investimento.
Se perder o grau de investimento, a Petrobras também perderia condições mais atrativas de crédito externo A estatal deve encerrar 2012 com captações de 25 bilhões de dólares, um volume que supera a média anual projetada no plano de negócios 2012-2016, de 16 bilhões de dólares por ano. .

Bolsas da Ásia sobem confiantes em acordo nos EUA


Estados Unidos parecem estar avançando nas negociações para evitar abismo

Antonio Rogério Cazzali e Lucas Hirata - AGÊNCIA ESTADO
  
A maioria das bolsas asiáticas fechou em alta com a confiança dos investidores sustentada pelos sinais de progresso nas negociações orçamentárias dos EUA. Os mercados da região foram influenciados pelo fechamento desta segunda-feira (17) em Wall Street, que subiu em resposta a notícias encorajadoras sobre as negociações para resolver o impasse fiscal.
O presidente Barack Obama e o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, tiveram ontem sua primeira reunião desde que Boehner indicou que apoiará um aumento de impostos para cidadãos que ganham mais de US$ 1 milhão por ano.
A Bolsa de Sydney, na Austrália, atingiu a máxima em 17 meses, depois que os preços à vista do minério de ferro saltaram para o mais alto patamar em cinco meses. O índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,48%, aos 4.595,20 pontos. As ações da Rio Tinto subiram 1,9%, depois que o preço do minério de ferro avançou 2,2% na China.
Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul terminou a sessão em alta com o persistente movimento de compra por investidores estrangeiros, que já se estende pelo 14º pregão seguido. As blue chips de tecnologia e papéis do setor químico estão entre os que mais ganharam no pregão. O índice Kospi fechou em alta de 0,51%, aos 1.993,09 pontos. As ações da LG Display subiram 2,4% e as da LG Chem avançaram 2,5%. A Hyundai Motor perdeu 0,4%.
A Bolsa de Taipé fechou em alta, com os parceiros da Apple obtendo uma recuperação pequena depois de pesadas perdas iniciais. O índice Taiwan Weighted terminou a sessão em alta de 0,16%, aos 7.643,74 pontos. Os papéis da HTC, Hon Hai e Acer tiveram ganhos de 1,6%, 1,4% e 0,8%, respectivamente. TSMC perdeu 0,3%.
As ações também fecharam em alta na Bolsa de Manila, nas Filipinas, onde o índice PSEi subiu 0,2%, para 5.636,59 pontos, com alto volume de transações.
Já na China, o índice Xangai Composto teve leve expansão de 0,1%, para 2.162,46 pontos. O índice subiu até 1,1% durante a sessão, mas foi puxado para baixo por causa das perdas das incorporadoras imobiliárias. O índice Shenzhen Composto recuou 0,3% para 817,36 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de menos de 0,1%, aos 22.494,73 pontos. As ações do grupo AIA caíram 3,3%, para 30,60 dólares de Hong Kong por ação, o pior desempenho do índice Hang Seng, depois de a American International Group (AIG) vender a parte final de suas ações na seguradora asiática. As incorporadoras imobiliárias chinesas também apresentaram desempenho ruim em Hong Kong. As informações são da Dow Jones

Termina hoje oferta do fundo imobiliário do Santander


Oferta do fundo havia sido suspensa pela CVM no começo do mês por conta de irregularidades no material publicitário de uma das corretoras

