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segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Petrobras levanta o equivalente a US$3,3 bi com bônus

Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares

REUTERS Domestic
  
São Paulo - A Petrobras precificou duas emissões de bônus em euros e uma em libras nesta segunda-feira, levantando o equivalente a cerca de 3,3 bilhões de dólares.
Com as operações, o total captado pela petroleira em bônus no exterior em 2012 supera os 10 bilhões de dólares, depois das três tranches em moeda norte-americana de fevereiro totalizando 7 bilhões de dólares.
Esse valor ainda não é suficiente, porém, para que a estatal cumpra o seu plano de investimentos, segundo um analista de mercado ouvido pela Reuters.
Para cumprir sua meta anual de captações, de 16 bilhões de dólares, a estatal poderá voltar a procurar o mercado de dívida, segundo Lucas Brendler, analista da corretora Geração Futuro.
"A estatal está com menor geração de caixa e o programa de desinvestimentos não está acelerado. Com isso as captações da Petrobras em 2012 e 2013 poderão sofrer descompasso", disse Brendler.
"A companhia já disse ao mercado que a geração de caixa votará a ser positiva apenas em 2016, mas por enquanto as necessidades de investimento são muito altas. Mesmo que a companhia tenha que recorrer ao mercado, as captações de recurso não são olhadas no curto prazo. Estas captações estão dentro do cronograma e das necessidades da empresa".
Emissão - Segundo o IFR, um serviço da Thomson Reuters, a Petrobras precificou nesta segunda uma emissão de 1,3 bilhão de euros em bônus 2019 a 99,398 por cento do valor de face e cupom de 3,25 por cento. O yield foi de mid-swaps mais 212,5 pontos-básicos.
Outra, também na moeda europeia e com vencimento em 2023, com volume de 700 milhões de euros, saiu a 98,154 por cento do valor de face e cupom de 4,25 por cento, com yield de mid-swaps mais 257,5 pontos-básicos.
Por fim, a petroleira precificou uma emissão no total de 450 milhões de libras em bônus 2029 a 97,472 por cento do valor de face, com cupom de 5,375 por cento e yield da Gilts mais 320 pontos-básicos.
A demanda pelas duas tranches em euros teria chegado a 6,5 bilhões de euros, enquanto a pela em libras alcançou 900 milhões de libras, segundo o IFR.
Na semana passada, a Petrobras informou que estava contemplando uma variedade de opções de dívida, a fim de cumprir com seu plano anual de captações de 16 bilhões a 18 bilhões de dólares.

Ibovespa perde força e opera perto da estabilidade

O recuo das ações da Vale e de siderúrgicas pesavam no índice da bolsa brasileira

Danielle Assalve - REUTERS
  
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa perdeu força na tarde desta segunda-feira, voltando a operar perto da estabilidade, ao passo que os mercados externos continuavam a operar em tom de cautela, diante das preocupações com a crise da zona do euro.
Às 15h23, o Ibovespa tinha alta de 0,02 por cento, a 61.334 pontos. O recuo das ações da Vale e de siderúrgicas pesavam no índice, enquanto o avanço da OGX e construtoras exerciam influência positiva.
O giro financeiro do pregão era de 4,07 bilhões de reais.

Light aprova abertura de capital da Light Energia

Empresa tem 5 usinas geradoras, além de uma linha de transmissão

Gustavo Kahil - EXAME.com
 
São Paulo - O Conselho de Administração da Light (LIGT3) aprovou por unanimidade nesta segunda-feira a proposta de abertura de capital da subsidiária Light Energia, mostra um comunicado enviado ao mercado.
A empresa opera 5 usinas geradoras, 2 usinas elevatórias, 2 reservatórios de regularização e 6 reservatórios de pequeno porte. A capacidade instalada é de 853 megawatts. Além disso, a companhia possui uma linha de transmissão de 115 quilômetros.  

