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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Itaú recomenda venda de ações da Cesp e vê dividendos caindo


A companhia teve uma queda de 1,4% no faturamento bruto e sua geração de caixa operacional ficou praticamente estável

  
São Paulo - O balanço da Cesp no terceiro trimestre não impressionou os analistas do Itaú Unibanco. Ao contrário, eles continuam recomendando a venda dos papéis, para que os investidores se protejam da desvalorização dessas ações durante o imbróglio da renovação das concessões.
A companhia teve uma queda de 1,4% no faturamento bruto e sua geração de caixa operacional ficou praticamente estável, avançando 0,2%. "Não esperamos que os números publicados representem grandes movimentadores de mercado para a Cesp", dizem os analistas Marcos Severine e Mariana Coelho, em relatório enviado a clientes. "Reiteramos nossa classificação de desempenho abaixo da média do mercado."
Segundo os analistas, essa classificação para os papéis tem como base uma perspectiva de valorização bastante limitada. O preço justo para as ações no fim de 2013 estimado pelo Itaú é de R$ 18, o que significa uma valorização de apenas 4,8% em relação ao preço atual, na casa dos R$ 17,2.
Dividendos minguando
Além disso, o relatório diz que as expectativas dos analistas são de "resultados muito fracos nos próximos anos, o que deverá levar, segundo acreditamos, a praticamente nenhuma distribuição de dividendos no curto e médio prazo".
O banco projeta retornos em dividendos de 4,3% em 2012, 3,0% em 2013 e 0,6% em 2014, "o que reflete apenas o pagamento dos dividendos da Cesp retidos em 2009".
Os analistas esperam também um prejuízo de aproximadamente R$ 3,0 bilhões, por causa da diferença entre o valor contábil das concessões da Cesp que estão vencendo, cerca de R$ 4,0 bilhões, e o valor da indenização definido pelo governo, que é de R$ 1,0 bilhão.
É provável, segundo o Itaú, que esses fatores, por serem de pleno conhecimento do mercado, já estejam refletidos no preço atual das ações da Cesp. Entretanto, os analistas não preveem nenhum evento que possa fazer o preço dos papéis subir.
Por volta das 13h15, as ações PNB (sem voto) da Cesp tinham alta de 0,75%, negociadas a R$ 16,19. O Índice Bovespa caía 0,31%, chegando aos 56.886 pontos.

Grécia: risco de default é muito elevado, diz ministro grego


"Há limites para o que um país pode suportar", advertiu o ministro de Finanças grego Yannis Stournaras

AFP
  
Bruxelas - O risco de que a Grécia declare uma suspensão de pagamentos de sua dívida é muito elevado, advertiu nesta terça-feira o ministro de Finanças grego Yannis Stournaras, que pediu a seus sócios europeus para que levassem em conta "os limites" que o país pode suportar.
"Devemos ter cuidado. Entendo que haja pressão para que Grécia empreenda medidas exigidas em troca da ajuda, mas não podemos esquecer que o risco de default é muito elevado", disse ante o Parlamento Europeu em Bruxelas. "Há limites para o que um país pode suportar", completou.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, por sua vez, também se encontra em Bruxelas para pedir a seus sócios europeus para que acelerem a entrega dos fundos prometidos à Grécia.

Ibovespa inverte trajetória e passa a subir com EUA e Europa


O movimento positivo no mercado dos EUA foi impulsionado pelos resultados da varejista americana de artigos para casa Home Depot

  
São Paulo - Sinais de melhora no mercado imobiliário dos Estados Unidos animaram os investidores locais, tendo reflexo também nas bolsas europeias e no Índice Bovespa, que voltaram a operar em alta depois de caírem ao longo do dia. Por volta das 16h15, o Ibovespasubia 0,41%, aos 57.297 pontos.
Na Bolsa de Nova York, o Índice Dow Jones tinha 0,24% de alta, enquanto o S&P 500 ganhava 0,29%. O índice de tecnologia Nasdaq tinha leve queda, de 0,15%.
O movimento positivo no mercado dos EUA foi impulsionado pelos resultados da varejista americana de artigos para casa Home Depot. A empresa apresentou resultados que superaram as expectativas dos analistas, mostrando que a recuperação do setor imobiliário no país está em curso.
Segundo o estrategista de uma gestora afirmou ao jornal americano Wall Street Journal, "os consumidores têm cumprido a sua parte", e "as implicações (do bom resultado da companhia) para o mercado imobiliário são boa notícia".
Entretanto, segundo ele, é preciso avaliar bem a sustentabilidade dessa alta, já que ela apenas ofuscou as preocupações com o "abismo fiscal", que devem voltar a afetar as bolsas em breve.
Na opinião do profissional, nenhum movimento de alta nas bolsas será consistente até que sejam concluídas as conversas sobre o orçamento americano para 2013 entre o presidente Barack Obama e membros do Congresso.
A missão do presidente reeleito recentemente é chegar a um acordo com o Congresso para evitar que US$ 600 bilhões sejam retirados da economia americana por meio da elevação de impostos e cortes nos gastos.
Fechamento em alta na Europa
O movimento nos Estados Unidos também animou as bolsas europeias, que fecharam em alta. Além disso, segundo a agência Bloomberg, estão circulando no mercado rumores de que a Espanha vai, finalmente, pedir uma ajuda formal à União Europeia.
Esse pedido é a condição essencial para que o país endividado receba ajuda das lideranças do euro. Porém, se o pedido for feito, a Espanha precisará submeter-se às pesadas medidas de austeridade impostas pela cúpula do euro e pelo FMI.
O Índice Financial Times, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 0,32% e o DAX, de Frankfurt, ficou estável na comparação com o fechamento de ontem. O CAC, de Paris, subiu 0,57%. O MIB, da Bolsa de Milão, avançou 1,40% e o Ibex 35, de Madri, teve 1,65% de alta.