Angelo Pavini - Arena do Pavini
  
São Paulo - Termina hoje o prazo para os investidores reservarem cotas do fundo de investimento imobiliário Santander Agências FII. A oferta do fundo havia sido suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no começo do mês por conta de irregularidades no material publicitário de uma das corretoras. A expectativa era de que a suspensão fizesse a oferta ficar para o ano que vem, mas o banco conseguiu regularizar o processo e retomou a operação no dia 10 de dezembro.
Remuneração de 8,5% ao ano
O fundo tem como ativos os prédios de diversas agências que serão alugados para a própria instituição. A estimativa é que o rendimento do fundo com os aluguéis fique em torno de 8,5% ao ano, mesmo percentual do fundo de agências recentemente lançado pelo Banco do Brasil, e que atraiu mais de 46 mil investidores.
Pulverização e liquidez menores
Mas, diferentemente do fundo do BB, que levantou mais de R$ 1,5 bilhão, o do Santander é bem menor, deve atingir R$ 305 milhões. A aplicação mínima é de R$ 10 mil (para R$ 2 mil do BB) e a liquidação financeira da compra será feita no dia 21 de dezembro. O início da negociação das cotas em bolsa está marcado para 24 de dezembro, véspera de Natal.
Por seu tamanho menor e valor mínimo de aplicação elevado, o fundo do Santander deve atrair menos investidores, o que significa que será uma oferta menos pulverizada que a do BB. Portanto, é provável que sua liquidez em bolsa após a oferta seja bem menor.
Riscos da aplicação
Esse é um dos pontos e um dos riscos que devem ser considerados na hora de aplicar nesse tipo de fundo, que não garante o resgate do valor aplicado. Para obter o valor de volta, é preciso vender a cota para outro investidor em bolsa. Esse é outro fator que influencia a rentabilidade final do investidor, a variação do preço da cota em bolsa.
Mesmo assim, a procura pelo fundo deve ser considerável, uma vez que a remuneração, isenta de imposto de renda para pessoa físicas, é bastante atraente, acima dos 7,25% da taxa básica de juros do mercado, que ainda está sujeita a imposto de renda. Este será o terceiro fundo de agências oferecido ao varejo. O primeiro foi um fundo da Caixa Econômica Federal, de R$ 405 milhões, depois o do BB e agora o Santander.
O risco desse tipo de fundo é o futuro do imóvel caso o banco resolva daqui alguns anos deixar o prédio. A garantia de locação, de até 10 anos em alguns casos, reduz esse risco, mas sempre é bom verificar a qualidade do imóvel, recomendam especialistas. No início deste mês, havia R$ 2 bilhões em fundos imobiliários registrados na CVM aguardando para ir a mercado.
Para comprar as cotas, é preciso ter conta em uma corretora de valores e fazer a reserva hoje.
Para obter mais informações da oferta, basta acessar o site da BM&FBovespa.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Exercício de opções sobre ações movimenta R$5,4 bi


Giro financeiro chegou a 2,6 bilhões de reais

REUTERS Brazil
  
São Paulo - O exercício de contratos de opções sobre ações na Bovespa movimentou 5,37 bilhões de reais nesta segunda-feira, de acordo com operadores de mercado.
O volume financeiro foi superior ao registrado no exercício anterior, de 19 de novembro, que movimentou 2,6 bilhões de reais.
Às 13h43, o Ibovespa tinha alta de 0,46 por cento, a 59.878 pontos.

Juros têm leve queda após declarações de Tombini


Em pronunciamento, o presidente do BC disse que a inflação em 2013 será inferior à de 2012

Márcio Rodrigues - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O mercado de juros começou a semana com leve queda, reagindo a declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ao dizer que a inflação de 2013 será menor do que a deste ano, ele reforçou a percepção de que a Selic deverá continuar estável ao longo do próximo ano e anulou, no comportamento das taxas, a piora registrada pelos índices de inflação conhecidos hoje. O baixo volume de negócios favoreceu a volatilidade das taxas ao longo do dia. Tanto que, durante a tarde, a queda perdeu um pouco de vigor.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o contrato para janeiro de 2014 (74.330 contratos) estava em 7,08%, ante 7,09% do ajuste, enquanto o DI para janeiro de 2015 (42.920 contratos) apontava 7,62%, de 7,63%. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (40.910 contratos) indicava 8,44%, ante 8,45% no ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 (apenas 500 contratos) tinha taxa de 9,14%, de 9,16% na sexta-feira.
Logo cedo, em café da manhã com jornalistas, Tombini afirmou que há uma série de fatores que apontam na mesma direção da visão do BC, de que a inflação será menor em 2013, entre eles a moderação da evolução dos salários e o crescimento do crédito em um ritmo mais modesto. Tombini também disse que a economia brasileira registrou no terceiro trimestre uma retomada mais lenta do que se supunha, mas que o crescimento é firme e está ganhando velocidade.
Enquanto isso, porém, a inflação corrente segue pressionada. O IGP-10 subiu 0,63% em dezembro, após cair 0,28% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado superou o teto do intervalo de estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, ( 0,60%). A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, acelerou para 0,73% na segunda quadrissemana deste mês, de 0,63% no período imediatamente anterior.
Mas o mercado financeiro parece não estar totalmente convencido de que o cenário traçado por Tombini irá se concretizar. No boletim Focus, do Banco Central, a previsão de expansão do PIB caiu de 1,03% para 1,00% neste ano e de 3,50% para 3,40% no próximo ano. Quanto à inflação, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,58% para 5,60% em 2012 e de 5,40% para 5,42% em 2013. A estimativa para a Selic seguiu em 7,25% ao ano até o fim de 2013.
No exterior, as notícias de que os republicanos apresentaram uma nova proposta para redução do déficit dos EUA, que admite aumentos de impostos para os mais ricos, deram força para as bolsas norte-americanas e ofuscaram o dado fraco sobre a atividade manufatureira na região de Nova York. Além disso, a vitória da oposição nas eleições gerais do Japão, que abriu caminho para novas medidas de estímulo à economia, também forneceu certa sustentação para as bolsas, ao mesmo tempo que enfraqueceu o iene.

