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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Renda Fixa ao alcance de todos



Tesouro Nacional - Títulos Públicos

São títulos emitidos pelo governo, por meio do Tesouro Nacional, com a finalidade de captar recursos para financiamento da dívida pública, e para projetos na área federal como educação, saúde, tecnologia, infraestrutura etc.
São títulos considerados de risco zero pelo mercado, porque você empresta dinheiro ao governo Federal e recebe o pagamento de juros.

Preço dos títulos públicos
O preço unitário, valor pelo qual são negociados, é a soma de todos os pagamentos futuros trazidos a valor presente pela taxa de desconto (taxa de negócio). Ou seja, taxa e preço são inversamente proporcionais. Se um sobe, o outro desce. A única exceção é a LFT, que dia a dia, é corrigida pela taxa Selic.
Tipos de títulos públicos

TÍTULOS
RENTABILIDADE
CARACTERÍSTICAS
NTN-B
IPCA + juros
Juros semestrais e o principal no vencimento
NTN-B Principal
IPCA + juros
Juros + principal no vencimento
NTN-C
IGP-M + juros
Juros semestrais e o principal no vencimento
LTF
Selic
Juros + principal no vencimento
NTN-F
Juros Predefinidos
Juros semestrais e o principal no vencimento
LTN
Juros Predefinidos
Juros + principal no vencimento
LFT


São títulos pós-fixados vinculados à taxa SELIC.
Indicados em que momentos:
Ciclo de alta das taxas de juros. Momento contracionista da economia. Geralmente após um longo período de alta dos índices de inflação.


LTN e NTNF
São títulos prefixados, ou seja, na data de aplicação é conhecida a rentabilidade da operação, caso os ativos sejam levados até o resgate.
Indicados em que momentos:
Fim do ciclo de alta, manutenção ou início de ciclo de baixa da taxa de juros.


NTN-B
São títulos indexados à inflação. Rendem juros mais a inflação medida pelo IPCA, indicador oficial do governo federal para medição da inflação. Os ganhos do investidor corresponderão aos juros que superarem o índice da inflação.
Indicados em que momentos: Ciclo de medidas expansionistas que irão aumentar o consumo e, consequentemente, puxar os preços da economia como um todo. Também são indicados para períodos longos, para garantir ganho real da aplicação.


LCA – Letra de Crédito do Agronegócio

Título emitido por instituições financeiras públicas e privadas, vinculado a direitos creditórios originários de negócios na área rural, sejam financiamentos ou empréstimos para a produção agropecuária. O título representa promessa futura de pagamento em dinheiro. Por ser isento de Imposto de Renda é uma boa alternativa de investimento. Destinado para investidores qualificados.

Características
  • Liquidez na data do vencimento.
  • Destinado para investidores qualificados.
  • Isenção de Imposto de Renda para pessoa física.

CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários

Título que concede o direito de receber receitas de um ou vários imóveis.

Características
  • Liquidez baixa.
  • Baixo Risco.
  • Destinado para investidores qualificados.
  • Possibilidade de remuneração atrelada à inflação + ganho real (prêmio) ou vinculada ao DI.
  • Isenção de Imposto de Renda para pessoa física.
Veja um exemplo de como funciona um CRI:


Diagrama de Estrutura


CDB – Certificado de Depósito Bancário
Instrumento de captação dos bancos, com objetivo de financiar suas atividades. É indexado ao DI. Normalmente são emitidos com prazo em torno de dois anos.

Características
  • Risco baixo para aplicações de até R$ 70 mil por CPF, por serem garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
  • Retorno esperado: percentual do CDI preestabelecido no ato da compra do CDB.
  • Ampla rede de bancos emissores.
  • Investimento mínimo de R$ 5 mil.

LCI – Letra de Crédito Imobiliário
Instrumento de captação dos bancos, com objetivo de financiar o setor imobiliário. São títulos de risco baixo para o investidor por contar com a mesma garantia que a Caderneta de Poupança conta do Fundo Garantidor de Crédito e ainda alienação fiduciária do imóvel.

Características
  • Liquidez na data do vencimento, que pode variar de 3 meses a 2 anos.
  • Risco baixo para aplicações de até R$ 70 mil por CPF, por serem garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
  • Alienação fiduciária do imóvel como garantia da operação.
  • Títulos isentos de Imposto de Renda para pessoa física.
  • Alienação fiduciária do imóvel como garantia da operação.
  • Retorno esperado: percentual do CDI pré-estabelecido no ato de compra do título.

Tesouro Direto



SÃO PAULO – O avanço da inflação e os temores de que os preços subam ainda mais depois das reduções da Selic (taxa básica de juros) fez com que os investidores se preocupassem em proteger seu capital. De acordo com dados do Tesouro Nacional, 59% dos títulos do Tesouro Direto comercializados no nono mês do ano eram indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Este percentual é bem maior do que o verificado nos meses anteriores. Em agosto, 46,23% dos títulos comercializados eram NTN-B (Nota do Tesouro Nacional) e NTN-B Principal (Nota do Tesouro Nacional- Principal) – que são os títulos atrelados à inflação - e em julho, 43,42% do total vendido era destes títulos.

De acordo com o professor do Ibmec-RJ, Marcos Heringer, a forte procura por títulos indexados à inflação reflete o medo dos investidores em relação ao aumento dos preços. “Com o avanço do IPCA e a possibilidade de novos aumentos, o investidor pensa em se proteger e garantir que seus ganhos pelo menos não sejam anulados”, afirma.

O diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella, concorda. “O brasileiro percebeu que a inflação subiu este ano e que o seu investimento na poupança e no CDB (Certificado de Depósito Bancário) garantiram pouco ou nenhum ganho real”, diz. Isso, aliado ao medo de uma alta ainda maior devido ao corte dos juros, fez com que ele procurasse os títulos do Tesouro Direto, principalmente aqueles atrelados ao IPCA”, completa.

Para Heringer, o brasileiro ainda tem uma memória bastante traumática da época em que a inflação corroía os ganhos dos investimentos e acabava com o poder de compra da população. “Principalmente aqueles que viveram no final dos anos 80 e início dos anos 90 ficam assustados com a alta dos preços”, diz o professor. Isso faz com que o investidor siga o efeito “manada” e busque por aplicações que possam garantir que ele, pelo menos, não tenha um ganho real negativo.

Melhores alternativas
O professor do Ibmec ressalta que as melhores alternativas de investimentos dependem muito do perfil do investidor e da sua tolerância ao risco. De acordo com ele, neste momento, para quem não quer se arriscar os títulos atrelados à inflação são mesmo a melhor opção. “É um título seguro, que tem a garantia do Governo e que também paga prêmio acima da inflação”, diz.
O diretor da Valore concorda. “Neste momento, os títulos indexados ao IPCA servem como uma proteção para o investidor”, diz.

Mudanças
O Tesouro Nacional anunciou recentemente novas regras para o Tesouro Direto. Entre as novidades, o valor mínimo para aplicação será reduzido – podendo chegar a R$ 30 - e haverá facilidades como compra e venda programada. De acordo com especialistas, essas alterações deverão fazer com que os pequenos investidores se interessem mais por este tipo de aplicação e a quantidade de pessoas físicas que investem nesses títulos deve aumentar. Atualmente, são 263 mil investidores cadastrados no programa (segundo dados do mês de setembro) e a maioria (59,33%) investe até R$ 5 mil.