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segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Bovespa segue exterior e tem terceira queda consecutiva

Hoje, o Bradesco deu início à divulgação de resultados do terceiro trimestre para o setor bancário, afetando a bolsa brasileira

Alessandra Taraborelli - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O cenário internacional ditou o ritmo dos negócios nesta segunda-feira e levou aBovespa a encerrar em queda pela terceira sessão seguida. A ausência de indicadores importantes nos Estados Unidos e na Europa deixou os mercados sem direção. Com isso, os balanços corporativos norte-americanos, embora tenham vindo em linha com as expectativas, foram considerados fracos. Além disso, a situação da Espanha e da Grécia seguem no foco das preocupações.
O Ibovespa encerrou com declínio de 0,38%, aos 58.700,30 pontos. Na mínima, o índice atingiu 58.541 pontos (-0,65%) e, na máxima, 59.205 pontos ( 0,48%). No mês, a Bolsa acumula queda de 0,80% e, no ano, a alta foi reduzida para 3,43%. O giro financeiro ficou em R$ 5,270 bilhões, o mais fraco do mês, o que já pode ser reflexo do novo horário de verão.
Alguns profissionais de renda variável consultados pela Agência Estado estimam que a Bolsa não deve ter força para sair do atual patamar tão cedo. "O investidor vai ficar olhando para o cenário corporativo. Não vai sair disso enquanto houver ingerência política", avaliou um experiente profissional.
Nesta segunda-feira o Bradesco deu início à divulgação de resultados do terceiro trimestre para o setor bancário. Na terça-feira é a vez do Itaú Unibanco apresentar seu balanço e, na quinta-feira, será o Santander. O Bradesco reportou lucro líquido ajustado de R$ 2,893 bilhões no terceiro trimestre de 2012, cerca de 1% superior ao verificado em igual período de 2011.
As ações PN do Bradesco terminaram o dia com queda de 1,85%, Itaú Unibanco PN perdeu 0,51% e as units do Santander recuaram 1,79%. Banco do Brasil ON foi a exceção do setor e fechou estável.
Ainda do lado financeiro, a Cielo registrou a queda mais expressiva do Ibovespa, de 4,88%. Segundo matéria publicada no 'Estado', depois da pressão do governo para redução de juros e tarifas bancárias, a equipe econômica tem olhado com lupa para esse mercado que cobra, em média, 4% do valor de cada operação nos cartões de crédito, e de 6% nos vales refeições. O governo federal considera essas taxas "muito elevadas".
Entre as blue chips, Vale e Petrobras terminaram o dia em direções distintas. As ações da petroleira acompanharam o preço do petróleo no mercado internacional e recuaram 0,35% a ON e -0,90% a PN. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em dezembro terminou o dia com declínio de 1,97%, a US$ 88,65 o barril.
Já o papel ON da mineradora ficou estável, enquanto o PNA caiu 0,37%. Os contratos futuros de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) fecharam em queda.
Usiminas PNA e ON lideram as alta do Ibovespa, com ganho de 2,80% e 2,74%, respectivamente.
Em Nova York, às 17h17, o índice Dow Jones operava em queda de 0,55%, o S&P 500 caía 0,50% e o Nasdaq, estável.

sábado, 20 de outubro de 2012


Minerva fará oferta primária e secundária de ações

A companhia pretende vender inicialmente 37,5 milhões de papéis na oferta primária

REUTERS Business
  
Rio de Janeiro  - A Minerva, terceira maior processadora de carne bovina do Brasil, protocolou pedido de análise prévia do registro de oferta primária e secundária de ações, informou a empresa nesta sexta-feira em fato relevante.
A companhia pretende vender inicialmente 37,5 milhões de papéis na oferta primária. A preços de mercado, a Minerva reforçaria seu caixa em cerca de 442,1 milhões de reais com a operação, segundo cálculos da Reuters.
O coordenador-líder da emissão é o BTG Pactual.