Bovespa reverte perto do fechamento e tem leve queda


Enquanto as ações da Petrobras passaram por ajuste, as ordinárias da OGX enfrentaram a maior queda do índice

Ana Luísa Westphalen - AGÊNCIA ESTADO
  
Bovespa encerrou o pregão desta segunda-feira praticamente estável, apesar de o pessimismo ter dado uma trégua nos mercados internacionais. Depois de passar a tarde em alta discreta, nos últimos minutos, o principal índice da Bolsa reverteu, com a acentuação da queda das ações da Petrobras e OGX. Em dia de vencimento de opções sobre ações, a Vale foi responsável por segurar o Ibovespa no azul na segunda metade dos negócios.
A Bolsa encerrou em queda de 0,06%, aos 59.566,52 pontos. Sem força, o Ibovespa oscilou entre 59.323 pontos (-0,47%), na mínima, e os 59.914 pontos ( 0,52%), na máxima. O volume financeiro totalizou R$ 11,931 bilhões, dos quais R$ 5,367 bilhões corresponderam ao exercício de opções sobre ações, segundo dados preliminares da BM&FBovespa. No mês, a Bovespa acumula ganho de 3,64%, e, no ano, de 4,96%.
"A nossa Bolsa está bem sem graça mesmo. Enquanto as empresas de óleo e gás e os setores de metalurgia e financeiro não saírem dos atuais patamares, vamos permanecer nesse nível mesmo", afirmou o operador de renda variável da Icap Brasil Rodrigo Falcão. Ele considera que as ações desses setores estão em patamares baratos, mas destaca que, para o investidor estrangeiro, o mercado brasileiro se torna menos interessante devido às recentes manifestações de ingerência política.
As ações da Vale subiram 1,94% as ON (máxima da sessão) e 1,41% as PNA, na esteira da recuperação da economia chinesa e do preço do minério de ferro.
Em contrapartida, os papéis da Petrobras sofreram ajuste após a alta de mais de 3% na sexta-feira, quando subiram amparados por rumores sobre aumento no preço dos combustíveis. Nesta sessão, as ações ON e PN perderam 1,61% e 1,43%, respectivamente. Pesam ainda as notícias sobre perdas milionárias com a refinaria da companhia nos Estados Unidos.
No setor, OGX ON foi a principal queda do Ibovespa, com perda de 5,27%, seguida por JBS ON (-4,03%), Cia. Hering ON (-2,33%), BM&FBovespa ON (-2,25%) e Pão de Açúcar PN (-1,76%).
Os destaques de alta do Ibovespa foram liderados por Embraer ON, que subiu 4,54%. Em seguida, apareceram Cetip ON ( 3,20%), Dasa ON (3,14%), Souza Cruz ON ( 2,29%) e Klabin ( 2,39%).
Em Wall Street, às 17h57 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,44%, o S&P 500 avançava 0,77% e o Nasdaq apresentava alta de 0,81%.