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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


As 10 ações que mais subiram e caíram em agosto

Mês foi de alta para a bolsa, mas matador para as empresas elétricas; Gafisa vive redenção

 
São Paulo - O mês de agosto foi de alta uma leve alta de 1,72% para a Bovespa. O tímido desempenho, contudo, esconde a alta volatilidade de alguns papéis e setores, principalmente o imobiliário (IMOB) e o de energia elétrica (IEE). O primeiro viu uma disparada de 9,95% e, o segundo, uma baixa de 5,57%. Foi um verdadeiro mês do cachorro louco para algumas tradicionais queridinhas dos dividendos do setor elétrico.
"Neste mês de agosto, as especulações de ações dos Bancos Centrais ficaram em voga. A cada dado econômico divulgado em algum dos principais mercados internacionais, as especulações aumentavam ou diminuíam, gerando diversas repercussões", resume a equipe de análise da UM Investimentos em um relatório assinado por Ignacio Fravega e outros analistas.
A sexta-feira terminou sem o tão esperado anúncio de um novo estímulo econômico pelo presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke. As apostas agora se concentram para as próximas reuniões oficiais de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) - 6 de setembro - e do BC americano (Federal Reserve) - em 12 de setembro.
10 do mês
As ações da Gafisa (GFSA3dispararam 61,35% neste mês após a apresentação dos resultados do segundo trimestre e a diminuição do impacto da Tenda sobre o balanço da companhia. Para a surpresa dos analistas, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 149 milhões de reais, bem a frente da expectativa consensual de 97 milhões de reais. Os números incentivaram uma forte disparada das ações na bolsa.
CódigoEmpresa/TipoPreço (R$)Variação (%)
GFSA3Gafisa ON4,0561,35
BISA3Brookfield ON4,0732,57
RSID3Rossi ON6,0830,75
MRFG3Marfrig ON11,521,69
BTOW3B2W ON7,9719,31
PDGR3PDG Realty ON3,9515,84
USIM3Usiminas ON9,4814,91
CYRE3Cyrela Realty ON16,5111,55
OGXP3OGX ON6,311,5
DASA3Dasa ON12,8111,39
O bom resultado é consequência da contribuição positiva da Tenda, que vinha dando prejuízos. A margem bruta teve um bom incremento também, de 27%, dado ao aumento na participação da Gafisa e de Alphaville na receita. Além disso, a empresa obteve uma geração de caixa operacional positiva de 231 milhões de reais no trimestre. Rumores também consideraram a possibilidade da venda da Tenda para o governo federal.
10 - do mês
O governo brasileiro está disposto a baixar as tarifas do setor elétrico, o que pode afetar a geração de caixa de parte das companhias. Além disso, uma Medida Provisória editada ontem deu calafrios às empresas que têm concessões para vencer em breve, como são os casos da Cesp, Cemig, Eletrobras e Transmissão Paulista (TRPL4). E foi justamente essa última companhia que mais agonizou na bolsa em agosto, com uma forte desvalorização de 21,6%.
CódigoEmpresa/TipoPreço (R$)Variação (%)
TRPL4CTEEP PN45,1-21,63
OIBR4OI PN7,71-18,48
OIBR3Oi ON9,15-17,34
CESP6CESP PNB31,45-15,34
BRAP4Bradespar PN26,5-13,77
CPLE6Copel PNB36,39-13,52
CMIG4Cemig PN34,65-11,56
UGPA3Ultrapar ON43,4-9,14
VALE3Vale ON33,78-9,07
VALE5Vale PNA33,18-8,85
O banco Santander estima uma redução média das tarifas em 13%. "Além disso, acreditamos numa redução de 35% nas tarifas de geração e distribuição cujas concessões estejam vencendo. Atualmente, as empresas que mais seriam afetadas negativamente por essa nova política de concessão do governo são Cesp, Eletrobras e Transmissão Paulista", mostra a análise assinada por Leonardo Milane, estrategista de pessoa física.
"O fato é que o momento serviu como gatilho para a realização de lucros em todas as empresas do setor, pois a atual incerteza e a forte performance verificada nos últimos anos na comparação com o Ibovespa corroboraram essa decisão", ressalta o analista da Ágora Corretora, Filipe Acioli.