Horário de verão não altera pregão na Bovespa e no câmbio

As negociação com ações continuarão com pregão regular, em sessão contínua das 10 às 17 horas

REUTERS Brazil
  
São Paulo - Os horários de funcionamento da BM&FBovespa não mudarão a partir da semana que vem, com a entrada em vigor o horário de verão na virada deste sábado para domingo.
As negociação com ações continuarão com pregão regular, em sessão contínua das 10 às 17 horas. No entanto, a bolsa poderá reavaliar a decisão e não descarta alterar o horário de negociações caso julgue necessário, informou a assessoria de imprensa.
No mercado de juros futuros, os horários também não mudam, com negociação das 9 às 16 horas, call às 16h10 e negociação estendida das 16h50 às 18 horas.
Não há alterações também no mercado de câmbio à vista, com negociação das 9 horas às 17 horas, segundo informou o Banco Central, e no mercado de dólar à vista da BM&F, com negociação das 9 horas às 16h15. O contrato de dólar futuro continua com negociação das 9 horas às 18 horas.
O horário de verão vai até o dia 17 de fevereiro, primeiro fim de semana depois do Carnaval. (Por Danielle Assalve e Danielle Fonseca; Edição de Patrícia Duarte)

Grécia redobra esforço para atingir garantir empréstimo

"Completamos 90% dos esforços para que o pagamento do empréstimo seja feito, agora precisamos dar as respostas aos assuntos pendentes", disse o ministro de Finanças

Patrícia Braga - AGÊNCIA ESTADO
  
Atenas - A Grécia redobrou seus esforços para atingir o acordo com seus credores e garantir o empréstimo necessário, afirmou o ministro de Finanças do país, Yannis Stournaras, em entrevista publicada hoje no diário financeiro Imerissia.
"Completamos 90% dos esforços para que o pagamento do empréstimo seja feito, agora precisamos dar as respostas aos assuntos pendentes", afirmou Stournaras. "Todo o esforço nacional estaria perdido se não formos bem-sucedidos", disse o ministro grego.
Stournaras negocia as medidas de austeridades para 2013 e 2014 com a Troica - grupo de supervisores formado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - desde o começo de julho.
A Troica estabeleceu essas medidas, estimadas em redução de 13,5 bilhões de euros, nove bilhões deles para 2013, como condição para a liberação de 31,2 bilhões de euros em empréstimos.
Essa soma faz parte do total de 140 bilhões de dólares prometidos em fevereiro, mas suspensos desde a recente crise política. As informações são da Dow Jones.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


Exterior piora e Bovespa volta a perder os 60 mil pontos

Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com declínio de 0,59%, aos 59.733,90 pontos

AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - Os 60 mil pontos duraram pouco tempo e a Bovespa perdeu esse patamar logo no início da sessão desta quinta-feira mantendo-se em terreno negativo durante todo o pregão. Mais uma vez, os fatores externos foram usados como motivo para justificar o movimento de queda. Embora a China e os Estados Unidos tenham divulgados dados considerados bons, a expectativa com a cúpula da União Europeia, no fim de semana, e alguns balanços corporativos decepcionantes no exterior, levaram as bolsas de Nova York a terminarem o dia no vermelho.
Internamente, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), consolidando que o processo de queda da taxa básica, a Selic, terminou, contribuiu para derrubar as ações do setor de construção. As blue chips - Vale e Petrobras - também amargaram perdas.
Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com declínio de 0,59%, aos 59.733,90 pontos. Os ganhos acumulados no mês e no ano foram reduzidos para 0,94% e 5,25%, respectivamente. Na mínima, o índice atingiu 59.322 pontos (-1,27%) e, na máxima, ficou estável, em 60.087 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 7,090 bilhões.
Para o operador institucional da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, não há motivos para a Bolsa se manter nos 60 mil pontos e nem para subir. "As economias chinesas, europeia e dos Estados Unidos continuam fracas e, aqui no Brasil, o governo interfere em todos os setores. Tem motivo para a Bolsa subir?", questionou o profissional, lembrando que a última vez que a Bolsa deu uma arrancada foi quando ocorreu o anúncio do terceiro afrouxamento quantitativo (QE3) nos EUA. "O QE3 melhorou por um tempo, mas não teve mais nada depois disso", ponderou.
As ações da Vale reduziram as perdas ao longo da tarde, depois de caírem mais de 1% durante a manhã. O papel ON terminou com declínio de 0,48% e o PNA, -0,50%. Na quarta-feira a empresa informou que o balanço da produção no terceiro trimestre ficou praticamente em linha com o esperado pelo mercado. O preço do minério de ferro, no entanto, continua sendo o principal ponto de preocupação dos investidores, já que a queda da commodity deve impactar negativamente no balanço da mineradora referente ao terceiro trimestre, que será divulgado na próxima semana.
Os papéis da Petrobras terminaram o dia em direções distintas. O papel ON subiu 0,21% e o PN caiu 0,53%. Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento em novembro encerrou com recuo de 0,02%, a US$ 92,10 o barril.
A maioria das empresas do setor de construção terminou o dia em queda, refletindo a sinalização do Banco Central de que a Selic seguirá em 7,25% ao ano por um longo período. O setor é altamente dependente de crédito. O papel ON da MRV caiu 3,17%, Rossi Residencial ON (-1,60%) e Tecnisa ON (-0,81).
Já os bancos, que geralmente sobem quando não há queda de juro, mudaram de direção e também recuaram. A exceção ficou por conta do Bradesco ( 0,75%), que divulga balanço do terceiro trimestre nos próximos dias. O mercado está otimista de que o resultado será melhor do que o verificado no trimestre anterior. Itaú Unibanco PN caiu 0,27%, BB ON (-0,61%) e units do Santander (-0,67%)
As ações ON da B2W caíram 8,54% e lideram as perdas do Ibovespa, refletindo notícias veiculadas na imprensa internacional, de que a Amazon.com estaria em conversações para comprar a Saraiva SA Livreiros Editores. Saraiva PN perdeu 0,36%.
Já o lado positivo do índice foi liderado por JBS ON ( 3,59%). Os papéis subiram influenciados pelo balanço da Minerva, que apresentou expansão de 33% no lucro líquido no terceiro trimestre ante o mesmo intervalo do ano passado, para R$ 20,6 milhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 0,06%, o S&P 500 recuou 0,24% e o Nasdaq, -1,01%.

Petróleo cai com dúvidas sobre oferta e demanda

O petróleo para entrega em novembro fechou em queda de US$ 0,02, a US$ 92,10 o barril

Priscila Arone - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - Os contratos futuros de petróleo registraram queda nesta quinta-feira na New York Mercantile Exchange (Nymex). Os traders passaram mais uma sessão tentando avaliar o peso do aumento do fornecimento da commodity em meio aos temores sobre a queda do crescimento da demanda.
O petróleo para entrega em novembro fechou em queda de US$ 0,02 (0,02%), a US$ 92,10 o barril. Já na plataforma eletrônica ICE, o Brent para dezembro caiu US$ 0,80 (0,71%), para US$ 112,42 por barril.
Nesta quinta-feira, os preços do petróleo começaram a sessão em queda, após a divulgação do relatório do Departamento do Trabalho mostrar uma aumento maior do que o esperado no número de pedidos de auxílio-desemprego, provocando novos temores sobre a recuperação da economia dos EUA.
Mas as perdas foram recuperadas depois de a TransCanada ter informado que seu oleoduto Keystone, que transporta petróleo do oeste do Canadá para os EUA, ficará fechado por três dias em razão de um problema encontrado num trecho que corta o Missouri.
Também nesta quinta-feira o Goldman Sachs reduziu sua perspectiva de preço para o Brent em 2013 para US$ 110,00 o barril, ante US$ 130,00, indicando que a produção nos EUA e em outras regiões tem ajudado a equilibrar o mercado.
Mas o banco advertiu que o preço que os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) exigem para equilibrar seus orçamentos vai subir para US$ 100,00 o barril até 2015, o que pode fazer que a Opep torne-se "mais agressiva na tentativa de defender um preço relativamente alto", afirmaram analistas do Goldman Sacks em relatório. As informações são da Dow Jones.

