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quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Ibovespa sobe e interrompe sequência de 3 semanas de queda

O Ibovespa subiu 1,21 por cento, a 59.161 pontos, após ter chegado a avançar 1,54 por cento na máxima intradiária

REUTERS Brazil
  
São Paulo - A Bovespa avançou nesta quinta-feira, com investidores aproveitando a melhora de humor nos mercados externos para comprar ações brasileiras após as quedas recentes.
O Ibovespa subiu 1,21 por cento, a 59.161 pontos, após ter chegado a avançar 1,54 por cento na máxima intradiária.
O giro financeiro do pregão foi de 6,55 bilhões de reais.
Com isso, o índice encerrou a semana mais curta com alta de 1 por cento, após três quedas semanais consecutivas. O mercado brasileiro ficará fechado na sexta-feira por feriado nacional.
"Na ausência de notícias muito negativas, a Bovespa teve um dia de ajuste após as quedas recentes", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Corretora, Ariovaldo Santos, em São Paulo.
Os mercados repercutiram nesta quinta-feira o dado de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que mostrou inesperada queda na semana passada para o menor nível em mais de quatro anos e meio.
Mas os índices norte-americanos perderam força à tarde, pressionados por ações de tecnologia e consumo. O Dow Jones recuou 0,14 por cento, S&P 500 fechou quase estável e o referencial de tecnologia Nasdaq caiu 0,08 por cento.
Mais cedo, o principal índice europeu de ações encerrou os negócios em alta de 0,8 por cento.
Por aqui, a preferencial da Petrobras subiu 1,72 por cento, a 22,50 reais, e a da Vale teve alta de 0,98 por cento, a 36,20 reais. OGX avançou 1,25 por cento, a 5,66 reais.
Gafisa liderou os ganhos do índice, disparando 8,5 por cento, a 4,47 reais. Analistas do JP Morgan elevaram para "neutra" a recomendação para as ações da construtora e incorporadora.
Segundo Santos, da corretora H.Commcor, a redução da taxa básica de juros brasileira na véspera, para nova mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, também ajudou a sustentar ações de construtoras no azul.
Dentre as principais quedas do índice, destaque para a a companhia aérea Gol e para a mineradora MMX , com queda de 4,48 e 3,21 por cento, respectivamente.
Fora do índice, a preferencial da estatal Telebrás disparou 28,59 por cento, ampliando a alta de 52 por cento da véspera, quando foi anunciado acordo para compartilhamento de infraestrutura com a TIM.
Para a semana que vem, operadores avaliam que os vencimentos de opções sobre ações na segunda-feira e sobre índice na quarta-feira podem trazer volatilidade aos negócios na Bovespa.

Telebras responde à Bovespa sobre disparada de ações

Na quarta, a BM&FBovespa enviou ofício à Telebrás pedindo esclarecimentos por causa das oscilações e de notícias divulgadas na imprensa

Vinicius Neder e Mariana Durão - AGÊNCIA ESTADO
  
Rio - As ações preferenciais da Telebras voltaram a disparar nesta quinta-feira, fechando com alta de 28,59%, após avanço de 52% no pregão de quarta-feira (10). Na máxima do dia, os papéis chegaram a avançar 49,72%. Na quarta, a BM&FBovespa enviou ofício à Telebrás pedindo esclarecimentos por causa das oscilações e de notícias divulgadas na imprensa.
Em resposta ao ofício, a estatal emitiu um aviso nesta quinta informando que notícias relacionadas ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e ao investimento em um satélite geoestacionário já haviam sido comunicadas ao mercado em setembro do ano passado, em maio último e na quarta-feira.
"Dessa forma, tendo a Telebrás sempre divulgado as suas ações ao mercado de forma pontual, e não havendo qualquer fato do conhecimento da Telebrás que possa justificar as oscilações das ações, aumento do número de negócios e da quantidade negociada, entendemos esses fatos como uma característica própria do mercado de capitais", diz trecho do aviso divulgado pela Telebrás.
Na quarta, a Telebrás anunciou a assinatura de memorando de entendimento para parceria com a TIM durante a Futurecom, feira de negócios do setor de telecomunicações realizada no Rio. As empresas compartilharão redes de fibra óptica no Norte e no Nordeste.
Além disso, também na quarta, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, apresentou dados mostrando que o PNBL respondeu por 31,15% das novas adições líquidas em banda larga no último ano. Segundo o executivo, o dado, que considera o total de novas aquisições desde a primeira conexão do PNBL, é uma demonstração do sucesso do plano, embora ele ainda responda por cerca de 1 milhão de acessos, contra um mercado total de 20 milhões.
Bonilha também informou que segue em discussão entre a Telebrás e os ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Inovação, a aquisição de um satélite geoestacionário para facilitar as conexões na Região Norte. O investimento, no entanto, ainda não foi totalmente mensurado.
Por fim, o executivo revelou que o detalhamento do projeto de construção de cinco cabos submarinos para serviços de telecomunicações, que vem sendo anunciado desde o ano passado, deverá ser apresentado nas próximas semanas, provavelmente em novembro. O total do investimento é estimado em R$ 1,8 bilhão e a intenção é apresentar o projeto com todos os cinco cabos (com conexões para África, Europa, América do Sul e Estados Unidos, além de um dentro do País) de uma vez. "Os acordos internacionais estão praticamente fechados", disse Bonilha.
Dois desses acordos já foram anunciados. A Isla Link será a companhia parceira no cabo para a Europa e a Angola Cables, no trecho entre Brasil e África. A Telebrás mantém em sigilo os prováveis parceiros para os demais cabos. O diretor de Administração e de Relações com Investidores, Bolivar Moura, informou ao Grupo Estado que poderá haver mais de uma empresa parceira por cabo.