Focus sobe estimativas para IGPs em 2012 e 2013

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe em 2012 ficou em 4,37%

Eduardo Cucolo - AGÊNCIA ESTADO
 
Brasília - As projeções para os IGPs em 2012 e 2013 voltaram a subir na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira. A aposta para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) neste ano avançou de 8,51% para 8,70% (13ª elevação seguida). Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, a expectativa subiu de 8,36% para 8,47% (14ª elevação). Quatro semanas atrás, o mercado previa altas de 8,16% para o IGP-DI e de 7,85% para o IGP-M.
Para 2013, a estimativa de alta para o IGP-DI passou de 5,11% para 5,32%. Para o IGP-M, a expectativa subiu de 5,24% para 5,26%. Há quatro semanas, as projeções para os dois índices estavam em 5%.
A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2012 ficou em 4,37%.
Para 2013, a mediana das estimativas para o IPC da Fipe passou de 4,83% para 4,80%. Há quatro semanas, estava em 4,71%. Economistas reduziram ainda a estimativa para o aumento do conjunto dos preços administrados - as tarifas públicas - para 2012 de 3,5% para 3,4%. Para 2013, a projeção caiu de 4,2% para 4%. Há quatro semanas, as projeções eram de, respectivamente, 3,5% e 4,3%.
Câmbio
As projeções para a taxa de câmbio no final de 2012 e de 2013 se mantiveram em R$ 2,00 pela sétima semana seguida. Para o fim de setembro, a previsão ficou em R$ 2,02. Para o fechamento de outubro, foi mantida em R$ 2,01. Na mesma pesquisa, o mercado financeiro elevou a previsão de taxa média de câmbio de R$ 1,94 para R$ 1,95 em 2012.
Para 2013, a projeção foi mantida em R$ 2,00. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,94 em 2012 e em R$ 1,99 no próximo ano. A mediana das projeções para o câmbio dos analistas do Top 5 médio prazo ficou em R$ 2,05 para o fim de 2012. Para o fechamento de 2013, se manteve em R$ 2,10.
Conta corrente
O mercado financeiro reduziu a previsão de déficit em transações correntes neste ano. Segunda a pesquisa desta segunda-feira, a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente em 2012 caiu de US$ 58,22 bilhões para US$ 57,75 bilhões. Há um mês, estava em US$ 58,71 bilhões. Para 2013, a previsão de déficit nas contas externas se manteve em US$ 70 bilhões pela oitava semana.
Na mesma pesquisa, economistas alteraram a estimativa de superávit comercial em 2012 de US$ 18 bilhões para US$ 18,04 bilhões. Para 2013, a projeção subiu de US$ 14,40 bilhões para US$ 14,48 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 15 bilhões.
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 56 bilhões em 2012. Para 2013, a expectativa de ingresso de IED passou de US$ 58 bilhões para US$ 59,02 bilhões. Há um mês, analistas esperavam entrada de US$ 55 bilhões em 2012 e US$ 59 bilhões em 2013.

BlackRock revela as principais apostas no Brasil

Sete dos dez investimentos do maior fundo do mundo na AL estão aqui

Gustavo Kahil - EXAME.com
 
São Paulo - Sob a premissa de que a Europa resolverá os seus problemas e a liquidez deixará de ficar empoçada e virá ao mercado, a BlackRock acredita que as ações na América Latina irão se comportar de uma maneira parecida a que agiram em 2009. Naquele ano, os índices na região dispararam após atingirem mínimas nos meses mais difíceis da crise financeira internacional em 2008. O Ibovespa, por exemplo, disparou 82% depois de uma queda de 41%.
Para Will Landers, gestor do fundo para AL da empresa, as razões para o desempenho acima da média em 2009 continuam aparentes em 2012. "A América Latina não enfrenta os problemas de liquidez, rating ou dívida que têm pesado sobre os mercados desenvolvidos. Economias domésticas fortes, sistemas bancários bem capitalizados e mercados de ações com preços atrativos devem fazer com que a região tenha uma das melhores performances assim que os mercados se estabilizem e retornem aos fundamentos", afirma Landers em um relatório.
Em sua análise mensal, o administrador reitera os recentes esforços do governo brasileiro em reduzir o custo de se fazer negócios no Brasil ao reduzir o juro básico e os impostos para vários setores. Assim como o consenso do mercado, que espera uma aceleração do crescimento do PIB de próximo a 1,5% neste ano para 4% em 2013, Landers estima uma economia mais forte já no segundo semestre.
Apostas
O gestor ressalta que, ao contrário do senso comum, o crescimento da região está bastante ligado ao consumo doméstico e não exclusivamente ao desempenho das commodities. "Mais do que 70% dos nossos investimentos estão em empresas cujos negócios estão focados nas economias domésticas da região", destaca. Além disso, ele lembra que os efeitos dos estímulos no Brasil, principalmente dos cortes na Selic, ainda estão começando a serem sentidos.
Top 10 na ALPosição
America Movil8,91%
Petrobras8,32%
Vale7%
Bradesco5,92%
Itaú5,02%
Femsa4,89%
Televisa3,88%
CCR3,86%
Ambev3,69%
Natura2,55%
O país é a principal aposta na região e a maior expectativa é pela recuperação econômica do segundo semestre adiante. Para Landers, a direção de curto prazo para os mercados será inevitavelmente guiada pelos eventos da crise na zona do euro e, com menor importância, a China. Ainda assim, Landers reforça que os fundamentos específicos da região serão os motivadores de um momento positivo para o mercado.