Novo Ibovespa vai a 69 ações com Cetip e Suzano

Prévia tem um total de 69 papéis de 64 empresas, segundo informações da BM&FBovespa

 
São Paulo - A terceira prévia da carteira teórica do índice Ibovespa para o período de setembro a dezembro incluiu as ações da câmara de compensação Cetip e da Suzano Papel e Celulose, num total de 69 papéis de 64 empresas, segundo informações da BM&FBovespa.
Até a segunda prévia, divulgada em 16 de agosto, a composição da carteira se mantinha inalterada, com 67 ativos de 62 empresas.
A ação da Cetip entrou na carteira com peso de 0,665 por cento, enquanto o papel preferencial da Suzano retornou ao índice com peso de 0,671 por cento.
O papel preferencial da Vale seguiu com a maior participação, 9,128 por cento ante peso de 9,226 por cento na carteira que vigora até esta sexta-feira.
Em seguida aparecem as preferenciais da Petrobras , com 8,226 por cento ante 8,068 atuais. Os papéis da petrolífera OGX aparecem com peso de 5,157 por cento ante participação de 5,069 por cento até esta sexta-feira.
A lista das principais ações do índice é completada com Itaú Unibanco, com peso de 4,478 por cento, seguida por PDG Realty, com 3,648 por cento.


Bradesco lidera apostas dos analistas de ações no Brasil

BlackRock e Citigroup também acreditam que as ações de bancos vão disparar no 2º semestre

 
Se existe uma ação que os analistas dizem que os investidores devem comprar no segundo semestre, é a do Banco Bradesco SA. Dos 24 analistas que cobrem o segundo maior banco da América Latina em valor de mercado, 18 recomendam a compra, o maior percentual entre as empresas do Ibovespa, segundo dados compilados pela Bloomberg. Banco do Brasil SA e Itaú Unibanco Holding SA ficam em quarto e sexto, respectivamente, entre os 67 membros do índice.
BlackRock Inc. e Citigroup Inc. apostam que as ações de bancos vão disparar no segundo semestre do ano, depois que o Banco Central cortou a taxa básica de juros para sua mínima histórica, o que deve ajudar a reduzir a inadimplência, atualmente no nível mais alto em 30 meses.
O Comitê de Política Monetária, liderado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, cortou a Selic em 5 pontos percentuais, para 7,5 por cento, nos últimos 12 meses, mais do que qualquer outro país do Grupo dos 20.
"Minhas principais recomendações de compra são bancos e ações de consumo discricionário, pois os múltiplos ainda são atraentes para esses setores", disse Jason Press, estrategista do Citigroup para a América Latina em Nova York, em entrevista por telefone.
"Esperamos uma reaceleração liderada pelo consumo na economia brasileira no segundo semestre deste ano."
O Bradesco é negociado a 12 vezes seu lucro, comparado a 11 vezes do Itaú e 5,9 vezes do Banco do Brasil, segundo dados da Bloomberg. No índice MSCI World/Banks, a razão média é de 15 vezes.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nova poupança com retorno negativo


Nova poupança com retorno negativo

A nova queda na taxa SELIC, anunciada ontem (29/08), colocou nossa taxa básica de juros no menor patamar da história: 7,5% ao ano. Com essa redução, todos os investimentos de renda fixa serão impactados.
O que muitos não tinham percebido, até então, é que orendimento da nova poupança pode ser negativo nos próximos 12 meses, se descontarmos a inflação.
O objetivo deste artigo é mostrar como a recente queda da taxa SELIC reduzirá a rentabilidade dos ativos de renda fixa, em especial a poupança. Se a previsão da inflação para os próximos 12 meses estiver correta, a nova poupança terá retorno negativo.

Qual será o rendimento da nova poupança?

Como já expliquei no artigo “Entenda o rendimento da nova poupança“, desde que a taxa Selic rompeu a barreira dos 8,5% ao ano, a rentabilidade deste ativo passou a ser 70% da SELIC + TR.
E com a taxa SELIC em 7,5% ao ano, o rendimento da poupança passa a ser 5,25% ao ano(0,7 * 7,5%).
Se esse valor já é muito baixo independente de qualquer comparativo, ele fica ainda mais assustador quando consultamos as previsões de mercado para a inflação (medida pelo IPCA).

Qual a previsão da inflação?

De acordo com o relatório Focus divulgado na última sexta-feira (24/08), a previsão da inflação nos próximos 12 meses é 5,64%.
Mas o que isso significa?
Significa que se você deixar o dinheiro aplicado na poupança, existe uma grande possibilidade de perder dinheiro. Como a inflação está prevista para ser maior que a poupança, seu dinheiro valerá menos daqui a 12 meses, mesmo com os juros da nova poupança.

Então o que fazer? Onde investir?

