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sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Austin eleva o rating do Brasil para triplo B

A melhora na condição econômica e social do país foi fundamental para a elevação da notEXAME.com

 
São Paulo - A agência de classificação de risco Austin Rating elevou o rating de logo prazo do Brasil em moeda estrangeira de "BBB-" para "BBB", com perspectiva estável. Em moeda local, o rating brasileiro foi de "BBB" para "BBB ", a perspectiva também é estável.
A melhora na condição econômica e social do país nos últimos 3 anos, o fortalecimento do mercado doméstico, a mudança do perfil da dívida interna e a melhor capacidade de pagamento em moeda estrangeira da dívida externa foram fatores fundamentais para a elevação do rating.
Segundo comunicado divulgado à imprensa, as ações adotadas pelo governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, Banco Central e Tesouro Nacional, com destaque para os programas de estímulo aos investimentos em infraestrutura, amparam com segurança a decisão da agência.
Uma nova elevação na nota pode ocorrer ao longo dos próximos 12 meses caso existam resultados concretos das ações recentes, revela a nota.
Reformas
Algumas ressalvas, no entanto, são feitas. A Austin chama atenção para fatores que podem prejudicar o crescimento sustentável do país nos próximos anos, como a ausência de reformas estruturais (tributária, trabalhista e previdenciária), o baixo nível de investimento em relação ao PIB e a manutenção em nível elevado da dívida bruta.
A agência de classificação Standard & Poor?s também divulgou nesta sexta-feira relatório afirmando que a economia brasileira se recuperou da recessão global e que deve continuar crescendo a um ritmo mais lento. Para 2012, os economistas da agência esperam uma expansão de 2% no PIB. Em 2013, a expectativa é mais otimista e fica em 3,5%.

Governo alemão admite que estuda cenário sem Grécia do euro

Segundo o "Financial Times", o grupo de trabalho tem até nome: "Grexit". Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras

EFE
 
Berlim - O governo alemão admitiu nesta sexta-feira a existência de um grupo de trabalho no Ministério das Finanças que estuda as repercussões de uma saída da Grécia da Eurozona, confirmando matéria publicada na edição local do jornal "Financial Times".
O porta-voz do Ministério das Finanças, Martin Kotthaus, no entanto, minimizou a iniciativa ao afirmar que os cidadãos esperam que o governo se prepare para agir em todos os cenários possíveis, 'por mais improváveis que eles sejam'.
'Não é surpreendente que o Ministério das Finanças se ocupe da crise da dívida e há um grupo de trabalho que estuda os diversos aspectos da mesma', disse Kotthaus.
Segundo o "Financial Times", o grupo tem até nome: "Grexit". Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.
Membros do governo e os partidos da coalizão governamental da Alemanha rejeitaram um terceiro pacote de ajuda à Grécia ou dar mais tempo para Atenas cumprir com seus compromissos.
Já Samaras advertiu que uma saída grega do euro seria "uma catástrofe para a Grécia e muito ruim para toda Europa".

Bovespa abre em queda com dúvidas sobre atuação de BCs

Houve enfraquecimento das expectativas de atuação dos bancos centrais para estimular a recuperação da economia global

REUTERS
São Paulo - A Bovespa operava em queda no início dos negócios desta sexta-feira, acompanhando o movimento dos mercados externos, diante do enfraquecimento das expectativas de atuação dos bancos centrais para estimular a recuperação da economia global.
Às 10h13, o Ibovespa recuava 0,7 por cento, a 58.091 pontos. Dentre as ações em queda estavam as preferenciais da Vale e da Petrobras.
Investidores esperavam atuações do BCE e do Federal Reserve. No mercado cambial, o dólar comercial operava em alta de 0,20%, cotado a R$ 2,030 para venda.