Bolsas da Ásia iniciam semana sem sinal definido

As bolsas chinesas foram estimuladas pela presença de investidores em busca de ofertas de ocasião em ações cíclicas

AGÊNCIA ESTADO
 
Tóquio - Assim como na sexta-feira, os mercados asiáticos fecharam com resultados distintos nesta segunda-feira.
A Bolsa de Hong Kong teve ligeira queda, à medida que os investidores realizaram lucros. O Hang Seng caiu 0,2% e terminou aos 20.694,70 pontos. O setor imobiliário, contudo, contrariou a tendência e seguiu no campo positivo por causa da alta nos preços dos imóveis.
Na China, as Bolsas fecharam em alta, estimuladas pela presença de investidores em busca de ofertas de ocasião em ações cíclicas, após o recente pessimismo sobre a economia doméstica. O Xangai Composto ganhou 0,3% e encerrou aos 2.033,19 pontos. O Shenzhen Composto subiu 0,8%, aos 840,59 pontos.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta, acompanhando as compras de fundos estrangeiros devido à expansão dos bancos centrais globais, que compensaram a liquidação dos papéis. O índice Taiwan Weighted subiu 0,18%, aos 7.768,30 pontos.
Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em ligeira alta, com o índice Kospi avançando 0,05%, aos 2.003,44 pontos, apesar de o mercado se preocupar com a crise na zona do euro e com a fraca recuperação dos EUA.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em baixa com as ações de recursos conduzindo à retração no mercado depois que Wall Street continuou a perder, mesmo com o estímulo anunciado recentemente. O índice S&P/ASX 200 caiu 0,52%, aos 4.385,47 pontos.
Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, teve a participação dos caçadores de barganhas. O índice PSEi subiu 0,6%, aos 5.325,60 pontos, com moderado volume de negociações. As informações são da Dow Jones.

Petróleo está em baixa com preocupações sobre demanda

Queda levanta receios sobre a demanda pela commodity, afetando o câmbio

Danielle Chaves - AGÊNCIA ESTADO
Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, pressionados por um indicador fraco sobre a economia da Alemanha e por novas preocupações com a desaceleração do crescimento da China, o que levanta receios sobre a demanda pela commodity. O euro em queda também contribui para o recuo do valor dos contratos.
O instituto IFO informou que o índice de confiança das empresas da Alemanha caiu pelo quinto mês seguido em setembro, contrariando estimativas de que ficaria inalterado em relação a agosto. O dado provocou queda do euro diante do dólar e, como os contratos são denominados em dólares, a valorização da moeda os tornou mais caros para portadores de outras divisas.
Também colaboram para o tom negativo do mercado nesta segunda-feira as preocupações com a Espanha e a Grécia, que ajudam a enfraquecer o euro. O declínio de hoje estende as perdas registradas no mercado de petróleo na semana passada, quando o brent recuou 4,5% e o WTI perdeu 6,2%, as maiores quedas semanais nos dois contratos desde junho.
Daqui para a frente os fundamentos deverão ser mais observados pelos participantes do mercado, já que acabaram as dúvidas sobre novas medidas de estímulo econômico pelos principais bancos centrais do mundo, segundo Andrey Kryuchenkov, analista do VTB Capital.
Mas, apesar das medidas de estímulo anunciadas recentemente, foram mal recebidos os comentários feitos no fim de semana por um consultor do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país), que disse que não há sinais de uma recuperação na economia chinesa. O crescimento da China está perdendo força e cerca de 50% do aumento da demanda mundial por petróleo é gerado naquele país, de acordo com analistas da PVM.
Às 7h16 (de Brasília), o petróleo para novembro negociado na Nymex caía 1,49%, para US$ 91,51 por barril, enquanto o brent para novembro recuava 1,47% na ICE, para US$ 109,78 por barril. As informações são da Dow Jones.

