Pesquisar

sábado, 28 de janeiro de 2012

NOTICIAS RELEVANTES

BCE não participará de acordo para reestruturação da dívida grega, diz conselheiro

SÃO PAULO - O BCE (Banco Central Europeu) não vai se envolver no acordo entre o governo grego e seus credores privados sobre a reestruturação da dívida, afirmou nesta sexta-feira (27) o membro do conselho do banco, Joerg Asmussen, citado pela Reuters.
“Como se sabe, a discussão é sobre o envolvimento do setor privado. O BCE e o euro não são, claramente, privados”, disse Asmussen. "Cabe agora ao governo grego definir rapidamente os parâmetros da troca de títulos em negociação com os credores privados, de forma a garantir a sustentabilidade da dívida", completou.
Atenas precisa chegar a um acordo com o setor privado nos próximos dias para garantir a liberação do segundo pacote de ajuda, no valor de € 130 bilhões, para evitar um default desordenado. Asmussen espera que os líderes europeus assinem o novo pacto fiscal na reunião de cúpula programada para a próxima segunda-feira (30).

Dilma vê como 'fracassado' modelo de austeridade aplicado na Europa

SÃO PAULO - O modelo que está sendo implementado na Europa para conter a crise de gastos públicos já foi utilizada na América Latina durante as décadas de 1980 e 1990, e só aprofundaram a estagnação econômica e a exclusão social. A avaliação é da presidente Dilma Rousseff, presente no Fórum Social Temático na noite de quinta-feira (26), edição regional do Fórum Social Mundial.
Citada pelas agências de notícias, Dilma disse que os europeus estão abdicando de sua soberania enquanto Estado para atender às exigências de grupos financeiros e das agências de classificação de risco. Ela classificou as receitas de austeridade fiscal como “receitas fracassadas”.
Reunião do G-20 decepcionou
Para a presidente, a reunião do G-20, grupo das 19 nações mais ricas do mundo mais a União Europeia, realizada em Cannes durante o mês de novembro de 2011 não foi positiva. “Confesso que não fiquei satisfeita com os resultados”, avaliou.

Dilma acredita que o papel atual da sociedade é trazer ideias e processos novos para enfrentar períodos de crise, e não reaproveitar modelos antigos, como está sendo feito na Zona do Euro. Ela lembra que, entre os latinoamericanos, a aplicação do chamado “Consenso de Washington” sobre o Estado mínimo levou à perda de espaço democrático e soberano para os países.
Ela acha que, mais uma vez, as turbulências na economia mundial levam a perigosas ameaças, como o desemprego, a xenofobia, entre outras. “O mundo pós-neoliberalismo não pode ser o da pós-demoracia”, afirmou no evento.

Bolsas dos EUA operam com sinais opostos, pressionadas por PIB abaixo do esperado

SÃO PAULO - Os principais índices acionários norte-americanos operam com sinais opostos nesta sexta-feira (27). Os fracos balanços corporativos do último trimestre do ano passado pressionam o mercado nesta sessão, que também é afetada pelas incertezas na Zona do Euro e pelo crescimento abaixo do esperado do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre. 
A Grécia e seus credores privados devem chegar a um acordo ainda neste final de semana, talvez até mesmo nesta sexta, disse em Davos o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn. O governo grego negocia com credores privados um perdão de € 100 bilhões, de uma dívida que soma € 350 bilhões. Em resposta, o ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse que o país está a um passo do acordo com os credores.  
O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, negocia em desvalorização de 0,57% e atinge 12.662 pontos. Também opera em leve baixa de 0,36% o índice S&P 500, chegando a 1.314 pontos. Por outro lado, o Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, sobe 0,18% a 2.810 pontos.

