Nesta sexta-feira, o Banco Central realizou duas etapas de leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra
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São Paulo - O dólar tinha um dia instável ante o real nesta sexta-feira, tentando buscar um patamar de equilíbrio na ressaca após a decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, de manter o atual ritmo do seu programa de estímulos monetários.
Às 11h42, o dólar operava com variação positiva de 0,08 por cento, a 2,2032 reais na venda, depois de trocar de sinal várias vezes variando de 2,1915 reais e 2,2208 reais entre a mínima e a máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o volume de negociação estava em 260 milhões de dólares.
"A gente está vivendo a ressaca pela decisão da manutenção da política monetária nos Estados Unidos", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. "O mercado talvez esteja testando o nível de 2,20 reais", acrescentou.
Na quarta-feira, o Fed disse que continuará comprando títulos ao ritmo de 85 bilhões de dólares por mês por enquanto, expressando preocupação de que um forte aumento nos custos de empréstimos nos últimos meses possa pesar sobre a economia.
Após o término da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o dólar fechou em queda de 2,89 por cento, a 2,1942 reais, seu menor nível desde 26 de junho. Desde o início da semana, a divisa acumula queda de cerca de 3,52 por cento.
"O mercado deve se acomodar por enquanto e aparentemente está sinalizando que esta taxa está começando a ficar ideal, mas ainda deve testar alguns níveis", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta sexta-feira, o Banco Central realizou duas etapas de leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra. Na primeira, a taxa de recompra em 3 de janeiro do ano que vem foi de 2,2514 reais. Na segunda, a recompra em 2 de julho de 2014 será pela taxa de 2,342985 reais.