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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Veja o que importa na agenda do investidor nesta sexta-feira


Sondagem industrial e Relatório de Emprego nos EUA são o foco do dia

EXAME.com
  
São Paulo - Os investidores acompanham nesta sexta-feira o importante indicador Relatório de Emprego nos Estados Unidos, que traz um panorama detalhado do mercado de trabalho na maior economia do mundo. Além disso, a temporada de resultados por lá traz dados das petroleiras Chevron e Exxon Mobil, antes da abertura. Por aqui, o destaque vai para a sondagem industrial do IBGE para dezembro.
A FGV publica, às 8h, o IPC-S (4ª Quadrissemana) de janeiro. Às 9h, o IBGE publica os números da produção industrial de dezembro. A LCA estima uma queda de 0,5% na passagem mensal e de 5% na anual. Às 10h, o HSBC traz a sondagem industrial preliminar para janeiro.
Na agenda corporativa, o banco ABC Brasil (ABCB4) publica o balanço antes da abertura dos mercados. Segundo projeção do Itaú BBA, o ABC deve apresentar algum crescimento dos lucros devido com a queda dos gastos com provisões em empréstimos duvidosos. Os analistas estimam um lucro líquido de 59 milhões de reais, uma queda de 3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Estados Unidos
O principal indicador do dia no país é o Relatório de Emprego, que às 11h30 traz uma situação detalhada sobre a situação do mercado de trabalho no país. A expectativa do mercado, de acordo com o site Briefing.com, é de criação de 180 mil postos de trabalho no mês de janeiro. Em dezembro, o indicador mostrou 155 mil vagas.
"A recuperação da produção em algumas indústrias após o furacão Sandy deve ter contribuído para uma criação maior de vagas em janeiro, junto com o tempo mais quente que o usual, que aumentou o emprego em setores como construção civil", avalia a Citi Corretora, em relatório.
Depois, às 12h55, a Universidade de Michigan mostra a Confiança do Consumidor para janeiro (projeção de 71,4 pontos). O C. Bureau revela, às 13h, o indicador de Gastos com Construção para dezembro (estimativa de 0,5%). O ISM mostra a sondagem industrial para janeiro, às 13h (expectativa de 50,5 pontos).
Na agenda corporativa, as seguintes empresas irão apresentar os resultados antes da abertura dos mercados: Brookfield Properties, Chevron, Exxon Mobil, Mattel, Merck e Tyson Foods.
Europa
A Alemanha publica, às 6h55, a sondagem industrial preliminar para o mês de janeiro. A expectativa é que o indicador apresente 48,9 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam retração. O mesmo indicador será publicado para a zona do euro (projeção de 47,7 pontos), às 7h, e para o Reino Unido (51,5 pontos), às 7h30. O Eurostat traz, às 8h, os números da taxa de desemprego em dezembro na zona do euro (projeção de 11,8%).

Corretoras sugerem segurar Santander após resultados fracos


Números da companhia, anunciados ontem, foram considerados fracos por analistas da corretora Planner e do Deutsche Bank

Arena do Pavini

  
São Paulo - O banco Santander Brasil divulgou hoje seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2012. Os números foram considerados fracos por analistas da corretora Planner e do Deutsche Bank. As duas casas recomendam manutenção dos papéis do banco.
No quarto trimestre, o banco registrou um lucro líquido de R$ 1,598 bilhão, 6,5% acima do lucro no trimestre anterior, mas 3% abaixo do obtido no mesmo trimestre em 2011. No ano, o Santander acumulou lucro líquido de R$ 6,329 bilhões, 5% menos do que em 2011 (R$ 6,661 bilhões).
O retorno sobre o patrimônio líquido médio do banco foi de 12,2% no quarto trimestre, e de 12,4% em 2012. De acordo com analistas da corretora Planner, esse deve ser o menor retorno apresentado entre os grandes bancos que atuam no Brasil.
Na comparação entre terceiro e quarto trimestres, houve crescimento de 3,8% nas receitas de prestação de serviços, que chegaram a R$ 2,639 bilhões. As provisões para devedores duvidosos caíram 4,1%, de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre para R$ 3,1 bilhões no quarto. Nessa mesma base de comparação, a margem financeira bruta caiu 3,7%, para R$ 7,8 bilhões.
Os analistas do Deutsche Bank, em relatório enviado a clientes, afirmam que os resultados foram fracos, e recomendam manutenção dos papéis. O preço justo projetado pelo banco é de R$ 17,80.
A recomendação também é de manutenção, de acordo com os analistas da Planner. O preço justo é de R$ 18,50. Essa projeção é feita com base em estimativas de resultados da empresa, mas, para se tornar realidade, depende das condições de oferta e procura pelas ações no mercado.
Por volta das 16h19, as units do Santander subiam 0,69%, negociadas a R$ 14,63.
Inadimplência em alta
O índice de inadimplência ainda apresenta trajetória de alta no Santander. Em dezembro, os atrasos superiores a 90 dias chegaram a 5,5%, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre, e um ponto percentual na comparação com o ano anterior.
Segundo o presidente do Santander Brasil, Marcial Portela (na foto), a perspectiva é de que essa trajetória passe a ter tendência de queda no fim do segundo trimestre desse ano, à medida que a economia for dando sinais de melhora.
Além disso, de acordo com ele, a expansão da oferta de crédito combinada ao movimento de queda das taxas de juros deve baratear o crédito, favorecendo a queda na inadimplência.
Maiores atrasos de empresas
A inadimplência também chamou a atenção da corretora Coinvalores. Em comentário enviado aos clientes, a corretora destaca o crescimento da inadimplência de pessoas jurídicas, com alta de 0,6 ponto percentual, alcançando 3,3%. Já o índice de inadimplências de pessoas físicas cresceu apenas 0,1 p.p., mas ainda assim se encontra em um patamar bastante elevado, de 7,8%, afirma a corretora.
Em relação aos números trimestrais, o crescimento na carteira de crédito foi compensado pela queda nos spreads bancários, resultando em queda de 3,4% na margem financeira líquida na comparação trimestral, afirma a Concórdia. O ponto positivo foi o avanço das receitas de serviços e tarifas, de 3,8% em três meses.
O BB Investimentos, por sua vez, considerou o resultado do Santander negativo. Para este ano, porém, a expectativa é de melhora, com aumento da eficiência operacional a partir do maior controle de despesas. A carteira de crédito, acredita o BB Investimentos, deve ter um crescimento mais próximo dos 16% registrados pelos bancos em geral, com melhor qualidade pela redução dos níveis de inadimplência.