Fitch: Rio de Janeiro tem administração voltada ao mercado

Agência de classificação de risco afirmou a nota BBB da capital fluminense

Gustavo Kahil - EXAME.com
  
São Paulo - A cidade do Rio de Janeiro tem uma administração voltada ao mercado, avalia a agência de classificação de risco Fitch em um relatório publicado nesta quinta-feira. "Osratings do Rio refletem a bem-sucedida implementação de uma administração orientada ao mercado visando reduzir as despesas públicas e otimizar a arrecadação tributária", afirma o analista Paulo Fugulin, que assina a análise.
A agência afirmou a nota de longo prazo em moeda estrangeira BBB da capital fluminense, com uma perspectiva estável. Segundo o analista, a cidade revisou o planejamento estratégico considerando as condições econômicas mais desafiadoras e focou na cobrança de impostos, o que contribuiu para a formação de margens operacionais de 11,1% em 2011.
Segundo a Fitch, o Rio continua a apresentar um sólido desempenho fiscal apesar das demandas por investimentos, o que levou a um saldo geral orçamentário negativo de 5,1% em 2011, que deve perdurar nos próximos períodos.
"Os ratings ainda refletem o fato de o governo federal ser o maior credor do Rio, responsável por 66% do total da dívida em junho de 2012", afirma a análise. O analista ressalta que o Rio tem contratado empréstimos para quitar a dívida com a União, o que pode reduzir a "flexibilidade financeira implícita oferecida pelo governo federal".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Vale pagará remuneração de R$ 6,1 bi a acionistas

Do valor total, R$ 2,71 bilhões serão pagos sob a forma de juros sobre capital próprio e R$ 3,404 bilhões em dividendos

AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - O conselho de administração da Vale aprovou nesta terça-feira o pagamento da segunda parcela de remuneração mínima aos acionistas em 2012, no valor de R$ 6,114 bilhões (cerca de US$ 3 bilhões), correspondente a R$ 1,186523412 (US$ 0,582142779) por ação ordinária ou preferencial em circulação. Do valor total, R$ 2,71 bilhões serão pagos sob a forma de juros sobre capital próprio e R$ 3,404 bilhões em dividendos.
Os montantes correspondem, respectivamente, a R$ 0,525868977 (US$ 0,258006563) e R$ 0,660654435 (US$ 0,324136216) por ação. O pagamento será feito a partir de 31 de outubro, e a distribuição de juros sobre capital próprio está sujeita à dedução do imposto de renda na fonte, exceto para os beneficiários imunes e isentos.
Os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) e Hong Kong Depositary Receipts (HDRs) receberão o pagamento através do JP Morgan, agente depositário, em 7 e 8 de novembro, respectivamente. O pagamento terá como base a posição acionária desta terça-feira (Bovespa). As ações serão negociadas "ex-direito" a partir desta quarta-feira (17).

Mundial protocola novo pedido para entrar no Novo Mercado

Empresa entende que agora respondeu as questões levantadas pela bolsa

  
São Paulo - A Mundial (MNDL3) protocolou nesta quarta-feira mais um pedido para ser aceita no Novo Mercado da BM&FBovespa, o nível mais elevado de governança corporativa da bolsa brasileira. Segundo um comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a empresa espera que agora seja aceita no grupo.
A bolsa solicitou, em 31 de julho, mais informações para a empresa, que agora parecem ter sido esclarecidas.
"A companhia entende que com mais esta resposta estejam atendidos todas as dúvidas e questionamentos", mostra a nota assinada por Michael Lenn Ceitlin, Diretor Superintendente e RI da fabricante de válvulas, alicates e esmaltes.
A Mundial é investigada pela Polícia Federal e pela CVM em um inquérito sobre a possível manipulação de ações no episódio que ficou conhecido como a "Bolha do Alicate".

terça-feira, 16 de outubro de 2012


Nova plataforma traz negociação eletrônica para Selic

Com a possibilidade de negociação eletrônica, o mercado secundário de títulos públicos ganhar maior transparência e liquidez


