Índice cedeu 1,04 por cento, a 49.181 pontos, renovando a cotação mínima de fechamento em cinco anos
BM&FBovespa: na semana, o
índice perdeu 1 por cento, ampliando a queda no mês para 4,51 por
cento
São Paulo - A Bovespa
ampliou as perdas da véspera e fechou em queda nesta
sexta-feira, com o mercado reagindo ao resultado pior que o esperado
da atividade econômica em novembro e pressionado por ações do
setor financeiro e da mineradora Vale.
O Ibovespa
cedeu 1,04 por cento, a 49.181 pontos, renovando a cotação mínima
de fechamento em cinco anos. Na semana, o índice perdeu 1 por cento,
ampliando a queda no mês para 4,51 por cento. O giro financeiro da
bolsa no pregão totalizou 5,2 bilhões de reais.
O Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve contração de 0,31 por
cento em novembro ante o mês anterior, decepcionando o mercado, que
esperava queda de 0,10 por cento, segundo pesquisa Reuters. Também
corroborando preocupações sobre a economia doméstica, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novo
levantamento mostrando que a taxa média de desemprego do Brasil no
primeiro semestre de 2013 ficou em 7,7 por cento.
"A bolsa rompeu os 50 mil
pontos, teve uma queda considerável, e estabilizou abaixo deste
patamar esperando outras notícias. No nível em que está, qualquer
notícia negativa tem um efeito forte", afirmou o analista
Leandro Silvestrini, da Intrader. A Vale e Itaú Unibanco, que têm
grande peso no Ibovespa, foram as maiores influências de queda do
dia.
Carro-chefe no mercado de
derivativos, a ação preferencial da Petrobras também fechou no
negativo após um dia de volatilidade, em meio à zeragem de posições
de investidores antes do vencimento dos contratos de opções sobre
ações, cujo exercício ocorre na próxima segunda-feira.
Por sua vez, as empresas do
setor imobiliário PDG Realty e Brookfield apareceram entre as
maiores quedas, ao lado da companhia de bens de consumo Hypermarcas e
da petroquímica Braskem.
"O IBC-Br veio fraco,
mostrando que a economia está tendo dificuldades para crescer. Ao
mesmo tempo, o mercado vê que o Banco Central tem que continuar
subindo o juro para conter a inflação, o que é um cenário ruim
para as ações de construtoras", disse o estrategista-chefe do
Banco Mizuho, Luciano Rostagno.