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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Exterior ajuda, mas Bovespa cai por vencimento de índice


Índice registrou desvalorização apesar de medidas anunciadas pelo Fed terem animado o mercado

AGÊNCIA ESTADO
  
São Paulo - Depois de operar sem tendência na primeira etapa da sessão, a Bovespa firmou posição e passou para o campo positivo à tarde, assim que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou medidas para estimular a economia. Perto do fim dos negócios, a disputa entre comprados e vendidos em índice futuro voltou a dominar e levou o Ibovespa a encerrar em queda nesta quarta-feira. As blue chips - Vale e Petrobras - terminaram o pregão com direções distintas.
O Ibovespa fechou com desvalorização de 0,25%, aos 59.474,18 pontos. No mês, o ganho encolheu para 3,48% e, no ano, para 4,79%. Na mínima, o índice atingiu 59.292 pontos (-0,56%) e, na máxima, 59.859 pontos ( 0,39%). O giro financeiro ficou em R$ 15,530 bilhões, inflado pelo vencimento de índice futuro. Os dados são preliminares.
A autoridade monetária dos EUA anunciou a extensão do programa de compra de bônus, dando continuidade ao seu esforço de revitalizar o mercado de trabalho e impulsionar a recuperação econômica em 2013. Além disso, o Fed mudou a estratégia de comunicação, ao especificar os níveis de desemprego e inflação que poderão motivá-lo a começar a elevar a taxa de juros, que atualmente é zero. Perto do fechamento dos negócios, o Fed divulgou as novas projeções para a economia norte-americana.
Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, a novidade no anúncio do Fed foi a decisão de detalhar a taxa de emprego e de inflação que poderá causar alguma alteração na política monetária. "O Fed mostrou clara disposição de manter a liquidez elevada e o juro baixo. A autoridade monetária ainda está bem tranquila em manter a política monetária expansionista", disse, lembrando que o Fed não está preocupado com os efeitos da inflação no longo prazo. "O que ele quer é evitar uma deflação."
Para o operador de uma grande corretora, o Fed deu os ingrediente necessários para a Bolsa subir hoje, se não fosse o vencimento de índice futuro. "Se fosse um dia normal, a Bolsa teria dado uma disparada mais forte. Mas, como hoje é dia de vencimento de índice futuro, isso não aconteceu", afirmou, ressaltando que o nível pode ser mantido, já que na segunda-feira (17) acontece o vencimento de opções sobre ações.
Petrobras e Vale finalizaram divergentes. Os papéis ON da petroleira caíram 0,89% e os PN cederam 0,70%. As ações da mineradora terminaram com ganhos de 1,03% a ON e de 0,52% a PNA. No caso da Vale, pesou positivamente a alta do preço do minério de ferro no mercado chinês.
Pelo quarto dia consecutivo, as ações da B2W registraram alta ( 7,10%) e lideraram os ganhos do Ibovespa, ainda beneficiadas por boas notícias.
O ranking de perdas, por sua vez, foi dominado por Usiminas PNA (-3,95%) que, segundo operadores, devolve parte dos ganhos dos últimos dias.
Em Nova York, às 17h46 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,38%, o S&P 500 ganhava 0,51% e o Nasdaq avançava 0,24%.

Oferta da ações da Aliansce movimenta R$447,6 mi


Valor precificado, de 23,25 reais, é inferior ao de fechamento da ação da companhia nesta quarta-feira, de 23,85 reais

REUTERS Business
  
Rio de Janeiro - A administradora de shopping centers Aliansce precificou sua oferta primária subsequente de ações em 23,25 reais por papel, movimentando 447,6 milhões de reais.
O valor ficou abaixo do preço de fechamento do papel desta quarta-feira, de 23,85 reais, após alta de 1,36 por cento.
Foram emitdas 19.252.890 ações, segundo informações do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), indicando que todo o lote suplementar foi exercido.
O prospecto preliminar indicava que a oferta envolveria lote inicial de 16.741.644 novas ações, podendo ser acrescida de até 2.511.247 papéis de lote suplementar.
O valor, no entanto, ficou abaixo da estimativa inicial da empresa de levantar aproximadamente 500 milhões de reais.
Segundo a Aliansce, os recursos obtidos com a oferta serão destinados a aquisição e desenvolvimento de novos shoppings (80 por cento do total) e expansão de empreendimentos existentes (20 por cento restantes).