  
São Paulo - O Banco Central apresentou hoje, em São Paulo, a nova Plataforma de Negociação Eletrônica do Selic (sistema especial de liquidação e de custódia). O sistema, desenvolvido com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), é um módulo complementar do Selic, destinada à negociação de títulos públicos federais e que busca trazer mais transparência a esse mercado.
A novidade fica por conta da possibilidade de negociação eletrônica dos títulos - antes, o Selic permitia apenas o registro e a liquidação do que era negociado no mercado de balcão. Segundo Denise Pavarina, presidente da Anbima, a nova plataforma é mais um passo na direção da transparência e da modernização, e vai dar mais liquidez ao mercado de títulos públicos.
"Os astros estão alinhados para que nosso mercado de capitais dê um salto de qualidade e crie alternativas de financiamento para todos os investimentos que virão nesse novo mercado de renda fixa", disse. Segundo ela, a plataforma, que entra em operação dia 5 de novembro, vai fomentar o mercado secundário.
O diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes, reiterou que a maior transparência proporcionada pela plataforma vai tornar o mercado secundário mais eficiente. "Com maior transparência, nós teremos maior liquidez e maior confiabilidade no sistema", disse. Segundo o diretor do BC, a transparência era uma demanda dos investidores para que fosse possível ter confiança na precificação.
Aldo também afirmou que o momento atual de inflação e juros baixos representa uma oportunidade para o necessário "salto de qualidade", com a incorporação de mecanismos de indexação menos automáticos. Ele destacou ainda que as melhorias no mercado secundário de títulos públicos vai se refletir no mercado de dívida privada, com uma melhor condição de precificação.
João Henrique Simão, chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central, destacou que o objetivo não é o de ser um monopólio no sistema de negociação de títulos no Brasil, mas "trazer uma contribuição importante para o mercado eletrônico", afirmou.
"O Selic já é reconhecido como um sistema de custódia e liquidação robusto e seguro. Agora, o acesso à liquidação das operações vai ser muito facilitado", disse Simão.
Negociação
A plataforma de negociação eletrônica do Selic vai ser composta por 3 módulos: negociação, especificação de operações e conformidade. Os dois primeiros entram em funcionamento no próximo dia 5, já o de conformidade, que vai permitir a integração com outras plataformas eletrônicas, passa a funcionar a partir do primeiro semestre de 2013.
A plataforma foi desenvolvida para tornar mais fácil a vida de quem opera. Para isso, o mercado foi ouvido e muitas sugestões foram incorporadas, como a atualização automática da página (que deve funcionar ainda esse ano) e a possibilidade de fazer ligação com planilhas do Excel (previsto para o primeiro semestre do ano que vem).
Francisco José Vidinha de Jesus, gerente técnico do Selic (Anbima), apresentou as principais funções da nova plataforma: cadastramento de ordem, especificação de ordem (definição de contas e quantidade) e consulta de ordem. As operações geradas no módulo de negociação são enviadas automaticamente para serem liquidadas. Ele destacou ainda que as ordens de negociação podem ser consultadas na página do BC na internet.
Selic
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central. O sistema processa a emissão, resgate, pagamento de juros e custódia, além da liquidação das operações registradas em seu ambiente. O Selic é gerido pelo Banco Central e é operado em parceria com a Anbima.