Petrobras emitirá 3 tranches de bônus em euros e libras

Emissão será divida em três partes, segundo um dos bancos que coordenam a operação

Danielle Chaves - AGÊNCIA ESTADO
 
Londres - A Petrobras planeja emitir bônus denominados em euros e libras, divididos em três partes, segundo um dos bancos que coordenam a operação.
As três tranches são constituídas de bônus de seis anos e meio em euros, com orientação para o preço na área de 225 pontos-base sobre as midswaps (referência para emissões em euros); bônus de 11 anos denominado em euros com orientação para o preço em 270 pontos-base sobre as midswaps; e bônus de 17 anos denominado em libras com orientação para o preço entre 320 e 330 pontos-base sobre os gilts (referência para emissões em libras).
Banco do Brasil Securities, Citigroup, Deutsche Bank, HSBC, JPMorgan e Santander são os principais coordenadores da operação. A Petrobras tem rating A3 pela Moody's e BBB pela Standard & Poor's e a Fitch. As informações são da Dow Jones.

Ações europeias caem com pessimismo sobre crescimento

Papéis cíclicos lideram o movimento de vendas do índice das principais ações europeias, o FTSEurofirst 300

Francesco Canepa e Blaise Robinson - REUTERS
 
Londres/Paris - As ações europeias caíam nesta segunda-feira, com investidores voltando os holofotes para as fracas perspectivas econômicas e a crise da dívida não resolvida da Espanha, ao passo que diminuía a euforia com os esforços de estímulo monetário.
Ações cíclicas lideravam o movimento de vendas do índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300, que às 7h48 (horário de Brasília) perdia 0,63 por cento, para 1.112 pontos, devolvendo boa parte dos ganhos da sessão anterior devido a especulações de que a Espanha estava mais próxima de pedir apoio financeiro internacional.
O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, afirmou no sábado que o país não se apressará para buscar um resgate que muitos investidores consideram inevitável.
Os bancos da zona do euro cediam 1,73 por cento, com destaque para as perdas dos espanhóis Bankia e Banco De Sabadell.
Num sinal da relutância do investidor para somar mais ganhos ao recente rali impulsionado por intervenções de bancos centrais, o índice FTSEurofirst 300 ficou aquém das máximas de 14 meses na sexta-feira, e diminuiu os ganhos no final da sessão para fechar estável na semana, que foi marcada por dados fracos na Europa e na China.
O índice, no entanto, continua distante de quebrar a máxima de julho de 2011 de 1.130 pontos.
"(O mercado deve continuar de lado) até que tenhamos mais informações sobre a questão espanhola", afirmou o estrategista do ETX Capital Ishaq Siddiqi, citando as reformas estruturais esperadas por Madri na quinta-feira.

Esteves e Agnelli apostam que os grãos vão superar os metais

B&A, empresa do bilionário e do ex-presidente da Vale, está investindo em fertilizantes em uma aposta de que milho e soja vão superar o desempenho dos metais

Juan Pablo Spinetto - Bloomberg
 
Rio de Janeiro - A B&A Mineração SA, associação entre o bilionário André Esteves e o ex-presidente da Vale SA, Roger Agnelli, está investindo em fertilizantes em uma aposta de que milho e soja vão superar o desempenho dos metais.
A B&A Mineração tem evitado os depósitos de minério de ferro que fizeram da Vale a terceira companhia mais valiosa do Brasil. Em vez disso, ela tem comprado participações em empresas de nutrientes para grãos. A MBAC Fertilizer Corp. teve seu maior ganho diário em um ano depois que a B&A Mineração anunciou em 13 de setembro ter investido o equivalente a US$ 38 milhões para se tornar a maior acionista da companhia.
O empreendimento de Agnelli e Esteves vai disputar com grandes mineradoras, como Vale e Anglo American Plc, que estão investindo US$ 18,9 bilhões em projetos na área de fertilizantes nos próximos cinco anos. Enquanto o recuo no crescimento econômico e na atividade industrial da China, maior parceiro comercial do Brasil, levaram os preços dos metais para baixo, a expectativa é que a demanda por fertilizantes continue crescendo com o aumento das safras de soja e milho na América Latina.
A indústria de fertilizantes "não está tão contaminada pela crise global e pelo lento crescimento que o Brasil tem experimentado", disse o presidente da MBAC, Roberto Busato Belger, em entrevista por telefone de Arraias, no Tocantins. "Este setor tem alguns fundamentos que ainda estão no lugar. É um setor que atende a questão da segurança dos alimentos, o que tem uma racionalidade totalmente diferente."

