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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mineradoras levam ações europeias para máximas em 2 anos


Aumento dos preços de moradias nos EUA e maior projeção de crescimento para a China contribuíram para o ânimo de investidores

REUTERS Brazil
  
Londres - As ações europeias alcançaram novas máximas em dois anos nesta terça-feira, impulsionadas por mineradoras, com o otimismo sobre a recuperação econômica ganhando fôlego após dados encorajadores sobre preços de moradias nos Estados Unidos e declarações sobre crescimento na China, maior consumidor de metais do mundo.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis europeus, fechou com alta de 0,47 por cento, para 1.178 pontos, seu maior nível de fechamento desde 18 de fevereiro de 2011.
Com isso, o rali desde as mínimas em junho foi elevado para cerca de 24 por cento. Ações de mineradoras avançaram 1,8 por cento na sessão.
Um relatório publicado mais cedo mostrou que os preços de moradias nos Estados Unidos cresceram em novembro, aumentando as evidências de uma recuperação no mercado imobiliário do país.
O principal instituto chinês, enquanto isso, elevou sua projeção de crescimento econômico para 2013 de 8,2 por cento para 8,4 por cento, prevendo expansão mais rápida no primeiro semestre.
Gestores de fundos afirmaram que, embora haja a possibilidade de que as ações recuem após ganhos tão amplos, as vendas generalizadas no curto prazo são pouco prováveis.
"Você vai chegar a um ponto em que essa alta vai ter absorvido todo o dinheiro destinado a ações e é nesse ponto em que os mercados estarão vulneráveis --mas eu não acho que já estejamos lá", disse o gestor de fundos Andrew Cole, do Baring Asset Management, que administra 32,4 bilhões de libras (50,9 bilhões de dólares) em ativos.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,71 por cento, a 6.339 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,20 por cento, para 7.848 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,13 por cento, para 3.785 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,03 por cento, para 17.891 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,34 por cento, para 8.643 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,05 por cento, para 6.279 pontos.

Dívida Pública Federal supera barreira de R$ 2 trilhões

O principal fator que contribuiu para a alta da dívida pública foram as ajudas aos bancos oficiais por meio da injeção de títulos federais
Wellton Máximo - AGÊNCIA BRASIL
  
Brasília - A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou 2012 superando a barreira de R$ 2 trilhões. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, a DPF atingiu R$ 2,008 trilhões em dezembro, contra R$ 1,965 trilhão registrados no fim de novembro.
Em relação a 2011, o estoque da DPF cresceu 11,5%. O principal fator que contribuiu para a alta da dívida pública foram as ajudas aos bancos oficiais por meio da injeção de títulos federais. No ano passado, os aportes nos bancos públicos totalizaram R$ 76,1 bilhões. As instituições financeiras recebem os papéis do governo e os revendem no mercado conforme a necessidade de aumentar o capital.
O maior beneficiado por essa política de ajuda foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que recebeu R$ 55 bilhões - R$ 10 bilhões em janeiro, R$ 10 bilhões em junho, R$ 20 bilhões em setembro e R$ 15 bilhões no mês passado. A Caixa Econômica Federal recebeu R$ 13 bilhões em setembro, e o Banco do Brasil foi beneficiado com R$ 8,1 bilhões.
Os números detalhados da DPF só serão divulgados na próxima quinta-feira (31). Serão detalhadas as emissões, os resgates e a composição da dívida pública. De acordo com o Tesouro Nacional, o estoque acima de R$ 2 trilhões está dentro das bandas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipulava que a DPF encerraria 2012 entre R$ 1,950 trilhão e R$ 2,050 trilhões.