Como eu já havia alertado no artigo que escrevi na última queda da SELIC (Nova queda da SELIC: e agora, onde investir?), foi-se o tempo onde era fácil obter ótima rentabilidade apenas com ativos de renda fixa.
Mesmo com a segurança e baixo risco dos títulos públicos, o retorno da Renda Fixa tem servido apenas para manutenção do patrimônio e como uma proteção contra a inflação.
Para buscar resultados melhores, é fundamental aprender a investir em ativos de renda variável, como ações ou fundos de índice.
Por isso que venho “batendo na mesma tecla” já há algum tempo: para obter resultados melhores, é necessário expor parte do seu capital em investimentos de renda variável, aliado a uma estratégia de alocação de ativos.
Mostrei recentemente que não é necessário ter medo do imposto de renda nos investimentos e até dei algumas sugestões de carteira para investimento passivo.
O que você está esperando para adquirir conhecimento sobre as opções de investimento existentes e buscar melhores resultados para seus investimentos?

Taxa básica de juros cai para 7,50%, como previsto

Corte marca um ano de reduções na Selic e uma nova baixa histórica

Beatriz Olivon - EXAME.com
São Paulo - A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dessa semana reduziu aSelic em 0,50 ponto percentual, para 7,50% ao ano, sem viés. O corte é o mesmo dos últimos encontros.
De acordo com o comunicado do BC, "considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia".
A decisão foi unânime. Votaram pela redução da taxa Selic para 7,50% os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini, Presidente, Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.
A nova queda coroa um ano de cortes de juros, praticamente. O Comitê de Política Monetária começou a reduzir a Selic em 31 de agosto de 2011. Na época, o corte de 0,50 ponto percentual na taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado (veja infográfico na segunda página mostrando a evolução dos juros no governo Dilma). Em maio desse ano, a Selic atingiu sua então mínima histórica no Brasil (8,5%).
Com a taxa de 7,50%, os depósitos em caderneta de poupança feitos após o dia 4 de maio continuam tendo rendimento diferenciado dos antigos.
Expectativas
A redução para 7,50% está alinhada com a expectativa do mercado. O último boletim Focus, elaborado pelo BC com base em consultas feitas a instituições financeiras, indicava uma queda de 0,5 ponto percentual na taxa.
As previsões para a Selic no final do ano não são tão unânimes. O Focus dessa semana previa que a Selic terminaria o ano em 7,25% ao ano. Um estudo recente do Itaú Unibanco indica Selic de 7% no final deste ano.
Também especula-se que esse pode ter sido o último corte de juros do ciclo atual. "As discussões se concentram na possibilidade de a autoridade monetária estender um pouco mais o ciclo. Nesse sentido, o comunicado emitido após o encontro poderá ajudar a traçar os próximos passos do Banco Central", afirmou o Bradesco em relatório divulgado no início dessa semana, quando o banco dava como "praticamente certo", na expectativa do mercado, que o Copom reduziria a Selic em 0,50 ponto percentual. 
O Goldman Sachs também defende que é importante observar possíveis indícios de fim do ciclo de afrouxamento. "A questão chave para monitorar é se a ata vai indicar que o Banco Central está se preparando para encerrar o ciclo de afrouxamento", afirma relatório do banco. A ata do Copom será divulgada na quinta-feira da semana seguinte. O Copom terá mais duas reuniões em 2012, uma em outubro e outra em novembro.
Dada a atual situação da inflação, para o Goldman, uma continuação nos cortes da Selic após agosto demandaria uma deterioração adicional do cenário macrofinanceiro mundial e outro baixo desempenho da atividade real durante o terceiro trimestre de 2012.  
Para 2013, a expectativa do mercado, segundo o Focus, é que a Selic volte a subir. Para a Tendências Consultoria Integrada, a taxa de juros deve voltar a subir a partir de março de 2013 e chegar a 9,5% em agosto de 2013. "A aceleração recente da inflação também reforçou nosso cenário de elevação da taxa de juros a partir de março de 2013", informa o relatório da consultoria. 


