Pesquisar

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Ações da Vale têm segunda queda consecutiva


Às 12h42, a preferencial da Vale recuava 1,5 %, a 41,44 reais, sendo a principal contribuição para a queda de 0,9 % do Ibovespa

REUTERS Domestic
  
São Paulo - As ações da mineradora Vale tinham sua segunda queda consecutiva nesta sexta-feira, apesar do forte avanço dos preços do minério de ferro, cedendo a um movimento de ajuste após os ganhos expressivos do primeiro pregão de 2013.
Às 12h42, a preferencial da Vale recuava 1,5 %, a 41,44 reais, sendo a principal contribuição para a queda de 0,9 % do Ibovespa. Enquanto isso, a ordinária perdia 1,3 %, a 42,78 reais.
Segundo o analista Victor Pena, do Banco do Brasil, o recuo dos papéis nas duas últimas sessões é explicado por um ajuste após o avanço de mais de 4 % registrado na quarta-feira.
"Mas a alta do preço do minério e os sinais de que a China está mostrando uma recuperação melhor do que o mercado esperava são fatores positivos para o papel", avaliou o analista.
A China é o principal mercado para a Vale, que é a maior produtora global de minério de ferro.
Nesta sexta-feira, o preço da commodity na China subiu 2,3 % em relação ao fechamento da véspera, superando a marca de 150 dólares por tonelada, no maior nível desde meados de outubro de 2011, de acordo com dados do Steel Index.
O minério teve uma forte recuperação, de mais de 70 %, ante as mínimas de três anos inferiores a 90 dólares do início de setembro de 2012. No mesmo período, a ação preferencial da Vale acumulou alta de cerca de 35 %.
Além da retomada dos preços do minério, Pena citou também que as recentes revisões no valor contábil e venda de ativos considerados não-estratégicos também foram bem recebidas pelo mercado, já que ajudariam a "conservar a geração da caixa" da companhia.

Ibovespa encerra pregão em baixa por realização de lucros


Índice fechou a semana com variação positiva de 2,58 por cento

REUTERS Brazil
  
principal índice brasileiro de ações teve um dia de realização de lucros nesta sexta-feira, na contramão dos mercados externos, após acumular alta de quase 5 por cento nos três pregões anteriores.
O Ibovespa perdeu 1,25 por cento, a 62.523 pontos, pressionado pela mineradora Vale e pela siderúrgica Usiminas. O giro financeiro do pregão foi de 9,87 bilhões de reais.
Apesar do recuo, o índice encerrou a primeira semana do ano com valorização de 2,58 por cento. Para o sócio da Fram Capital Roberto Serra, o ajuste desta sexta-feira não altera a tendência positiva de curto prazo para o mercado brasileiro.
"Muitos players ainda estão fora do Brasil. Se houver melhora externa e percepção de melhora também da economia brasileira, a bolsa terá mais espaço para subir", disse ele.
Na cena externa, números do mercado de trabalho e do setor de serviços dos Estados Unidos ajudaram as bolsas a se firmarem no campo positivo nesta sexta-feira.
Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha alta de 0,16 por cento e o S&P 500 subia 0,32 por cento às 17h52 (horário de Brasília). Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em alta de 0,4 por cento.
Na bolsa brasileira, as ações da mineradora Vale caíram pelo segundo pregão seguido, apesar do avanço do preço do minério de ferro na China. A preferencial perdeu 2,19 por cento e a ordinária recuou 1,89 por cento.
Segundo o analista Victor Penna, do Banco do Brasil, os papéis da maior produtora global de minério de ferro passam por ajuste após o salto do primeiro pregão de 2013.
A preferencial da Usiminas também pesou no Ibovespa, com queda de X por cento, a X reais.
A indústria siderúrgica do país iniciou 2013 anunciando reajustes de preços de aço junto a distribuidores, afirmaram fontes do setor à Reuters nesta sexta-feira.
O recuo do Ibovespa só não foi maior graças às petrolíferas.
A preferencial da Petrobras subiu 5,22 por cento, a 12,54 reais, enquanto a ordinária da OGX avançou 2,04 por cento, a 5,00 reais --foi a maior alta do índice.
A companhia do grupo EBX, de Eike Batista, anunciou nesta sexta-feira o início da produção do terceiro poço produtor no campo de Tubarão Azul, na bacia de Campos.
Energias do Brasil caiu 6,1 por cento, a 12,00 reais. O papel foi a única adição à nova carteira teórica do Ibovespa, que começa a vigorar na próxima segunda-feira e valerá até 3 de maio. O índice agora conta com 69 papéis de 65 empresas. (Por Danielle Assalve; Edição de Roberta Vilas Boas)

Foco deve estar em dados de inflação na próxima semana


Investidores estarão prestando atenção principalmente no mercado doméstico e em dados econômicos na Europa

EXAME.com
  
Nessa semana, os investidores estarão prestando atenção no mercado doméstico, com destaque para dados de inflação e produção industrial. Depois de semanas no centro das preocupações do mercado por conta do abismo fiscal, os Estados Unidos ficam em segundo plano essa semana, com uma agenda fraca.
Logo na segunda-feira, o IGP-DI referente ao mês de dezembro deve vir mais alto que no mês anterior (0,25%). O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, que estima 0,65%, explica que o índice será puxados pelos produtos agropecuários, mais pressionados. 
Já para o IPCA, divulgado na quinta-feira, a previsão de André é de que o índice passe dos 0,60% de novembro para 0,67%. "Os mercados estarão de olho nesse dado, o Brasil vai fechar o ano com uma inflação alta o que é ruim para a autoridade monetária", afirma André. 
Ainda no Brasil, na quarta-feira, o Banco Central divulga seu índice de atividade industrial, o IBC-Br, com dados de novembro. Na opinião do economista, o número não deve ser muito animador. 
No resto da semana, o foco fica hora na agenda europeia. Na terça-feira, o mercado deve reagir à divulgação da taxa de desemprego, confiança do consumidor, vendas no varejo e confiança econômica. Destaque para os pedidos à indústria na Alemanha, que deve ter uma desaceleração mais forte do que era esperado. 
Na quinta-feira, os mercados olham com atenção para a divulgação da taxa de juros no velho continente. A projeção é de que se mantenha estável.
China divulga os dados de sua balança comercial referentes à 2012 na quarta-feira e deve mexer com os humores do mercado. Segundo André, a expectativa é que venha em 20 bilhões de dólares, "valor muito parecido com o apresentado pela economia brasileira", lembra o economista.