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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar Ações


Ações europeias têm alta, mas revisão de PIB da Espanha pesa

Analistas aguardam detalhes de esperadas novas medidas de bancos centrais para estimular o crescimento

 REUTERS
 
Paris/Londres/Helsinki - As ações europeias tinham leve alta em um pregão volátil nesta segunda-feira, após o forte rali das últimas semanas, com investidores esperando detalhes de esperadas novas medidas de bancos centrais para estimular o crescimento.
Às 8h18 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subia 0,11 por cento, para 1.091 pontos. O índice das blue chips da zona do euro Euro STOXX 50 avançava 0,13 por cento, para 2.437 pontos.
As ações espanholas caíam, com o índice IBEX chegando a recuar 0,8 por cento, depois que dados revisados mostraram que a economia do país encolheu mais do que o previamente estimado em 2010, e cresceu menos que o inicialmente publicado em 2011, renovando temores sobre a capacidade do país de controlar seu déficit público.
"As pessoas têm se focado na perspectiva de que ... o BCE (e o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) comprarão títulos, mas no final do dia, eu duvido seriamente que essas medidas terão um impacto significativo na economia real", afirmou um operador de fundos de Paris.
"Os riscos sistêmicos de alguma forma diminuíram, o que explica o rali do verão (do hemisfério norte). Mas acima disso, as ações não vão subir mais, a menos que as coisas melhorem no fronte macro." A expectativa é de que as ações europeias continuem com variações pequenas antes do esperado encontro anual de membros de bancos centrais em Jackson Hole, Wyoming, nos Estados Unidos, que começará na sexta-feira. O presidente do Fed, Ben Bernanke, já usou tais encontros para sinalizar afrouxamento monetário futuro.
Os investidores também esperavam por detalhes do plano do BCE para começar a comprar títulos espanhóis e italianos para ajudar a amenizar a crise da dívida da zona do euro.

Clima de cautela prevalece e Bovespa tem terceira queda

O Ibovespa encerrou com recuo de 0,54%, aos 58.111,46 pontos

 
São Paulo - A Bovespa deu continuidade ao movimento iniciado na semana passada e registrou o terceiro dia seguido de queda, na contramão das bolsas internacionais. A agenda externa e interna recheada de eventos nesta segunda-feira contribuiu para o movimento de cautela adotado pelos investidores. Além disso, a queda de quase 2% das ações da Vale contribuiu para manter a Bolsa no campo negativo.
O Ibovespa encerrou com recuo de 0,54%, aos 58.111,46 pontos. Com isso, a alta acumulada no mês caiu para 3,59% e, no ano, para 2,39%. Na mínima, o índice atingiu 57.853 pontos (-0,98%) e, na máxima, 58.462 pontos ( 0,06%). O giro financeiro limitou-se a R$ 4,540 bilhões - menor valor desde 18 de julho (R$ 4,889 bilhões).
"O mercado está em compasso de espera, em busca de sinais claros do BCE e do Fed", disse um experiente profissional, ressaltando ainda que o investidor também vai ficar muito atento ao documento divulgado após o término da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, onde será divulgado a nova taxa Selic, atualmente em 8,00% ao ano. "O mercado quer saber se vai ter algum indício no comunicado sobre a possível continuidade da queda da taxa básica", disse.
As ações da Vale reagem à desaceleração da economia chinesa, a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e também às expectativas sobre a negociação da mineradora com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração. O papel ON caiu 1,53% e o PNA, -1,56%
As siderúrgicas tiveram recuo generalizado. Usiminas PNA caiu 2,38%, enquanto a ON, -2,52%. Gerdau ON (-1,76%) Gerdau Metalúrgica ON (-1,90%), e Siderúrgica Nacional ON (-2,75%). Na sexta-feira, a agência de classificação de risco S&P rebaixou o rating corporativo da Usiminas e a perspectiva foi mantida estável. Nesta segunda-feira, em relatório, o Barclays lembrou que as siderúrgicas brasileiras estão muito expostas às fraquezas e aos riscos do cenário externo.
Já bancos terminaram sem direção única. Bradesco e Itaú Unibanco recuaram 0,70% e 1,50%, respectivamente. Enquanto Banco do Brasil e units do Santander subiram 2,26% e 0,56%. No fim de semana, o jornal O Estado de S.Paulo trouxe matéria informando que após um ano da venda do banco Schahin para o BMG, começa a vir à tona mais um escândalo no sistema financeiro. O Schahin tinha um rombo de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, resultado de fraudes e outras irregularidades semelhantes às do Panamericano e do Cruzeiro do Sul.
Petrobras nesta segunda-feira foi na contramão do exterior e reagiu a notícia divulgada na sexta-feira, após o fechamento do mercado, de que a empresa comprovou a ocorrência de petróleo e gás de boa qualidade no bloco BM-SEAL-10, em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas. O papel ON subiu 0,87% e o PN, 0,66%. Já na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro registrou recuo de 0,71%, a US$ 95,47 o barril.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,25%, o S&P 500 cedeu 0,05% e o Nasdaq conseguiu se manter em leve alta, 0,11%