Bovespa segue exterior e tem mais um dia de queda

O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira com declínio de 0,20%, aos 57.256,43 pontos

 
São Paulo - A Bovespa engatou mais um dia de realização de lucros, acompanhando o mau humor externo. Com isso, a Bolsa está perto de anular os ganhos acumulados no ano. Notícias desanimadoras na zona do euro e dos Estados Unidos fizeram aumentar as preocupações com o desaquecimento da economia global. A queda das ações de empresas de peso, como Petrobras, Vale, e de setores relevantes, como siderúrgico e financeiro ajudaram no movimento negativo. Além disso, a queda quase que generalizada das companhias do setor de energia também influenciou os negócios.
O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira com declínio de 0,20%, aos 57.256,43 pontos. Com isso, o ganho acumulado no mês caiu para 2,07% e, no ano, para 0,89%. Na mínima, o índice atingiu 56.901 pontos (-0,82%) e, na máxima, 57.508 pontos ( 0,24%). O giro financeiro ficou em R$ 5,794 bilhões.
"O mercado segue cauteloso, à espera de sinais de que os BCs dos EUA e da zona do euro irão adotar medidas de incentivos aos países em dificuldades. Amanhã é o grande dia", comentou um operador, referindo-se ao evento em Jackson Hole. A expectativa é que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, dê alguma sinalização sobre o tão esperado afrouxamento quantitativo.
As ações da Petrobras tiveram mais um dia de queda, assim como as da Vale. O papel ON da petroleira caiu 1,18% e o PN, -0,80%, seguindo o petróleo no mercado internacional. Na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro encerrou com declínio de 0,91%, a US$ 94,62 o barril.
Outra empresa de peso, OGX, que na quarta-feira caiu cerca de 8%, nesta quinta-feira terminou o dia com leve alta de 0,17%.
Vale continua sofrendo com a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional. O papel ON caiu 0,33% e o PNA, -0,43%. Nesta quinta o preço do minério de ferro voltou a romper uma importante barreira e desceu para US$ 88,7 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index (TSI).
Entre as siderúrgicas, Gerdau PN e Usiminas PNA conseguiram terminar no azul, com ganhos de 0,83% e 0,25%, respectivamente. Já Gerdau Metalúrgica PN e Companhia Siderúrgica Nacional ON recuaram 0,57% e 2,23%, nesta ordem.
No setor financeiro, a exceção foi o Bradesco, único a apurar ganho ( 0,09%). Na contramão, Itaú Unibanco caiu 0,58%, Banco do Brasil recuou 1,14% e as units Santander perderam 2,06%.
As empresas do setor de energia, consideradas defensivas, também amargaram perdas. O governo editou Medida Provisória que trata da extinção das concessões de serviço público de energia elétrica. De acordo com a MP, extinta a concessão, "o poder concedente prestará temporariamente o serviço, por meio de órgão ou entidade de administração pública federal, até que novo concessionário seja contratado por licitação nas modalidades leilão ou concorrência".
O índice de energia elétrica (IEE) terminou o dia com recuo de 1,80%. A maior queda entre as ações foi verificada na Cesp PNB (-6,08), que também figurou entre os destaques de perda do Ibovespa.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,81%, o S&P500 recuou 0,78% e o Nasdaq, -1,05%

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Ibovespa opera em queda, pressionado por Vale e OGX

Papéis da OGX desabam 7.3%, a R$ 6,07 após notícia de mudança na diretoria da companhia do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista

 
São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa recuava nesta quarta-feira e operava abaixo do suporte de 57.600 pontos, pressionado pela queda das ações da mineradora Vale e da petroleira OGX.
Temores de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não dê sinais concretos sobre o lançamento de possíveis medidas de estímulo monetário também pesavam no mercado. Estes temores cresceram após o governo divulgar dados melhores do que o esperado para o PIB do país.
Às 13h23, o Ibovespa caía 1.96 por cento, a 57.258 pontos. A perda do nível de suporte forçava investidores que haviam apostado na alta da bolsa a desmontarem posições compradas.
Na mínima até o momento, o índice chegou a recuar 2,3 por cento, a 57.060 pontos. O giro financeiro do pregão era de 3,5 bilhões de reais.
As ações da OGX desabavam 7.3 por cento, a 6,07 reais após notícia de mudança na diretoria da companhia do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista.
"Essas mudanças geram insegurança adicional no mercado, em uma empresa que está só começando suas atividades", afirmou o sócio da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, no Rio de Janeiro.
Se as ações da OGX fecharem nesse patamar, terão a maior queda desde o fim de junho, quando a companhia decepcionou o mercado ao divulgar dados de produção muito abaixo das expectativas.
As ações preferenciais da Vale caíam 3.9 por cento, a 32,06 reais, pressionadas por uma contínua baixa nos preços do minério de ferro. O minério com 62 por cento de teor de ferro era cotado no menor patamar desde novembro de 2009, diante das preocupações com a demanda da China.
Em sentido oposto, a ação da construtora e incorporadora PDG Realty conseguia sustentar valorização de 3,9 por cento, a 3,74 reais, por expectativas de capitalização da companhia pela Vinci Partners e mudança da presidência.
No exterior, os mercados continuavam no aguardo do discurso do presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Ben Bernanke participa de um simpósio de bancos centrais em Jackson Hole (Wyoming), na sexta-feira, e investidores estão atentos a sinais de uma nova rodada de estímulo monetário no país.
Alguns investidores reduziriam as apostas em novas medidas de estímulo depois que o governo dos Estados Unidos anunciou uma revisão do PIB norte-americano do segundo semestre, de 1,5 por cento para 1,7 por cento.
Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones operava praticamente estável, com fraco volume de negócios. Já o principal índice europeu de ações fechou em queda de 0,24 por cento.