OGX esbarra em descrédito do investidor, diz analista

Planner corretora reconhece fundamentos, mas não vê momento melhor em breve

  
São Paulo - As ações da OGX (OGXP3) têm boas perspectivas, mas pouca possibilidade de uma valorização mais acentuada no curto prazo. A avaliação é da Planner Corretora, que iniciou nesta terça-feira a análise dos papéis da empresa de petróleo do empresário Eike Batista. A recomendação é de compra, com um preço-alvo de 9,60 reais, o que implica em um potencial de 68% em relação ao fechamento de segunda-feira.
"Após toda a controvérsia do não cumprimento de estimativas de produção de seus primeiros poços, a OGX está revendo suas prioridades e perspectivas. Neste contexto, estamos sendo conservadores em nossas projeções, estimando que a OGX somente vai instalar três plataformas, atingindo um pico de produção de 174 mil barris dia em 2017, mantendo este patamar nos anos seguintes", ressalta Luiz Caetano, que assina o relatório.
As ações da petroleira acumulam uma desvalorização de quase 60% em 2012.
Desconfiança
Segundo ele, um dos principais obstáculos para a valorização das ações é descrédito dos investidores. "Em sua trajetória recente de baixa, muitos investidores acumularam perdas expressivas e preferem ver primeiro a empresa cumprir seus objetivos em termos de produção antes de voltar a investir na ação. Com isso, mesmo apresentando um grande potencial de valorização em relação ao nosso preço justo, reconhecemos a dificuldade quanto à valorização de OGXP3 no curto prazo", estima.
Os papéis da OGX despencaram 41% em apenas uma semana em junho após o mercado receber mal o detalhamento sobre a vazão de dois poços no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. Após testes, a empresa concluiu que a área tem uma capacidade de vazão ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia para os dois primeiros poços em estágio inicial. O mercado esperava algo em torno de 15 mil a 20 mil barris por dia.
"Com todos os problemas criados pela redução das estimativas de produção de seus primeiros poços, a OGX está revendo suas prioridades e perspectivas, tendo inclusive trocado toda sua diretoria. O foco da empresa deixou de ser "encontrar petróleo" para "monetizar as reservas". Dentro desta revisão de foco e também de expectativas, foram abandonadas as projeções contidas em seu Plano de Negócios de junho/2011, onde a produção estimada para o final de 2015 era de 730 mil barris por dia", ressalta Caetano.

domingo, 14 de outubro de 2012


Retorno do BB deve cair 20%, prevê mercado

No caso dos bancos privados, a expectativa também é de retornos menores nos próximos trimestres

Leandro Modé - AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - A reação do mercado à pressão do governo sobre os bancos pode ser medida não só pela derrocada das ações dessas instituições nas últimas semanas, mas pela expectativa de rentabilidade embutida no preço dos papéis. Segundo esse cálculo, feito a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pela Rio Bravo Investimentos, o pessimismo é maior com o Banco do Brasil.
O valor da ação do BB na última quarta-feira (10) - em torno de R$ 22,50 - carregava uma expectativa de rentabilidade sobre o patrimônio líquido em torno de 16% ao longo dos próximos trimestres. Como a rentabilidade do banco estava em 20,5% no fim do terceiro trimestre, significa dizer que, para os investidores, o retorno deve cair cerca de 20%.
No caso dos bancos privados, a expectativa também é de retornos menores nos próximos trimestres, mas em magnitude inferior à queda projetada para o BB. No Itaú e no Bradesco, o preço das ações na quarta-feira (10)indicava uma rentabilidade sobre o patrimônio na faixa dos 18%, nível semelhante ao do final do segundo trimestre - que tinha 18,8% para o Bradesco e 18,3% para o Itaú, segundo dados compilados pela Economática.
"Os investidores veem Bradesco e Itaú em situação parecida, com rentabilidade pouco inferior à de hoje. No BB, a estimativa é pior por causa da interferência política do governo", disse o analista da Rio Bravo responsável pelos cálculos, Jorge Saab.
Ele se refere à pressão do governo Dilma para que BB e Caixa reduzam as taxas de juros, os spreads e as tarifas cobradas dos clientes, de forma a aumentar a concorrência no setor.
O Santander é um caso à parte, porque o patrimônio líquido está bastante elevado desde que a instituição abriu o capital no Brasil, em outubro de 2009. Na prática, é uma situação que reduz a rentabilidade, que é dada pela divisão do lucro pelo patrimônio líquido. Por isso, a expectativa do mercado para o retorno do Santander é de melhora nos próximos trimestres.