Bolsas europeias fecham em queda, refletindo PIB abaixo do esperado dos EUA


SÃO PAULO - As bolsa da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira (27) refletindo os dados de crescimento dos Estados Unidos, que ficaram abaixo das expectativas, além da preocupação quanto à indefinição em relação à crise da Zona do Euro. 
Apesar de ter avançado 2,8% no quarto trimestre de 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para o quarto trimestre, que foi o mais rápido em um ano e meio, impulsionado pelo crescimento do consumo e dos estoques de empresas, ficou abaixo das expectativas do mercado, que rondava os 3,2%. Já o deflator do PIB, que mede basicamente o custo de uma cesta de bens na economia norte-americana, registrou um avanço de 0,4%, apesar das projeções de avanço de 1,5% e da alta de 2,6% na última medição.
Noticiário local
Nesta sexta-feira, a Itália realizou um leilão de títulos públicos, no qual o Tesouro colocou € 11 bilhões em papéis da dívida de curto prazo. O montante vendido atingiu o objetivo máximo previsto e a taxa de juros exigida pelos investidores ficou abaixo de 2% pela primeira vez desde junho.

Na Grécia, seguem os impasses sobre um acordo de reestruturação da dívida. De acordo com a imprensa internacional, existem indefinições sobre a porcentagem de perdas que o setor privado deve assumir, além da taxa de juros a ser paga pelos novos bônus emitidos pelo país. Atenas precisa de um acordo rápido para evitar um default desordenado, tendo em vista que em março vencem € 14,5 bilhões em títulos publicos. A expectativa é de que as negociações sejam concluídas até o final desta semana.
Cotações
Diante disso, o FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 0,97%, atingindo 5.739 pontos, o CAC 40, de Paris, recuou 1,03%, a 3.328 pontos, ao passo que o o DAX 30, de Frankfurt, caiu 0,26%, ficando em 6.523 pontos.

Destaques corporativos
As ações de mineradoras caíram impulsionadas pelos preços dos metais preciosos. Em Londres, os papéis da Antofagasta caíram 2,88% e as da Rio Tinto cederam 1,99%.  Ainda na bolsa londrina, os papéis de bancos oscilaram, com os do Lloyds (-1,10%) no campo negativo e os do Royal Bank of Scotland (+0,54%) e do Barclays (+0,36%) no campo positivo. 

Em Paris, as ações do BNP Paribas declinaram 3,13% e as do Crédit Agricole caíram 1,46%. No entanto, os papéis do Société Générale avançaram 0,43%. Na bolsa alemã, queda de 0,58% para os papéis do Commerzbank e alta de 0,31% para os ativos do Deutsche Bank.
Do mesmo modo, as montadoras fecharam com fortes baixas. Em Paris, cederam as ações da Peugeot (-4,11%) e as da Renault (-1,73%). Na bolsa alemã, recuaram os ativos da Volkswagen (-2,18%), da Daimler (-1,64%) e da BMW (-1,19%). 
Yields soberanos de 10 anos
Grécia (33,93% ante 33,47%), Portugal (15,21% contra 14,79%), Itália (5,88% contra 6,05%), Espanha (4,97% ante 5,21%), França (3,03% contra 3,09%), Alemanha (1,85% ante 1,87%).


Fitch corta ratings de Espanha, Eslovênia, Itália, Chipre e Bélgica

SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Fitch terminou nesta sexta-feira (27) a revisão nos ratings de seis países da Zona do Euro, rebaixando as notas de Espanha, Bélgica, Chipre, Itália e Eslovênia, e mantendo o BBB da Irlanda. De acordo com comunicado da agência, "os cortes refletem a deterioração no cenário econômico, com as substanciais iniciativas de política monetária (...) e o sucesso inicial do programa de refinanciamento do BCE (Banco Central Europeu)".
Assim, o rating de longo prazo da Bélgica passou de AA+ para AA, enquanto a nota do Chipre foi de BBB para BBB-. Por sua vez, a Espanha e a Eslovênia tiveram os ratings de longo prazo cortados de AA- para A, ao passo que a Itália viu sua nota passar de A+ para A-. As perspectivas para todos os ratings seguem negativas.
"A intensificação da crise na Zona do Euro no final da segunda metade do ano passado prejudicou a efetividade da política monetária do BCE e realçou os riscos financeiros enfrentados pelos governos da região, na ausência de um plano financeiro confiável contra o contágio e uma crise de liquidez auto-sustentável", afirmou a agência de classificação de risco em nota.