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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Juros devem seguir em 7,25%, indica ata do Copom


Sem novidades, ata da reunião repete explicação para manutenção dos juros em 7,25%

Beatriz Olivon - EXAME.com
  
São Paulo - A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada hoje, mantém o posicionamento que o Comitê já havia apresentado após a reunião de outubro: a perspectiva de que a taxa básica de juros irá se manter no patamar atual (de 7,25% ao ano) por um tempo. 
Assim como o documento divulgado após a reunião de outubro, essa ata afirma que "Considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear". 
"Em linhas gerais não teve nenhuma novidade, repetiram o mesmo comunicado da reunião de outubro", disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. A ata indica que o Comitê espera um cenário com recuperação da atividade com base na recuperação de renda e expansão do crédito; nos estímulos monetários; na mudança de postura do setor público de neutra para mais expansionista e trabalham com a concessão de serviços públicos, que deve entrar em investimentos. A Tendências projeta que a taxa básica de juros irá permanecer em 7,25% ao ano até o final de 2014.
"Esse cenário de recuperação não tem maiores efeitos para a inflação", afirmou Ribeiro.  No cenário de referência, a projeção para a inflação de 2012 elevou-se em relação ao valor considerado na reunião do Copom de outubro e se posiciona acima do valor central de 4,5% para a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) - ela já era considerada acima da meta na ata anterior. "O que não é nenhuma novidade, está fechando o ano e já foi mesmo", disse Ribeiro. 
A ata indica que o comitê manteve as mesmas hipóteses para 2013. Nessa ata, o Comitê expõe que considera uma geração de superávit primário em torno de 3,10% do PIB em 2012, com ajustes - uma novidade em relação a ata anterior, que não mencionava ajustes. 
Global
De acordo com a ata do Copom, a economia global enfrenta período de incerteza acima da usual, com perspectivas de baixo crescimento por período prolongado, a despeito da recente acomodação nos indicadores de volatilidade e de aversão ao risco. Altas taxas de desemprego por longo período, aliadas à implementação de ajustes fiscais, ao limitado espaço para ações anticíclicas e a incertezas políticas, traduzem-se em projeções de baixo crescimento em economias maduras, principalmente na Europa. Em relação à política monetária, as economias maduras seguem com posturas fortemente acomodatícias, segundo a ata.

S&P reduz nota da dívida grega a 'default seletivo'


Este termo é usado quando se acredita que o tomador de recursos conseguirá arcar com apenas parte de suas obrigações

AFP
  
A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu a nota da dívida da Grécia a "default seletivo" nesta quarta-feira, alegando as possíveis repercussões para o país do lançamento de uma operação de recompra da dívida.
Este termo é usado quando se acredita que o tomador de recursos conseguirá arcar com apenas parte de suas obrigações.
A agência grega de gestão da dívida (PDMA) iniciou no dia 3 de dezembro a delicada operação de recompra de uma parte de seus títulos soberanos nas mãos de investidores privados, como acordado com a UE e o FMI, seus principais credores.
Os detentores de títulos da dívida grega afetados têm até 7 de dezembro para participar desta operação que será concluída dez dias depois, segundo comunicado da agência.
O desbloqueio pela UE e o FMI, no dia 13 de dezembro, de novos fundos vitais para que a Grécia não entre em default, depende do êxito dessa operação.
"O avanço do programa da dívida grega será analisado na reunião de ministros das Finanças da UE" nessa data, disse o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, nesta terça-feira.

10 notícias para lidar com os mercados nesta quarta-feira


Marfrig levanta R$1,05 bi em oferta pública; PMI da China desacelera em novembro

Beatriz Souza - EXAME.com
  
São Paulo - Aqui está o que você precisa saber.
1- Marfrig levanta R$1,05 bi em oferta pública. O frigorífico Marfrig levantou 1,05 bilhão de reais com oferta primária de ações precificada nesta terça-feira, um montante próximo ao esperado inicialmente pela empresa. O valor por papel ficou em 8 reais, segundo informações publicadas no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), abaixo do fechamento do dia, de 9,05 reais. 
2- Kroton conclui migração para Novo Mercado da Bovespa. A Kroton Educacional concluiu nesta quarta-feira a migração para o segmento Novo Mercado da BM&FBovespa, passando a ter somente ações ordinárias, negociadas pelo código KROT3. 
3- PMI da China desacelera em novembro por novas encomendas. O crescimento do setor de serviços da China desacelerou em novembro uma vez que o fraco avanço em novas encomendas e uma alta das contratações recentes reduziram os negócios pendentes. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do HSBC divulgado nesta quarta-feira mostrou que o índice caiu para 52,1 em novembro ante 53,5 em outubro, sendo que os preços de venda continuaram a recuar apesar de um aumento nos preços dos insumos. 
4- OSX resiste no setor de dívida à maré negativa de Eike. Os títulos de dívida da fabricante de navios e plataformas de petróleo OSX Brasil SA estão se mostrando resistentes ao afundamento de todas as demais ações e papéis de dívida emitidos por empresas do bilionário Eike Batista. Os US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2015 garantidos por ativos da OSX deram retorno de 10,1 por cento desde a sua emissão em março. 
5- Ações asiáticas sobem com esperanças sobre China. As ações asiáticas atingiram o maior nível em 16 meses nesta quarta-feira, lideradas por uma alta nas ações chinesas devido a esperanças de crescimento estável, mas preocupações sobre se os parlamentares norte-americanos podem quebrar o impasse orçamentário antes do final do ano para evitar uma possível recessão mantinha o otimismo em xeque. 
6- HSBC vende fatia de US$ 9,4 bi em seguradora. O conglomerado controlado pelo homem mais rico da Tailândia, Dhanin Chearavanont, adquiriu do HSBC uma fatia minoritária na seguradora chinesa Ping An Insurance por 9,38 bilhões de dólares, resultando na segunda maior operação na Ásia neste ano. 
7- Ações europeias seguem Ásia e operam em alta. As ações europeias operam em alta nesta quarta-feira, seguindo ganhos durante a noite na Ásia e se aproximando de novas máximas em 2012, após comentários do novo líder chinês impulsionarem as expectativas de crescimento global e alimentarem um rali nas ações de commodities.
8- Obama:Plano republicano para abismo fiscal é desequilibrado. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou nesta terça-feira uma proposta republicana para solucionar o iminente abismo fiscal, classificando-a como "ainda desequilibrada", e insistiu que qualquer acordo precisa incluir um aumento nos impostos para os norte-americanos mais ricos.
9- Diminuição na conta de luz não atinge meta do governo. O valor da conta de luz dos brasileiros pode ficar até 16,7% menor a partir de 2013, disse ontem o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann. A diminuição é resultado das assinaturas antecipadas de contratos de concessão de energia elétrica que ocorreu há pouco. O percentual é inferior aos 20,2% anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, em setembro. Segundo Zimmermann, o percentual menor é atribuído à recusa das companhias Energética de São Paulo (Cesp), Energética de Minas Gerais (Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) em aderir à proposta do governo.
10- Produção industrial global é a mais baixa desde 2009. A produção industrial global teve no terceiro trimestre de 2012 o pior desempenho desde 2009, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (4) pela ONU. A taxa de expansão foi de 2,2% ante o mesmo período do ano passado. A América Latina, puxada pelo Brasil, teve o pior desempenho entre os mercados emergentes, com alta de apenas 0,3%.
Com Bloomberg, Estadão Conteúdo, Reuters.