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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Itaú vê salto de 21% no preço de ação da ALL em 2013


Os analistas esperam um desempenho em linha com a média do mercado para as ações da companhia

Eduardo Tavares - Arena do Pavini
  
São Paulo - A corretora do Itaú Unibanco reiniciou a cobertura da empresa de logística ALL. Em relatório enviado a clientes, os analistas Antonio Barreto e Giovana Araújo recomendaram a compra do papel e afirmam que o preço das ações deve subir 21% até o fim do ano que vem.
Os analistas esperam um desempenho em linha com a média do mercado para as ações da companhia, e manifestam otimismo com o atual plano de negócios e investimentos da ALL.
Segundo o relatório, a empresa tem "forte potencial" para desenvolver um modelo "com uma quantidade menor de ativos, focando na solução dos gargalos e na geração de um fluxo de caixa positivo".
Nos últimos cinco anos, segundo os analistas, a ALL mudou o foco para grandes projetos, mas, o objetivo de resolver os problemas parece ter voltado a ser prioridade. "Recebemos bem a estratégia, e acreditamos que esta é essencial para aumentar a produtividade e diluir os custos fixos." Com essa estratégia de solucionar gargalos em sua rede de ferrovias, a empresa conseguirá, na opinião do Itaú, aumentar seus volumes transportados. "Acreditamos que a ALL pode aumentar o seu volume sem ampliar a rede, elevando assim a produtividade."
As oportunidades, de acordo com os analistas, não se restringem à malha da ALL. A empresa também pode aproveitar os ramais ferroviários recém-construídos pela Valec, uma operadora de poucos ativos, e em linha com o novo marco regulatório. "Em nossa opinião, a ALL é provavelmente a companhia com o maior número de vantagens competitivas para capturar oportunidades", diz o relatório.

Juros fecham estáveis em dia de baixa liquidez


Ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2013 projetava taxa de 7,116%, de 7,12% no ajuste

Márcio Rodrigues - AGÊNCIA ESTADO
  
Em um dia de liquidez reduzida devido ao feriado do Dia do Veterano nos EUA, que interrompeu o funcionamento do mercado de bônus no país, dois dados acabaram se anulando e resultaram em certa estabilidade das taxas futuras de juros. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, as instituições financeiras passaram a projetar estabilidade da Selic em 7,25% ao longo de todo o ano de 2013, o que deveria puxar os juros um pouco para baixo. Por outro lado, o forte crescimento das vendas de papelão ondulado em outubro sinalizam uma retomada gradual da atividade, o que poderia pressionar as taxas. No exterior, as discussões sobre a Grécia dominou as atenções, mas não teve grande efeito sobre o mercado de juros.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2013 (3.370 contratos) projetava taxa de 7,116%, de 7,12% no ajuste. O DI para janeiro de 2014 (35.395 contratos) marcava máxima de 7,36%, de 7,35% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 estava em 7,93%, de 7,89% no ajuste. Na parte longa da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (37.835 contratos) indicava 8,67%, de 8,66%, e o DI para janeiro de 2021 (1.005 contratos) projetava máxima de 9,31%, de 9,30% no ajuste.
Logo cedo o BC informou que os agentes consultados para a elaboração da Focus reviram em baixa suas projeções para a Selic em 2013, de 7,63% para 7,25% ao ano. Essa foi a mudança mais relevante, uma vez que as perspectivas para o IPCA em 2012 subiram pouco, de 5,44% para 5,46%, e ficaram inalteradas em 5,40% para 2013.
E no âmbito da inflação corrente, o Índice de Preços aos Consumidor (IPC), que mede a evolução dos preços na cidade de São Paulo, desacelerou a alta de 0,80% no fechamento de outubro para 0,75% na primeira quadrissemana de novembro, em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções.
Por outro lado, um importante indicador antecedente mostrou que a atividade pode ter voltado a se recuperar em outubro. Segundo dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), as vendas do insumo no mês passado cresceram 8,06% em relação a outubro do ano passado e de 8,37% ante setembro deste ano. Na semana passada, o índice ABCR mostrou que a circulação de veículos pesados pelas estradas pedagiadas cresceu 1,4% na comparação de outubro com setembro.
Também nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a decisão de tomar medidas anticíclicas não compromete a política fiscal do governo. "Não significa abandonar a solidez fiscal. (Ela) está mantida", disse, durante entrega do Prêmio Naval de Qualidade e Sustentabilidade 2012, organizado pelo Sindicato da Indústria Naval (Sinaval). O ministro destacou que o governo prevê crescimento do PIB acima de 4% no ano que vem.
No exterior, devido ao feriado nos EUA, as atenções voltaram-se para a Europa. O Parlamento da Grécia aprovou nesta segunda-feira o orçamento para 2013, medida necessária para desbloquear a liberação da próxima tranche do segundo pacote de resgate destinado ao país. Mas diversos ministros de Finanças da zona do euro, reunidos no chamado Eurogrupo, afirmaram que uma decisão não deve ser atingida hoje e que provavelmente será preciso realizar outra reunião esta semana.