Itaú BBA vê oportunidade para arriscar mais na bolsa

Esta é a hora certa de assumir uma posição de maior risco, dizem analistas

 
São Paulo - A bolsa brasileira não está barata na comparação com outras importantes do mundo, mas este pode ser o momento para aumentar as apostas em ações de maior risco. A análise está em um relatório do banco Itaú BBA publicado nesta semana.
Após uma alta recente amparada na expectativa de novos estímulos econômicos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do BC americano, o Ibovespa voltou a operar no terreno positivo em 2012.
"Em termos de múltiplos de igual ponderação e 12 meses adiante, a bolsa brasileira está sendo negociada a 13,5 vezes, muito perto do múltiplo de 13,7 vezes da bolsa dos Estados Unidos, apesar de oferecer uma perspectiva mais fraca para o crescimento dos lucros no curto prazo. Ainda assim, achamos que esta é a hora certa de assumir uma posição de beta mais elevado, mas mantendo a escolha cuidadosa de algumas empresas defensivas", afirmam os analistas Carlos Constantini, Susana Salaru e Pedro Luz Maia.
Atraso nos estímulos
O beta de uma ação é a variação percentual de preços de um ativo em função da variação percentual de um índice. Ou seja, um valor elevado sugere que o papel tende a apresentar uma variação acima do índice, porém na mesma direção. Segundo os analistas, o estímulo governamental consistente, o fluxo de notícias positivo e os dados de fluxo de fundos sustentam a nova postura do banco.
"Os modelos estatísticos da nossa equipe macroeconômica, com base em experiências anteriores, sugerem que a recuperação já deveria estar a toda a velocidade. No entanto, os números estavam decepcionantes até bem pouco tempo atrás. Felizmente nossos economistas confiam em seus modelos e conceitos, insistindo que a recuperação estava prestes a acontecer", ressaltam.
Para eles, apesar de a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 ter baixado de 3,5% para 1,9%, a maior parte do atraso na reação aos estímulos já ficou para trás.
Recomendações
Os analistas anunciaram a redução da posição em ações que funcionam como aplicações de renda fixa de curto prazo, como Ambev (AMBV4) e Ultrapar (UGPA3), para acrescentar os papéis da Raia Drogasil. "Consideramos a RADL3 primariamente um investimento em consumo discricionário que não participou da recente recuperação das ações do setor", explicam.
Além disso, o Itaú BBA recomenda a troca dos papéis da Telefônica (VIVT3VIVT4) pelos daRandon (RAPT4). "Estamos reduzindo nossa exposição a Telecomunicação, diante da contínua pressão resultante de preocupações regulatórias que afetam o setor como um todo. Também aproveitamos a oportunidade para aumentar nossa exposição a um investimento com maior exposição à infraestrutura", concluem.
Os outros papéis que fazem parte da carteira recomendada do banco são: Petrobras(PETR4), BR Properties (BRPR3), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), CCR(CCRO3), Mills (MILS3), Vale (VALE5) e Cemig (CMIG4).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar Ações


Ações europeias têm alta, mas revisão de PIB da Espanha pesa

Analistas aguardam detalhes de esperadas novas medidas de bancos centrais para estimular o crescimento