BB: bom para correntistas e péssimo para acionistas

Analistas acreditam que o banco está mais preocupado com políticas do governo do que com a rentabilidade aos acionistas

EXAME.com
São Paulo - O Banco do Brasil (BBAS3), maior em ativos no país, pode ser um bom lugar para os seus correntistas, principalmente após as quedas nas taxas de juros forçadas pelo Governo Federal, mas não é um investimento muito amigável para os acionistas. Em 12 meses, os papéis só não têm desempenho pior dentro do índice Financeiro (IFNC) do que oPanamericano (BPNM4) e o BicBanco (BICB4).
De acordo com dados da Economática, o valor de mercado de 23 bancos brasileiros subiu para 417,7 bilhões de reais no dia 21 de agosto de 2012, crescimento de 17,9 bilhões de reais, ou 4,49%, ante o visto no final do ano passado (399,8 bilhões de reais). O Banco do Brasil, contudo, perdeu 1,14 bilhão de reais em valor de mercado no período, chegando a 66,7 bilhões de reais.
Após avaliar os números do segundo trimestre do banco, a equipe de análise de ações do Santander rebaixou a recomendação aos papéis de "manutenção" para "abaixo do mercado" e citou a expectativa de um declínio ainda mais forte na lucratividade no médio prazo "após a implementação, pelo banco, da ordem dada pelo governo para cortar as taxas de crédito", mostra o relatório.
EmpresaCódigoVar.12m (%)Var.Ano (%)
BicBancoBICB4-17,75-14,27
PanamericanoBPNM4-13,69-20,83
Banco do BrasilBBAS3-2,182,89
SulAméricaSULA113,2-0,9
Porto SeguroPSSA310,46-7,9
CetipCTIP313,122,41
BanrisulBRSR616,38-11,5
SantanderSANB1124,8912,77
ItaúITUB329,7511,55
ItausaITSA430,56-0,02
BradescoBBDC331,112,69
ItaúITUB433,773,26
BradescoBBDC434,813,99
ABC BrasilABCB435,531,4
BM&FbovespaBVMF340,6825,28
RedecardRDCD345,8318,39
CieloCIEL387,8548,39
O Banco do Brasil reduziu as estimativas de rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) em 2012 após os resultados. Enquanto o esperado anteriormente era um nível entre 19% a 22%, agora a expectativa caiu para um intervalo entre 17% a 20%. Os analistas Henrique Navarro e Renato Schuetz, contudo, acreditam que essa rentabilidade pode cair ainda mais no ano que vem.
"Acreditamos que o Banco do Brasil será administrado cada vez mais para atender políticas públicas, às custas de lucratividade e retornos para os acionistas", ressaltam Navarro e Schuetz. O Santander tem um preço-alvo de 25 reais para as ações do BB, o que sugere um potencial de valorização de 6,6% na comparação com o fechamento de quarta-feira.
Crédito
A estratégia de baixar os juros e seguir o programa BOMPRATODOS do Governo Federal deve aumentar a participação de mercado frente aos bancos privados, estimam os analistas. Isso, contudo, irá ampliar o déficit de capital e, se o BB quiser manter o índice perto dos níveis atuais (6,6%), irá precisar captar recursos. "De acordo com o critério Basileia III, o Banco do Brasil tem uma posição fraca de capital CT1 (Capital Tier 1), que é um grande motivador no desconto na avaliação com o qual sua ação é negociada em relação aos pares do setor privado no país", explicam.
O Santander projeta que o banco precise de mais 26 bilhões de reais até o início de 2014 para fechar a lacuna para o índice visto como adequado pelo Santander, que é de 10,3%. "Um aumento de capital desse porte aumentaria o número de ações em 40%, considerando a atual cotação", calculam. A adequação do nível, contudo, poderia reduzir o desconto atribuído à análise das ações do banco em relação aos demais no país, afirmam os analistas.
Previ
Além de tudo isso, o BB ainda enfrenta um desafio na gestão do Previ, o fundo de pensão dos seus funcionários e o maior do país. Um levantamento feito por EXAME e publicado naedição mais recente da revista, mostra que, em 2011, dez das 15 maiores fundações do país não conseguiram entregar o que prometeram. É o caso do Previ.
Segundo o Santander, o banco pode ter que financiar os déficits do fundo de pensão se os preços das ações do Banco do Brasil e da Vale (VALE3VALE5)permanecerem em níveis atuais. O Previ tem aproximadamente 100 bilhões de reais em ações da mineradora.