Panorama
O movimento do governo é apenas um dos fatores que têm pressionado - e vão pressionar - os bancos. O analista de instituições financeiras do Goldman Sachs, Carlos Macedo, vê ainda 1) a redução da Selic para níveis historicamente baixos, 2) a mudança no mix das carteiras de crédito dos bancos, que caminha para linhas de crédito longas e de menor risco, como imobiliário e consignado; e 3) alteração na estrutura de funding (financiamento) das instituições.
"Estamos falando de mudanças estruturais tão ou mais profundas que as vividas pelo setor financeiro com o fim da inflação", sintetiza Macedo. Por tudo isso, ele avalia que, de fato, nos próximos um ou dois anos, os bancos de varejo verão uma piora nos indicadores de rentabilidade. No entanto, ele mostra leve otimismo com a perspectiva de os grandes bancos nacionais se adaptarem a esse panorama.
A avaliação está amparada em fatores como a queda dos índices de inadimplência, em razão da provável melhora da economia em 2013 e 2014; a evolução dos índices de eficiência das instituições; e o ambiente mais favorável aos serviços de intermediação financeira em razão da queda do juro básico para níveis estruturalmente mais baixos.
"Acredito que, em um primeiro momento, os grandes bancos terão uma rentabilidade ao redor de 18%. Após os ajustes para melhora da eficiência, podemos ver um avanço para a casa dos 20%", diz o analista.
Se a realidade caminhar na direção do que acredita Macedo, o setor bancário brasileiro continuará com níveis de rentabilidade superiores aos de seus pares internacionais. Segundo João Augusto Frota Salles, analista da Lopes Filho, as instituições financeiras globais registram, em média, retornos de 15%. Rentabilidade entre 18% e 20% ainda é muito boa", disse. "O que o investidor precisa entender é que os retornos de alguns anos atrás, que muitas vezes superavam 30%, não vão mais ocorrer." 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Ibovespa sobe e interrompe sequência de 3 semanas de queda

O Ibovespa subiu 1,21 por cento, a 59.161 pontos, após ter chegado a avançar 1,54 por cento na máxima intradiária

REUTERS Brazil
  
São Paulo - A Bovespa avançou nesta quinta-feira, com investidores aproveitando a melhora de humor nos mercados externos para comprar ações brasileiras após as quedas recentes.
O Ibovespa subiu 1,21 por cento, a 59.161 pontos, após ter chegado a avançar 1,54 por cento na máxima intradiária.
O giro financeiro do pregão foi de 6,55 bilhões de reais.
Com isso, o índice encerrou a semana mais curta com alta de 1 por cento, após três quedas semanais consecutivas. O mercado brasileiro ficará fechado na sexta-feira por feriado nacional.
"Na ausência de notícias muito negativas, a Bovespa teve um dia de ajuste após as quedas recentes", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Corretora, Ariovaldo Santos, em São Paulo.
Os mercados repercutiram nesta quinta-feira o dado de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que mostrou inesperada queda na semana passada para o menor nível em mais de quatro anos e meio.
Mas os índices norte-americanos perderam força à tarde, pressionados por ações de tecnologia e consumo. O Dow Jones recuou 0,14 por cento, S&P 500 fechou quase estável e o referencial de tecnologia Nasdaq caiu 0,08 por cento.
Mais cedo, o principal índice europeu de ações encerrou os negócios em alta de 0,8 por cento.
Por aqui, a preferencial da Petrobras subiu 1,72 por cento, a 22,50 reais, e a da Vale teve alta de 0,98 por cento, a 36,20 reais. OGX avançou 1,25 por cento, a 5,66 reais.
Gafisa liderou os ganhos do índice, disparando 8,5 por cento, a 4,47 reais. Analistas do JP Morgan elevaram para "neutra" a recomendação para as ações da construtora e incorporadora.
Segundo Santos, da corretora H.Commcor, a redução da taxa básica de juros brasileira na véspera, para nova mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, também ajudou a sustentar ações de construtoras no azul.
Dentre as principais quedas do índice, destaque para a a companhia aérea Gol e para a mineradora MMX , com queda de 4,48 e 3,21 por cento, respectivamente.
Fora do índice, a preferencial da estatal Telebrás disparou 28,59 por cento, ampliando a alta de 52 por cento da véspera, quando foi anunciado acordo para compartilhamento de infraestrutura com a TIM.
Para a semana que vem, operadores avaliam que os vencimentos de opções sobre ações na segunda-feira e sobre índice na quarta-feira podem trazer volatilidade aos negócios na Bovespa.