 REUTERS
 
Paris/Londres/Helsinki - As ações europeias tinham leve alta em um pregão volátil nesta segunda-feira, após o forte rali das últimas semanas, com investidores esperando detalhes de esperadas novas medidas de bancos centrais para estimular o crescimento.
Às 8h18 (horário de Brasília), o índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subia 0,11 por cento, para 1.091 pontos. O índice das blue chips da zona do euro Euro STOXX 50 avançava 0,13 por cento, para 2.437 pontos.
As ações espanholas caíam, com o índice IBEX chegando a recuar 0,8 por cento, depois que dados revisados mostraram que a economia do país encolheu mais do que o previamente estimado em 2010, e cresceu menos que o inicialmente publicado em 2011, renovando temores sobre a capacidade do país de controlar seu déficit público.
"As pessoas têm se focado na perspectiva de que ... o BCE (e o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) comprarão títulos, mas no final do dia, eu duvido seriamente que essas medidas terão um impacto significativo na economia real", afirmou um operador de fundos de Paris.
"Os riscos sistêmicos de alguma forma diminuíram, o que explica o rali do verão (do hemisfério norte). Mas acima disso, as ações não vão subir mais, a menos que as coisas melhorem no fronte macro." A expectativa é de que as ações europeias continuem com variações pequenas antes do esperado encontro anual de membros de bancos centrais em Jackson Hole, Wyoming, nos Estados Unidos, que começará na sexta-feira. O presidente do Fed, Ben Bernanke, já usou tais encontros para sinalizar afrouxamento monetário futuro.
Os investidores também esperavam por detalhes do plano do BCE para começar a comprar títulos espanhóis e italianos para ajudar a amenizar a crise da dívida da zona do euro.

Clima de cautela prevalece e Bovespa tem terceira queda

O Ibovespa encerrou com recuo de 0,54%, aos 58.111,46 pontos

 
São Paulo - A Bovespa deu continuidade ao movimento iniciado na semana passada e registrou o terceiro dia seguido de queda, na contramão das bolsas internacionais. A agenda externa e interna recheada de eventos nesta segunda-feira contribuiu para o movimento de cautela adotado pelos investidores. Além disso, a queda de quase 2% das ações da Vale contribuiu para manter a Bolsa no campo negativo.
O Ibovespa encerrou com recuo de 0,54%, aos 58.111,46 pontos. Com isso, a alta acumulada no mês caiu para 3,59% e, no ano, para 2,39%. Na mínima, o índice atingiu 57.853 pontos (-0,98%) e, na máxima, 58.462 pontos ( 0,06%). O giro financeiro limitou-se a R$ 4,540 bilhões - menor valor desde 18 de julho (R$ 4,889 bilhões).
"O mercado está em compasso de espera, em busca de sinais claros do BCE e do Fed", disse um experiente profissional, ressaltando ainda que o investidor também vai ficar muito atento ao documento divulgado após o término da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, onde será divulgado a nova taxa Selic, atualmente em 8,00% ao ano. "O mercado quer saber se vai ter algum indício no comunicado sobre a possível continuidade da queda da taxa básica", disse.
As ações da Vale reagem à desaceleração da economia chinesa, a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional e também às expectativas sobre a negociação da mineradora com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), os royalties da mineração. O papel ON caiu 1,53% e o PNA, -1,56%
As siderúrgicas tiveram recuo generalizado. Usiminas PNA caiu 2,38%, enquanto a ON, -2,52%. Gerdau ON (-1,76%) Gerdau Metalúrgica ON (-1,90%), e Siderúrgica Nacional ON (-2,75%). Na sexta-feira, a agência de classificação de risco S&P rebaixou o rating corporativo da Usiminas e a perspectiva foi mantida estável. Nesta segunda-feira, em relatório, o Barclays lembrou que as siderúrgicas brasileiras estão muito expostas às fraquezas e aos riscos do cenário externo.
Já bancos terminaram sem direção única. Bradesco e Itaú Unibanco recuaram 0,70% e 1,50%, respectivamente. Enquanto Banco do Brasil e units do Santander subiram 2,26% e 0,56%. No fim de semana, o jornal O Estado de S.Paulo trouxe matéria informando que após um ano da venda do banco Schahin para o BMG, começa a vir à tona mais um escândalo no sistema financeiro. O Schahin tinha um rombo de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, resultado de fraudes e outras irregularidades semelhantes às do Panamericano e do Cruzeiro do Sul.
Petrobras nesta segunda-feira foi na contramão do exterior e reagiu a notícia divulgada na sexta-feira, após o fechamento do mercado, de que a empresa comprovou a ocorrência de petróleo e gás de boa qualidade no bloco BM-SEAL-10, em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe-Alagoas. O papel ON subiu 0,87% e o PN, 0,66%. Já na Nymex, o contrato da commodity com vencimento em outubro registrou recuo de 0,71%, a US$ 95,47 o barril.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,25%, o S&P 500 cedeu 0,05% e o Nasdaq conseguiu se manter em leve alta, 0,11%