10 notícias para lidar com os mercados nesta segunda-feira

Mercado eleva a projeção para Selic para 7,50%; Eike quer fundir OSX com Sete Brasil, diz jornal

 
São Paulo - Aqui está o que você precisa saber. 
1- Mercado eleva projeção para Selic neste ano a 7,50%. O mercado elevou a projeção para a Selic neste ano para 7,50 por cento, ante 7,25 por cento anteriormente, ao mesmo tempo em que ampliou a perspectiva para a inflação a 5,35 por cento ante 5,26 por cento, mostrou a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.
2- BlackRock revela as principais apostas no Brasil. Sob a premissa de que a Europa resolverá os seus problemas e a liquidez deixará de ficar empoçada e virá ao mercado, aBlackRock acredita que as ações na América Latina irão se comportar de uma maneira parecida a que agiram em 2009. Naquele ano, os índices na região dispararam após atingirem mínimas nos meses mais difíceis da crise financeira internacional em 2008. Para Will Landers, gestor do fundo para AL da empresa, as razões para o desempenho acima da média em 2009 continuam aparentes em 2012. O gestor ressalta que, ao contrário do senso comum, o crescimento da região está bastante ligado ao consumo doméstico e não exclusivamente ao desempenho das commodities. 
3- Petrobras emitirá 3 tranches de bônus em euros e libras. A Petrobras planeja emitir bônus denominados em euros e libras, divididos em três partes, segundo um dos bancos que coordenam a operação. As três tranches são constituídas de bônus de seis anos e meio em euros, com orientação para o preço na área de 225 pontos-base sobre as midswaps (referência para emissões em euros); bônus de 11 anos denominado em euros com orientação para o preço em 270 pontos-base sobre as midswaps; e bônus de 17 anos denominado em libras com orientação para o preço entre 320 e 330 pontos-base sobre os gilts (referência para emissões em libras).
4- Eike quer fundir OSX com Sete Brasil, diz jornal. O empresário Eike Batista quer fundir as operações da sua empresa de estaleiros, a OSX, com a Sete Brasil. A informação é do Valor Econômico. Procurada por EXAME.com, a OSX ainda não se pronunciou. Segundo o jornal, a negociação ainda está em fase inicial e ainda não foi levada ao conselho da Sete Brasil. 
5- Esteves e Agnelli apostam que os grãos vão superar os metais. A B&A Mineração SA, associação entre o bilionário André Esteves e o ex-presidente da Vale SA, Roger Agnelli,está investindo em fertilizantes em uma aposta de que milho e soja vão superar o desempenho dos metais. A B&A Mineração tem evitado os depósitos de minério de ferro que fizeram da Vale a terceira companhia mais valiosa do Brasil. Em vez disso, ela tem comprado participações em empresas de nutrientes para grãos. A MBAC Fertilizer Corp. teve seu maior ganho diário em um ano depois que a B&A Mineração anunciou em 13 de setembro ter investido o equivalente a US$ 38 milhões para se tornar a maior acionista da companhia. 
6- Bolsas da Ásia iniciam semana sem sinal definido. Assim como na sexta-feira, os mercados asiáticos fecharam com resultados distintos nesta segunda-feira. A Bolsa de Hong Kong teve ligeira queda, à medida que os investidores realizaram lucros. Na China, as Bolsas fecharam em alta, estimuladas pela presença de investidores em busca de ofertas de ocasião em ações cíclicas, após o recente pessimismo sobre a economia doméstica.
7- Economia alemã deve crescer moderadamente, diz BC. A Alemanha deverá continuarcrescendo moderadamente, afirmou nesta segunda-feira o Deutsche Bundesbank, o banco central do país, indicando que a maior economia da Europa ainda resiste à tendência recessiva verificada em boa parte da zona do euro como resultado dos cortes orçamentários causados pela crise fiscal enfrentada pela região há quase três anos.
8- Déficit da Grécia chega a cerca de € 20 bi, diz revista. A revista alemã Der Spiegel voltou a informar que o rombo nas finanças públicas da Grécia pode ser maior do que o anteriormente previsto. Em reportagem publicada neste domingo, a Der Spiegel diz que a Grécia enfrenta um déficit de cerca de 20 bilhões de euros no seu orçamento, quase o dobro da estimativa anterior, citando resultados preliminares da chamada Troica, formada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Anteriormente o déficit havia sido previsto pelo governo grego em não mais do que 11 bilhões de euros.
9- BCE: Espanha deve avançar nas reformas para ter ajuda. A Espanha precisa sanear seu setor bancário antes de contar com a ajuda do Banco Central Europeu, afirmou neste sábado o membro da executiva do BC europeu, Joerg Asmussen. "Ainda estamos esperando por uma avaliação do que é preciso ser feito", afirmou Asmussen. "A bola está com a Espanha."
10- Ações europeias caem com pessimismo sobre crescimento. As ações europeias caíam nesta segunda-feira, com investidores voltando os holofotes para as fracas perspectivas econômicas e a crise da dívida não resolvida da Espanha, ao passo que diminuía a euforia com os esforços de estímulo monetário.
Com Agência Estado, Bloomberg, Reuters.

