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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ibovespa tem queda após dado da atividade econômica


Índice cedeu 1,04 por cento, a 49.181 pontos, renovando a cotação mínima de fechamento em cinco anos


 
BM&FBovespa: na semana, o índice perdeu 1 por cento, ampliando a queda no mês para 4,51 por cento

São Paulo - A Bovespa ampliou as perdas da véspera e fechou em queda nesta sexta-feira, com o mercado reagindo ao resultado pior que o esperado da atividade econômica em novembro e pressionado por ações do setor financeiro e da mineradora Vale.
 O Ibovespa cedeu 1,04 por cento, a 49.181 pontos, renovando a cotação mínima de fechamento em cinco anos. Na semana, o índice perdeu 1 por cento, ampliando a queda no mês para 4,51 por cento. O giro financeiro da bolsa no pregão totalizou 5,2 bilhões de reais.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve contração de 0,31 por cento em novembro ante o mês anterior, decepcionando o mercado, que esperava queda de 0,10 por cento, segundo pesquisa Reuters. Também corroborando preocupações sobre a economia doméstica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novo levantamento mostrando que a taxa média de desemprego do Brasil no primeiro semestre de 2013 ficou em 7,7 por cento.
"A bolsa rompeu os 50 mil pontos, teve uma queda considerável, e estabilizou abaixo deste patamar esperando outras notícias. No nível em que está, qualquer notícia negativa tem um efeito forte", afirmou o analista Leandro Silvestrini, da Intrader. A Vale e Itaú Unibanco, que têm grande peso no Ibovespa, foram as maiores influências de queda do dia.
Carro-chefe no mercado de derivativos, a ação preferencial da Petrobras também fechou no negativo após um dia de volatilidade, em meio à zeragem de posições de investidores antes do vencimento dos contratos de opções sobre ações, cujo exercício ocorre na próxima segunda-feira.
Por sua vez, as empresas do setor imobiliário PDG Realty e Brookfield apareceram entre as maiores quedas, ao lado da companhia de bens de consumo Hypermarcas e da petroquímica Braskem.
"O IBC-Br veio fraco, mostrando que a economia está tendo dificuldades para crescer. Ao mesmo tempo, o mercado vê que o Banco Central tem que continuar subindo o juro para conter a inflação, o que é um cenário ruim para as ações de construtoras", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Mesmo com a inflação, taxas de juros não disparam


Efeito do IPCA se concentrou na ponta curta da curva, enquanto no segmento mais longo dados abaixo do esperado do mercado de trabalho nos EUA provocaram queda

Álvaro Campos, do


Bovespa
Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (143.000 contratos) estava em 10,21%

São Paulo - Mesmo com a inflação acima de todas as projeções em dezembro e no acumulado de 2013, os juros futuros não dispararam nesta sexta-feira, como seria de se esperar. O efeito do IPCA acabou se concentrando na ponta curta da curva, enquanto no segmento mais longo os dados muito abaixo do esperado sobre o mercado de trabalho nos EUA provocaram uma queda significativa.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (143.000 contratos) estava em 10,21%, de 10,18% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2015 (714.170 contratos) marcava 10,61%, de 10,58% do ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (269.785 contratos) apontava 12,23%, de 12,34% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (18.770 contratos) indicava taxa de 13,02%, ante 13,17% no ajuste anterior.
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que foram criadas apenas 74 mil vagas no país em dezembro, muito abaixo das 200 mil esperadas pelos analistas ouvidos pela Dow Jones.
Os números de outubro e novembro, juntos, foram revisados para cima em um total de 38 mil, levando o ganho médio mensal dos últimos três meses a 171.667. Enquanto isso, a taxa de desemprego caiu para 6,7% em dezembro, de 7,0% em novembro, se aproximando do gatilho de 6,5% estabelecido pelo Federal Reserve para a interrupção das compras mensais de bônus.
Entretanto, a queda do desemprego não é necessariamente um bom sinal. Os dados do governo mostram que a taxa de participação na força de trabalho dos EUA ficou em 62,8%, mesmo nível de outubro e a mais baixa desde 1978.
A taxa é calculada pela soma do número de pessoas empregadas com o número de desempregados, dividida pelo número de pessoas em idade de trabalhar. Ela reflete não só o envelhecimento da população como número de pessoas que desistiram de procurar emprego.
Nesse cenário, cresceram as incertezas sobre os próximos passos do Fed. Apesar do payroll fraco sugerir moderação na redução dos estímulos, o presidente da regional de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que espera o anúncio de um novo corte de US$ 10 bilhões nas compras mensais de bônus na reunião da próxima semana. Para ele, os dados isolados de um mês não devem influenciar as decisões de política monetária.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje que a inflação medida pelo IPCA ficou em 5,91% em 2013, ante 5,84%, acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 5,88%.
Em dezembro, o índice subiu 0,92% ante novembro, também acima de todas as previsões. Essa variação é a maior alta mensal desde abril de 2003 e o maior ganho para meses de dezembro desde 2002.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o IPCA no ano passado mostrou resistência "ligeiramente acima daquela que se antecipava", em função especialmente da depreciação cambial e custos originados no mercado de trabalho. Mesmo assim, ele ressaltou que o ritmo de alta nos preços ficou dentro da meta.
O secretário-executivo e ministro interino da Fazenda, Dyogo Oliveira, tentou mostrar otimismo. "Do ponto de vista da comparação anual, a diferença é na segunda casa decimal. Então, tivemos um índice praticamente estável em relação a 2012, o que demonstra que a inflação está sob controle e não há nenhum risco de descontrole", avaliou.

Inflação mostrou resistência acima do previsto, diz Tombini


O presidente do BC tinha previsto inflação em 2013 menor do que em 2012



 

















Alexandre Tombini:o presidente do BC ressaltou que o IPCA ficou dentro do intervalo de tolerância fixado para o ano


Brasília – A inflação ao consumidor encerrou 2013 com resistência ligeiramente acima daquela que se antecipava, disse, em nota, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini
O presidente do BC tinha previsto inflação em 2013 menor do que em 2012.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano de 2013 em 5,91%. Em 2012, a inflação ficou em 5,84%.
“Essa resistência da inflação, em grande medida, se deveu à depreciação cambial [alta do dólar] ocorrida nos últimos semestres, a custos originados no mercado de trabalho, além de recentes pressões no setor de transportes”, destacou o presidente do BC.
Tombini também ressaltou que o IPCA ficou dentro do intervalo de tolerância fixado para o ano.
O índice ficou acima do centro da inflação (4,5%), que deve ser perseguido pelo BC, mas abaixo do limite superior (6,5%).
No ano passado, como medida para tentar conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais.
A taxa encerrou 2013 em 10% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.