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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dólar busca equilíbrio ante real após decisão do Fed

Nesta sexta-feira, o Banco Central realizou duas etapas de leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra

REUTERS Brazil
  
São Paulo - O dólar tinha um dia instável ante o real nesta sexta-feira, tentando buscar um patamar de equilíbrio na ressaca após a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, de manter o atual ritmo do seu programa de estímulos monetários.
Às 11h42, o dólar operava com variação positiva de 0,08 por cento, a 2,2032 reais na venda, depois de trocar de sinal várias vezes variando de 2,1915 reais e 2,2208 reais entre a mínima e a máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em 260 milhões de dólares.
"A gente está vivendo a ressaca pela decisão da manutenção da política monetária nos Estados Unidos", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. "O mercado talvez esteja testando o nível de 2,20 reais", acrescentou.
Na quarta-feira, o Fed disse que continuará comprando títulos ao ritmo de 85 bilhões de dólares por mês por enquanto, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimos nos últimos meses possa pesar sobre a economia.
Após o término da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o dólar fechou em queda de 2,89 por cento, a 2,1942 reais, seu menor nível desde 26 de junho. Desde o início da semana, a divisa acumula queda de cerca de 3,52 por cento.
"O mercado deve se acomodar por enquanto e aparentemente está sinalizando que esta taxa está começando a ficar ideal, mas ainda deve testar alguns níveis", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta sexta-feira, o Banco Central realizou duas etapas de leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra. Na primeira, a taxa de recompra em 3 de janeiro do ano que vem foi de 2,2514 reais. Na segunda, a recompra em 2 de julho de 2014 será pela taxa de 2,342985 reais.

Com OGX e Petrobras, Ibovespa opera abaixo dos 55 mil pontos

Com baixa de 2,5 por cento, a ação da petroleira OGX era responsável pela maior pressão de queda sobre o Ibovespa no fim desta manhã

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São Paulo - O principal índice da Bovespa ampliava perdas do último pregão nesta sexta-feira, com investidores ainda assumindo postura de cautela e realizando lucros após os mercados acionários terem reagido com forte alta mais cedo esta semana à decisão dobanco central norte americano de manter seu programa de estímulos.
Às 11h41, o Ibovespa tinha variação negativa de 1,02 por cento, a 54.535 pontos, voltando a operar abaixo dos 55 mil. O giro financeiro do pregão era de 1,3 bilhão de reais.
"O mercado andou muito, subiu quase dois mil pontos nos dias 17 e 18, então ainda está realizando", afirmou o operador Carlos Nielebock, da Icap Corretora. O Ibovespa saiu da casa dos 53,8 mil pontos no fim da segunda-feira para fechar nos 55,7 mil na quarta-feira, depois de o Federal Reserve ter decidido manter intacto o ritmo de seu programa de compra de títulos, que tem sustentado os fluxos de liquidez para mercados emergentes.
Nesta sessão, investidores optavam por tomar fôlego e realizar lucros antes de fazer novas apostas agressivas. "Não há muitos 'drivers' na sessão de hoje. Os mercados dos EUA atingiram máximas recordes, então investidores estão sendo cautelosos, buscando direção antes de assumir novas posições", afirmou o sócio da Zenith Asset Management, Guilherme Sand.
Com baixa de 2,5 por cento, a ação da petroleira OGX era responsável pela maior pressão de queda sobre o Ibovespa no fim desta manhã. Na quinta-feira, a Diamond Offshore Drilling informou ter notificado a empresa de Eike Batista por estar inadimplente com o pagamento de obrigações relativas ao contrato da sonda Ocean Quest, o que lhe daria o direito de encerrar contrato com a brasileira. Além disso, nesta sexta, a petroleira informou que seu Conselho de Administração aprovou a destituição de Roberto Bernardes Monteiro como diretor financeiro e relações com investidores. Papéis do setor financeiro também puxavam o índice para baixo, enquanto a preferencial da Petrobras, que fechou as cinco últimas sessões em alta, devolvia parte dos ganhos.