Dólar abre em alta, mas oscila em margens estreitas

O mercado doméstico deve seguir "travado", com a moeda americana encontrando pouco espaço para oscilar ante o real

 
São Paulo - Apesar da ausência de declarações de autoridades do governo sobre o câmbio e de intervenções do Banco Central por quatro dias seguidos, o mercado doméstico deve seguir "travado", com o dólar encontrando pouco espaço para oscilar ante o real. Porém, o sinal negativo que prevalece nos mercados internacionais, içando a moeda norte-americana ante as principais rivais estrangeiras, deve permitir um dia de alta nos negócios locais em meio à agenda econômica mais fraca ao redor do mundo.
Por volta das 9h30, no mercado de balcão, o dólar à vista abria em alta de 0,10%, a R$ 2,026. Instantes após, cravou a máxima, a R$ 2,028 ( 0,20%). No mesmo horário, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para outubro subia 0,15%, a R$ 2,029, depois de abrir em alta de 0,17%, a R$ 2,0295. Já no exterior, por volta das 9h, o dólar norte-americano tinha alta de 0,52% ante o dólar australiano; avançava 0,44% ante o dólar canadense; crescia 0,22% ante a rupia indiana e ganhava 0,41% ante a lira turca.
Para um operador de câmbio de uma corretora internacional, as perdas exibidas pelos mercados no exterior podem ajudar o dólar a subir ante o real. "Até porque, para cima, o Banco Central e o Mantega deixam", avalia, referindo-se às sucessivas intervenções da autoridade monetária até o início da semana passada e ao discurso incisivo e ameaçador do ministro da Fazenda para refrear a valorização do real.
Segundo ele, a lateralidade do dólar ante o real, que preponderou na semana passada, não deve seguir em voga nesta segunda-feira. "Hoje o mercado não está com essa cara", diz. Isso porque permanece a apreensão dos investidores com Espanha e Grécia. Enquanto o primeiro país segue relutante em pedir formalmente um resgate financeiro, o segundo se prepara para apresentar um plano multibilionário de cortes orçamentários.
Ainda por volta das 9h, o euro valia US$ 1,2920, de US$ 1,2978 ao final da semana passada. A Bolsa de Madri liderava as perdas na região, com -1,57%. Em Nova York, o futuro do S&P 500 caía 0,39%, à espera de dados regionais de atividade em Chicago e em Dallas, que saem logo mais, e antes de indicadores de peso, como a leitura revisado do PIB dos EUA, na quinta-feira.
Porém, a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, afirma, em relatório, que, embora os sinais no exterior continuem relevantes para a dinâmica dos mercados, "no Brasil, cada vez mais, as variáveis estão sendo afetadas por declarações e medidas do governo".
"O câmbio segue cada vez mais travado em patamar próximo de R$ 2,00 por dólar, sendo que a Fazenda tem se mostrado enfática ao dizer que não permitirá a valorização do real", avalia, acrescentando que isso provoca o descolamento da taxa em relação aos fundamentos macroeconômicos. "Neste momento, esses fundamentos apontariam para um real mais forte", completa.